Buena Vista (Peru)
Buena Vista Buena Vista | |
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Buena vista (peru).jpg A que pedra marcava o solstício de verão no Templo da Raposa | |
Localização atual | |
Coordenadas | 11° 41′ 42″ S, 76° 50′ 49″ O |
País | Peru |
Região | Região de Lima |
Área | 80 000 m² |
Dados históricos | |
Cultura | Tradição Religiosa Kotosh |
Fundação | 1000 a.C. |
Abandono | 200 |
Cronologia | |
1º fase | Pré-cerâmico Precoce 9700 a.C. — 1760 a.C. |
2º fase | Intermediário Precoce 1760 a.C. — 800 a.C. |
Notas | |
Arqueólogos | Frederic Engel (1987); Robert Benfer (2004) |
Buena Vista é um sítio arqueológico do Peru com cerca de 8 hectares localizado a aproximadamente 40 quilometros dentro do vale do Rio de Chillon. Está localizada no distrito de Santa Rosa de Quives , província de Canta, na Região de Lima, no sopé dos Andes .
Histórico
[editar | editar código-fonte]O local foi primeiramente escavado por Frederic Engel (1987). Nesta escavações obteve datação de radiocarbono de artefatos pertencentes ao Período Pré-cerâmico Precoce (9700 ± 200 anos atrás ) e ao Período Intermediário Precoce (1960 ± 80 anos anos atrás).
Em junho de 2004, o arqueólogo Robert Benfer e sua equipe descobriram a característica mais significativa de Buena Vista - o Templo da Raposa. Foi lhe dado esse nome devido ao mural que flanqueia a entrada do templo, que representava uma raposa aninhada dentro do ventre de uma lhama. [1] O Templo da raposa remonta aproximadamente ao Século XXII a.C. construído por uma civilização ainda não conhecida que ocupou a área alguns milênios antes dos Incas . [2] Este povo não tinham nenhum sistema de escrita, e seu nome não foi preservado; eles são considerados uma cultura pré-cerâmica tardia e acredita-se ter seguido a Tradição Religiosa Kotosh. Muitos arqueólogos referem-se a eles como os Andinos. [3]
O Complexo
[editar | editar código-fonte]O complexo do templo mede 33 metros de altura por 55 metros de comprimento. Com alinhamentos precisos e linhas de visão que fornecem um calendário astronômico para a agricultura, o mais antigo de seu tipo nas Américas. Ela antecede registros de realizações artísticas e científicas similares da região por 800 anos. [3] As pedras grandes colocadas em um cume ao leste da entrada do observatório serviram como um calendário. A pedra mais proeminente marcava o solstício de verão - naquele dia de cada ano, da perspectiva do templo, o sol subia diretamente sobre a rocha. Nas horas imediatamente antes do amanhecer no solstício de verão, uma constelação conhecida comoRaposa subiu entre duas outras pedras grandes no mesmo cume. [1]
A referência do templo à raposa, que aparece no mural de entrada e em sua orientação astrológica, pode fornecer pistas para o propósito do templo. Entre muitos povos indígenas da América do Sul , a raposa é um símbolo da água e do cultivo. [1] Benfer levanta a hipótese de que os antigos habitantes de Buena Vista usaram o Templo da Raposa para pedir a seus deuses boas colheitas no solstício de verão, [3] A descoberta dos restos de plantas e vegetais no interior da câmara de oferenda do templo tem apoiado esta teoria. [1]
O observatório é ainda mais interessante por suas esculturas sofisticadas, como uma escultura de tamanho natural tridimensional de um músico, única conhecida nessa região caracterizada por seus relevos bidimensionais. [2]
Buena Vista como um todo inclui ruínas que variam de 10.000 anos a menos de 3.000 anos na idade. Além do templo, o local engloba um centro cerimonial, pirâmides escalonadas e residências para as elites e para os plebeus. Estes edifícios são de diferentes períodos, muitos dos quais foram construídos após o templo ter sido esquecido. A maioria dessas estruturas foram saqueadas. [3] O Templo da Raposa escapou por pouco do saque enquanto estava enterrado sob várias camadas de terra. [2]
Referências
- ↑ a b c d Anne Bolen, The New World’s Oldest Calendar (em inglês) in Smithsonian Magazine maio de 2007
- ↑ a b c Richard A. Lovett, Oldest Observatory in Americas Discovered in Peru] (em inglês) in National Geographic News edição de 16 de maio de 2006
- ↑ a b c d Thomas H. Maugh II, Celestial Find at Ancient Andes Site (em inglês) in Los Angeles Times edição de 14 maio de 2006