Saltar para o conteúdo

Afeganistão

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Demografia do Afeganistão)

Emirado Islâmico do Afeganistão
د افغانستان اسلامي امارت (pastó)
Də Afġānistān Islāmī Imārat
امارت اسلامی افغانستان (dari)
Emārat-e Eslāmi-ye Afghānestān
Lema: لا إله إلا الله محمد رسول الله
Lā ʾilāha ʾillā l–lāh, Muḥammadur rasūlu l–lāh ("Não há outra divindade além de Alá; Maomé é o seu profeta") (Chahada)
Hino: دا د باتورانو کور
Dā də bātorāno kor ("Esta é a Pátria dos Corajosos")[1][2][3][4]
Localização do Afeganistão
Localização do Afeganistão
Capital
e maior cidade
Cabul
Língua oficial pastó e dari[5]
Religião oficial islão
Gentílico afegão, afegane,[6] afegânico[7]
Governo Autocracia islâmica unitária teocrática sob governo provisório
 • Emir e Comandante dos Fiéis Hibatullah Akhundzada
 • Primeiro-ministro Abdul Kabir (interino)
 • 1.º Vice-primeiro-ministro Abdul Ghani Baradar (interino)
 • 2.º Vice-primeiro-ministro Abdul Salam Hanafi (interino)
Formação
 • Império Hotaqui 1709–1738
 • Império Durrani 1747–1842
 • Emirado 1823–1926
 • Reconhecimento 19 de agosto de 1919
 • Reino 9 de junho de 1926
 • República 17 de julho de 1973
 • Emirado Islâmico 7 de setembro de 1996
 • República Islâmica 26 de janeiro de 2004
 • Queda da República Islâmica 15 de agosto de 2021
Área
 • Total 652 090 km² (41.º)
Fronteira Irão (O)
Turquemenistão (NO)
Uzbequistão (N)
Tajiquistão (N)
China (NE)
Paquistão (SE)
População
 • Estimativa para 2018 32 225 560[8] hab. (34.º)
 • Censo 1979 13 051 358 hab. 
 • Densidade 46 hab./km² (150.º)
PIB (base PPC) Estimativa de 2014
 • Total US$ 61,689 bilhões de dólares[9]
 • Per capita US$ 1 972[9]
PIB (nominal) Estimativa de 2014
 • Total US$ 21,706 bilhões de dólares[9]
 • Per capita US$ 693[9]
IDH (2021) 0,478 (180.º) – baixo[10]
Moeda afegane (AFA)
Fuso horário (UTC+4:30)
Cód. ISO AFG
Cód. Internet .af
Cód. telef. +93
Website governamental www.alemarah.af

O Afeganistão (em persa e em pastó: افغانستان; romaniz.: Afġānistān), oficialmente Emirado Islâmico do Afeganistão (em pastó: د افغانستان اسلامي امارت; Da Afġānistān Islāmī Imārāt; em persa: امارت اسلامی افغانستان; Imârat-i Islâmī-yi Afġânistân), é um país sem litoral, montanhoso, localizado no centro da Ásia, estando na encruzilhada entre o Sul da Ásia, a Ásia Central e a Ásia Ocidental. Faz fronteira com o Paquistão ao sul e ao leste, com o Irã ao oeste, com o Turcomenistão, Uzbequistão e Tajiquistão ao norte e com a China no nordeste. Ocupando 652 230 km², sendo o 41.º maior do mundo em área, o Afeganistão é predominantemente montanhoso, com planícies no norte e sudoeste. Cabul é a capital e a maior cidade, com uma população estimada em 4,6 milhões, sendo o 37.º país mais populoso do mundo,[11] composta principalmente de etnias pastós, tajiques, hazaras e usbeques.

O território do Afeganistão foi um ponto essencial para a rota da seda e para a migração humana. Arqueólogos encontraram evidências de presença humana remontantes ao Paleolítico Médio (c.50 000 a.C.).[12] A civilização urbana pode ter começado entre 3 000 e 2 000 a.C.[13] O país fica em uma localização geoestratégica importante que liga o Oriente Médio à Ásia Central e ao subcontinente indiano,[14] tendo sido a casa de vários povos através dos tempos.[15] A terra tem testemunhado muitas campanhas militares, desde a Antiguidade: as mais notáveis feitas por Alexandre o Grande, Chandragupta Máuria, Gêngis Cã, pela União Soviética e, mais recentemente, pelos Estados Unidos e OTAN.[12][13] Também foi local de origem de várias dinastias locais como os Greco-bactrianos, Cuchanas, Safáridas, Gasnévidas, Gúridas, Timúridas, Mogóis e muitos outros que criaram seus próprios impérios.[carece de fontes?]

A história política moderna do Afeganistão começa em 1709, com a ascensão dos pastós, quando a dinastia Hotaki foi criada em Candaar, seguida por Ahmad Shah Durrani, subindo ao poder em 1747.[16][17][18] A capital do Afeganistão foi transferida em 1776 de Candaar para Cabul e parte do Império Afegão foi cedida aos impérios vizinhos em 1893. No final do século XIX, o Afeganistão tornou-se um Estado-tampão, no Grande Jogo entre os impérios britânico e russo.[19] Essa circunstância histórica, combinada com o terreno montanhoso do país, impediu o domínio de potências imperialistas sobre o país, mas também resultou em baixo desenvolvimento econômico.[20] Depois da Terceira Guerra Anglo-Afegã e a assinatura do Tratado de Rawalpindi em 1919, o país recuperou o controle de sua política externa com os britânicos.[21] Após a revolução marxista de 1978 e a invasão soviética em 1979, teve início uma guerra entre as forças governamentais apoiadas por tropas soviéticas e os rebeldes mujahidin, apoiados pelos Estados Unidos, Paquistão, Arábia Saudita e outros países muçulmanos.[22] Nesse conflito, mais de um milhão de afegãos perderam a vida, muitos deles vítimas de minas terrestres.[23][24] Após a vitória dos rebeldes, em 1992, teve início uma guerra civil, entre diversos grupos rebeldes, que foi vencida pelos talibãs. Depois dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, teve início um novo conflito, decorrente da intervenção de forças norte-americanas no país.[25] Em dezembro de 2001 o Conselho de Segurança das Nações Unidas autorizou a criação da Força Internacional de Assistência para Segurança para ajudar a manter a segurança no Afeganistão e ajudar a administração do presidente Hamid Karzai.[26]

Enquanto a comunidade internacional está reconstruindo o Afeganistão dilacerado pela guerra, grupos terroristas como a rede Haqqani e Hezbi Islami estão ativamente envolvidos na insurgência talibã por todo o país,[27] que inclui centenas de assassinatos e ataques suicidas.[28] De acordo com a Organização das Nações Unidas, os insurgentes foram responsáveis por 75% das mortes de civis em 2010 e 80% em 2011.[29][30]

A guerra de vinte anos entre o governo e o talibã atingiu o clímax com a ofensiva talebã em 2021, a consequente queda de Cabul, e o restabelecimento do Emirado Islâmico do Afeganistão.

As décadas de guerra fizeram do Afeganistão o país mais perigoso do mundo,[31] incluindo o título de maior produtor de refugiados e requerentes de asilo.[29][32]

O nome Afeganistão (em persa: افغانستان, [avɣɒnestɒn])[33] significa "Terra dos Afegãos",[34] que se origina a partir do etnônimo "afegão". Historicamente, o nome "afegão" designa as pessoas pastós, o maior grupo étnico do Afeganistão.[35] Este nome é mencionado na forma de Abgan, no século III, pelo Império Sassânida,[36] como Avagana (afghana), no século VI, pelo astrônomo indiano Varahimira.[35] Um povo chamado afegão é mencionado várias vezes no século X, no livro de geografia Hudud al-'alam, principalmente quando se faz referência a uma vila: "Saul, uma agradável vila nas montanhas. Onde vivem os afegãos".[37]

Albiruni faz referência no século XI a várias tribos nas montanhas da fronteira ocidental do rio Indo, conhecidas como montanhas Sulaiman.[38] ibne Batuta, um famoso estudioso marroquino que visitou a região em 1333, escreve: "Nós viajámos para Cabul, antigamente uma grande cidade, o lugar agora é habitado por uma tribo de persas chamados afegãos. Eles vivem nas montanhas e desfiladeiros e possuem considerável força, e são muitas vezes salteadores. Sua principal montanha é chamada de Kuh Sulaiman".[39] Um importante estudioso persa do século XVI explica extensamente sobre os afegãos. Por exemplo, ele escreve:

Os homens de Cabul e Khilji voltaram para casa; e quando eles foram questionados sobre os Muçulmanos do Coistão (as montanhas) e como estavam as coisas por lá, eles disseram, "Não chame de Coistão, mas Afeganistão, pois não há nada lá além dos afegãos e os distúrbios." Assim, é evidente que, o povo do país chamam a sua casa no seu próprio idioma como Afeganistão, e se nomeavam Afegãos.[40]
— Firishta 1560-1620 d.C.

É amplamente aceito que os termos pastó e afegão são sinônimos. Nos escritos do século XVII o poeta pastó Khushal Khan Khattak é mencionado:

Puxe sua espada e mate qualquer um, que diz que pastó e afegão não são um! Os Árabes sabem e assim fazem os Romanos: afegãos são pastós, pastós são afegãos![41]

A última parte do nome, -istão é um sufixo persa para "lugar", proeminente em muitas línguas da região. O nome "Afeganistão" é descrito no século XVI pelo imperador mogol Babur em suas memórias e também pelo estudioso persa Firishta e os descendentes de Babur, referindo-se a tradicional étnica afegã (pastó) territórios entre as montanhas de Indocuche e o Rio Indo.[42] No início do século XIX, Políticos afegãos decidiram por adotar o nome Afeganistão para todo o Império Afegão após sua tradução para o inglês já havia aparecido em diversos tratados com o Império Qajar e a Índia Britânica.[43] Em 1857, na análise de John William Kaye The Afghan Warm Friedrich Engels descreve o "Afeganistão" como:

[…] um extenso país da Ásia […] entre a Pérsia e as Índias, e na outra direção entre Indocuche e o Oceano Índico. Ele anteriormente incluía as províncias persas de Coração e Coistão juntamente com Herate, Baluchistão, Caxemira, Sinde e uma considerável parte da região do Punjabe […] suas principais cidades são Cabul, a capital, Gásni, Pexauar e Candaar.[44]

O Reino do Afeganistão foi, por vezes referido como Reino de Cabul, como mencionado pelo estadista e historiador britânico Mountstuart Elphinstone.[45] O Afeganistão foi oficialmente reconhecido como um estado soberano pela comunidade internacional após a assinatura do Tratado de Rawalpindi em 1919.[46][47]

Ver artigo principal: História do Afeganistão
Expansão do califado

Os vestígios de povoamento humano no que hoje é o Afeganistão remontam a pelo menos 50 000 anos.[48] Assentos permanentes emergiram na região há cerca de 9 mil anos atrás, evoluindo gradualmente à Civilização do Vale do Indo (Xortugai), a Civilização do Oxo (Dasliji) e a Civilização de Helmande (Mundigaque) no terceiro milênio antes de Cristo.[49] Os povos indo-arianos migraram pela região da Báctria-Margiana para Gandara, seguidos pelo surgimento da Cultura de Iaz da Idade do Ferro (c. 1500–1100 a.C.),[50] que tem sido intimamente associada à cultura retratada no Avestá, os antigos textos religiosos do Zoroastrismo.[51] A região, então conhecida como "Ariana", caiu perante os Persas Aquemênidas no século VI a.C., que conquistou as áreas a leste até além do Rio Indo. O macedônio Alexandre o Grande invadiu a região no século IV a.C. e se casou com Roxana em Báctria antes de invadir o vale do Rio Cabul, de onde ele enfrentou resistência das tribos aspásios. O Reino Greco-Báctrio se tornou o canto mais a leste do Mundo Helênico. Após a conquista pelos indianos do Império Máuria, o budismo e o hinduísmo floresceram na região por séculos. O imperador Canisca I, do Império Cuchana, que governou de suas capitais gêmeas de Capisa e Purusapura, desempenhou um papel importante na disseminação do budismo Maaiana à China e a Ásia Central. Várias outras dinastias budistas se originaram nesta região também, incluindo os quidaritas, heftalitas, alconitas, nezaques, zambis e xaís turcos.

2003–2008

Os muçulmanos levaram o islã para Herate e Zaranje, controlados pelos Sassânidas, em meados do século VII, enquanto a islamização mais completa foi alcançada entre os séculos IX e XII sob as dinastias Safárida, Samânida, Gasnévida e Gúrida. Partes da região foram posteriormente governadas pelos impérios Corásmio, Calji, Timúrida, Lodi, Sur, Mogal e Safávida.[52] A história política do moderno estado afegão começou com o Império Hotaqui, cujo fundador Miruais Cã declarou o sul do Afeganistão independente em 1709. Em 1747, Amade Xá Durrani estabeleceu o Império Durrani com sua capital em Candaar. Em 1776, a capital Durrani foi transferida para Cabul, enquanto Pexauar se tornou a capital de inverno até que esta caiu em batalha para os Siques em 1823. No final do século XIX, o Afeganistão tornou-se um Estado-tampão no "Grande Jogo" entre os impérios Britânico e Russo.[53][54]

Na Primeira Guerra Anglo-Afegã, de 1839 a 1842, tropas britânicas, vindas da Índia, tomaram o controle do Afeganistão, mas acabaram sendo derrotados decisivamente. Após a Terceira Guerra Anglo-Afegã de 1919, o país conseguiu se tornar independente da influência estrangeira. Em 1926, o Afeganistão se tornou uma monarquia sob comando de Amanulá Cã. Contudo, em 1973, o rei Zair foi derrubado e uma república de partido único foi estabelecida. Em 1978, após um segundo golpe de estado, o Afeganistão se tornou um Estado socialista, que levou a nação a passar boa parte da década de 1980 envolvido na Guerra Afegã-Soviética contra os rebeldes mujahidins. Em 1996, a maior parte do país havia sido tomado por fundamentalistas do grupo Talibã, que estabeleceram um regime totalitarista radical; eles foram derrubados do poder na invasão dos Estados Unidos em 2001, mas mantiveram controle e influência sob boa parte do país, especialmente nas zonas rurais e montanhosas. A guerra civil no país continuou entre o novo governo afegão e os insurgentes talibãs, que resultou em mais de 150 mil mortos, atrocidades, atentados terroristas, torturas, sequestros e assassinatos. Como a nova república afegã dependia imensamente da ajuda econômica e militar dos americanos, quando os Estados Unidos começou a se retirar em 2020, o exército afegão entrou em colapso e o governo central começou a ruir.[55]

Em maio de 2021, o Talibã iniciou uma grande ofensiva generalizada e em poucos meses dominou a maioria dos distritos do país. Em agosto daquele ano, eles entraram na capital Cabul, completando o colapso da república afegã.[56]

Mapa topográfico do Afeganistão

O Afeganistão é um país ao meio de um enclave montanhoso, com planícies a norte e sudoeste, localizado no sul da Ásia[14][57][58][59][60][61][62] ou na Ásia Central.[63] Faz parte do Grande Oriente Médio no mundo islâmico e fica entre as latitudes 29 N e 39 N e longitudes 60 E e 75 E. O ponto mais alto do país é Noshaq com 7 492 m acima do nível do mar.[64]

Apesar de ter numerosos rios e reservatórios, grande parte do país está seco. A bacia endorreica de Sistan é uma das regiões mais secas do mundo.[65] Além da chuva habitual que cai no Afeganistão, o país recebe neve durante o inverno no Indocuche e nas Montanhas Pamir, posteriormente, o derretimento dessa neve na primavera entra nos rios, lagos e riachos.[66][67] No entanto dois terços da água do país flui para os países vizinhos do Irã, Paquistão e Turcomenistão. Em 2010, o Estado necessitava de mais de dois bilhões de dólares para reabilitar os sistemas de irrigação, de modo que o abastecimento de água pudesse ser gerido corretamente.[68]

Ao nordeste da cordilheira de Indocuche e em torno da Província de Badakhshan, existe uma área geologicamente ativa em que ocorrem fortes sismos, quase todos os anos.[69] Eles podem ser mortais e destrutivos, por vezes, causando deslizamento de terra e no inverno avalanches.[70] Os últimos fortes terremotos ocorreram em 1998, em Badakhshan perto do Tajiquistão, matando 6 mil pessoas.[71] Isto foi seguido pelos terremotos de 2002 em Indocuche, no qual mais de 150 pessoas morreram em vários países da região, e mais de mil ficaram feridos. O terremoto de 2010 deixou 11 afegãos mortos, mais de 70 feridos, e 2 mil casas destruídas.[carece de fontes?]

Os principais recursos naturais do país são: carvão mineral, cobre, minério de ferro, lítio, urânio, terra-rara, cromita, ouro, zinco, talco, barita, enxofre, chumbo, mármore, pedras preciosas e semipreciosas, gás natural, petróleo, entre outras coisas.[72] Em 2010, funcionários do Estados Unidos e Afeganistão estimaram que os depósitos minerais inexplorados localizados, em 2007, pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos valem entre US$ 900 bilhões e US$ 3 trilhões.[73][74]

Tem 652 230 km² de área,[75] sendo então o 41° maior país do mundo,[76] pouco maior que a França e menor que Myanmar. Faz fronteira com o Paquistão no sul e no leste,[77] o Irã a oeste,[78] Turcomenistão,[79] Uzbequistão[80] e Tajiquistão no norte,[81] e a China no extremo oriente.[82]

Pirâmide etária do país em 2015
Ver também : Afegãos

Com a capital em Cabul e uma área de 647 500 km²; e 32 milhões de habitantes (46 hab./km²), o Afeganistão é um dos países mais pobres e inóspitos do mundo. A instabilidade política e os conflitos internos arruinaram a sua já débil economia e infraestruturas a tal ponto que um terço da população afegã abandonou o país.[carece de fontes?]

Segundo uma estimativa de 2006, a população cresce 2,67% ao ano. O índice de natalidade é de 46,6 por mil habitantes, enquanto o índice de mortalidade é 20,34 por mil habitantes. A taxa de mortalidade infantil é de 160,23 mortes por mil nascimentos. A expectativa de vida é de 43,34 anos.[carece de fontes?]

Em 2001, o país tinha diferentes grupos étnicos. Os pastós, que tradicionalmente dominaram o país, eram 52 por cento da população; os hazaras eram 19 por cento; os tajiques, que habitavam a porção mais ao norte, eram 21 por cento; os uzbeques, que também habitavam no norte, eram 5 por cento.[20]

Mais de 99% da população afegã é muçulmana. Cerca de 80 a 85% destes são seguidores do ramo sunita, e entre 15 a 20% são seguidores do ramo xiita, ramo do islamismo predominante entre os hazaras.[20] Há, ainda, outros 3% de muçulmanos não confessionais.[84][85][86] Até a década de 1890, a região em torno de Nuristão era conhecida como Cafiristão (terra dos cafires ou cafir (incrédulos)), por causa de seus habitantes não muçulmanos, o nuristanis, um povo etnicamente distinto cujas práticas religiosas incluíam o animismo, politeísmo e xamanismo.[87] Há pequenas minorias de cristãos, budistas, parsis, sikhs e hindus.[88][89]

O Afeganistão é um dos vários países islâmicos que prevê a pena de morte por apostasia ou blasfémia.[90][91][92]

Criminalidade

[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Criminalidade no Afeganistão

O crime está presente em várias formas. As formas de criminalidade incluem o narcotráfico, o branqueamento de capitais, fraude, corrupção, etc.[carece de fontes?]

O Afeganistão é o maior produtor mundial de ópio. De 80 a 90% da heroína consumida na Europa provêm de ópio produzido no Afeganistão. O tráfico de ópio tornou-se um importante negócio ilegal no Afeganistão desde a queda do regime talibã, em 2001. De acordo com um inquérito realizado em 2007 pelo Escritório das Nações Unidas contra a Droga e o Crime (UNODC), 93% dos opiáceos no mercado mundial tiveram origem no Afeganistão.[carece de fontes?]

Outras formas de criminalidade incluem roubo, bem como sequestros e assaltos.[carece de fontes?]

Ver artigo principal: Política do Afeganistão
A antiga Assembleia Nacional do Afeganistão

Após o colapso da República Islâmica do Afeganistão como consequência da ofensiva talibã de 2021, as autoridades talibãs declararam o Emirado Islâmico como o novo governo nacional, o estabelecendo em setembro de 2021.[93] Nenhum outro país reconheceria formalmente o Emirado Islâmico como o governo “de jure” do Afeganistão.[94]

Um instrumento tradicional de governança no Afeganistão é a loya jirga (grande assembleia), um grupo consultivo pastó que é organizado principalmente para escolher um novo chefe de Estado, que serve para adotar uma nova constituição ou para resolver questões nacionais ou regionais, como a guerra.[95] Loya jirgas são realizadas desde 1747, com o mais recentemente acontecendo em agosto de 2020.[96][97]

Em setembro de 2021, o Talibã estabeleceu formalmente um novo governo mais permanente, composto inteiramente por homens, revertendo várias liberdades que as mulheres tinham, como participar da vida política nacional. Jornalistas e ativistas de direitos humanos, principalmente mulheres, protestaram em Herate e Cabul, pedindo que as mulheres fossem incluídas no gabinete de governo.[98] Entre algumas das medidas tomadas estava a extinção do Ministério de Assuntos da Mulher.[93] Em 23 de março de 2022, houve relatos de que uma mudança no gabinete estava em andamento quando outra reunião do Conselho de Liderança foi realizada em Kandahar pela segunda vez desde que o Movimento Islâmico Talibã chegou ao poder, como forma de obter reconhecimento internacional. A última reunião do Conselho de Liderança foi realizada de 28 de agosto a 30 de agosto de 2021.[99][100]

Hibatullah Akhundzada, líder do Talibã, é o atual emir, na função de Chefe de Estado supremo. Mohammad Hassan Akhund foi nomeado como chefe de governo na função de primeiro-ministro, com Sirajuddin Haqqani e Mullah Yaqoob assumindo posições de destaque dentro do governo.[101]

Direitos humanos

[editar | editar código-fonte]

A Amnistia Internacional tem documentado tortura e maus tratos em numerosas instalações de detenção no Afeganistão. Jornalistas foram presos, espancados ou mortos. A pena de morte é muitas vezes aplicada. Muitas crianças sofrem casamentos forçados e a violência doméstica é generalizada.[102]

Há também abuso infantil e abuso sexual de crianças através da prática dos bacha bazi.[103]

Até à data, os hazaras no Afeganistão são discriminados e perseguidos.[104][105]

De acordo com a ONG Global Rights, cerca de 90% das mulheres afegãs sofrem abusos físicos e sexuais abuso psicológico e casamentos forçados, habitualmente ás mãos da própria família.[106]

Em 2012, o Afeganistão registou 240 casos de crimes de "honra", muito embora se acredite que o número real de casos é muito maior. Destes crimes reportados, 21% foram cometidos pelos maridos das vítimas, 7% pelos seus irmãos, 4% pelos pais e os restantes por outros familiares. A Comissão Independente dos Direitos Humanos do Afeganistão (AIHRC) chegou também á conclusão de que 15% dos crimes de "honra" e violações foram cometidos por policiais afegãos. A AIHRC também afirmou que as instituições judiciárias culpam as vítimas de violação pelo crime e as condenam como castigo.[107]

Apesar dos testes de virgindade terem sido proibidos em 2016, continuam a ser efectuados, e caso o resultado não seja o que se espera, as mulheres afegãs podem ser presas ou executadas.[108]

Símbolos nacionais

[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Bandeira do Afeganistão

A bandeira nacional do Afeganistão é a bandeira usada pelo grupo Talibã, que trocou a antiga bandeira do país pela bandeira do grupo.

O emblema tem aparecido de alguma forma sobre a bandeira do Afeganistão desde o início da nação. A mais notável ausência foi durante a década de 1980 quando um regime comunista dominou o país, e nos finais dos anos 1990, durante o Estado do Talibã.[carece de fontes?]

A mais recente alteração do emblema foi a inserção da inscrição das shahada em árabe no topo do mesmo. Abaixo, está uma imagem de uma mesquita com um mehrab que se confronta com um local de oração em Meca. Anexa à mesquita estão duas bandeiras, tomadas de posição das bandeiras do Afeganistão. Abaixo da mesquita encontra-se uma inscrição que indica o nome da nação. Em torno da mesquita está uma grinalda vegetal.[carece de fontes?]

"Sorud-e Melli" (em persa: سرودی ملی, hino nacional) é o hino nacional, adoptado em 2006. De acordo com o artigo 20 da constituição do Afeganistão: "O hino nacional deverá ser em pastó e terá a menção "Alá é o maior", assim como os nomes das etnias do Afeganistão".[109]

O Afeganistão está dividido em 34 vilaietes (ولايت) ou províncias, as quais são divididas em distritos (em pastó: ولسوالۍ; romaniz.: wuləswāləi).[carece de fontes?]

N.º ISO
3166-2:AF
Província
01 AF-BDS Badaquexão
02 AF-BDG Badghis
03 AF-BGL Baghlan
04 AF-BAL Bactro
05 AF-BAM Bamiã
06 AF-DAY Daikondi
07 AF-FRA Farāh
08 AF-FYB Fariabe
09 AF-GHA Gásni
10 AF-GHO Ghowr
11 AF-HEL Helmande
12 AF-HER Herate
  
N.º ISO
3166-2:AF
Província
13 AF-JOW Josjã
14 AF-KAB Cabul
15 AF-KAN Candaar
16 AF-KAP Kapisa
17 AF-KHO Khost (Khowst)
18 AF-KNR Kunar (Konar)
19 AF-KDZ Konduz (Kunduz)
20 AF-LAG Laguemã
21 AF-LOW Logar
22 AF-NAN Nangarhar
23 AF-NIM Nimruz
  
N.º ISO
3166-2:AF
Província
24 AF-NUR Nuristão
25 AF-ORU Oruzgan (Urūzgān)
26 AF-PIA Paktia
27 AF-PKA Paktika
28 AF-PAN Panjshir
29 AF-PAR Parwan
30 AF-SAM Samangan
31 AF-SAR Sar-e Pol
32 AF-TAK Takhar
33 AF-WAR Maydan-Wardak (Wardag)
34 AF-ZAB Zabol (Zābul)

As províncias do Afeganistão numeradas
Ver artigo principal: Economia do Afeganistão
Principais produtos de exportação do Afeganistão em 2019 (em inglês)

O Afeganistão é um país extremamente pobre, com índice de desenvolvimento baixo e altos níveis de violência e desnutrição infantil.[110] Muito dependente da agricultura (principalmente da papoula, matéria-prima do ópio) e da criação de gado. A economia sofreu fortemente com a recente agitação política e militar, e uma severa seca veio se juntar às dificuldades da nação entre 1998 e 2001. A maior parte da população continua a ter alimentação, vestuário, alojamento e cuidados de saúde insuficientes, e estes problemas são agravados pelas operações militares e pela incerteza política. A inflação continua a ser um problema sério.[carece de fontes?]

Depois do ataque da coligação liderada pelos Estados Unidos que levou à derrota dos Talibã em Novembro de 2001 e à formação da Autoridade Afegã Interina (AAI) resultante do acordo de Bona de Dezembro de 2001, os esforços internacionais para reconstruir o Afeganistão foram o tema da Conferência de Doadores de Tóquio para a Reconstrução do Afeganistão em Janeiro de 2002, onde foram atribuídos 4,5 bilhões de dólares a um fundo a ser administrado pelo Banco Mundial. As áreas prioritárias de reconstrução são: a construção de instalações de educação, saúde e saneamento, o aumento das capacidades de administração, o desenvolvimento de setores agrícolas e o de reconstrução das ligações rodoviárias, energéticas e de telecomunicações. Dois terços da população vivem com menos de dois dólares por dia. A taxa de mortalidade infantil é de 160,23 por mil nascimentos.[carece de fontes?]

Infraestrutura

[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Educação no Afeganistão
Estudantes de uma escola feminina no Afeganistão em 2005

A partir de 2006 mais de quatro milhões de estudantes de ambos os sexos estavam matriculados em escolas por todo o país. No entanto, ainda existem obstáculos significativos à educação no Afeganistão, decorrentes da falta de financiamento, edifícios escolares inseguros e normas culturais. A falta de professoras é uma questão que diz respeito a alguns pais afegãos, especialmente em áreas mais conservadoras. Alguns pais ainda não permitem que as suas filhas sejam ensinadas por homens.[carece de fontes?]

A taxa de alfabetização está estimada (em 1999) em 36% — 51% para o sexo masculino e 21% para o feminino. Existem[quando?] 9,5 mil escolas no país.[carece de fontes?]

Outro aspecto da educação que está mudando[quando?] rapidamente no Afeganistão é o ensino superior. Após a queda do regime talibã, a Universidade de Cabul foi reaberta para estudantes de ambos os sexos. Em 2006, a Universidade Americana do Afeganistão também abriu suas portas, com o objectivo de proporcionar um mundo de classe, Inglês como língua, a coaprendizagem ambiente educacional no Afeganistão. A universidade aceita alunos provenientes do Afeganistão e os países vizinhos. Na Universidade de Balkh, localizada em Mazar-i-Sharif, um novo edifício foi projetado para a faculdade de engenharia em 2015. A obra, financiada pelo governo da Alemanha através do Banco KfW IPEX [en], foi orçada em 3,4 milhões de euros, com capacidade para 720 alunos dos departamentos de construção ferroviária, canalização, eletricidade, construção de estradas e engenharia civil.[111]

Noruz em Mazar-i-Sharif

A rede rodoviária está atualmente sendo reconstruída e também está sendo ampliada. A chamada estrada do anel, a principal artéria do país, que interliga cerca de 60% da população, foi restaurada. Em 2007, 715 km de estrada já haviam sido renovadas.[112] No entanto, a conclusão do último trecho de 400 km de extensão, que acabaria com a última lacuna no noroeste do país, está atrasada devido à precária situação de segurança local.[113] Além disso, mais de 800 km de estradas secundárias foram renovados ou recém-criados em meados de 2007. A rede rodoviária toda é composta de 42 150 km, dos quais 12 350 km são pavimentados.[114]

O rio Amu Dária, situado na fronteira, bem como o rio Panj são obstáculos naturais ao transporte terrestre para o Uzbequistão e o Tajiquistão, pois existem apenas algumas pontes sobre esses dois rios. Além disso, em alguns locais há um alto risco de minas e muitas estradas são frequentemente inundadas, dependendo da estação. Aplicam-se, no Afeganistão, os regulamentos de tráfego rodoviário da RDA.[115]

Existem mais de 60 aeroportos no Afeganistão, a maioria dos quais são simples pistas de cascalho. Os aeroportos maiores existem apenas em algumas cidades e são predominantemente usados pela Força Aérea dos Estados Unidos para fins militares.[116] A maior aeroporto do país é o Aeroporto Internacional de Cabul. Mais de uma dúzia de companhias aéreas voam para destinos no Afeganistão, sendo que as principais companhias aéreas afegãs são a Ariana Afghan Airlines, a Kam Air e a Pamir Airways.[117]

Ver artigo principal: Cultura do Afeganistão

O Afeganistão participou das Olimpíadas treze vezes desde 1936. Suas únicas medalhas foram dois bronzes, por intermédio do atleta Rohullah Nikpai, no taekwondo.[118]

O esporte nacional do Afeganistão é o buzkashi, onde os atletas a cavalo tentam levar a carcaça de uma cabra ou bezerro à linha de chegada. Outros esportes populares incluem o futebol e críquete. A seleção masculina afegã de futebol não teve destaque em torneios internacionais. Ela foi classificada na 153ª posição no ranking da FIFA em agosto de 2021.[119] Por outro lado, a seleção feminina afegã, de futebol, foi classificada na 152.ª posição no ranking da FIFA nesta mesma data.[120] O críquete, por outro lado, foi trazido por refugiados afegãos depois de voltarem do Paquistão para seu país.[121][122]

Referências

  1. «BBCNazer.com | زندگى و آموزش | حرف های مردم: سرود ملی». www.bbc.co.uk. Consultado em 18 de agosto de 2021 
  2. Weyal, N. M. «د ملي سرود تاریخ | روهي». Rohi.Af (em pastó). Consultado em 18 de agosto de 2021 
  3. «ملا فقیر محمد درویش د جهادي ترنم منل شوی سرخیل». نن ټکی اسیا (em pastó). 16 de janeiro de 2018. Consultado em 18 de agosto de 2021 
  4. Tharoor, Ishaan (19 de junho de 2013). «The Taliban's Qatar Office: Are Prospects for Peace Already Doomed». Time. ISSN 0040-781X. Consultado em 19 de agosto de 2021 
  5. «Article Sixteen of the Constitution of Afghanistan». Consultado em 27 de novembro de 2012. From among the languages of Pashto, Dari, Uzbeki, Turkmani, Baluchi, Pashai, Nuristani, Pamiri (alsana), Arab and other languages spoken in the country, Pashto and Dari are the official languages of the state. 
  6. afegane
  7. afegânico
  8. «Afghan Population Estimates» (PDF). Central Statistics Organization. 2019. Consultado em 6 de setembro de 2019 
  9. a b c d Fundo Monetário Internacional (FMI), ed. (Outubro de 2014). «World Economic Outlook Database». Consultado em 29 de outubro de 2014 
  10. «Relatório do Desenvolvimento Humano 2021/2022» (PDF). Programa de Desenvolvimento das Nações Unida. Consultado em 8 de setembro de 2022 
  11. «Afghanistan Population 2019». worldpopulationreview.com. Consultado em 26 de novembro de 2019 
  12. a b «The Afghans – Their History and Culture». Center for Applied Linguistics. 30 de junho de 2002. Consultado em 10 de setembro de 2010. Arquivado do original em 17 de março de 2010 
  13. a b Griffin, Luke (14 de janeiro de 2002). «The Pre-Islamic Period». Afghanistan Country Study. Illinois Institute of Technology. Consultado em 14 de outubro de 2010. Arquivado do original em 3 de novembro de 2001 
  14. a b «Afghanistan country profile». BBC News. 2 de outubro de 2010. Consultado em 7 de novembro de 2010 
  15. Baxter, Craig (1997). «Chapter 1. Historical Setting». Library of Congress Country Studies on Afghanistan. Consultado em 24 de junho de 2010 
  16. Dupree, Louis; Dupree, Nancy; et al. «Last Afghan empire». Encyclopædia Britannica Online. Consultado em 22 de agosto de 2010 
  17. D. Balland (2010). «Afghanistan x. Political History». Encyclopædia Iranica Encyclopædia Iranica Online ed. Columbia University 
  18. M. Longworth Dames, G. Morgenstierne, and R. Ghirshman (1999). «AFGHĀNISTĀN». Encyclopaedia of Islam CD-ROM Edition v. 1.0 ed. Leiden, The Netherlands: Koninklijke Brill NV 
  19. «Western Powers and the Great Game». Center for Applied Linguistics. 30 de junho de 2002. Consultado em 14 de outubro de 2010. Arquivado do original em 17 de março de 2010 
  20. a b c Afghanistan, the CIA, bin Laden, and the Taliban, em inglês, acesso em 2 de outubro de 2014.
  21. Gomes, Aureo de Toledo (1 de abril de 2008). «Modern Afghanistan: a history of struggle and survival» (publicado em 2008). Contexto internacional. 30 (1): 209–215. ISSN 0102-8529. doi:10.1590/S0102-85292008000100006. Consultado em 26 de novembro de 2019 
  22. PEAR, Robert (18 de abril de 1988). «Arming Afghan guerrilhas». The new york times. Consultado em 24 de junho de 2018 
  23. «Afghanistan (1979–2001)». Users.erols.com. Consultado em 14 de novembro de 2010 
  24. UNICEF, Land-mines: A deadly inheritance
  25. «Afghanistan». Berkley Center for Religion, Peace, and World Affairs. Consultado em 1 de dezembro de 2011. Arquivado do original em 5 de fevereiro de 2011 
  26. «United Nations Security Council» (PDF). United Nations. Naval Postgraduate School. 5 de dezembro de 2001. Consultado em 6 de outubro de 2010 
  27. «Cópia arquivada». Consultado em 28 de março de 2012. Arquivado do original em 14 de novembro de 2012 
  28. «President Karzai Address to the Nation on Afghanistan's Peace Efforts». The Embassy of Afghanistan in Washington, DC. Consultado em 10 de outubro de 2011. Arquivado do original em 12 de outubro de 2011 
  29. a b Haddon, Katherine (6 de outubro de 2011). «Afghanistan marks 10 years since war started». AFP. Consultado em 6 de outubro de 2011 
  30. «Citing rising death toll, UN urges better protection of Afghan civilians». United Nations Assistance Mission in Afghanistan. 9 de março de 2011 
  31. «The World's Most Dangerous Countries». Forbes. 14 de janeiro de 2010. Consultado em 26 de fevereiro de 2012. Cópia arquivada em 24 de setembro de 2012 
  32. «Quais países mais geram refugiados pelo mundo?». epocanegocios.globo.com. Consultado em 26 de novembro de 2019 
  33. Cowan, William and Jaromira Rakušan. Source Book for Linguistics. 3ª ed. Amsterdam and Philadelphia: John Benjamins, 1998.
  34. Banting, Erinn (2003). Afghanistan: The land. [S.l.]: Crabtree Publishing Company. p. 4. 32 páginas. ISBN 0-7787-9335-4. Consultado em 22 de agosto de 2010 
  35. a b Ch. M. Kieffer (15 de dezembro de 1983). «Afghan». Encyclopædia Iranica Encyclopædia Iranica Online ed. Columbia University 
  36. «History of Afghanistan». Encyclopædia Britannica Online. Consultado em 22 de novembro de 2010 
  37. Vogelsang, Willem (2002). The Afghans. [S.l.]: Wiley-Blackwell. p. 18. 382 páginas. ISBN 0-631-19841-5. Consultado em 22 de agosto de 2010 
  38. Morgenstierne, G. (1999). «AFGHĀN». Encyclopaedia of Islam CD-ROM Edition v. 1.0 ed. Leiden, The Netherlands: Koninklijke Brill NV 
  39. ibne Batuta (2004). Travels in Asia and Africa, 1325–1354 reprint, illustrated ed. [S.l.]: Routledge. p. 416. ISBN 0-415-34473-5. Consultado em 10 de setembro de 2010 
  40. "Khurasan", The Encyclopaedia of Islam, page 55. [S.l.]: Brill. 2009. Consultado em 22 de outubro de 2010. In pre-Islamic and early Islamic times, the term "Khurassan" frequently had a much wider denotation, covering also parts of what are now Soviet Central Asia and Afghanistan; early Islamic usage often regarded everywhere east of western Persia, sc. Djibal or what was subsequently termed 'Irak 'Adjami, as being included in a vast and ill-defined region of Khurasan, which might even extend to the Indus Valley and Sind.' 
  41. extract from "Passion of the Afghan" by Khushal Khan Khattak; translated by C. Biddulph in "Afghan Poetry Of The 17th Century: Selections from the Poems of Khushal Khan Khattak", London, 1890.
  42. Zahir ud-Din Mohammad Babur (1525). «Events Of The Year 910». Baburnama. Packard Humanities Institute. Consultado em 22 de agosto de 2010. Arquivado do original em 14 de novembro de 2012 
  43. E. Huntington, "The Anglo-Russian Agreement as to Tibet, Afghanistan, and Persia", Bulletin of the American Geographical Society, Vol. 39, No. 11 (1907).
  44. Engels, Friedrich (1857), Blunden, Andy, ed., Afghanistan, The New American Cyclopaedia, Vol. I, consultado em 25 de agosto de 2010 
  45. Elphinstone, M., "Account of the Kingdom of Cabul and its Dependencies in Persia and India", London 1815; published by Longman, Hurst, Rees, Orme & Brown.
  46. M. Ali, "Afghanistan: The War of Independence, 1919", Cabul [s.n.], 1960.
  47. Afghanistan's Constitution of 1923 under King Amanullah Khan (English translation).
  48. Ruchi Kumar (4 de fevereiro de 2020). «The Afghan artefacts that survived Taliban destruction». BBC. Consultado em 15 de agosto de 2021 
  49. Dyson, Tim (2018), A Population History of India: From the First Modern People to the Present Day, ISBN 978-0-19-882905-8, Oxford University Press, pp. 4–5 ; Fisher, Michael H. (2018), An Environmental History of India: From Earliest Times to the Twenty-First Century, ISBN 978-1-107-11162-2, Cambridge University Press, p. 33 
  50. Anthony, David W. (2007). The Horse, the Wheel, and Language: How Bronze-Age Riders from the Eurasian Steppes Shaped the Modern World. [S.l.]: Princeton University Press. p. 454. ISBN 978-0691058870 
  51. Mallory, J.P.; Adams, Douglas Q. (1997). Encyclopedia of Indo-European Culture página=310 ed. [S.l.]: Taylor & Francis. ISBN 1884964982 
  52. The Far East and Australasia 2003. [S.l.]: Psychology Press. 14 de junho de 2002. ISBN 9781857431339 
  53. Tomsen, Peter (2014), The Wars of Afghanistan, ISBN 978-1610392624, pp. 41–2 
  54. Rashid, Ahmed (2000), Taliban, ISBN 1-86064-417-1, p. 187 
  55. Ladwig, Walter C. (2017). The Forgotten Front: Patron-Client Relationships in Counter Insurgency. [S.l.]: Cambridge University Press. p. 302. ISBN 9781107170773. Consultado em 15 de maio de 2018 
  56. «Sob o comando do Talibã, o Afeganistão retorna aos seus dias mais sombrios». G1. Consultado em 15 de agosto de 2021 
  57. «Composition of macro geographical (continental) regions, geographical sub-regions, and selected economic and other groupings». UNdata. 26 de abril de 2011. Consultado em 13 de setembro de 2011. Arquivado do original em 13 de julho de 2011 
  58. «Location: Southern Asia, north and west of Pakistan, east of Iran». The World Factbook. CIA. Consultado em 24 de junho de 2010. Arquivado do original em 24 de maio de 2011 
  59. Britannica: Afghanistan; Center for South Asia Outreach Arquivado em 27 de fevereiro de 2010, no Wayback Machine.
  60. «South Asia». Web.worldbank.org. Consultado em 19 de maio de 2012 
  61. «U.S. maps». Pubs.usgs.gov. Consultado em 19 de maio de 2012 
  62. «Syracuse University». Maxwell.syr.edu. 6 de março de 2012. Consultado em 19 de maio de 2012 
  63. «Afghanistan». Encyclopædia Britannica. Consultado em 17 de março de 2010. Arquivado do original em 25 de fevereiro de 2010 
  64. «Noshaq - Peakbagger.com». www.peakbagger.com. Consultado em 26 de junho de 2023 
  65. «History of Environmental Change in the Sistan Basin 1976–2005» (PDF). Consultado em 20 de setembro de 2007. Arquivado do original (PDF) em 7 de agosto de 2007 
  66. «Snow in Afghanistan: Natural Hazards». NASA. 3 de fevereiro de 2006. Consultado em 6 de maio de 2012 
  67. «Snow may end Afghan drought, but bitter winter looms». Reuters. 18 de janeiro de 2012 
  68. «Afghanistan's woeful water management delights neighbors». Csmonitor.com. 15 de junho de 2010. Consultado em 14 de novembro de 2010. Arquivado do original em 14 de novembro de 2010 
  69. Crone, Anthony J. (Abril de 2007). Earthquakes Pose a Serious Hazard in Afghanistan (PDF) (Relatório). US Geological Survey. Fact Sheet FS 2007–3027 
  70. «Earthquake Hazards». USGS Projects in Afghanistan. US Geological Survey. 1 de agosto de 2011. Consultado em 13 de outubro de 2011 
  71. «'Seven dead' as earthquake rocks Afghanistan». BBC News. 19 de abril de 2010. Consultado em 13 de outubro de 2011 
  72. Peters, Steven G.; et al. (Outubro de 2007). Preliminary Assessment of Non-Fuel Mineral Resources of Afghanistan, 2007 (PDF) (Relatório). USGS Afghanistan Project/US Geological Survey/Afghanistan Geological Survey. Fact Sheet 2007–3063 
  73. «Afghanistan's untapped minerals 'worth $3 trillion'». The Independent. London. 18 de junho de 2010. Consultado em 15 de outubro de 2011 
  74. «Afghans say US team found huge potential mineral wealth». BBC News. 14 de junho de 2010. Consultado em 13 de outubro de 2011 
  75. «Land area (sq. km)». World Development Indicators. World Bank. 2011. Consultado em 13 de outubro de 2011 
  76. «CIA Factbook – Area: 41». CIA. 26 de novembro de 1991. Consultado em 4 de fevereiro de 2012 
  77. «O Paquistão vai colocar minas em sua fronteira com o Afeganistão». g1.globo.com. Consultado em 26 de junho de 2023 
  78. Enciclopédia Britânica (ed.). «Iran-Land». Consultado em 6 de março de 2021 
  79. «Turcomenistão: Dados e estatísticas». DadosMundiais.com. Consultado em 26 de junho de 2023 
  80. International Boundary Study No. 26 - Afghanistan-USSR Boundary (PDF), 15 de Setembro de 1983 
  81. «Afghanistan border crossings». Caravanistan (em inglês). 7 de junho de 2023. Consultado em 26 de junho de 2023 
  82. «Afghanistan – China Boundary» (PDF). International Boundary Study. Arquivado do original (PDF) em 3 de janeiro de 2015 
  83. http://cso.gov.af/Content/files/2-2.pdf [ligação inativa]
  84. «Country profile: Afghanistan» (PDF) (em inglês). Library of Congress – Federal Research Division. Agosto de 2008. Consultado em 6 de maio de 2014 [ligação inativa] 
  85. «Chapter 1: Religious Affiliation» (em inglês). Pew Research - Religion & Public Life Project. 9 de agosto de 2012. Consultado em 6 de maio de 2014 
  86. «Religions» (em inglês). CIA - The World Factbook. Consultado em 6 de maio de 2014 
  87. Klimberg, Max. «Nuristan» (em inglês). Encyclopædia Iranica. Consultado em 6 de maio de 2014 
  88. Lavina Melwani. «Hindus Abandon Afghanistan (em português: Hindus abandonam o Afeganistão)» (em inglês). Hinduism Today. Consultado em 6 de maio de 2014 
  89. Sanjoy Majumde (25 de setembro de 2003). «Sikhs struggle in Afghanistan (em português: Sikhs lutam no Afeganistão)» (em inglês). BBC News - Sul da Ásia. Consultado em 6 de maio de 2014 
  90. Evans, Robert (10 de dezembro de 2013). «Atheists face death in 13 countries, global discrimination: study». Reuters 
  91. «Afghan 'blasphemy' death sentence». BBC. 23 de Janeiro de 2008 
  92. «Freedom of Thought 2013: A Global Report on the Rights, Legal Status, and Discrimination Against Humanists, Atheists, and the Non-religious» (PDF). International Humanist and Ethical Union (IHEU). 2013 
  93. a b «Hardliners get key posts in new Taliban government». BBC News. 7 de setembro de 2021. Consultado em 9 de setembro de 2021 
  94. «Afghanistan: Taliban increasingly violent against protesters – UN». BBC News. Consultado em 25 de novembro de 2021 
  95. «Q&A: What is a loya jirga?». BBC News. 1 de setembro de 2002. Consultado em 2 de junho de 2019. Cópia arquivada em 23 de maio de 2019 
  96. «Politicians Express Mixed Reactions to Loya Jirga». TOLO News. 7 de agosto de 2020. Consultado em 10 de agosto de 2020. Cópia arquivada em 10 de agosto de 2020 
  97. «Loya Jirga Approves Release of 400 Taliban Prisoners». TOLO News. 9 de agosto de 2020. Consultado em 10 de agosto de 2020 
  98. «Afghanistan: Women protest against all-male Taliban government». BBC News. 8 de setembro de 2021. Consultado em 9 de setembro de 2021 
  99. «Taliban to reshuffle cabinet to get international recognition». ANI News (em inglês). Consultado em 4 de março de 2022 
  100. The Associated Press (23 de março de 2022). «Taliban cancels girls' higher education despite promise». cbc.ca 
  101. «Afghanistan: Taliban expected to announce new government». The Guardian. 2 de setembro de 2021. Consultado em 2 de setembro de 2021 
  102. «Afghanistan 2017/2018». Amnesty International. 2018 
  103. Goldstein, Joseph (20 de setembro de 2015). «U.S. Soldiers Told to Ignore Sexual Abuse of Boys by Afghan Allies». The New York Times 
  104. Rafiq, Arif (28 de setembro de 2016). «The Persecution of Afghanistan's Hazaras Has Less to Do with Religion Than You Think». The National Interest 
  105. Seerat, Rustam Ali (27 de agosto de 2015). «Peril and Persecution in Afghanistan». Foreigm Policy 
  106. «Afghanistan: No Country for Women». www.aljazeera.com. Consultado em 21 de maio de 2019 
  107. «240 cases of honor killing recorded in Afghanistan, AIHRC». The Khaama Press News Agency (em inglês). 9 de junho de 2013. Consultado em 21 de maio de 2019 
  108. Observador; Observador. «Afeganistão. Ainda há mulheres a ser condenadas por não serem virgens». Observador. Consultado em 21 de maio de 2019 
  109. «Office of the President» (em árabe). Constituição da República Islâmica do Afeganistão. Consultado em 6 de maio de 2014. Arquivado do original em 5 de março de 2009 
  110. «Afeganistão: 98% da população desnutrida e 9 milhões de pessoas "à beira da fome", alerta Unicef». CNN Portugal. Consultado em 26 de fevereiro de 2022 
  111. «Germany to construct new building for engineering faculty in Balkh University» (em inglês). Afghanistan Times. 16 de fevereiro de 2015. Consultado em 29 de outubro de 2021 
  112. «Afghanistan unter dem Terror der Taliban – Erfolgsmeldungen aus Afghanistan». Aus Politik und Zeitgeschichte. 2007. Consultado em 3 de novembro de 2019 
  113. Peter Wonacott: Afghan Road Project Shows Bumps in Drive for Stability, The Wall Street Journal
  114. CIA - The World Factbook
  115. Wulf Schmiese: „ Die Gefahr ist größer geworden“. 26 de julho de 2008.
  116. «Afghanistan Airports» 
  117. «Air Companies operating or connected to Afghanistan» 
  118. Afghanistan in Olympics Cópia arquivada no Wayback Machine Sport Reference
  119. «Men's Ranking» (em inglês). FIFA. Consultado em 28 de agosto de 2021 
  120. «Women's Ranking» (em inglês). FIFA. Consultado em 28 de agosto de 2021 
  121. «Sports in Afghanistan» (em inglês). afghan-web.com. 10 de novembro de 2011 
  122. «Buzkashi - National Sport of Afghanistan» (em inglês). kidzworld.com. 10 de novembro de 2011