Discriminação de preços
Discriminação de preços é a prática de cobrar preços diferentes pelo mesmo produto.[1]
Para que a discriminação de preços seja eficaz, é necessário que a empresa seja capaz de identificar os diferentes consumidores, e de lhes cobrar preços diferentes e os consumidores não tenham a possibilidade de fazer arbitragem (os consumidores aos quais o produto é vendido a um preço mais baixo não o podem vender aos outros).
A discriminação de preços pode ser dividida em três graus de acordo com a capacidade de cada uma das partes (consumidores e produtores) de estabelecer preços diferenciados.
1º Grau
[editar | editar código-fonte]A discriminação de preços de 1° grau (ou perfeita) consiste na venda de cada unidade de produto ao preço máximo que o consumidor está disposto a pagar por essa unidade (o seu preço de reserva).[2]
Com esse tipo de discriminação, é transacionada a mesma quantidade que em concorrência perfeita (correspondente à igualdade entre preço e custo marginal), mas o excedente do consumidor passa a ser zero.
Num monopólio com discriminação de preços de 1° grau:
- a curva da procura coincide com a curva da receita marginal;
- o monopolista apropria-se de todo o excedente do consumidor;
- o lucro do monopolista é igual ao excedente econômico total;
- o volume de produção maximiza o excedente econômico total;
- a eficiência é máxima, mas a equidade é questionável.
2º Grau
[editar | editar código-fonte]A discriminação de preços de 2° grau consiste na venda de cada conjunto (ou lote) de unidades a um preço específico. Assim, o preço depende do número de unidades adquiridas.[3]
3º Grau
[editar | editar código-fonte]A discriminação de preços de 3° grau consiste em cobrar preços diferentes a grupos diferentes de consumidores.
Identificando grupos de consumidores com elasticidades preço da procura diferentes, a empresa procurará cobrar-lhes preços diferentes (preços mais elevados aos consumidores com procura menos elástica).[4]
O caso mais frequente é o de um monopolista que vende em dois mercados separados. O seu objetivo, como sempre, é o de maximizar o seu lucro.[3]
Referências
- ↑ SEAE«Discriminação de preços». Ministério da Fazenda. Consultado em 21 de dezembro de 2010
- ↑ «Discriminação de Preços no Brasil». Academia Econômica. Consultado em 21 de dezembro de 2010
- ↑ a b «Discriminação de Preço» (PDF). Gil Riella. Consultado em 21 de dezembro de 2010
- ↑ Faculdade de Direito «Preços Não Lineares e Discriminação de Preços» (PDF). Faculdade de Direito da Universidade de Nova Lisboa. Consultado em 21 de dezembro de 2010
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- PINDYCK, Robert: RUBINFELD, Daniel. Microeconomia: Determinação de Preços. Editora Prentice Hall, 2006.
- SILVA, João Correia da. Microeconomia II: Monopólio. Porto, Portugal. Faculdade de Economia da Universidade do Porto, 2009.
- KRUGMAN, Paul R.; MAURICE, Obstfeld. Economies of Scale, Imperfect Competition and International: International Economics - Theory and Policy. 2003. p. 142.