Eidorfe Moreira
Eidorfe Moreira | |
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Nascimento | 30 de julho de 1912 |
Morte | 2 de janeiro de 1989 (76 anos) Belém |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | advogado, escritor, professor universitário, geógrafo |
Eidorfe Moreira (Paraíba, 1912 - Belém, 1989) foi um advogado, escritor e professor. Foi um importante nome na produção bibliográfica sobre a geografia regional amazônica, em um período em que a geografia estava focada no eixo RJ-SP. Por sua importância, dá nome à Funbosque e a um prêmio na área da geografia regional.[1][2][3]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Eidorfe Moreira nasceu em 30 de julho de 1912, no estado da Paraíba, filho do militar Francisco Solerno Moreira e de Dona Petrolina Moreira. Sua família mudou-se para a cidade de Belém, no Pará, quando ele tinha menos de dois anos de idade. Entre 1921 e 1927, a família morou na cidade de Soure, na Ilha de Marajó.[1]
Ao longo de sua fase estudantil no Colégio Paes de Carvalho, participou ativamente de atividades políticas e, em 1932, perdeu um braço por conta de um ferimento de bala durante a revolta em apoio à Revolução Constitucionalista de São Paulo. Em 1938, formou-se em Direito; no ano seguinte, já lecionava Economia Política em escolas de Belém; e em 1945, passou a servidor público. Também atuou na Universidade Federal do Pará como professor e pesquisador.[1]
Eidorfe aposentou-se do serviço público em 1982 e faleceu no dia 02 de janeiro de 1989, vítima de infarto.[1]
Reconhecimentos
[editar | editar código-fonte]- 1996 - seu nome foi dado para a Fundação Centro de Referência em Educação Ambiental Escola Bosque,[3]
- o Simpósio Nacional de Geografia Regional (SINGER) homenageia "os geógrafos que contribuiram com a produção do conhecimento no âmbito da Geografia Regional" com um prêmio com seu nome: "Prêmio Eidorfe Moreira de Geografia Regional".[2][4][5][6]
Obras
[editar | editar código-fonte]Eidorfe Moreira formou-se advogado, mas sua produção intelectual concentrou-se na geografia regional:[1]
tem como cenário principal de seus trabalhos a região Amazônica, compreendendo-a como uma grande paisagem, na qual o geógrafo precisava estabelecer uma profunda relação com seus aspectos da natureza, daí porque defendia um conhecimento geográfico participante.
Dentre suas principais obras publicadas, estão:[1]
- 1958 - Conceito de Amazônia,
- 1960 - Amazônia: O Conceito e a Paisagem,
- 1960 - Estado e Ideologia,
- 1960 - Ideias para uma Concepção Geográfica de Vida,
- 1962 - Presença do Mar na Literatura Brasileira,
- 1966 - Belém e sua Expressão Georgráfica,
- 1970 - Os Sermões que o Padre Vieira Pregou no Pará,
- 1976 - Os Igapós e seu Aproveitamento,
- 1979 - O Livro Didático Paraense,
- 1989 (após a morte do autor) - Obras reunidas (8 volumes).[7]
Referências
- ↑ a b c d e f «Vida e Obra de Eidorfe Moreira». CODEM - Companhia de Desenvolvimento e Administração da Área Metropolitana de Belém. Consultado em 14 de junho de 2023
- ↑ a b «Prêmio Eidorfe Moreira». singer.unifesspa.edu.br. Consultado em 14 de junho de 2023
- ↑ a b Prefeitura Municipal de Belém. «FUNDAÇÃO CENTRO DE REFERÊNCIA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL ESCOLA BOSQUE PROFESSOR EIDORFE MOREIRA». Consultado em 12 de junho de 2023
- ↑ «Pesquisadora do LERGEO ganha o Prêmio Eidorfe Moreira de Geografia Regional | LERGEO». lergeo.fflch.usp.br. Consultado em 14 de junho de 2023
- ↑ «Professora Sandra Lencioni recebe Prêmio Eidorfe Moreira de geografia regional». ANPUR. Consultado em 14 de junho de 2023
- ↑ «Pandemia, geografia e desigualdades – Observatório do Estado Social». obsestadosocial.com.br. Consultado em 14 de junho de 2023
- ↑ Guimarães, Maria Stella Faciola Pessôa (2015). «Eidorfe Moreira: uma introdução». Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas: 567–568. ISSN 1981-8122. doi:10.1590/1981-81222015000300002. Consultado em 14 de junho de 2023