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Eixo Anhanguera

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Eixo Anhanguera
Informações
Proprietário Governo de Goiás através da Metrobus
Local BrasilGoiânia
Tipo de transporte Bus Rapid Transit and System
Número de linhas 6 (sendo 1 linha tronco, mais 3 da extensão metropolitana e 2 diretas)[1]
Número de estações 19 + 5 terminais (Eixo Anhanguera).[2] 4 terminais (extensão metropolitana).[1]
Tráfego 240.000 passageiros por dia[2]
Website www.metrobus.go.gov.br
Funcionamento
Início de funcionamento 1976 (via segregada).[3]
1998 (estações).[2]
2014 (extensões metropolitanas).[1]
Dados técnicos
Extensão do sistema 13,5 km[2]

Eixo Anhanguera é um corredor de transporte coletivo exclusivo, na modalidade BRT, localizado em Goiânia, Goiás. Em seus 14 km de extensão, faz a ligação entre os extremos leste e oeste da capital, através da Avenida Anhanguera, uma das mais importantes da cidade, transportando cerca de 240 mil passageiros por dia.[2] Ao longo de seu percurso, compreendido entre os Terminais Padre Pelágio, no Bairro Ipiranga e Novo Mundo, no bairro de mesmo nome, atravessa mais três terminais de integração, os chamados Terminal Dergo, Terminal Praça "A" e Terminal Praça da Bíblia, que oferecem aos usuários conexões com linhas de ônibus alimentadoras com destinos variados dentro do município de Goiânia e mais 18 municípios em sua Região Metropolitana.[3][2]

Sua concessão é explorada pela Metrobus, empresa de economia mista cujo acionista majoritário é o Governo de Goiás, por força do contrato firmado em 20 de abril de 2011, com vigência de 20 anos prorrogáveis por mais 20 anos.[4]

No ano de 2014, foram inauguradas três extensões metropolitanas, com destinos finais os terminais urbanos das cidades de Senador Canedo, Trindade e Goianira.[1][5] As extensões não são realizadas em vias segregadas, mas são utilizados os mesmos veículos da linha tronco, e ainda não há previsão para adaptação das estações em tais trajetos.[1]

Antiga Estação Bandeirante Leste, hoje chamada de Estação Rua 7.

O Eixo Anhanguera foi implementado na capital goiana na década de 1970, como uma nova opção de transporte mais organizado, pois a cidade crescia cada vez mais desordenadamente, destoando do plano inicial de uma cidade totalmente planejada.[2] No início da operação com via segregada junto ao canteiro central, em 1976, cerca de 36 mil pessoas utilizavam o sistema, que, de início, operava entre os terminais Dergo e Praça da Bíblia, passando pelo Terminal Praça A.[3][6]

Alguns anos depois, a linha foi levada aos terminais Padre Pelágio e Novo Mundo, e a segregação da via, que antes era feita por meio de tachões fixados ao asfalto, passou a ser por meio de canaletas, o que dificultou ainda mais as invasões por meio de veículos particulares.[2] Em 1998, foram inauguradas as estações com elevação, o que facilitou o embarque dos usuários, que pagavam a passagem antes de entrar nos ônibus - condição que se mantém até hoje na linha principal.[2] A operação, que anteriormente era feita pela estatal Transurb, passou para a empresa de economia mista Metrobus.[3]

Eixo anhanguera se deslocando

Durante a década de 2000 e início da década de 2010, projetos de transformação do Eixo Anhanguera em um sistema metroviário ou de VLT foram concebidos, mas nenhum foi levado adiante.[7] Uma licitação para um VLT chegou a ser aberta e vencida em 2013, mas obras nunca começaram.[8][9]

No ano de 2014, foi anunciada para o mês de setembro o início das operações na extensão do Eixo Anhanguera.[1] Na prática, não se trata de um BRT, mas sim de linhas de ônibus convencionais operadas por veículos articulados e biarticulados cuja tarifação e integração seria cem porcento iguais ao Eixo Anhanguera.[1] As extensões metropolitanas passaram a ligar o Eixo Anhanguera aos municípios de Trindade, por meio da GO-060 também conhecida como Rodovia dos Romeiros, Senador Canedo, por meio da GO-403 e Goianira, por meio da GO-070.[5]

Durante a pandemia de COVID-19, as linhas de extensão do Eixo Anhanguera, que atuavam em um formato BRS, foram incorporadas ao corredor da linha principal. A mudança, motivada pela queda de demanda dos usuários, fez com que o serviço deixasse de ser tronco-alimentado e todas as linhas adotassem a modalidade de eixo, ligando um município específico as centralidades que eram atendidas pela linha principal.[10]

Com essas mudanças a linha 001 - Eixo Anhanguera deixou de ser a linha principal do sistema, pois as linhas das extensões passaram a atender toda a Avenida Anhanguera. As linhas 111 e 115 também voltaram a funcionar, a linha 111 também passou a funcionar durante o período de pico da tarde (mais informações na tabela abaixo) e a linha 115 passou a fazer o trajeto Terminal Novo Mundo / Terminal Vera Cruz, sem atender os pontos da GO-060.[11]

Em 2024, o Governo do Estado de Goiás, em parceria com as prefeituras de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Trindade e Goianira, anunciou o projeto Nova RMTC, um pacote de investimentos no valor de R$ 1,6 bilhão, destinados à reforma dos terminais e estações de integração do Eixo Anhanguera. Até outubro de 2024, 8 das 19 estações estavam completamente reformadas e 2 terminais se encontravam em reforma.[12]

Os ônibus do Eixo Anhanguera já sofreram diversos protestos, tanto nos terminais de ônibus e como fora; diversas vezes as manifestações acabam em vandalismo, como em quebra dos ônibus, terminais e plataformas, ou até mesmo fogo ateado nos ônibus. Em 21 de setembro de 2015, o protesto foi por causa das mudanças das ligações entre Trindade - Goiânia, e Goianira - Goiânia.[13]

Outra medida que desencadeou revolta nos usuários foi o fim da tarifa diferenciada, pois, até 2016, a tarifa no sistema era metade do valor cobrado no restante das linhas, o que deixou de ser praticado, a não ser usuários previamente cadastrados com critérios estabelecidos.[14]

O Eixo Anhanguera opera 6 linhas do sistema de transporte público da Região Metropolitana de Goiânia, sendo 1 linha principal e outras cinco derivadas, que fazem parte da extensão metropolitana.[1] Após a pandemia de Covid-19 a Metrobus e CMTC (Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos) fizeram modificações que transformaram as linhas das extensões em linhas diretas, as linhas passaram a transitar por todas as estações da Avenida Anhanguera.[11]

Linha Terminais Serviço Estações Funcionamento
110 T. Pe. Pelágio / T. Sen. Canedo Regular 25
+ paradas ao longo da GO-403
Diariamente, todo o dia e durante a madrugada no chamado "Corujão".[15]
111 Direto - T. Sen. Canedo / T. Bíblia Expresso 5

+ atendimento ao PED 5483

Dias úteis, das 5h às 6:45 e das 16h às 18:40.[15]
112 T. Novo Mundo / T. Trindade - Via T. Vera Cruz
(durante a noite intercala com: T. Trindade / T. Pe. Pelágio - Via T. Vera Cruz)
Regular 26
+ paradas ao longo da GO-060
Diariamente, das 5h à meia-noite.[16]
113 T. Novo Mundo / T. Goianira
(durante o período noturno: T. Goianira / T. Pe. Pelágio)
Regular 26
+ paradas ao longo da GO-070
Diariamente, das 5h à meia-noite.[16]
115 Direto - T. Praça A / T. Vera Cruz Expresso 9 Dias úteis, 15h25 às 19h.[16]
116 T. Vera Cruz / T. Novo Mundo

(entre 5h e 8h, aos dias úteis e sábados: T. Vera Cruz / T. Bíblia)

Regular 25
+ paradas ao longo da GO-060
Diariamente, das 5h às 18h.[15]
117 T. Pe. Pelágio / T. Novo Mundo Regular 24 Dias úteis, das 5h às 18h.[15]
Mapa completo[17] das Estações e Terminais do Eixo Anhanguera e extensões.

As linhas do Eixo Anhanguera se integram com as demais linhas alimentadoras da rede de transportes coletivos da região metropolitana através dos 9 terminais de integração pelos quais o sistema passa.[2]

Referências

  1. a b c d e f g h «Linha de ônibus do Eixo Anhanguera é estendida para mais três cidades». G1. 20 de setembro de 2014. Consultado em 26 de dezembro de 2018 
  2. a b c d e f g h i j Lorena C. F. Sousa, Cristiano F. Almeida (24 de outubro de 2017). «CARACTERIZAÇÃO DO EIXO ANHANGUERA: As Transformaçõesna Paisagem da Cidade em Busca da Mobilidade Urbana» (PDF). 5º Seminário Íbero-americano de Arquitetura e Documentação. Consultado em 26 de dezembro de 2018 
  3. «CDTC renova concessão do Eixo-Anhanguera com Metrobus por mais 20 anos». Sagres Online. 14 de março de 2011. Consultado em 26 de dezembro de 2018 
  4. a b Rafael Martins (16 de outubro de 2016). «Goiânia: A Extensão do Eixo Anhanguera e o crescimento desordenado da Região Metropolitana». Pense Mobilidade. Consultado em 26 de dezembro de 2018 
  5. «Nossa História». Metrobus. Consultado em 26 de dezembro de 2018 
  6. «'Goiânia necessita urgentemente de metrô ou VLT', diz especialista». G1 Goiás. 14 de março de 2012. Consultado em 26 de dezembro de 2018 
  7. «Único consórcio interessado vence licitação para obra do VLT em Goiânia.». G1 Goiás. 9 de dezembro de 2013. Consultado em 26 de dezembro de 2018 
  8. Matheus Monteiro (19 de janeiro de 2018). «Marconi diz que vai superar R$ 2 bilhões em obras entregues à população». Jornal Opção Online. Consultado em 26 de dezembro de 2018 
  9. CMTC (23 de julho de 2020). «CMTC e Metrobus alteram operação no Eixo para desafogar terminais». Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos. Consultado em 23 de outubro de 2024 
  10. a b «CMTC e Metrobus alteram operação no Eixo para desafogar terminais». Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos. 23 de julho de 2020. Consultado em 12 de outubro de 2020 
  11. «Acesso Negado». goias.gov.br. Consultado em 23 de outubro de 2024 
  12. «Manifestantes põem fogo e destroem ônibus na Grande Goiânia; vídeos». G1. 21 de setembro de 2015. Consultado em 21 de setembro de 2015 
  13. «Começa o cadastramento para pagar meia passagem no Eixo Anhanguera». G1 Goiás. 18 de julho de 2016. Consultado em 26 de dezembro de 2018 
  14. a b c d «Rmtc Goiânia - Home». www.rmtcgoiania.com.br. Consultado em 12 de outubro de 2020 
  15. a b c «Rmtc Goiânia». Rede Metropolitana de Transporte Coletivo de Goiânia. Consultado em 26 de dezembro de 2018 
  16. «Eixo Anhanguera - METROBUS - A serviço do cidadão». www.metrobus.go.gov.br. Consultado em 27 de junho de 2016 
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