Eleições estaduais no Rio Grande do Sul em 1978
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Eleições estaduais no Rio Grande do Sul em 1978 | ||||
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1º de setembro de 1978 (Eleição indireta) 15 de novembro de 1978 (Eleição direta) | ||||
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Candidato | Amaral de Souza
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Partido | ARENA
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Natural de | Palmeira das Missões, RS
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Vice | Otávio Germano | |||
Votos | 307 | |||
Porcentagem | 100% | |||
Titular Eleito | ||||
As eleições estaduais no Rio Grande do Sul em 1978 transcorreu sob as regras do Ato Institucional Número Três e do Pacote de Abril: em 1º de setembro ocorreu a via indireta onde a ARENA elegeu o governador Amaral de Souza, o vice-governador Otávio Germano e reelegeu o senador Tarso Dutra. A fase seguinte sobreveio em 15 de novembro tal como nos outros estados brasileiros e nela o MDB elegeu o senador Pedro Simon e obteve maioria dentre os 32 deputados federais e 56 estaduais que foram eleitos.[1][2][3][4][5][6][nota 1][nota 2]
Nascido em Palmeira das Missões, o governador Amaral de Souza iniciou carreira política no PSD, ao qual filiou-se antes dos 18 anos. Graduado em Filosofia em 1951 e em Direito no ano seguinte na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, chegou a vice-presidente da União Nacional dos Estudantes. Venceu sua primeira eleição em 1959 como vereador em Palmeira das Missões e em 1962 foi eleito deputado estadual, migrando à ARENA após o Regime Militar de 1964, elegendo-se deputado federal em 1966 e 1970. Vinculado politicamente a Tarso Dutra, recebeu dele o apoio para eleger-se vice-governador na chapa de Sinval Guazzelli em 1974 e para chegar ao Palácio Piratini em 1978 após decisão do presidente Ernesto Geisel.[7][8]
Além de contar com o senador Paulo Brossard, o MDB elegeu o advogado Pedro Simon para representar o estado em Brasília. Formado na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul e político desde a época de estudante foi eleito vereador pelo PTB de Caxias do Sul, em 1959, e deputado estadual em 1962, 1966, 1970 e 1974 num período onde presidiu o diretório estadual do MDB mediante o bipartidarismo imposto pelo Regime Militar de 1964. Antes o voto biônico permitiu que Tarso Dutra fosse mantido no Senado Federal, onde chegou no pleito de 1970 após um mandato de deputado estadual, cinco de deputado federal e uma passagem pelo Ministério da Educação no governo Costa e Silva, sendo mantido no cargo pela Junta Militar de 1969.
Resultado da Eleição Para Senador | ||||
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Líder | Pedro Simon | Mário Bernardino Ramos | ||
Partido | MDB | ARENA | ||
Natural de | Caxias do Sul, RS | RS | ||
Votos | 1.751.469 | 620.405 | ||
Porcentagem | 61,61% | 21,83% (Candidato)
38,39% (Sublegenda) | ||
Pedro Simon
Mario Bernardino Ramos
Mariano da Rocha
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Titular(es) Eleito(s) | ||||
Resultado da eleição para governador
[editar | editar código-fonte]O Colégio Eleitoral do Rio Grande do Sul era composto por 524 membros sendo dominado pela ARENA, porém a ausência do MDB e a impugnação de dez delegados arenistas reduziu para 307 o número de votantes que votaram unanimemente nos candidatos apresentados.[1][2]
Candidatos a governador do estado |
Candidatos a vice-governador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
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Amaral de Souza ARENA |
Otávio Germano ARENA |
Resultado da eleição para senador
[editar | editar código-fonte]Mandato biônico de oito anos
[editar | editar código-fonte]Eleição realizada por via indireta num Colégio Eleitoral convocado para este fim.[9][10]
Candidatos a senador da República |
Candidatos a suplente de senador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
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Tarso Dutra ARENA |
Otávio Cardoso ARENA Mário Mondino ARENA |
Mandato direto de oito anos
[editar | editar código-fonte]Seria eleito o candidato mais votado a partir da soma das sublegendas conforme registro do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul cujos arquivos mencionam 2.842.600 votos nominais (90,82%) 174.766 votos em branco (5,58%) e 112.719 votos nulos (3,60%) resultando no comparecimento de 3.130.085 eleitores.[1][2]
Candidatos a senador da República |
Candidatos a suplente de senador | Número | Coligação | Votação | Percentual |
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Pedro Simon MDB |
Alcides Saldanha MDB Ivo Sprandel MDB |
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Mário Bernardino Ramos ARENA |
[nota 3] - [nota 4] - |
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Mariano da Rocha ARENA |
[nota 3] - [nota 4] - |
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Gay da Fonseca ARENA |
[nota 3] - [nota 4] - |
Deputados federais eleitos
[editar | editar código-fonte]São relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Câmara dos Deputados.[11][12]
Deputados estaduais eleitos
[editar | editar código-fonte]São relacionados os candidatos eleitos com informações complementares da Assembleia Legislativa.[12] Das 56 cadeiras da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul o MDB superou a ARENA por trinta e um a vinte e cinco.[1][2]
Notas
- ↑ Nos territórios federais do Amapá, Rondônia e Roraima o pleito serviu apenas para a escolha de deputados federais não havendo eleições em Fernando de Noronha.
- ↑ A Lei n.º 6.091 permitiu que os gaúchos radicados no Distrito Federal votassem para senador, deputado federal e deputado estadual em 1978 remetendo às urnas ao estado de origem.
- ↑ a b c Na época, a legislação vigente permitia o lançamento de até três candidatos em sublegenda.
- ↑ a b c A candidatura única do MDB obteve 1.751.469 votos (61,61%), enquanto as sublegendas da ARENA colheram 1.091.131 votos (38,39%).
- ↑ Ocupou a secretaria de Indústria e Comércio ao longo do governo Sinval Guazzelli, só afastando-se da mesma durante o período fixado pela legislação eleitoral; inclusive licenciou-se do mandato de deputado federal em seus primeiros dias a fim de retornar à pasta.
- ↑ Durante os últimos dias do governo Sinval Guazzelli, o deputado Jair Soares foi secretário de Agricultura.
- ↑ a b c d e Em 15 de março de 1979, Jair Soares assumiu o cargo de ministro da Previdência Social no governo do presidente João Figueiredo. Nesse mesmo dia, o governador Amaral de Souza nomeou Victor Faccioni secretário de Obras Públicas (depois substituído por Alberto Hoffmann) e Augusto Trein secretário do Trabalho e Ação Social. Telmo Thompson Flores, o primeiro suplente, não assumiu pois voltou à presidência da Eletrosul, e com isso foram convocados Cid Furtado, Túlio Barcelos e Telmo Kirst. Qundo Cid Furtado foi eleito conselheiro do TCE gaúcho em 1980, Ary Alcântara passou a exercer o mandato.
- ↑ Ocupou a secretaria do Trabalho e Ação Social durante o governo Sinval Guazzelli, só afastando-se da mesma durante o período fixado pela legislação eleitoral; inclusive licenciou-se do mandato de deputado federal em seus primeiros dias a fim de voltar à pasta.
- ↑ Renunciou ao mandato em 15 de junho de 1982 para assumir uma cadeira no Tribunal de Contas da União, sendo efetivado Telmo Kirst.
- ↑ Renunciou ao mandato em 3 de junho de 1982 para assumir uma cadeira no Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul.
- ↑ Faleceu em Porto Alegre a 12 de setembro de 1982 e para ocupar sua cadeira foi efetivado Antônio Bresolin.
- ↑ Faleceu antes da diplomação vítima de um naufrágio no Rio Jacuí em 17 de dezembro de 1978, sendo efetivado Harry Sauer.
Referências
- ↑ a b c d e «Banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral». Consultado em 2 de junho de 2018
- ↑ a b c d «Banco de dados do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul». Consultado em 2 de junho de 2018
- ↑ «BRASIL. Presidência da República: Ato Institucional Número Três». Consultado em 2 de junho de 2018
- ↑ «BRASIL. Presidência da República: Pacote de Abril». Consultado em 2 de junho de 2018
- ↑ «BRASIL. Presidência da República: Lei n.º 6.091 de 15/08/1974». Consultado em 2 de junho de 2018
- ↑ «Acervo digital Veja». Consultado em 2 de junho de 2018. Arquivado do original em 29 de outubro de 2013
- ↑ BRASIL. Câmara dos Deputados. «Biografia do deputado Amaral de Souza». Consultado em 3 de agosto de 2013
- ↑ E a corrida chega ao fim (online). Veja, 19/04/1978. Página visitada em 3 de agosto de 2013.
- ↑ Menos de dez mil votos elegeram 22 senadores (online). Jornal do Brasil, Rio de Janeiro (RJ), 01/09/1978. Primeiro caderno, p. 04. Página visitada em 1º de junho de 2018.
- ↑ «UFRGS»
- ↑ a b «Página oficial da Câmara dos Deputados». Consultado em 12 de julho de 2016. Arquivado do original em 2 de outubro de 2013
- ↑ a b BRASIL. Presidência da República. «Lei n.º 9.504 de 30/09/1997». Consultado em 12 de julho de 2016