Fortaleza de Cacela
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Fortaleza de Cacela Fortaleza dos Cavaleiros de Santiago de Cacela | |
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Vista da Fortaleza de Cacela, Portugal | |
Tipo | Fortaleza costeira |
Estilo dominante | Abaluartada |
Início da construção | (1770) |
Fim da construção | (1794) |
Proprietário(a) inicial | Reino de Portugal |
Função inicial | Militar |
Proprietário(a) atual | República Portuguesa |
Função atual | Cultural |
Património de Portugal | |
Classificação | Imóvel de Interesse Público |
SIPA | 29536 |
Geografia | |
País | Portugal |
Cidade | Vila Nova de Cacela |
Coordenadas | 37° 10′ 35″ N, 7° 32′ 45″ O |
Geolocalização no mapa: Portugal Continental | |
Localização em mapa dinâmico |
A Fortaleza de Cacela, também referida como Forte de Cacela, Fortaleza dos Cavaleiros de Santiago de Cacela e Castelo de Cacela, no Algarve, localiza-se na povoação de Cacela-Velha, freguesia de Vila Nova de Cacela, Município de Vila Real de Santo António, no Distrito de Faro, em Portugal.[1]
Em posição dominante sobranceira à foz da ria Formosa, encontra-se atualmente compreendido no património classificado de Cacela Velha, considerado como um dos mais importantes conjuntos arquitectónicos do Algarve.
História
[editar | editar código-fonte]Antecedentes
[editar | editar código-fonte]A primitiva fortificação no local foi um castelo mouro anterior à Reconquista da Península Ibérica.
No século XVI, já em ruínas, foi essa defesa foi reconstruída por ordens de D. João III ou de D. Sebastião. É sabido que este último inspeccionou pessoalmente as obras em 1573.
A fortificação sofreu várias vicissitudes nos séculos seguintes: relatos de 1617 esclarecem que as suas muralhas se encontravam arruinadas do lado da arriba; em 1750 a fortaleza encontrava-se arruinada, tendo ficado quase destruída com o terramoto de 1755.
Do terramoto de 1755 aos nossos dias
[editar | editar código-fonte]A atual estrutura remonta a D. Rodrigo de Noronha, que ordenou a sua reconstrução, prolongando-se os trabalhos de 1770 a 1794.
Ao final do século XIX, em 1897, as dependências do forte foram ocupadas pela Guarda Fiscal (hoje Brigada Fiscal da GNR).
Funcionou no seu interior um radar que se destinava à vigilância do espaço aéreo.
Os seus edifícios, no terrapleno, encontram-se utilizados pela corporação, razão pela qual não é permitida a visitação turística ao monumento.
Do largo fronteiro à fortaleza avista-se, para leste, o troço final da ria Formosa (que se estende até poucas centenas de metros da Manta Rota), a baía de Monte Gordo e, mais longe, já em Espanha, a Ilha Canela e a Ilha Cristina.
Características
[editar | editar código-fonte]O forte apresenta planta trapezoidal com baluartes nos ângulos salientes, e guaritas. No seu terrapleno erguem-se as edificações de serviço e abre-se a cisterna. Existe uma planta datada de 1784[2] da autoria do engº militar José Sande de Vasconcelos.
Lápide na Entrada
[editar | editar código-fonte]A Lápide colocada à entrada apresenta a seguinte inscrição.
EM O REINADO DA AUGUSTISSIMA S. D. M. I. RAINHADPORTUGALGOUERNANDO ESTE RN. DO ALG.OILMO.E EXMO. NUNO IOZE FULGENSIO DEMENDONSA EMOURA CONDE DE UALEDREIS GENTILHOME DS.A.R. DEPUTADO DA JUNTA DOS 3 ESTADOS GOUERNADOR E CAP. GENERAL DTO. REINO MANDOU REEDIFICAR ECABAR ESTAFORTALEZA SENDO INSPETOR DA MESMA OBRA O DR. JOZE CAETANNO DANRADE E CASTRO GUARDA MOR DA CID. DE TAUIRA ANNO DE 1794.
Algumas personalidades descritas na lápide são:
- S.D.M.I RAINHADPORTUGAL - Senhora D. Maria I, rainha de Portugal .
- NUNO IOZE FULGENSIO DEMENSONSA EMOURA CONDE DE UALDREIS - Nuno José de Mendonça e Moura, 6º conde de Vale de Reis, na altura governador das Armas do Algarve .
- JOZE CAETANNO DANRADE - José Caetano de Andrade Castro, guarda-mor da cidade de Tavira , que também colaborou na reedificação do Forte de São João da Barra, em Cabanas.
Referências
- ↑ Ficha na base de dados SIPA
- ↑ «Mappa da configuração de todas as praças fortalezas e baterias do reyno do Algarve, [1788] - Biblioteca Nacional Digital». purl.pt. Consultado em 28 de setembro de 2017