Francisco Studart
Francisco Studart | |
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Deputado federal pela Guanabara | |
Período | 1973-1975 |
Deputado federal pelo Rio de Janeiro | |
Período | 1975-1979 1983-1987 |
Dados pessoais | |
Nascimento | 9 de agosto de 1933 Fortaleza, CE |
Morte | 18 de junho de 2000 (66 anos) Rio de Janeiro, RJ |
Alma mater | Universidade Federal do Rio de Janeiro |
Partido | MDB (1966-1979) PTB (1982-1986) PFL (1986-1990) PMDB (após 1990) |
Profissão | advogado |
Francisco José Ferreira Studart, ou apenas Francisco Studart, (Fortaleza, 9 de agosto de 1933 — Rio de Janeiro, 18 de junho de 2000) foi um advogado e político brasileiro, outrora deputado federal pela Guanabara e pelo Rio de Janeiro.[1][2][3]
Dados biográficos
[editar | editar código-fonte]Filho de Fábio de Morais Studart e Nise Ferreira Studart. Após mudar-se para o Rio de Janeiro, tornou-se funcionário da Câmara dos Deputados em 1950 sob concurso público e dentre as funções que exerceu na respectiva casa legislativa está a de oficial de gabinete quando Nereu Ramos presidiu a mesma.[nota 1] Advogado formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com pós-graduação pela Universidade de Paris,[nota 2] foi membro correspondente da Academia de Direito Internacional de Haia. Genro de Parsifal Barroso, serviu como secretário-geral do Ministério do Trabalho quando o sogro assumiu a pasta a convite do presidente Juscelino Kubitschek, além de ter servido junto à Casa Civil no governo do presidente João Goulart.[1][2][nota 3]
Assim que o Regime Militar de 1964 impôs o bipartidarismo através do Ato Institucional Número Dois,[4] Francisco Studart ingressou no MDB sendo eleito suplente de deputado federal pela Guanabara em 1966 e 1970, sendo assessor do Banco Nacional da Habitação (BNH) entre uma eleição e outra.[3][1][2] Efetivado após o assassinato de Rubens Berardo em 1973,[5] reelegeu-se em 1974 e passou a representar o estado do Rio de Janeiro no ano seguinte.[6] Figurou como suplente em 1978, mas após algum tempo fora da política, elegeu-se deputado federal via PTB em 1982. Nessa condição, votou a favor da Emenda Dante de Oliveira em 1984 e em Tancredo Neves no Colégio Eleitoral em 1985,[7][8]
Candidato a reeleição pelo PFL em 1986, não obteve êxito, mas durante o governo do presidente José Sarney dirigiu o Departamento Jurídico e de Patrimônio da Rede Ferroviária Federal e assumiu uma cadeira no Conselho de Administração da Light. A partir de 1990 dedicou-se apenas à advocacia, embora tenha ingressado no PMDB.[1] Sua família descende do Barão de Studart e dentre seus parentes citamosː Osvaldo Studart e Paulo Studart (deputados federais pelo Ceará), além de Heloneida Studart (deputada estadual pelo Rio de Janeiro).[1]
Notas
- ↑ Nereu Ramos foi presidente da Câmara dos Deputados entre 1951 e 1955.
- ↑ Sob a nomenclatura vigente na época, Francisco Studart graduou-se na Universidade do Brasil, não sendo possível determinar quando concluiu sua formação e também sua pós-graduação.
- ↑ Parsifal Barroso foi ministro do Trabalho entre 1956 e 1958, período no qual Fausto Cabral exerceu o mandato de senador pelo Ceará.
Referências
- ↑ a b c d e BRASIL. Fundação Getúlio Vargas. «Biografia de Francisco Studart no CPDOC». Consultado em 9 de março de 2022
- ↑ a b c BRASIL. Câmara dos Deputados. «Biografia do deputado Francisco Studart». Consultado em 9 de março de 2022
- ↑ a b BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Repositório de Dados Eleitorais». Consultado em 9 de março de 2022
- ↑ BRASIL. Presidência da República. «Ato Institucional Número Dois de 27/10/1965». Consultado em 9 de março de 2022
- ↑ BRASIL. Câmara dos Deputados. «Biografia do deputado Rubens Berardo». Consultado em 9 de março de 2022
- ↑ BRASIL. Presidência da República. «Lei Complementar n.º 20 de 01/07/1974». Consultado em 9 de março de 2022
- ↑ Clóvis Rossi (26 de abril de 1984). «A nação frustrada! Apesar da maioria de 298 votos, faltaram 22 para aprovar diretas. Capa». acervo.folha.com.br. Folha de S.Paulo. Consultado em 9 de março de 2022
- ↑ Redação (16 de janeiro de 1985). «Sai de São Paulo o voto para a vitória da Aliança. Política, p. 06». acervo.folha.com.br. Folha de S.Paulo. Consultado em 9 de março de 2022