G5
G5, ou grupo dos cinco |
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G5 |
O G5, ou Grupo dos Cinco, é o nome dado à organização internacional de potências emergentes, composto por Brasil, México, Índia, África do Sul e China, cujo objetivo é promover o diálogo entre os países em desenvolvimento e países desenvolvidos que compõem o G8 (G7 + Rússia), com o objetivo de estabelecer posições e iniciativas sobre temas relevantes em escala global, como economia mundial, desenvolvimento sustentável e mudanças climáticas, entre outros.[1][2][3]
O G5 surgiu em 2005 após o Reino Unido convidar os líderes das 5 principais economias emergentes do mundo (África do Sul, Brasil, China, Índia e México) para participar do Diálogo Expandido da Cúpula do G8, realizada no mesmo ano em Gleneagles, na Escócia. A coordenação entre os cinco países começou nesta cúpula, para a qual os líderes do atual G5 realizaram uma reunião anterior para acertar suas posições e apresentar uma declaração conjunta no Diálogo Ampliado.
As primeiras reuniões do G5 aconteceram nas cúpulas anuais do G8 como convidados (o grupo passou a ser conhecido como G8+5). No entanto, a partir de 2006, o grupo passou a organizar fóruns de discussão independentes do G8, a fim de estabelecer sua própria posição sobre os diversos problemas globais. Em setembro de 2007, durante reunião de lideres do Grupo em Hokkaido, no Japão, o presidente do México, Felipe Calderón, foi nomeado coordenador do G5.[4]
Em 6 de julho de 2009, o presidente mexicano Felipe Calderón, ainda como coordenador do grupo, propôs assumir o G5 como autoridade autônoma para 2010, ao mesmo tempo em que anunciava o lançamento da página institucional do Grupo dos Cinco para a Internet.
Os Estados Unidos, a Commonwealth, a União Europeia, a Comunidade dos Estados Independentes e a Liga Árabe participam como observadores.
Estrutura e atividades
[editar | editar código-fonte]O G5 é um grupo informal de discussões envolvendo uma comunidade intencional ou uma comunidade epistêmica.[5] A adesão ao G5 é marcada por uma gama de atributos e fatores, incluindo
(a) um conjunto compartilhado de crenças normativas e de princípios, que fornecem uma justificativa baseada em valores para a ação social dos membros da comunidade;
(b) crenças causais compartilhadas, que são derivadas de sua análise de práticas que levam ou contribuem para um conjunto central de problemas em seu domínio e que servem como base para elucidar as múltiplas ligações entre ações políticas possíveis e resultados desejados;
(c) noções compartilhadas de validade - isto é, critérios intersubjetivos, definidos internamente para pesar e validar o conhecimento no domínio de sua especialidade; e
(d) uma política empresarial comum - isto é, um conjunto de práticas comuns associadas a um conjunto de problemas para os quais sua competência de grupo é direcionada.[5]
Por definição, o G5 evitou estabelecer uma estrutura administrativa como as de outras organizações internacionais, mas um coordenador foi designado para ajudar a melhorar a eficácia do grupo.[4]
Líderes atuais
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ Rogério Wassermann, Folha de S.Paulo. «G8 quer "mais cooperação e soluções comuns" do G5». Consultado em 12 de junho de 2007
- ↑ Press Trust Of India. «PM warns G-8 to take G-5 seriously» (em inglês). Consultado em 12 de junho de 2007
- ↑ The Hindu. «Brazil proposes G5 summit» (em inglês). Consultado em 12 de junho de 2007
- ↑ a b «Wayback Machine». web.archive.org. 10 de julho de 2009. Consultado em 29 de outubro de 2021
- ↑ a b Reinalda, Bob; Verbeek, Bertjan (5 de novembro de 1998). Autonomous Policy Making By International Organisations (em inglês). [S.l.]: Taylor & Francis