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Grande Prêmio da Europa de 1997

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Grande Prêmio da Europa
de Fórmula 1 de 1997

Segundo (e último) GP da Europa em Jerez
Detalhes da corrida
Categoria Fórmula 1
Data 26 de outubro de 1997
Nome oficial XLII European Grand Prix[1][nota 1]
Local Circuito de Jerez, Jerez de la Frontera, Cádis, Andaluzia, Espanha
Percurso 4.423 km
Total 69 voltas / 305.187 km
Condições do tempo Ensolarado
Pole
Piloto
Canadá Jacques Villeneuve Williams-Renault
Tempo 1:21.072
Volta mais rápida
Piloto
Alemanha Heinz-Harald Frentzen Williams-Renault
Tempo 1:23.135 (na volta 30)
Pódio
Primeiro
Finlândia Mika Häkkinen McLaren-Mercedes
Segundo
Reino Unido David Coulthard McLaren-Mercedes
Terceiro
Canadá Jacques Villeneuve Williams-Renault

Resultados do Grande Prêmio da Europa de Fórmula 1 realizado em Jerez em 26 de outubro de 1997.[2] Décima sétima etapa do campeonato, foi vencido pelo finlandês Mika Häkkinen, que subiu ao pódio junto a David Coulthard numa dobradinha da McLaren-Mercedes, com Jacques Villeneuve em terceiro pela Williams-Renault, resultado que fez deste o novo campeão mundial.[3][4]

Resumo da prova[editar | editar código-fonte]

Reminiscências históricas[editar | editar código-fonte]

Definida como local da última etapa do mundial de Fórmula 1 após uma troca de pistas, a Península Ibérica vivenciou uma luta pelo título da categoria: em vantagem na tabela, um piloto de ascendência germânica buscava o tricampeonato, enquanto seu rival de origem francesa almejava uma glória inédita após um vice-campeonato no ano anterior. No caso em questão, trata-se do Grande Prêmio de Portugal de 1984, o qual foi inserido no calendário graças ao ladino Bernie Ecclestone, após a recusa de Flushing Meadows em Nova York e a impossibilidade de correr nas ruas de Fuengirola, no litoral espanhol.[5] Vencedor no Autódromo do Estoril, o francês Alain Prost fez dobradinha com o austríaco Niki Lauda, seu companheiro de equipe na McLaren, com Ayrton Senna em terceiro lugar a bordo da Toleman.[6] Graças a esse resultado, Niki Lauda sagrou-se tricampeão mundial com meio ponto de vantagem sobre Alain Prost.[7]

Em 1997, o Grande Prêmio de Portugal foi retirado do calendário em prol do Grande Prêmio da Europa no Circuito de Jerez,[8] onde Michael Schumacher e Jacques Villeneuve decidiriam o título. Piloto da Ferrari, o alemão buscava o tricampeonato, enquanto o canadense da Williams almejava uma conquista inédita para a sua carreira.

Schumacher ou Villeneuve?[editar | editar código-fonte]

Michael Schumacher estreou no Grande Prêmio da Bélgica de 1991 como piloto da Jordan[9] e na corrida seguinte já estava na Benetton e foi sob as ordens de Flavio Briatore que o alemão conquistou os títulos mundiais de 1994 e 1995. No primeiro caso, o desfecho aconteceu no Grande Prêmio da Austrália quando, com um ponto de vantagem na tabela, bateu de maneira proposital na Williams de Damon Hill,[10] mas no ano seguinte o título veio em terras japonesas ao vencer o Grande Prêmio do Pacífico, encerrando o certame algum tempo depois com 33 pontos de vantagem sobre o filho de Graham Hill.[11] Contratado pela Ferrari em agosto de 1995 a fim de soergue-la, o germânico fez seu primeiro teste com a nova equipe em 21 de novembro daquele ano,[12] estreando pela mesma sob a direção de Jean Todt no Grande Prêmio da Austrália de 1996. Embora tenha sofrido quebras por falta de confiabilidade do equipamento, ele venceu na Espanha, Bélgica, e Itália, terminando o campeonato em terceiro, atrás de Damon Hill e Jacques Villeneuve, então pilotos da Williams.[13][14][15]

Embora não dispusesse do melhor carro do grid (afinal a Williams foi campeã de construtores em 1997), a Ferrari melhorou com a contratação do engenheiro Ross Brawn, do projetista Rory Byrne e a experiência de Michael Schumacher, que tornou-se líder do mundial de pilotos graças à sua regularidade, pois pontuou em treze das dezesseis corridas anteriores ao Grande Prêmio da Europa somando 78 pontos, embora tivesse duas vitórias a menos que Jacques Villeneuve. Graças a esse retrospecto, o caminho do alemão rumo ao título é relativamente simples, basta chegar à frente de seu adversário ou torcer para que o canadense não pontue, uma tarefa relativamente simples, pois o único erro de Schumacher durante o ano foi sua largada bisonha no Grande Prêmio da Argentina, quando uma disputa roda a roda com Olivier Panis, da Prost, fez o germânico tocar na Stewart de Rubens Barrichello e abandonar a prova, mesmo destino da McLaren de David Coulthard.[16]

Vencedor de sete corridas ao longo do ano, Jacques Villeneuve necessita pontuar e manter Michael Schumacher atrás de si, do contrário não conquistará seu desejado título mundial. Filho de Gilles Villeneuve, iniciou sua carreira no kart em 1984, correu no Campeonato Italiano de Fórmula 3, Campeonato Japonês de Fórmula 3 e na Formula Atlantic, até chegar na Fórmula Indy em 1994, recebendo o título de "estreante do ano".[17] Após vencer as 500 Milhas de Indianápolis de 1995, meses depois foi campeão da Fórmula Indy.[17][18] Ao ser contratado pela Williams, submeteu-se a nove mil quilômetros de testes antes de estrear no Grande Prêmio da Austrália de 1996,[19] onde fez a pole position e liderou 50 das 58 voltas, mas devido a um vazamento de óleo no motor, abdicou da vitória e terminou em segundo lugar, atrás de Damon Hill, então seu companheiro de equipe. Ao todo, Villeneuve somou quatro vitórias e terminou seu ano de estreia na Fórmula 1 como vice-campeão.[20][21]

Promovido a piloto número um da Williams após a saída de Damon Hill, o canadense empata com Michael Schumacher em abandonos por abalroamento e falhas mecânicas, mas a depender do ponto de vista, é um milagre que o piloto de Grove ainda seja candidato ao título. Vide a bizarrice de Mônaco, onde Heinz-Harald Frentzen (pole position) e Jacques Villeneuve (terceiro colocado) largaram com pneus para pista seca (confiando na previsão de um meteorologista) enquanto as outras equipes escolheram pneus intermediários para correr no asfalto molhado. Assim, enquanto a Ferrari celebrou a vitória de Michael Schumacher e o terceiro lugar de Eddie Irvine, com a Stewart de Rubens Barrichello entre eles. Mas e o time de Frank Williams? Seus carros bateram e ficaram pelo caminho.[22] Porém, o infortúnio de Villeneuve é, essencialmente, culpa dele próprio ao bater na entrada da reta dos boxes e abandonar o Grande Prêmio do Canadá logo na segunda volta, quando estava na vice-liderança,[23] além de rodar e ficar preso na caixa de brita quando defendia o quinto lugar no Grande Prêmio da Alemanha e ser banido do Grande Prêmio do Japão por reincidir no desrespeito às bandeiras amarelas durante o treino de sábado.[24][25][nota 2]

A interposição de um recurso garantiu a participação de Jacques Villeneuve na corrida nipônica sob sursis, mas a quantidade de "avisos" para que retirassem a apelação indicava a possibilidade do agravamento da pena e da Williams não participar do Grande Prêmio da Europa, razão pela qual a equipe de Grove aceitou o veredicto e o canadense perdeu os pontos do quinto lugar obtido em Suzuka.[26] Com apenas dez pontuações em dezesseis possíveis, Villeneuve chega em baixa à decisão do título (mesmo na vice-liderança com 77 pontos), mas não pode reclamar da sorte: devido ao cancelamento da etapa portuguesa, o Grande Prêmio do Japão seria o último de 1997, mas o prestígio da Renault permitiu que a montadora francesa competisse em solo europeu na sua despedida da Fórmula 1,[27] embora tenha retornado à categoria em 2002, pouco depois de comprar a Benetton.[28][nota 3]

FIA veta "decisão por acidente"[editar | editar código-fonte]

Nelson Piquet garantiu a pole position no Grande Prêmio do Canadá de 1980, mas logo na primeira curva após a largada, sua Brabham foi espremida na mureta do Circuito da Ilha de Notre Dame pela Williams de Alan Jones, resultando num pandemônio tão acentuado que exigiu o reinício da prova, fato capaz de eclipsar o caos da batida entre os candidatos ao título. Na vigésima terceira volta, o motor Ford de Piquet foi pelos ares e algum tempo depois o australiano venceu em Montreal e sagrou-se campeão do mundo.[29] Acidentes são intrínsecos ao automobilismo, mas a conversão dos mesmos em "estratégia de corrida" mudou a percepção do público a respeito desse recurso extremo.

Alain Prost girou o volante e bateu em Ayrton Senna quando este tentou ultrapassá-lo na quadragésima sétima volta do Grande Prêmio do Japão de 1989. Naquele instante, os pilotos da McLaren lideravam a corrida e como Prost estava em primeiro, ele seguia rumo ao título, mas recorreu a uma medida extrema para derrotar seu adversário, deixando o local em seguida, como se tivesse cumprido seu objetivo. Senna, por sua vez atravessou a área de escape, fez um pit stop, guiou de maneira férrea e venceu a corrida. Desclassificado por violar o regulamento (segundo os comissários, ele deveria dar ré e entrar na chicane no mesmo ponto onde saíra), o brasileiro foi fustigado e ameaçado por Jean-Marie Balestre, presidente da FIA e da extinta FISA, nos meses seguintes[30] e aguardou até o Grande Prêmio do Japão de 1990 para revidar e o fez na reta de Suzuka ao emparelhar sua McLaren com a Ferrari de Prost momentos após a largada, e quando os carros se tocaram e saíram da pista em alta velocidade, o campeonato foi decidido em favor de Senna.[31][32]

Nem a artimanha antiética de 1989 ou o revide temerário de 1990 receberam reprimendas ou sanções por parte da FIA e da FISA, comandadas naquele momento por um conterrâneo, aliado e amigo de Alain Prost.[33] Mas em 15 de fevereiro de 1991, a FISA divulgou um conjunto de medidas, entre elas a punição dos "pilotos causadores de acidentes".[34] Tais regras tornaram os pilotos corresponsáveis pela segurança nas pistas, arrefecendo os ânimos entre os competidores, embora as "rusgas eventuais" cativassem os fãs.[35] Já sob o comando de Max Mosley, a FIA absorveu a FISA e enfrentou uma série de eventos traumáticos durante o Grande Prêmio de San Marino de 1994: o acidente de Rubens Barrichello na sexta-feira, a morte de Roland Ratzenberger no sábado e a morte de Ayrton Senna no domingo, além do acidente de Karl Wendlinger em Mônaco.[36][37][38][39][40]

Solapada em seus alicerces, a Fórmula 1 tornou-se mais rígida quanto às suas regras, protocolos e questões relativas à segurança: no Grande Prêmio da Grã-Bretanha, não se sabe por qual razão objetiva, Michael Schumacher colocou sua Benetton à frente de Damon Hill por três vezes durante a volta de apresentação, sendo que o britânico da Williams era o pole position. O alemão recebeu um stop and go de cinco segundos, mas não cumpriu a punição e recebeu uma bandeira preta, contudo uma ação de bastidores envolvendo os comissários desportivos, a direção de prova e a cúpula da Benetton (formada por Flavio Briatore, Ross Brawn, Tom Walkinshaw, Joan Villadelprat e Pat Symonds) anulou a bandeira preta, Schumacher cumpriu o stop and go, terminou em segundo lugar e sua equipe foi multada em US$ 25 mil.[41]

No final de julho, o Conselho Mundial da FIA reuniu-se em Paris para julgar as infrações ocorridas em Silverstone, a principal delas a conduta de Michael Schumacher e da Benetton. Desclassificado desta prova, o piloto ficou sem os pontos conquistados e foi suspenso por duas corridas, enquanto a equipe das cores unidas foi multada em US$ 500 mil pela fanfarronice em terras britânicas e US$ 100 mil pela detecção de programas (ou mecanismos) ilegais nos seus computadores, neste caso após auditoria da Liverpool Data Research Associates.[42][43][44] Mediante recurso, Schumacher pôde correr nas três etapas seguintes, mas foi desclassificado no Grande Prêmio da Bélgica,[45] quando uma vistoria técnica detectou um desgaste acima do permitido na prancha lígnea inserta sob o assoalho de seu carro e Damon Hill herdou a vitória, assim como triunfou no Grande Prêmio da Itália e no Grande Prêmio de Portugal, onde o alemão não correu devido à punição que recebera, confirmada num veredicto unânime pelo Tribunal Internacional de Apelações da FIA.[46][47]

Cumprida a sentença e encerradas as questões jurídicas,[nota 4] a disputa pelo título seguiu de maneira ferrenha nas etapas seguintes, contudo, as preocupações com segurança e os valores desportivos caíram por terra no Grande Prêmio da Austrália de 1994, quando pressionado pela Williams de Damon Hill, o alemão Michael Schumacher saiu da pista, bateu no muro externo da curva East Terrace, voltou ao traçado e jogou sua Benetton em cima do rival e sagrou-se campeão mundial por um ponto de vantagem.[48][49] Dias depois, um comunicado da FIA asseverou não existirem provas suficientes para convocar Schumacher e Hill perante o Conselho Mundial, encerrando assim as incertezas sobre o título de 1994, todavia a guardiã do automobilismo "estuda medidas para evitar futuras decisões polêmicas em seus campeonatos",[50] com o fito de "evitar que um próximo Mundial possa ser decidido em um acidente".[50] Três anos depois, a presença do alemão disputando o título em condições similares, reavivou a memória dos que temem um desfecho igual no quesito urbanidade desportiva, sobretudo porque foi ele quem soprou o braseiro: "Não tenho dúvidas de que Jacques Villeneuve é um adversário leal. Penso apenas que Heinz-Harald Frentzen pode passar dos limites tentando bloquear meu caminho".[51] Fazer uma declaração nesses termos não é usual ou aceitável, no entanto o ferrarista agiu de caso pensado, pois evita questionamentos sobre o ocorrido com Hill no Grande Prêmio da Austrália e fustiga a atual dupla da Williams por meio de uma trincheira psicológica.

Triplo empate no treino oficial[editar | editar código-fonte]

Esta prova foi marcada pelo mesmo tempo marcado no treino classificatório. Na ocasião, Jacques Villeneuve (Williams-Renault), Michael Schumacher (Ferrari) e Heinz-Harald Frentzen (Williams-Renault) marcaram exatamente 1:21,072. O regulamento definia que quem obtivesse o tempo primeiro, poderia largar da pole-position. Como Villeneuve foi o primeiro dos três a marcar o tempo, ficou em primeiro adiante de Schumacher e Frentzen. Aliás esta foi a última pole-position de Jacques Villeneuve.[52]

Corrida[editar | editar código-fonte]

O canadense terminou a prova em terceiro e sagrou-se campeão mundial. O pódio foi completado pelo finlandês Mika Häkkinen e pelo britânico David Coulthard, em primeiro e segundo lugares respectivamente, formando a primeira dobradinha da parceria McLaren-Mercedes.[53][54]

Campeão faz história[editar | editar código-fonte]

Jacques Villeneuve tornou-se o primeiro campeão mundial nascido no Canadá, o primeiro originário da América do Norte e da América Anglo-Saxônica desde Mario Andretti em 1978[nota 5] e o primeiro não europeu a conquistar o título desde Ayrton Senna em 1991, além de tornar-se o quarto piloto na história a "unificar" os títulos da Fórmula 1 e Fórmula Indy, ao lado de Mario Andretti, Emerson Fittipaldi e Nigel Mansell.[nota 6]

Repercussões do acidente[editar | editar código-fonte]

Schumacher foi desclassificado da corrida e seus pontos invalidados após, segundo investigação da FIA, jogar seu carro intencionalmente em Jacques Villeneuve, na curva seis, durante a volta 48. O alemão acabou ficando preso na caixa de brita e Villeneuve conseguiu concluir a corrida.[3][55]

Investigação de tentativa de homicídio.

Após a corrida, Williams e McLaren foram acusados ​​de conluio para decidir a ordem de chegada. Villeneuve afirmou que “era melhor deixá-los passar e vencer o Mundial”. A FIA determinou que não havia provas para apoiar as alegações e rejeitou as acusações.

Norberto Fontana a serviço da Ferrari.

Classificação da prova[editar | editar código-fonte]

Treino oficial[editar | editar código-fonte]

Pos. Piloto Construtor Tempo Dif.
1 3 Canadá Jacques Villeneuve Williams-Renault 1:21.072
2 5 Alemanha Michael Schumacher Ferrari 1:21.072 + 0.000
3 4 Alemanha Heinz-Harald Frentzen Williams-Renault 1:21.072 + 0.000
4 1 Reino Unido Damon Hill Arrows-Yamaha 1:21.130 + 0.058
5 9 Finlândia Mika Häkkinen McLaren-Mercedes 1:21.369 + 0.297
6 10 Reino Unido David Coulthard McLaren-Mercedes 1:21.476 + 0.404
7 6 Reino Unido Eddie Irvine Ferrari 1:21.610 + 0.538
8 8 Áustria Gerhard Berger Benetton-Renault 1:21.656 + 0.584
9 14 França Olivier Panis Prost-Mugen/Honda 1:21.735 + 0.663
10 7 França Jean Alesi Benetton-Renault 1:22.011 + 0.939
11 23 Dinamarca Jan Magnussen Stewart-Ford 1:22.167 + 1.095
12 22 Brasil Rubens Barrichello Stewart-Ford 1:22.222 + 1.150
13 2 Brasil Pedro Paulo Diniz Arrows-Yamaha 1:22.234 + 1.162
14 16 Reino Unido Johnny Herbert Sauber-Petronas 1:22.263 + 1.191
15 15 Japão Shinji Nakano Prost-Mugen/Honda 1:22.351 + 1.279
16 11 Alemanha Ralf Schumacher Jordan-Peugeot 1:22.740 + 1.668
17 12 Itália Giancarlo Fisichella Jordan-Peugeot 1:22.804 + 1.732
18 17 Argentina Norberto Fontana Sauber-Petronas 1:23.281 + 2.209
19 20 Japão Ukyo Katayama Minardi-Hart 1:23.409 + 2.337
20 21 Brasil Tarso Marques Minardi-Hart 1:23.854 + 2.782
21 19 Finlândia Mika Salo Tyrrell-Ford 1:24.222 + 3.150
22 18 Países Baixos Jos Verstappen Tyrrell-Ford 1:24.301 + 3.229
Limite dos 107%: 1:26.747
Fontes:[2]

Corrida[editar | editar código-fonte]

Pos. Piloto Construtor Voltas Tempo/Diferença Grid Pontos
1 9 Finlândia Mika Häkkinen McLaren-Mercedes 69 1:38:57.771 5 10
2 10 Reino Unido David Coulthard McLaren-Mercedes 69 + 1.654 6 6
3 3 Canadá Jacques Villeneuve Williams-Renault 69 + 1.803 1 4
4 8 Áustria Gerhard Berger Benetton-Renault 69 + 1.919 8 3
5 6 Reino Unido Eddie Irvine Ferrari 69 + 3.789 7 2
6 4 Alemanha Heinz-Harald Frentzen Williams-Renault 69 + 4.537 3 1
7 14 França Olivier Panis Prost-Mugen/Honda 69 + 1:07.145 9
8 16 Reino Unido Johnny Herbert Sauber-Petronas 69 + 1:12.961 14
9 23 Dinamarca Jan Magnussen Stewart-Ford 69 + 1:17.487 11
10 15 Japão Shinji Nakano Prost-Mugen/Honda 69 + 1:18.215 15
11 12 Itália Giancarlo Fisichella Jordan-Peugeot 68 + 1 volta 17
12 19 Finlândia Mika Salo Tyrrell-Ford 68 + 1 volta 21
13 7 França Jean Alesi Benetton-Renault 68 + 1 volta 10
14 17 Argentina Norberto Fontana Sauber-Petronas 68 + 1 volta 18
15 21 Brasil Tarso Marques Minardi-Hart 68 + 1 volta 20
16 18 Países Baixos Jos Verstappen Tyrrell-Ford 68 + 1 volta 22
17 20 Japão Ukyo Katayama Minardi-Hart 68 + 1 volta 19
Ret 5 Alemanha Michael Schumacher Ferrari 47 Colisão 2
Ret 1 Reino Unido Damon Hill Arrows-Yamaha 47 Câmbio 4
Ret 11 Alemanha Ralf Schumacher Jordan-Peugeot 44 Vazamento d'água 16
Ret 22 Brasil Rubens Barrichello Stewart-Ford 30 Câmbio 12
Ret 2 Brasil Pedro Paulo Diniz Arrows-Yamaha 11 Spun off 13
Fontes:[2][nota 7]

Tabela do campeonato após a corrida[editar | editar código-fonte]

  • Nota: Somente as primeiras cinco posições estão listadas e os campeões da temporada surgem grafados em negrito.

Notas

  1. Houve dez edições honoríficas do "Grande Prêmio da Europa" antes de existir a Fórmula 1, vinte e quatro após a criação da mesma e a partir de 1983 tal denominação passou a designar etapas efetivas da categoria.
  2. Jacques Villeneuve foi advertido com uma bandeira amarela no Grande Prêmio da Itália e também durante os treinos de sábado no Grande Prêmio do Japão, quando os fiscais sinalizaram em razão de um acidente com a Stewart do neerlandês Jos Verstappen.
  3. Pioneira no desenvolvimento dos motores turbo, a Renault competiu na Fórmula 1 como equipe entre 1977 e 1985, encerrando sua primeira passagem pela categoria no ano seguinte ao fornecer motores para Lotus, Ligier e Tyrrell. Retornou em 1989 fornecendo motor para a Williams, sua principal cliente, retomando a parceria com a Ligier nos anos seguintes, até substituí-la pela Benetton.
  4. No início do campeonato de 1994, a FIA suspendeu Eddie Irvine, da Jordan, por uma corrida em razão do acidente causado por ele no Grande Prêmio do Brasil, pena estendida para três Grandes Prêmios. A esta punição disciplinar seguiram-se duas desclassificações por motivos técnicos: Christian Fittipaldi perdeu o sexto lugar no Grande Prêmio do Canadá, pois sua Footwork estava 2,5 kg abaixo do peso exigido no regulamento, enquanto Olivier Panis foi sancionado no Grande Prêmio de Portugal devido às pranchas de madeiras fixadas de modo ilegal na Ligier.
  5. Mario Andretti nasceu na cidade croata de Motovun, à época sob ocupação do antigo Reino da Itália, mas optou pela cidadania norte-americana.
  6. No Brasil, a depender do referencial, o conceito de "Fórmula Indy" engloba campeonatos organizados ou aprovados por cinco entidades distintas: Associação Automobilística Americana, United States Auto Club, Championship Auto Racing Teams, Champ Car World Series e IndyCar Series.
  7. Voltas na liderança: Michael Schumacher 39 voltas (1-21; 28-42; 45-47), Jacques Villeneuve 24 voltas (22; 43-44; 48-68), Heinz-Harald Frentzen 5 voltas (23-27), Mika Häkkinen 1 volta (69).

Referências

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Precedido por
Grande Prêmio do Japão de 1997
FIA Campeonato Mundial de Fórmula 1
Ano de 1997
Sucedido por
Grande Prêmio da Austrália de 1998
Precedido por
Grande Prêmio da Europa de 1996
Grande Prêmio da Europa
8ª edição
Sucedido por
Grande Prêmio da Europa de 1999