Saltar para o conteúdo

I-Doser

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
I-Doser
Desenvolvedor Nick Ashton
Lançamento 25 de dezembro de 2005
Versão estável 5.0
Sistema operacional Microsoft Windows, Mac, Android, iOS
Gênero(s) E-drug
Tamanho 2,87 MB (Versão para Windows)
Página oficial I-Doser.com

I-doser é um programa de computador que supostamente produz “doses” de ondas sonoras, que procura interferir nas ondas cerebrais do usuário, simulando o efeito de várias drogas reais em seres humanos. As doses devem ser compradas, e o uso delas é limitado, não sendo possível o seu re-uso depois de algumas doses. Foi desenvolvido atráves de uma técnica conhecida como ondas binaurais, que emite sons que alteram a freqüência do cérebro. As doses mais conhecidas são Gate of Hades e Hand of God, tendo alta repercussão na internet. Há também amostras grátis de doses no site.

No primeiro momento, o som emitido tende a incomodar até surtir o efeito esperado. Cada "dose" varia de 5 a 60 minutos para que o usuário possa, de fato, atingir a dose desejada.[1] Os efeitos variam de cada dose. As doses Aphrodisiac e Orgasm por exemplo, procuram aumentar o desejo sexual do usuário,[2] enquanto a dose Brain+ visa melhorar a capacidade mental, provocando pensamentos profundos e intensos.[3] Para que não haja interferência, é necessário escutar em um ambiente calmo e com pouca iluminação, sob o uso de fones de ouvido stereo.[4] Caso o usuário não atenda essas recomendações pode não ter o efeito desejado.

Ondas Binaurais

[editar | editar código-fonte]

O I-doser funciona usando sons chamados de ondas binaurais, usadas apenas em fones de ouvido. São duas frequências quase iguais, uma em cada lado do fone, que geram uma terceira frequência. Usando um exemplo matemático, se um fone produz uma frequência de 400 hertz e o outro de 410, a terceira frequência seria ouvida em 10 Hz.[5]
Foi descoberto em 1839 pelo físico e meteorologista prussiano Heinrich Wilhelm Dove, mas somente ganhou popularidade e reconhecimento científico no final do século XX, quando surgiram os rumores de que o uso das ondas binaurais poderia induzir relaxamento, criatividade e outros efeitos no cérebro. No entanto, a ciência das frequências binaurais é muito recente, nunca antes fora estudada por completo.

Controvérsias

[editar | editar código-fonte]

Alguns usuários que provaram do I-doser e até os que não provaram dizem que toda a ideologia e ciência do programa e das ondas binaurais não passam de um Placebo.[6] Não há nenhum estudo que comprove isso, e vice-versa. Sobre a questão da dependência, já que ocorre nas drogas reais, neurologistas afirmam que não há possibilidades de dependência,[7] porém que deve ser usado com cautela: existe um alerta sobre a possibilidade de que, com o tempo, as drogas digitais possam provocar disfunções cerebrais.[8]

Referências

  1. Patrícia Lopes, Equipe Brasil Escola. «I-doser - Brasil Escola». Brasil Escola. Consultado em 14 de agosto de 2010 
  2. «I-doser - Aphrodisiac» (em inglês). I-doser Store. 11 de abril de 2009. Consultado em 14 de agosto de 2010 
  3. «I-doser - Brain+» (em inglês). I-doser Store. 30 de agosto de 2005. Consultado em 14 de agosto de 2010 
  4. «"Do I need headphones?"» (em inglês). I-doser FAQ. Consultado em 14 de agosto de 2010 
  5. «What are Binaural Beats?» (em inglês). web-us.com. Consultado em 14 de agosto de 2010 
  6. «The Official "Does It Work?" Poll» (em inglês). Official I-doser Forum. 30 de janeiro de 2007. Consultado em 14 de agosto de 2010 
  7. «Drogas digitais seduzem os jovens com a promessa de sensações fortes». Bol Notícias. 12 de agosto de 2010. Consultado em 14 de agosto de 2010 
  8. «As e-drugs, novo fenômeno da internet, invadem a França». Folha Uol. 11 de agosto de 2010. Consultado em 14 de agosto de 2010 
Erro de citação: Elemento <ref> definido em <references> não tem um atributo de nome.

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]