Jesualdo Cavalcanti
Jesualdo Cavalcanti | |
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Jesualdo Cavalcanti | |
Deputado federal pelo Piauí | |
Período | 1987-1991 |
Deputado estadual pelo Piauí | |
Período | 1979-1987 1991-1994 |
Presidente da Assembleia Legislativa do Piauí | |
Período | 1991-1993 |
Antecessor(a) | Kleber Eulálio |
Sucessor(a) | Sebastião Leal |
Prefeito de Corrente | |
Período | 2013-2017 |
Antecessor(a) | Benigno Ribeiro de Souza Filho |
Sucessor(a) | Gladson Murilo Mascarenhas Ribeiro |
Vereador de Teresina | |
Período | 1963-1964 |
Dados pessoais | |
Nascimento | 18 de fevereiro de 1940 Corrente, PI |
Morte | 22 de fevereiro de 2019 (79 anos) Teresina, PI |
Partido | PTB (pré-1966) ARENA (1974-1979) PDS (1980-1985) PFL (1985-2007) PTB (última) |
Profissão | escritor |
Jesualdo Cavalcanti Barros (Corrente, 18 de fevereiro de 1940 – Teresina, 22 de fevereiro de 2019) foi um escritor e político brasileiro que representou o Piauí na Câmara dos Deputados.[1]
Dados biográficos
[editar | editar código-fonte]Filho de Sebastião de Souza Barros e Iracema Cavalcante Barros, formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito do Piauí (Teresina, 1966), tendo, ainda, cursos de pós-graduação em Administração de Empresas (1967) e Direito Público (1978). Fundou e dirigiu um escritório de consultoria e planejamento de administração municipal em Teresina (1967/1979). Integrou o conselho seccional piauiense da Ordem dos Advogados do Brasil, tendo exercido o cargo de primeiro secretário de sua diretoria (1976/1978).
Aposentou-se voluntariamente em março de 2002, para dedicar-se a pesquisas sobre a história do Piauí e ao Centro de Estudos e Debates do Gurguéia — Cedeg —, entidade voltada para a discussão em torno da criação do estado do Gurguéia.
Carreira política
[editar | editar código-fonte]Participou ativamente da política estudantil dos anos 1950 e 1960, quando presidiu por duas vezes o Grêmio Lítero-Cultural Desembargador Arimatéa Tito (Liceu Piauiense) e a União Piauiense dos Estudantes Secundários, bem como a vice-presidência da União Brasileira dos Estudantes Secundários. Presidiu também o Centro de Estudos da Mocidade Idealista do Piauí, que reunia jovens de sua geração em torno da discussão dos problemas do Piauí e do Brasil.
Ingressou na política partidária ao eleger-se vereador de Teresina pelo PTB em 1962, perdendo o mandato dois anos depois com a eclosão do movimento militar de 1964 quando liderava a bancada de seu partido. Após dez anos recuperou os direitos políticos e filiou-se à ARENA sendo eleito suplente de deputado estadual em 1974 e ocupou o cargo de subsecretário de Indústria e Comércio no governo Dirceu Arcoverde. Eleito deputado estadual em 1978, ingressou no PDS sendo reeleito em 1982; afastou-se, porém, do mandato para exercer os cargos de secretário de Cultura e presidente da Fundação Cultural do Piauí no primeiro governo Hugo Napoleão, a quem seguiu na filiação ao PFL.[2][nota 1]
Eleito deputado federal em 1986, foi signatário da Constituição de 1988 e em 1990 conquistou seu terceiro mandato de deputado estadual.[2][3] Exerceu a presidência da Assembleia Legislativa no biênio 1991/1993, assumindo o governo do estado no período de 8 a 12 de fevereiro de 1993 no governo Freitas Neto. Na sua gestão foi construído o terceiro pavimento do Palácio Petrônio Portela, tendo a assembleia passado por ampla modernização administrativa, inclusive com a implantação do Centro de Processamento de Dados.
Integrou o diretório nacional do PFL e presidiu seu diretório regional no Piauí (1990/1991), tendo sido um dos delegados à convenção nacional. Candidato a prefeito de Teresina em 1992, não passou do primeiro turno num pleito vencido pelo professor Wall Ferraz. Não concluiu seu derradeiro mandato parlamentar em razão de sua renúncia para assumir o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, corte da qual foi presidente.[4]
Liderou a criação da Fundação de Ensino Superior do Sul do Piauí, no extremo sul do Estado, conseguindo recursos federais para a construção e equipamento do respectivo prédio, de que resultaram a instalação do campus avançado Jesualdo Cavalcanti (UESPI) e o funcionamento de cursos superiores em Corrente.
Retornou à vida política ao ser eleito prefeito de Corrente pelo PTB em 2012. Faleceu na capital piauiense em 2019 em razão de complicações na luta contra o câncer.[4]
Atividade como escritor e vida pessoal
[editar | editar código-fonte]É autor dos livros Tempo de Cultura (1985), O Estado do Gurguéia e outros temas (1995), Notícia do Gurguéia (2002), Tempo de Tribunal (2003), Memória dos Confins (1ª edição 2005, 2ª edição 2007), Tempo de Contar (2006), Dicionário Enciclopédico do Gurguéia (2008) e Gurgueia: Espaço, Tempo e Sociedade (2009). Eleito para a Academia Piauiense de Letras, tomou posse na cadeira número três no dia 6 de agosto de 2010.
Era casado com a professora Maria do Socorro Rocha Cavalcanti Barros e teve três filhos.
Notas
- ↑ Dirceu Arcoverde governou o Piauí entre 15 de março de 1975 e 14 de agosto de 1978, enquanto o primeiro governo Hugo Napoleão durou entre 15 de março de 1983 e 14 de maio de 1986.
Referências
- ↑ BRASIL. Câmara dos Deputados. «Biografia do deputado Jesualdo Cavalcanti». Consultado em 23 de fevereiro de 2019
- ↑ a b BRASIL. Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. «Eleições 1945 a 1992». Consultado em 26 de janeiro de 2024
- ↑ BRASIL. Presidência da República. «Constituição de 1988». Consultado em 23 de fevereiro de 2019
- ↑ a b «TCE/PI: Nota de pesar pelo falecimento do Conselheiro aposentado Jesualdo Cavalcanti». Consultado em 23 de fevereiro de 2019