Joan Martí i Alanis
Joan Martí i Alanis | |
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Arcebispo da Igreja Católica | |
Arcebispo-emérito de Urgel Co-príncipe de Andorra | |
Atividade eclesiástica | |
Diocese | Diocese de Urgel |
Nomeação | 25 de novembro de 1970 |
Predecessor | Dom Ramon Iglésias i Navarri |
Sucessor | Dom Joan Enric Vives i Sicília |
Mandato | 1970 - 2003 |
Ordenação e nomeação | |
Ordenação presbiteral | 17 de junho de 1951 |
Nomeação episcopal | 25 de novembro de 1970 |
Ordenação episcopal | 31 de janeiro de 1971 Catedral da Seu d'Urgell por Dom Luigi Dadaglio |
Nomeado arcebispo | 25 de junho de 2001 |
Brasão arquiepiscopal | |
Dados pessoais | |
Nascimento | El Milà 19 de novembro de 1928 |
Morte | Barcelona 11 de outubro de 2009 (80 anos) |
Nacionalidade | espanhol |
dados em catholic-hierarchy.org Arcebispos Categoria:Hierarquia católica Projeto Catolicismo |
Joan Martí i Alanis (El Milà, 19 de novembro de 1928 – Barcelona, 11 de outubro de 2009) foi um prelado da Igreja Católica espanhol, Bispo de Urgel e um dos copríncipes de Andorra.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Realizou seus estudos eclesiásticos no Seminário de Tarragona (1939-1951). Depois de ser ordenado padre em 17 de junho de 1951, obteve a licenciatura em Humanidades Clássicas na Universidade de Salamanca (1951-1954).[1]
O cardeal Arriba y Castro o designou para o Colégio La Virgen de la Merced, em Montblanc, do qual foi nomeado diretor em 1957. Nesse mesmo ano obteve o diploma de língua francesa na Universidade de Paris, e em 1959 de língua inglesa na Oversea Language School em Londres.[1]
Em 1966 fundou o Colégio San Pablo Junior no Campo de Marte de Tarragona, do qual foi nomeado diretor e se encarregou de terminar as obras e organizar o ensino. Foi nomeado diretor técnico dos estudos de bacharelado do seminário, vigário episcopal para o ensino e a doutrina da fé (1969-1971) e vice-presidente dos conselhos das escolas dos subúrbios de Tarragona e Reus.[1]
Em 25 de novembro de 1970, foi nomeado pelo Papa Paulo VI como bispo de Urgel. Chegou a La Seu d'Urgell em 30 de janeiro de 1971 e foi consagrado na Catedral no dia seguinte, pelas mãos de Dom Luigi Dadaglio, núncio apostólico na Espanha, coadjuvado por Josep Pont i Gol, arcebispo de Tarragona e por Dom Marcelo González Martín, arcebispo de Barcelona.[1][2] Em março do mesmo ano tomou posse do Coprincipado de Andorra.[1]
A sua atividade pastoral caracterizou-se pela capacidade organizativa e pelo impulso dado à corresponsabilidade eclesial. Desde a primeira hora, criou ou reviveu os diversos órgãos auxiliares pastorais indicados pelos decretos do Concílio Vaticano II e pelo Código de Direito Canônico de 1983. As visitas pastorais, regulares ou ocasionais, que fazia às paróquias eram constantes.[1] Desde a primeira hora, ele introduziu o uso do catalão em escritos administrativos e publicações oficiais da diocese. Foi membro da presidência honorária do segundo congresso internacional da língua catalã (Maiorca 1986) e acadêmico honorário da Real Academia Catalã de Belas Artes de San Jorge (Barcelona 1990). A partir de 1992, promoveu o trabalho de criação de uma rádio diocesana, que culminaria no nascimento da Rádio Principat.[1]
Para honrar a memória dos padres mortos na perseguição religiosa de 1936, ele favoreceu a publicação do martirológio diocesano (1975); recolheu os restos mortais deles na catedral (1988) e, por fim, de boa parte deles, deu início ao processo de canonização (1993).[1]
Como príncipe de Andorra, sempre zelou pela manutenção e promoção da soberania do Principado e pela proteção dos direitos humanos. Favoreceu a modernização das instituições, tarefa que culminou em 1993 com uma nova constituição que proclama Andorra "um estado independente, legal, democrático e social".[1]
Em 1989, o Governo espanhol concedeu-lhe a Grã-Cruz de Isabel a Católica. Em 25 de junho de 2001, o Papa João Paulo II o nomeou arcebispo ad personam, em reconhecimento ao seu sucesso como co-príncipe de Andorra e à sua carreira pessoal e eclesiástica. Esta nomeação foi oficialmente recebida no dia 29 de julho, numa festa presidida por Dom Manuel Monteiro de Castro, núncio apostólico na Espanha e Andorra.[1]
Em 12 de maio de 2003, a Santa Sé aceitou sua renúncia devido à idade, tornando-se Bispo emérito de Urgel. Sua despedida foi celebrada em 1 de junho de 2003, na catedral de Seu d'Urgell. Faleceu em 11 de outubro de 2009 em Barcelona.[1]
Referências
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «GCatholic» (em inglês)
- «Catholic Hierarchy» (em inglês)
- «Gran enciclopèdia catalana» (em espanhol)
Precedido por Ramon Iglésias i Navarri |
Co-príncipe de Andorra 1970 — 2003 |
Sucedido por Joan Enric Vives i Sicília |
Precedido por Ramon Iglésias i Navarri |
Bispo de Urgel 1970 — 2001 |
Sucedido por elevação |
Precedido por elevação |
Arcebispo ad personam de Urgel 2001 — 2003 |
Sucedido por Joan Enric Vives i Sicília |