Saltar para o conteúdo

Língua katembri

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Katembri

Cariri de Mirandela

Falado(a) em: Banzaê, Bahia
Total de falantes: 0
Família: Língua isolada
Códigos de língua
ISO 639-1: --
ISO 639-2: ---

O katembri ou cariri de Mirandela é uma língua indígena brasileira extinta falada pelos índios cariris de Mirandela, no município de Banzaê, Bahia.[1] É uma língua ainda não classificada.[2]

Vocabulário kariri de Mirandela (Bandeira 1972):[3]

Informante
  • João Domingos (na Baixa da Cangalha, município de Banzaê)
Português Kariri de Mirandela
comida de milho mairú
mandioca micú
cágado sãbó
cavalo kabarú
boi, vaca krazɔ́
veado bukɨ́
cachimbo paú
fumo bozé
raiz sêca pɔhá
peito krabú
estar brilhando zozó
branco karaí
padre karaí uarɛ́
Deus tupã
orelha kũbẽñã́
ôlho ipɔ́
nariz lambizú
braço ĩbɔ́
mão mizã́
dente uisá
fêmur kɔkudú
índio, caboclo uãñǿ
mulher tizí
branco de cabelo vermelho karaí bɛrɔ hɛ́
vermelho bɛrɔ̃hɛ́
verdade pizã́
mentira zuprɛ́
zangado pɔkɛdɛ́
alegre usisikrí
bêbado ɔdɔmaraĩhú
cacetada dɔpɔ́
dinheiro ĩtaĩú
faca ou arco iazá, uzá
coisa redonda tʊbʊ́
serra de pedra bɔdɔkrɔpí
cachaça zurú
amarelo krɔẽrã́
raposa iaká
cobra uãgiú
língua tʊnʊdʊ́
cílios, sobrancelhas panədú
dentes uisá
barriga mudú
bebaɨ́a
cabelo, cabeça kʊsʊbú
dedos da mão, seixos kɔmɔdɔ́i
nádegas, assento kaiuɛ́
coati bizaúi
onça, jaguar kɔsbó
aracuã kakikí
jacu kakiká
cotia fɔiprú
ema buã́
caititu haú
nambu hoipá
urubu kikɔ́
tatu peba berɔ́
tatu verdadeiro buzikí
camaleão kraiaɪ́ɔ
teiú bodoío
lagartixa bodó
cabras kɔbihí
gato doméstico pʊíʊ
porco kuré
cangambá kɔruó
milho paihɛ́krinikí
batata buzirũdadá
melancia buzirṹ
abóbora, cabaça kũñavɔ́
farinha de mandioca tõnã́ tãnó
tapioca kɛnɛúɛ
criança prɛzɛnudá
velho sibɔ́
velho já curvado sepró
sarará karaí busɛ́
mulher bem arrumada kruré
pessoa alta kiprí
molambento pɔidudú
rêde kɔiá
rêde de menino tipɔ́ia
tipóia para carregar criança gagú
roupa iɪ́ɔ
casa kɔfɔtatapã́
povoado Mirandela zurudadɛ́
sol buzʊfosí
serra bɔdɔpruɔ́
cigarro kikrisí
frutas caidas krɔrurú
fogo zekrɨkrɨĩhɔ́
carne sem ossos kãtẽkiú
água, chuva, vento ĩhó
trovão zekrɨrɨrɨ́
relâmpago narɛ́
espingarda tipá
com vontade de comer netó
não comer o suficiente nẽinetó
comida gostosa, achei bom duhɛ́
estar insone ibʊbʊ́
água empoçada, muita água sɔdẽ́

Referências

  1. Métraux, Alfred. 1951. Une nouvelle langue Tapuya de la région de Bahia, (Brésil). Journal de la société des américanistes, Année 1951, Volume 40, Numéro 1. p. 51-58.
  2. Loukotka, Čestmír (1968). Classification of South American Indian languages. Los Angeles: UCLA Latin American Center 
  3. Bandeira, Maria de Lourdes. 1972. Os Kariris de Mirandela: Um Grupo Indígena Integrado. Estudos Baianos 6. Salvador: Universidade Federal da Bahia. (Apêndice "Sobrevivência lingüística", p. 111-118; "Bibliografia", p. 169-171)