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Palacete von Bülow

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Palacete von Bülow na década de 1900 (foto de Guilherme Gaensly).[1]

O Palacete von Bülow foi a primeira mansão erguida na Avenida Paulista, na cidade de São Paulo. A construção foi concluída em 1895 e demolida na década de 1950 para dar lugar ao Edifício Pauliceia, prédio tombado e catalogado como patrimônio histórico da cidade.[2][3]

História[editar | editar código-fonte]

A habitação ficava entre as alamedas Campinas e Eugênio de Lima e foi construída pelo dinamarquês empresário e acionista da Companhia Antarctica Paulista Adam Ditrik von Bülow que ocupou a função de vice-cônsul da Dinamarca no Brasil. Antes disso, Adam von Bülow também já tinha atuado em outros setores, veio à São Paulo em 1867 para ser professor em uma escola alemã[4], em 1869 foi trabalhar na importadora C. Budich & Co. em Santos, onde tornou-se sócio e depois em 1876, fundou a importadora Zerrenener,Bulow & Cia. ,onde comprava lúpulo, cevada e equipamentos[4][5]. O projeto foi desenvolvido pelo arquiteto alemão Augusto Fried. O arquiteto Augusto Fried também projetou outros edifícios históricos da cidade como o Palacete de Henrique Schaumann também na Avenida Paulista, a Antiga sede da Escola Alemã na Praça da República e o Palacete Tereza Toledo Lara no centro de São Paulo.[2][6][7]

Na época da inauguração da Paulista em 1891, o logradouro tinha 30 m de largura e quase 3000 m de extensão. Não contava com energia elétrica e não dispunha de calçamento, a avenida só foi asfaltada em 1909 tendo sido a primeira via pública a a receber revestimento asfáltico no estado de São Paulo.[8][9]

Características[editar | editar código-fonte]

Vista da Avenida Paulista em 1902 (foto de Guilherme Gaensly).

O sobrado seguia os padrões do estilo eclético. Abrigava junto a sua porta principal um amplo terraço, replicado no andar superior, que era complementado por outros cômodos avarandados. O edifício durante muito tempo foi o ponto mais alto da Avenida Paulista e contava com um belvedere e uma torre imponente. Por causa de sua torre de observação foi utilizado no registro fotográfico da avenida no início do século XX.[2][7]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Vistas da Cidade de São Paulo entre as décadas de 1930 e 1960». Biblioteca Digital Luso-Brasileira. Consultado em 7 de abril de 2021. Cópia arquivada em 12 de novembro de 2017 
  2. a b c Luciana Cotrim (6 de agosto de 2017). «Série Avenida Paulista: do Palacete von Bülow ao Edifício Pauliceia». Projeto São Paulo City. Consultado em 7 de abril de 2021. Cópia arquivada em 14 de março de 2021 
  3. D'ALESSIO, Vito. Avenida Paulista - A síntese da metrópole. São Paulo: Dialeto Latin American Documentary, 2002. 115p. ISBN 858837305X
  4. a b «Casarão Von Bulow». janeladahistoria. Consultado em 9 de abril de 2021 
  5. «Série Avenida Paulista: do Palacete von Bülow ao Edifício Pauliceia». Projeto São Paulo City. 6 de agosto de 2017. Consultado em 9 de abril de 2021 
  6. Cultura, SP (3 de novembro de 2015). «Palacete Teresa Toledo Lara - SP Cultura». SP Cultura 
  7. a b Edison Veiga e Rodrigo Burgarelli (19 de dezembro de 2011). «Primeiro casarão da avenida tinha até torre». Estadão. Consultado em 8 de abril de 2021. Cópia arquivada em 7 de abril de 2021 
  8. «Avenida Paulista no sentido Consolação». Coleção Folha de São Paulo Antiga - Folha Online. Consultado em 6 de abril de 2021. Cópia arquivada em 24 de fevereiro de 2020 
  9. Renato Lobo (8 de dezembro de 2020). «129 anos da Avenida Paulista: via já teve bondes e poderia ter virado calçadão». ViaTrolebus. Consultado em 8 de abril de 2021. Cópia arquivada em 19 de janeiro de 2021 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Benedito Lima de Toledo, Álbum Iconográfico da Avenida Paulista, Editora Ex Libris, 1987.[1]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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