Silião
Silião Σίλλυον, Sileu, Sylleion, Syllaeum, Syllaion Yanköy Hisarı, Asar Köy | |
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Uma das portas da cidade | |
Localização atual | |
Localização de Silião na Turquia | |
Coordenadas | 36° 59′ 30″ N, 30° 59′ 30″ L |
País | Turquia |
Região | Mediterrâneo |
Província | Antália |
Altitude | 200 m |
Dados históricos | |
Civilização | Grécia, Roma, Bizâncio, Seljúcidas |
Silião (em grego: Σίλλυον; romaniz.: Síllyon ou Σίλλυον; romaniz.: Sylleion), conhecida no Império Bizantino como Sileu (Συλλαῖον; em latim: Syllaeum) foi uma importante cidade e fortaleza perto de Ataleia (atual Antália), na Panfília, uma região costeira do sul da Anatólia, que atualmente faz parte da região do Mediterrâneo da Turquia.
O nome nativo em grego panfílio era Selyniys, possivelmente derivado do original hitita Sallawassi. Os topónimos atuais turcos da área são Yanköy Hisarı ("fortaleza da aldeia de Yan") e Asar Köy ("aldeia de Asar").[1]
História
[editar | editar código-fonte]Antiguidade
[editar | editar código-fonte]Durante a Antiguidade a cidade foi relativamente pouco importante. De acordo com uma lenda, Silião foi fundada como uma colónia de Argos, enquanto outra refere que foi fundada, juntamente com Sida e Aspendo, pelos videntes Mopso, Calcas e Anfíloco depois da Guerra de Troia.[2]
A cidade é mencionada pela primeira vez c. 500 a.C. por Pseudo-Cílax (polis Sylleion). A partir de 469 a.C. a cidade integra a Liga de Delos liderada por Atenas; é mencionada na lista de tributos de Atenas ca. 450 a.C. e 425 a.C., desaparecendo em seguida dos registos históricos, só reaparecendo em 333 a.C., quando alegadamente resistiu com sucesso a um cerco de Alexandre, o Grande. Segundo Arriano (ca. 92–175 d.C.) (Anábase de Alexandre, I. 26), o lugar, registado como Silião, estava bem fortificado e dispunha duma forte guarnição de mercenários e "bárbaros nativos", o que forçou Alexandre, pressionado por falta de tempo, a abandonar o cerco depois do primeiro assalto ter falhado.[2]
A cidade foi extensivamente reconstruída sob os Selêucidas, especialmente o teatro. Posteriormente, quando a maior parte da Ásia Menor passou a fazer parte do Reino de Pérgamo, Silião permaneceu livre por decisão do Senado romano.[2]
Numismática
[editar | editar código-fonte]A tradição de cunhagem de moeda é atestada continuamente desde o início do século III a.C. até ao reinado do imperador romano Aureliano (r. 270–275). Tetradracmas dos tipos alexandrino e lisimáquio foram cunhadas entre 281 e 190 a.C., mas à parte disso, as moedas de Silião são de bronze. As moedas do século III a.C. apresentam uma cabeça com barbas ou uma figura em pé, possivelmente identificável com o deus Apolo, ou um raio e a inscrição ΣΕΛΥΝΙΥΣ (o nome nativo panfílio). As moedas sob a suserania romana apresentam os mesmos motivos, mas com a inscrição helenizada para CΙΛΛΥΕΩΝ ("dos 'Silioanos').[1]
Período bizantino
[editar | editar código-fonte]Sob o Império Bizantino, a cidade ganhou alguma importância. É mencionada como o local onde foi destruída por uma tempestade uma frota árabe no final de 677 ou 678, após o cerco árabe fracassado a Constantinopla. Sendo um dos principais locais fortificados da região, tornou-se a sede dum representante imperial (ek prosopou), complementando o estratego do tema naval dos Cibirreotas. Silião situava-se no início da grande estrada pública que ligava a costa sul, via Amório e Niceia, com a Bitínia e a capital Constantinopla, uma posição que fez com que começasse a ganhar importância em relação a Perge, a metrópole regional tradicional. Em data desconhecida entre 787 e 815, a sede diocesana local foi transferida para Silião.[3]
A cidade, como o resto da Panfília, foi conquistada pelos turcos seljúcidas em 1207, passando a fazer parte do Sultanato de Rum.[3]
Figuras históricas
[editar | editar código-fonte]- Santo António, o Novo foi ek prosopou (representante imperial) em Silião ca. 821–829.[3]
- O Patriarca de Constantinopla Constantino II foi bispo da cidade.[3]
Sítio arqueológico
[editar | editar código-fonte]As ruínas existentes de Silião datam dos períodos helenístico, romano, bizantino e, em menor escala, também do período seljúcida. Entre elas encontram-se as portas da cidade, um estádio, um anfiteatro e um odeão (parte dos quais derrubados por uma deslizamento de terra), um templo, uma cisterna e um ginásio. Uma grande parte das ruínas encontra-se ameaçado de deslizamento de terra, pois a cidade situa-se no cimo dum planalto rochoso.[2]
Notas e referências
- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Sillyon», especificamente desta versão.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]Fontes
[editar | editar código-fonte]- Kazhdan, Alexander Petrovich (1991). The Oxford Dictionary of Byzantium. Nova Iorque e Oxford: Oxford University Press. ISBN 0-19-504652-8
- Lang, Gernot (2003), Klassische antike Stätten Anatoliens, Band II: Larissa-Zeleia, ISBN 978-3-8330-0068-3 (em alemão), Books on Demand GmbH, pp. 439–443
- Niewöhner, Philipp (2007), «Archäologie und die "Dunklen Jahrhunderte" im byzantinischen Anatolien», in: Henning, Joachim, Post-Roman Towns, Trade and Settlement in Europe and Byzantium, Vol. 2: Byzantium, Pliska, and the Balkans, ISBN 978-3-11-018358-0 (em alemão), Walter de Gruyter, pp. 130–131
Leitura adicional
[editar | editar código-fonte]- Bean, G. E.: Turkey's Southern Shore. 1968.
- Bean, G. E.: Sillyon (Asar Köyü) Turkey. In: The Princeton encyclopedia of classical sites. Princeton University Press, Princeton 1976 (online).
- Flensted-Jensen, Pernille; Hansen, Mogens Herman: More studies in the ancient Greek “polis”. Franz Steiner Verlag, Stuttgart 1996, ISBN 3-515-06969-0, p. 164.
- Collitz, Hermann: Pamphylian inscription; Sammlung d. griechischen Dialektinschriften Bd. I. 1884.
- Hotz, Walter: Die Mittelmeerküsten Anatoliens. Handbuch der Kunstdenkmäler. Darmstadt, Wissenschaftliche Buchgesellschaft, 1989.
- Korbel, Günther: Südküste Türkei. Nürnberg 1991.
- Lanckoronski, K.: Städte Pamphyliens und Pisidiens. Wien 1890-92.
- Mehling, Marianne (Hrsg.): Knaurs Kulturführer in Farbe Türkei. Droemer-Knaur, 1987, ISBN 3-426-26293-2.
- Roberts, E. S.: An introduction to Greek epigraphy. Teil 1. University Press, Cambridge 1887, p. 316–317.
- Winter, Frederick E.: Greek Fortifications. Taylor & Francis, 1971.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Forschungen zur Stadt- und Regionalgeschichte Pamphyliens und Pisidiens». www.dainst.org (em alemão). Deutsches Archäologisches Institut. Consultado em 30 de outubro de 2012
- «Sillyon». www.histolia.de (em alemão). Consultado em 30 de outubro de 2012
- Pisternick, Gitta & Achim. «Antike Städte an der Türkischen Riviera». www.reiseinfo-tuerkei.de (em alemão). Consultado em 30 de outubro de 2012