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Tastil

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Tastil
Tastil
Localização atual
Tastil está localizado em: Argentina
Tastil
Localização de Tastil na Argentina
Coordenadas 24° 27′ 13″ S, 65° 57′ 34″ O
País Argentina
Província Salta
Altitude 3 200 m.s.n. m
Área 0,12 km²
Dados históricos
Período Pré-colombiano
Notas
Acesso público Sim

Tastil é um sítio arqueológico de um assentamento indígena pré-colombiano, do povo Diaguita Atacamenhos e Calchaquíes, localizado na província de Salta, na Argentina. Foi declarado como Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) em 2014, inserida no conjunto Qhapaq Ñan, (Caminhos Incas).[1][2]

Origem e declínio

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Ainda não se sabe quando se originou o assentamento, mas através de datação por carbono, verificou-se que o sítio foi habitado entre 900 d.C. e 1400 d.C. Em seu auge, o assentamento abrigou aproximadamente 3.000 habitantes. Acredita-se que o assentamento foi abandonado durante o domínio inca, quando a população foi subjugada e precisou trabalhar para manter o império.[1][2]

Descoberta e preservação

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As ruínas foram descobertas por Eric Boman, em 1903; e estudos científicos mais aprofundados ocorreram entre 1967 e 1973, comandados por Eduardo Cigliano, através da Universidade de La Plata. O sítio foi declarado como Monumento Nacional em 1997, através do Decreto nº 1145, e Patrimônio Mundial, como sítio associado ao conjunto Qhapaq Ñan (Caminhos incas).[1][3]

Características

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O sítio abrange uma área de 12 hectares, em uma altitude de 3.200 metros acima do nível do mar. Possui aproximadamente 1.114 estruturas, entre residências, ruas principais e secundárias, praças, lixões, sepulturas e currais. No assentamento havia setores para o cultivo e armazenagem, moagem dos grãos e locais para cerimônias, e foram encontrados muitos artefatos de outras regiões da Argentina e da costa do Chile, e também artefatos têxteis.[1][2][3][4]

As edificações foram construídas com paredes de 1 metro de espessura, feitas de lajes de pedra granodiorito, e nenhum tipo de argamassa. Havia edificações simples, com apenas um cômodo; e edificações complexas, com mais de um cômodo, e suas portas nunca saíam para ruas principais.[2][4][5]

Sepultamentos

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Foram descobertos 105 sepultamentos, sendo a maioria dos túmulos no formato circular com paredes simples de pedras, colocadas, em sua maioria, em pé. Os sepultamentos eram feitos encostados às paredes das residências ou nos pátios internos. Junto aos enterros, foram encontrados artefatos funerários de cerâmica, madeira e osso. Em alguns sepultamentos foram encontrado gorros feitos de lã de lhama ou vicunha, datados do período entre 1349 d.C. e 1439 d.C.[4][5]

Nas colinas circundantes ao sítio há em torno de 7.800 blocos com arte rupestre. Entre os desenhos está a representações de um calendário lunar, com 28 compartimentos; um calendário referente a gestação das lhamas, que era de uso importante para os nativos; e um calendário da gestação humana, com 9 compartimentos. Também há a representação de serpentes, que eram relacionadas à fertilidade; e a representação de emas, que eram consideradas os "arautos da chuva".[1][2]

Referências

  1. a b c d e López, A; Maltz, Bernardo; Cornejo, Mariano; Vitry, Gastón; Paula, Cevidanes; Luis, martos; Vitry, Christian. (2023). Arte Rupestre en Tastil (Provincia de Salta, Argentina). Propuesta metodológica y resultados preliminares. (em espanhol). Territorios rupestres en América Latina. pp.261 - 281. Ed.: E.R.A. Arte, Creación y Patrimonio Iberoamericano en Redes. Universidad Pablo de Olavide. ISBN: 978-84-09-48468-3.
  2. a b c d e Vesco, Leandro (17 de junho de 2021). «La enigmática Tastil: la ciudad prehispánica más grande del país que todavía deslumbra a los arqueólogos». La Nacion (em espanhol). Consultado em 28 de maio de 2024 
  3. a b «Museo de Sitio Santa Rosa de Tastil». Ministerio de Educación, Cultura, Ciência y Tecnologia. Secretaría de Cultura de Salta (em espanhol). Consultado em 28 de maio de 2024 
  4. a b c Perrot, Rolandi de; Susana, Diana (1971). «Los gorros de Santa Rosa de Tastil, provincia de Salta». Relaciones de la Sociedad Argentina de Antropología (em espanhol). ISSN 0325-2221. Consultado em 28 de maio de 2024 
  5. a b Ribero, Flavio (28 de setembro de 2019). «Sitios Arqueológicos Sudamericanos - Santa Rosa de Tastil.». Cultura en Red (em espanhol) (2). ISSN 2362-2652. Consultado em 28 de maio de 2024