Terreiro IIê Axé Itayle
Tipo | |
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Estatuto patrimonial |
bem tombado pelo IPAC (d) |
Localização |
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Coordenadas |
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O Terreiro IIê Axé Itayle é um templo de candomblé de nação Nagô Vodum. O terreiro foi fundado em 1950 por Narcisa Cândida da Conceição, mais conhecida como Mãe Filhinha, e está localizado na cidade de Cachoeira, no estado brasileiro da Bahia. É um patrimônio imaterial estadual, tombado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), no ano de 2014, sob o processo de nº 0607120026064/12 e foi inscrito no Livro do Registro Especial de Espaços de Práticas Culturais Coletivas.[1][2][3]
História[editar | editar código-fonte]
Mãe Filhinha foi iniciada para Iemanjá e Ogum por João da Lama, na Casa de Santo Nagô Vodum, localizada na Rua da Olaria, que cultuava orixás e caboclos. Quando saiu da casa de João da Lama, foi fundar sua própria: o Terreiro IIê Axé Itayle.[3] E ela viveu em uma casa geminada ao terreiro; tendo trabalhado de forma voluntária com cura pro meio do espiritismo, em sessões presididas pelo Caboclo Tumba Junçara.[1]
“ | O ferro encontra a água, na totalidade do culto, na religiosidade da casa e na memória dos filhos e filhas ‘feitos’ por ela, trezentos ou mais. | ” |
— Narcisa Cândida da Conceição - Mãe Filhinha[1] |
Após o falecimento de Mãe Filhinha, em 18 de janeiro de 2014, aos 110 anos, a casa entrou em processos sucessórios.[3]
Patrimônio cultural[editar | editar código-fonte]
“ | No dia 19 de novembro de 2014, às 17h30, no Salão de Atos Baianas de Acarajé, da Governadoria, localizado no Centro Administrativo da Bahia, o então Governador da Bahia, Jaques Wagner, com a presença de várias autoridades e representantes dos terreiros, assinou os dez decretos de Registro Especial, tornando os terreiros Asepò Erán Opé Olùwa – Viva Deus, Aganjú Didê – Ici Mimó, Loba’Nekun, Loba’Nekun Filha, Humpame Ayono Huntoloji, Ilê Axé Itaylê, Inzo Incossi Mukumbi Dendezeiro, Ogodô Dey, Raiz de Ayrá e Ilê Axé Ogunjá, Patrimônio Imaterial do Estado da Bahia. | ” |
— IPAC, 2015, p. 21 |
[4] Em 2020, o Terreiro IIê Axé Itayle, juntamente com os terreiros Viva Deus, Humpame Ayono Huntóloji, Ogodô Dey, Ilê Axé Ogunjá, Inzo Nkosi Mukumbi Dendezeiro, Raiz de Ayrá, Loba’Nekun e Loba’Nekun Filho e Aganjú Didê foram contemplados com novecentos mil reais, através do edital público Salvaguarda Patrimônio Imaterial, do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), para realizar uma ação coletiva de salvaguarda com produção de documentário, portal virtual, plano planialtimétrico, publicação impressa e plano de salvaguarda.[5]
Babalorixás e yalorixás[editar | editar código-fonte]
Festividades[editar | editar código-fonte]
- Todo o mês de Janeiro - Festa de Ogum[1][3]
- 02 de Fevereiro - Festa de Iemanjá[1][3]
- 25 de Junho - Festa de todos os caboclos: Tumba Junçara; Sultão das Matas e ao Caboclo da Pechincha[1][3]
Referências
- ↑ a b c d e f g Pellegrino Filho, Antonio Roberto. (2015). Terreiros de Candomblé de Cachoeira e São Félix. Fundação Pedro Calmon. Caderno do IPAC, nº 9
- ↑ «Cachoeira – Terreiro IIê Axé Itayle – Casa da Mãe Filhinha | ipatrimônio». 24 de outubro de 2019. Consultado em 30 de junho de 2024
- ↑ a b c d e f g IPAC. Terreiros.
- ↑ IPAC (2015). «Terreiros de Candomblé de Cachoeira e São Félix: CADERNOS DO IPAC, 9» (PDF). iPatrimônio. Consultado em 26 de outubro de 2022
- ↑ Dez terreiros do Recôncavo Baiano se unem e vencem edital do IPAC. ObservaBaía.