Usuário(a):Helena Paes Alfarelos/Testes
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Paróquia São Cristóvão (São Paulo)
[editar | editar código-fonte]Paróquia São Cristóvão | |
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A igreja vista da Pinacoteca do Estado | |
Informações gerais | |
Construção | 1856 |
Diocese | Arquidiocese de São Paulo |
Localização | Avenida Tiradentes, nº 84 e Rua 25 de Janeiro, s/nº - Luz São Paulo, Brasil |
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Igreja de São Cristóvão, antiga Capela do Seminário da Luz, está localizada na Avenida Tiradentes, nº 84 esquina com a Rua 25 de Janeiro, s/nº no bairro da Luz, zona central de São Paulo, Brasil.[1]
O edifício, que foi construído originalmente em 1855 e inaugurado em 9 de novembro de 1856 conta com dois andares e abrigava o recinto da Igreja, anexos voltados para administração e moradia de pessoas ligadas à Paróquia.[2]
Em 1982, graças a construção original do prédio ter sido feita em taipa de pilão, o mesmo precisou passar por um processo de tombamento e re-construção, com a demolição de uma ala do seminário que deu lugar a uma rua e com sua mudança de uso, passando a abrigar um comércio também. [3]
Atualmente o edifício do antigo Seminário, que pertence a Cúria Metropolitana, é ocupado por um hotel na parte superior e por comércio no pavimento térreo, permanecendo somente a antiga capela, Igreja de São Cristóvão, com suas funções originais.[4]
A Igreja tem como santo padroeiro São Cristóvão, cujo nome quer dizer "aquele que conduz Cristo" e é protetor e padroeiro dos motoristas[5]. Seu dia de festa dá-se em 25 de Julho, onde graças a uma antiga tradição que diz que quem olha para a imagem de São Cristóvão passa o dia protegido, faz com que muitos motoristas e caminhoneiros, principalmente taxistas, passem pela Avenida Tiradentes, em frente à igreja, para receber a benção e proteção do santo.[6]
História
[editar | editar código-fonte]O Seminário Episcopal, fundado em meados do século XIX por Dom Antonio Joaquim de Melo, já na década de 1880 se encontrava entre os estabelecimentos de maior importância quanto à instrução pública da cidade de São Paulo.
Do grande conjunto construído no final do século XIX, resta ainda a Igreja de São Cristóvão, cujas paredes de taipa de pilão existentes representam a primeira fase da cidade de São Paulo, sendo que o restante do antigo seminário encontra-se descaracterizado.
O quarteirão inteiro, entre a Avenida Tiradentes e a Rua 25 de Janeiro pertencem à Mitra Arquidiocesana, entidade mantenedora da Cúria, sendo assim responsável pela manutenção e salvaguarda de suas propriedades.
Contudo, tanto a Igreja de São Cristóvão quando o antigo Seminário da Luz estão enquadrados dentro das Leis Municipais de Uso de Solo (Z8-200), no que diz respeito ao Programa de Preservação de Bens Culturais Arquitetônicos da Área Central de São Paulo, elaborado pela COGEP (Coordenadoria de Gestão de Pessoas).
Com sua deterioração e desabamento da parede lateral, causando a interdição da igreja em 05 de março de 1982, foi aprovado por unanimidade o processo de tombamento do bem cultural pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico Artístico e Turístico do Estado) em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura, em 12 de maio de 1982, número do processo 22078/82.
Em 01 de junho de 1982 foi iniciado o processo de conservação da Igreja, num trabalho em conjunto com o FRM (Fundação Roberto Marinho), DOP (Departamento de Edifícios e Obras Públicas) e o CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico Artístico e Turístico do Estado).
A igreja foi restaurada e reinaugurada em 28 de Abril de 2001.[3]
História de uma igreja
[editar | editar código-fonte]- 1500: Descobrimento do Brasil
- 1532: Fundação de São Vicente
- 1554: Fundação de São Paulo
- 1590: Construção da ermida de Nossa Senhora Da Luz
- 1774: Fundação do Convento da Luz
- 1805: Construção do Hospital dos Lázaros
- 1822: Independência do Brasil
- 1825: Abertura do Jardim da Luz
- 1856: Construção do Seminário Episcopal
- 1858: Ampliação do Seminário
- 1867: Inauguração da estrada de ferro
- 1889: Proclamação da República
- 1900: Construção da Estação da Luz
- 1905:Parte do seminário muda para Pirapora
- Separação do Seminário e do Colégio
- Modificação da fachada do Seminário e Capela
- 1927:O Seminário Maior muda para a Freguesia do Ó
- Demolição parcial do Seminário
- 1935: Colégio Diocesano muda-se para Vila Mariana
- 1940: Fundação da Paróquia de São Cristóvão
- 1982: Desaba parede lateral da Igreja de São Cristóvão
- 1994: Fundação da Sociedade de Amigos da Igreja de São Cristóvão
- Prospecções e projeto de restauro
- 1995: Obras de restauro
- 2000: Reinauguração da Igreja de São Cristóvão
Arquitetura
[editar | editar código-fonte]A Igreja de São Cristóvão conta com apenas um pavimento, dividido em dois andares, o superior e o inferior. Atualmente o edifício é ocupado por um hotel na parte superior e por comércio no térreo, permanecendo somente a Igreja com suas funções originais.
O terreno conta com 1.440 m², sendo sua área construída de 768 m².[7]
Significado Histórico e Cultural
[editar | editar código-fonte]A Igreja de São Cristóvão tem sua importância determinada por suas características arquitetônicas, por seu valor histórico – foi construída na primeira fase da cidade de São Paulo – e seu significado sociocultural.
Localizada no bairro da Luz, também anteriormente conhecido como bairro do Guaré, a Igreja teve sua construção iniciada em 1853 junto com a elevação do Seminário Episcopal do qual fez parte.
Na época, o bairro de Guaré já era considerado um espaço significativo em relação às construções históricas. A partir de 1868 o Seminário Episcopal, juntamente com a Igreja de São Cristóvão, figuravam um marco referencial no bairro Luz, junto com outros edifícios como Convento de Nossa Senhora da Luz [8](1774), Jardim Botânico (1797) e Hospital dos Lázaros (1805).
A construção do Seminário Episcopal, que durou de 1855 a 1860, corresponde a um período de prestigio crescente nas ruas paulistas. O edifício, que foi erguido por um sistema de taipas pois não existiam tijolos na época, lembra o estilo de construção barroco, colonial e românico.[9]
Tombamento
[editar | editar código-fonte]Contudo, como o edifício foi construído com um sistema simples e de acordo com a época, foi iminente sua deterioração ao passar dos anos
O ápice ocorreu com o desabamento de sua parede lateral, causando a interdição da igreja em 05 de março de 1982.
Com isso foi aprovado por unanimidade o processo de tombamento do bem cultural pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico Artístico e Turístico do Estado) em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura, em 12 de maio de 1982, número do processo 22078/82.
Em 01 de junho de 1982 foi iniciado o processo de conservação da Igreja, num trabalho em conjunto com o FRM (Fundação Roberto Marinho), DOP (Departamento de Edifícios e Obras Públicas) e o CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico Artístico e Turístico do Estado).
A igreja foi restaurada e reinaugurada em 28 de Abril de 2001.[3]
Estado Atual
[editar | editar código-fonte]Atualmente, do edifício original, apenas a Igreja de São Cristóvão continua com sua função original.
O elemento artístico mais importante que resta da fundação do Seminário é o alto-mór. Além de sua importância litúrgica, possui também importância importância história, pois é provavelmente o primeiro altar néo-gótico do Brasil. Deve ter sido concebido pelos cultos padres capuchinhos que vieram organizar o Seminário, quando aquele estilo ainda era novidade na Europa e que o introduziram no país. A restauração revelou uma cor original branca.
As missas na igreja acontecem aos sábados – às 15h, aos domingos – às 09h e a missa em louvor à Santa Filomena acontece todo dia 10 de cada mês – às 15h.
No local também acontecem sacramentos como Batizados, Crismas, Cursos para noivos e Primeira Eucaristia.[7]
Conservação do bem cultural
[editar | editar código-fonte]O restauro da Igreja, que foi iniciado com o Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns e finalizado com o Arcebispo de São Paulo Cardeal Dom Cláudio Hummes atualmente encontra-se em estado total de uso e conservação, onde a própria Cúria de São Paulo cuida para que o bem cultural continue sem grandes deteriorações.
Galeria
[editar | editar código-fonte]Acervo permanente
[editar | editar código-fonte]-
Vista da Igreja de São Cristovão através da Passarela Rua das Noivas, em São Paulo (SP), Brasil
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Face nordeste da Igreja de São Cristovão
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Detalhes do lado direito da Igreja de São Cristovão
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Detalhes do lado esquerdo da Igreja de São Cristovão
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Detalhes do lado noroeste da Igreja de São Cristovão
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Detalhes do fundo da Igreja de São Cristovão
Referências
- ↑ Processo de tombamento - Igreja de São Cristóvão. [S.l.: s.n.] pp. http://www.arquicultura.fau.usp.br/images/arquicultura/Processo_22078–82_–_Igreja_de_Sao_Cristovao_(Anexo).Image.Marked.pdf
- ↑ Fotos Processo de Tombamento - Igreja de São Cristóvão. [S.l.: s.n.] pp. http://www.arquicultura.fau.usp.br/images/arquicultura/Processo_22078–82_–_Igreja_de_Sao_Cristovao.Image.Marked.pdf
- ↑ a b c «Igreja de São Cristóvão». www.arquicultura.fau.usp.br
- ↑ «Secretaria de Estado da Cultura». www.cultura.sp.gov.br
- ↑ «Igreja no Centro de SP celebra o Dia de São Cristóvão». São Paulo
- ↑ «Secretaria de Estado da Cultura». www.cultura.sp.gov.br
- ↑ a b «São Cristóvão». Arquidiocese de São Paulo
- ↑ «HPIP». www.hpip.org
- ↑ «saocristovaosp». saocristovaosp. Consultado em 15 de novembro de 2016