Saltar para o conteúdo

Usuário(a):Juscimara S. Santana/sudoestebaian

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Mapa dos Munícipios participantes do Território Identidade Sudoeste Baiano

O Sudoeste Baiano é um território de identidade do estado da Bahia, está localizado no Centro Sul Baiano e engloba 24 municípios: Anagé, Aracatu, Barra do Choça, Belo Campo, Bom Jesus da Serra, Caetanos, Cândido Sales, Caraíbas, Condeúba, Cordeiros, Encruzilhada, Guajeru, Jacaraci, Licínio de Almeida, Maetinga, Mirante, Mortugaba, Piripá, Planalto, Poções, Presidente Jânio Quadros, Ribeirão do Largo, Tremedal e Vitória da Conquista.

Originalmente criado como Território de Identidade Vitória da Conquista, teve o nome alterado para TI Sudoeste Baiano, mas não deve ser confundido com a Região Econômica do Sudoeste da Bahia, antiga organização territorial do Estado da Bahia. Os municípios mais populosos da região, segundo o censo 2022, são Vitória da Conquista (370.879) e Poções (48.293).

Aspectos geográficos[editar | editar código-fonte]

Clima[editar | editar código-fonte]

O sudoeste baiano apresenta uma diversidade geomorfológica, influenciada por sua localização entre 14° a 15°45’ de latitude sul e 40°15’ a 42°45’ de longitude oeste. Com uma área aproximada de 27.275,6 km², que corresponde a cerca de 4,8% do território baiano. A região é caracterizada por uma topografia variada, com altitudes que oscilam entre 600 m e mais de 1.000 m. Nos extremos leste e oeste, o relevo é mais acidentado, enquanto na parte central predominam áreas aplanadas, configurando platôs e chapadas. Esse relevo influencia diretamente no clima, que varia de subúmido a seco, semiárido e úmido a subúmido, com temperaturas anuais que oscilam entre 18°C e 24°C.[1]

Floresta Estacional Decidual.
Mata de cipó.

Fitofisionomias[editar | editar código-fonte]

Gravatazeiro, espécie ameaçada.
Rhopornis ardesiacus

O Território de Identidade Sudoeste Baiano apresenta três ambientes vegetacionais distintos em diferentes proporções: Caatinga, no Centro-Norte, Floresta Estacional Decidual, na porção Sul-Sudeste e Cerrado em algumas regiões do extremo Oeste do Território.[2] O Sudoeste Baiano é caracterizado por ambientes vegetacionais de transição, como Caatinga- Floresta Estacional, Cerrado- Floresta Estacional e Cerrado - Caatinga - Floresta Estacional, principalmente na porção Oeste, onde existem áreas de tensão ecológica.[1] Uma típica Floresta Estacional importante para o território em termos de biodiversidade e emblemática do ponto de vista conservacionista é a Mata de Cipó[3], vegetação caracterizada por muitas lianas em sua composição e sub-bosque denso. Os ambientes do Território possuem ocorrência de espécies nativas como, Syagrus coronata (Licuri), Ceiba glaziovii (Barriguda), Tabebuia impetiginosa (Ipê-roxo), e alguns espécies endêmicas e ameaçadas como o Melocactus conoideus.[4] e o Gravatazeiro (Rhopornis ardesiacus), importante ave encontrada na Mata de Cipó.[5]

Espécie endêmica e criticamente ameaçada de extinção.
Melocactus conoideus

Recursos Hídricos[editar | editar código-fonte]

A região do Sudoeste Baiano presente na região hidrográfica (RH) do Atlântico Leste, tem a segunda menor disponibilidade hídrica entre as doze regiões hidrográficas do Brasil, com uma vazão média de 305 m³/s. Essa baixa disponibilidade hídrica é atribuída à menor vazão dos rios, que é de 1.484 m³/s em média, e à alta frequência de rios intermitentes. A situação é agravada pela localização no semiárido nordestino, onde a ocorrência de secas prolongadas são comuns. Isso leva a uma criticidade quantitativa em 46% da extensão dos principais rios, indicando que a oferta natural de água não atende à demanda atual, potencializando conflitos pelo uso da água.[6]

Bacias Hidrográficas Importantes[editar | editar código-fonte]

  • Bacia Hidrográfica do Rio Pardo: Esta bacia cobre 32.627 km² e é essencial para o abastecimento e agricultura na região. É administrada pela Agência Nacional de Águas (ANA), abrange 35 municípios (22 na Bahia) e é crucial para o abastecimento e agricultura, mas enfrenta desafios significativos devido à baixa disponibilidade hídrica e intermitência dos rios.[7]
  • Bacia Hidrográfica do Rio de Contas: Vital para a agricultura irrigada, esta bacia enfrenta limitações na expansão devido à baixa disponibilidade hídrica e intermitência dos rios, sendo essencial para a produção agrícola da região.[6][7]

A infraestrutura de abastecimento de água no sudoeste baiano necessita de melhorias significativas. Atualmente, 96% dos municípios estão cobertos por redes gerais de abastecimento, uma porcentagem acima da média nacional. No entanto, projeções indicam que até 2025, 10% dos municípios precisarão de ampliação dos sistemas existentes e 63% necessitarão de novos mananciais para complementar o abastecimento. A deficiência na infraestrutura pode comprometer a disponibilidade de água para a população crescente e para as atividades econômicas da região.[6]

A região enfrenta desafios significativos relacionados à escassez hídrica, exacerbados pelas mudanças climáticas e eventos de seca. A gestão sustentável dos recursos hídricos, incluindo melhorias na infraestrutura de abastecimento e estratégias de conservação, é essencial para garantir o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida na região. Políticas integradas e investimentos em infraestrutura hídrica são fundamentais para enfrentar os desafios e assegurar a disponibilidade de água para as gerações futuras.[7][6]

Biodiversidade[editar | editar código-fonte]

Ameaças a Biodiversidade[editar | editar código-fonte]

Quando o meio ambiente tem seus valores econômicos, estético e social perturbados, um alerta de perigo é acionado no que diz respeito à extinção ou perda de espécies, e isso porque a degradação de uma espécie pode levar a fragmentação das comunidades, que por sua vez vão diminuindo e levando  a perda da variação genética consigo, como efeito dessa extinção. Uma vez que a espécie é extinta, sua população não pode ser recuperada e todo o seu potencial, seja econômico, estético ou social é perdido.

As perturbações em massa causadas pelo homem, tem destruído, degradado e fragmentado a paisagem em larga escala, levando espécies e em consequência comunidades inteiras à extinção. Sendo assim, As maiores ameaças à diversidade biológica que resultam da atividade humana são: Perda e/ou Fragmentação de habitats; Superexploração de recursos; Introdução de espécies exóticas; Disseminação de patógenos; Poluição ambiental; Mudanças climáticas/Aquecimento global.

Perda e Fragmentação de Habitat[editar | editar código-fonte]

No dicionário fragmentação tem o seguinte significado "reduzir a ou fazer-se em fragmentos; fracionar(-se), quebrar(-se).", quando se relacionado a habitat, significa a perda ou "quebra" de um todo para pequenos pedaços espaçados, que podem se tornar cada vez menores ate resultando a perda total do ambiente.[8]

A perda e fragmentação de habitat é um dos maiores fatores que ameaçam a biodiversidade e refere-se a destruição ou degradação das áreas naturais, resultando numa diminuição da quantidade de habitat disponível para as espécies selvagens. Esse fator está intrinsecamente ligada às ações humanas que quebram essa continuidade da paisagem, ocasionando em mudanças tanto na estrutura e composição, quanto na diversidade das comunidades locais.[9]

Existem poucos estudos que falem diretamente sobre a fragmentação e perda de habitat para os municípios que compõe o Território de Identidade do Sudoeste Baiano. Contudo, existem trabalhos que trazem um pouco dos impactos ambientais nas vegetações e nascente como a do Rio Verruga, que foram e são desencadeados por ações antrópicas. No município de Vitoria da Conquista, por exemplo, é possível encontrar alguns artigos que falam sobre os impactos ambientais nas áreas de conservação do município, como a Reserva Florestal do Poço Escuro e a Serra do Periperi. Ao analisarmos de modo mais profundo, a Reserva Florestal do Poço Escuro localizada na vertente sul da Serra do Periperi e que se estende por dentro da área urbana do município, sofre diretamente os impactos das ações antrópicas. Desse modo devido ao local onde se localiza a reserva, esta tornou-se uma área de passagem entre bairros que circundam a área, possibilitando que a Reserva se torna-se mais susceptível a poluição seja ela de excrementos, lixos e do ar.

Em decorrência dessa poluição há também um problema da disseminação de super patógenos devido ao uso abusivo de antibióticos ,Isso ocorre quando os microrganismos desenvolvem resistência aos antibióticos devido à exposição repetida a essas substâncias, devido as excretas após a ingestão de tais substancias. Essa resistência pode ser transferida entre diferentes bactérias, o que torna os tratamentos antibióticos menos eficazes e pode levar a infecções mais difíceis de tratar em humanos e animais. em 2015, um estudo[10] que analisou o rio verruga (vitória da conquista) e o Rio água fria (Barra do choça), indicou que dos 8 pontos estudados, a presença de amoxilina, um antibiótico de ampla utilização, está associado em maior quantidade a pontos próximos a centros urbano.

Além disso, a Serra do Periperi também sofre ações antrópicas por circundar a cidade, onde o uso desordenados do solo, agravados, nas últimas décadas, devido a devastação da sua cobertura vegetal, como também a presença de áreas degradadas devido a atividade de mineração (sobretudo retirada de areia) e de extração de lenha pela população. A fragmentação pode limitar a capacidade de espécies de se dispersarem e colonizarem novos habitats, além de reduzir a capacidade de alimentação dos animais nativos. Populações fragmentadas são mais vulneráveis a problemas genéticos e demográficos, o que pode levar ao declínio e à extinção das espécies.

O Melocactus conoideus é uma das espécies de cacto endêmico da Serra do Periperi em Vitória da Conquista (BA), criada com o propósito de preservação de M. conoideus, acompanhada por iniciativas de conscientização ambiental junto às comunidades locais próximas à sua área de distribuição. Apesar dos esforços de conservação, devido à ocorrência da espécie em apenas uma localidade sendo ameaçada pela expansão urbana, queimadas e mineração de quartzo, além da atividade de coletores e manipulação ambiental, perigo extremamente elevado de extinção na natureza.

Poluição Ambiental[editar | editar código-fonte]

No Sudoeste Baiano foi-se apontados problemas sanitários, tais como falta de esgotamento e aterros sanitários para a maioria dos municípios que os compõe.[11] Além disto dois rios presentes no município de Vitória da Conquista e o outro que banha pelo 11 dos 24 municípios do território identidade, denominados Rio Verruga e Rio Gavião respectivamente, apontaram níveis altos de poluição. O relato para o Rio Verruga moradores tendem a encontrar resíduos como sacolas plásticas, esgoto doméstico, pneus, animais mortos, móveis e até mesmo lixo hospitalar.[12] Para o Rio Gavião dentro do município de Anagé foi-se notado o despejo de esgoto sanitário diretamente no rio, possuindo quatro caixas coletoras de esgoto abertas sendo constantemente despejadas no rio, que causa revolta na população por falta de apoio público para lidar com a degradação do aquífero.[13][14] No município de Poções atividades agrícolas e de pecuária dentro da APP da Barragem de Morrinhos demonstrou degradação do solo, poluição dos recursos hídricos, emissão de gases de efeito estufa, desmatamento bastante acentuado e emissão de resíduos.[15] No município de Barra do Choça, com o aumento da cafeicultura na região foi notado a degradação do solo com efeitos de erosão, perda da fertilidade natural e poluição dos rios e da barragem, onde o produtores ressaltaram que não levaram em consideração as questões ambientais [16][17]. Em Bom Jesus da Serra é relatado um mina abandonada de amianto na região onde fora confirmado contaminação do ar e do solo pela poeira do poluentes, além da limitação do abastecimento e fornecimento de água em épocas de escassez [18]. A mineração no entanto volta a aparecer no município de Licínio de Almeida, onde a implementação da empresa de extração de minérios de ferro afetam diretamente o solo com o escoamento do minério e também o uso desenfreado dos recursos hídricos da região[19]. Já em Cândido Sales, o Rio Pardo recebe durante anos resíduos sólidos e líquidos provenientes da atividade econômica do couro (curtumes), onde atualmente a prefeitura juntamente com o Ibama e a PF andam desenvolvendo ações para limpeza do rio e a retirada de dejetos[20]. As movimentações para combater a poluição aparece também em Tremedal a câmara municipal aprovou uma nova lei para meio ambiente dos quais os artigos instituem a proibição, punição e a política como um todo[21].

Superexploração de Recursos[editar | editar código-fonte]

A exploração de recursos naturais tem raízes antigas, remontando aos primórdios da história humana, como a caça e a pesca. Inicialmente, essas práticas eram sustentáveis e não ameaçavam a extinção das espécies. No entanto, o aumento da população mundial resultou em uma demanda mais intensa por recursos naturais, impulsionada tanto pela necessidade de atender às necessidades básicas quanto pelo crescimento econômico e tecnológico. Consequentemente, o uso de recursos naturais passou a ser influenciado não apenas pelas exigências de subsistência, mas também, e principalmente, pelas demandas do mercado.

Frequentemente, áreas excessivamente exploradas são aquelas que inicialmente possuíam um recurso de interesse para um mercado estabelecido. Quando esse recurso se esgota, busca-se novas áreas para exploração, resultando em um ciclo destrutivo.  Esse padrão contrasta fortemente com as práticas das comunidades tradicionais, como povos indígenas e comunidades isoladas, que historicamente impuseram restrições à caça, pesca e colheita, baseadas na observação e na renovação periódica do meio natural. Essas restrições permitiram um uso sustentável da biodiversidade ao longo de milhares de anos. As práticas tradicionais evitavam naturalmente a superexploração dos recursos disponíveis, ao contrário do modelo impulsionado pela expansão econômica global. Não é por acaso que as áreas mais preservadas do planeta frequentemente foram habitadas por povos de cultura tradicional. (PRIMACK; RODRIGUES, 2001).

No entanto, não apenas os recursos físicos presentes na biodiversidade foram ameaçados devido ao consumo desenfreado dos mercados capitalistas; também se observa que a dinâmica das comunidades tradicionais foi modificada, afetando variavelmente a expressão e o modo de vida de sua cultura e seus hábitos diários. É sabido que os interesses de exploração se originaram historicamente, sobretudo, dos processos de colonização.

Introdução a Espécies Exóticas[editar | editar código-fonte]

As introduções de espécies exóticas podem ser observadas facilmente durante a história da agricultura no Brasil, devido a qualidade e a grande extensão das terras do país aliado a favoráveis condições climáticas, tornando-se um local propício ao cultivo de plantas nacionais e exóticas que muitas vezes não apresentam riscos às espécies locais. No sudoeste baiano a agricultura em larga escala e familiar vem se expandido paulatinamente, a exemplo temos as cidades Anagé, Belo Campo e Caraíbas contendo uma grande quantidade de pomares compostos por variedades nativas e exóticas, estas últimas sendo representadas pelo cultivo das seguintes frutas: manga, seriguela, pinha, goiaba, acerola, mamão, cajarana[22]. Nesse viés, também é possível encontrar diversas espécies vegetais exóticas no Parque Municipal Serra do Periperi, Vitória da Conquista, representadas pelas plantas: picão-roxo, amendoeira-da-praia, lambari, ipomeia, mamona, coroa-de-cristo, flamboyant, cacaueiro, hibisco, jaqueira, bananeira, e jambo-amarelo.

As espécies exóticas que se tornaram invasoras devido aos seus mecanismos de dispersão ou à agricultura intensiva também estão presentes no sudoeste baiano. A cidade de Vitória da Conquista é a terceira maior cidade da Bahia, e a sua atividade industrial e construção civil corroboram para a forte demanda de madeira, fazendo com que a região ao redor da cidade se desenvolva também através da eucaliptocultura. No entanto, a espécie vegetal originária da Austrália se adaptou muito bem no Brasil, de forma que sua expansão intensiva vem causando diversos danos ao ambiente. Entre esses danos estão a desertificação, pois as florestas de eucalipto demandam muita água e retiram nutrientes que não são repostos, já que sua matéria orgânica possui outras destinações. Além disso, o eucalipto tem a capacidade de impedir o crescimento de outras espécies ao seu redor através de substâncias químicas depositadas no solo[23].

Espécies animais invasoras também encontraram na região do sudoeste baiano uma área propicia para a sua proliferação. As espécies do gênero Columbina e Passer, respectivamente as pombas e pardais são aves com distribuição originária na Europa, mas foram introduzidas propositalmente pelo homem e se tornaram espécies cosmopolitas e já com um alto grau de domesticação[24].

Mudanças climáticas/aquecimento global[editar | editar código-fonte]

No Sudoeste Baiano, são exemplos desses impactos as oscilações ocorrentes no município de vitória da conquista, que em 21 de Julho de 2023 apresentou uma abrupta queda de temperatura com intensas chuvas, ventos fortes e gelados, desde os dias anteriores, registrando a menor temperatura do ano de 8,8°C.[25]

Com o intuito de diminuir os problemas causados em função dessas mudanças climáticas, a prefeitura apresentou ações como a adesão ao programa Produtor de Água, da Agência Nacional de Águas (ANA) e o Programa Municipal de Pagamento por Serviços Ambientais, instituído pela Lei Municipal n° 2.452/2021, como iniciativas para fortalecer as políticas públicas no combate aos problemas ambientais.

Unidades de Conservação[editar | editar código-fonte]

O Sudoeste Baiano possui duas Unidades de Conservação regulamentadas pelo SNUC, o Parque Municipal da Serra do Periperi, localizado no município de Vitória da Conquista e a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), localizada no município de Barra do Choça.

A UC Parque Municipal da Serra do Periperi, foi estabelecida pelo Decreto nº 9.480/992 com o objetivo de organizar o uso e a ocupação do solo, preservar as áreas verdes remanescentes nas encostas e no topo da Serra do Periperi, proteger as nascentes existentes e recuperar as áreas degradadas pela atividade de mineração, minimizando e corrigindo os processos erosivos decorrentes da degradação ambiental[26]. Dentro da área do parque, encontra-se a Reserva do Poço Escuro, uma área de 17 hectares de mata de cipó remanescente[27].

A área do parque ainda conta com uma espécie de cacto endêmico de Vitória da Conquista, o Melocactus conoideus, que está na lista de espécies ameaçadas de extinção, de acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). A existência de exemplares da flora e funga de Mata Atlântica, e ainda a ocorrência significativa de espécies da fauna em situação de vulnerabilidade, desperta o interesse de pesquisadores sobre a área, porém, o parque não possui infraestrutura para o desenvolvimento de pesquisas[28].

Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN)[editar | editar código-fonte]

Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) tem como objetivo principal a conservação biológica e pode ser utilizada para pesquisa científica, além de atividades turísticas, educacionais e recreativas.[29]

Segundo dados do Cadastro Nacional de Unidades de Conservação (CNUC) há no Brasil, atualmente, 1.242 RPPNs, entre federais, estaduais e municipais.[30] Embora o Brasil conte com um número relativamente abundante de RPPNs, na região do Sudoeste Baiano encontra-se uma única reserva: a RPPN Rio dos Monos, de acordo com dados obtidos pelo Sistema Informatizado de Monitoria de RPPN (SIMRPPN). Localizada no município de Barra do Choça, esta reserva abrange uma área de 8,85 hectares e foi oficialmente estabelecida pela Portaria Nº 19, em 9 de março de 2006, criada por Edson Paiva Pereira e Cleide Souza dos Santos. [31]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Bahia, Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da (21 de outubro de 2015). Perfil dos territórios de identidade. Col: Série territórios de identidade da Bahia. [S.l.]: Sei 
  2. BAHIA (2015). Perfil dos Territórios de Identidade/Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia. Bahia: SEI. p. 15. ISBN ISBN 978-85-8121-017-9 Verifique |isbn= (ajuda) 
  3. «Biomas». Lajedo dos Beija-flores. Consultado em 13 de junho de 2024 
  4. «Centro Nacional de Conservação da Flora - CNCFlora». cncflora.jbrj.gov.br. Consultado em 13 de junho de 2024 
  5. «gravatazeiro (Rhopornis ardesiacus) | WikiAves - A Enciclopédia das Aves do Brasil». www.wikiaves.com.br. Consultado em 13 de junho de 2024 
  6. a b c d Águas, Agência Nacional de (2 de outubro de 2014). Conjuntura dos recursos hídricos no Brasil: regiões hidrográficas brasileiras. [S.l.]: Ana 
  7. a b c Silva, Terêncio Lucano Fonseca e; Junior, Bento Santos de Brito; Silva, João Batista Lopes da (19 de novembro de 2023). «Análise do Regime Pluviométrico no Território de Identidade do Sudoeste Baiano: Implicações para a Gestão dos Recursos Hídricos: Analysis of the Pluviometric Regime in the Southwest Bahia Identity Territory: Implications for Water Resources Management». Revista de Geociências do Nordeste (2): 144–155. ISSN 2447-3359. doi:10.21680/2447-3359.2023v9n2ID33955. Consultado em 13 de junho de 2024 
  8. S.A, Priberam Informática. «Dicionário Priberam da Língua Portuguesa». Dicionário Priberam da Língua Portuguesa. Consultado em 20 de junho de 2024 
  9. Universidade Estadual de Santa Cruz Programa Regional de Pós-graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente WALESKA RIBEIRO CALDAS DA COSTA VIANA FRAGMENTAÇÃO FLORESTAL E DIVERSIDADE DE HÁBITATS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ALMADA, SUL DA BAHIA, BRASIL ILHÉUS, BAHIA 2011. [s.l: s.n.]. Disponível em: <http://www.biblioteca.uesc.br/biblioteca/bdtd/200960117D.pdf>. Acesso em: 20 jun. 2024.
  10. Couqueiro Monteiro, Caio Matheus da Rocha; Cardoso, Kaíque Mesquita; Souza, Milena Mendes de; Santos, José Soares dos; Santos, Maria Lúcia Pires dos (2015). «Validation of a practical method for determination of amoxicillin contents in natural waters by means of HPLC-UV and its application in the environmental quality» (PDF). R. Inst. Adolfo Lutz: 361–370. Consultado em 20 de junho de 2024 
  11. Ferraz, Ana Emília De Quadros (8 de julho de 2020). «Cidades pequenas no Território de Identidade do Sudoeste Baiano». Geopauta (2). 31 páginas. ISSN 2594-5033. doi:10.22481/rg.v4i2.5958. Consultado em 12 de junho de 2024 
  12. «PERCEPÇÃO AMBIENTAL DA POPULAÇÃO DA VILA BEM QUERER ACERCA DO RIO VERRUGA, VITÓRIA DA CONQUISTA - BAHIA | ENCICLOPEDIA BIOSFERA». 29 de março de 2023. Consultado em 12 de junho de 2024 
  13. Oliveira, Marilia de Jesus (2015). «DEGRADAÇÃO AMBIENTAL DO RIO GAVIÃO» (PDF). Consultado em 12 de junho de 2024 
  14. Oliveira, Manoel Alves de (2011). «FORMAÇÃO DE BACIA HIDROGRÁFICA ANTRÓPICA NO SISTEMA FLUVIAL DO RIO GAVIÃO NO SUDOESTE DA BAHIA A PARTIR DA PERENIZAÇÃO DO SEU FLUXO DE ÁGUA» (PDF). Consultado em 12 de junho de 2024  line feed character character in |titulo= at position 53 (ajuda)
  15. Filho, Vivaldo Ribeiro dos Santos; Santos, Zorai de Santana dos (2017). «CONSIDERAÇÕES ACERCA DOS IMPACTOS AMBIENTAIS NO ENTORNO DA BARRAGEM DE MORRINHOS, EM POÇÕES – BAHIA» (PDF). Antonella Carvalho de Oliveira: 107–110. Consultado em 12 de junho de 2024  line feed character character in |título= at position 60 (ajuda)
  16. Rocha, Altemar Amaral (27 de outubro de 2016). «Uso da terra pela cafeicultura e degradação ambiental no entorno da Barragem Água Fria em Barra do Choça – Bahia». Revista de Geociências do Nordeste: 53–62. ISSN 2447-3359. doi:10.21680/2447-3359.2016v2n0id10423. Consultado em 20 de junho de 2024 
  17. Carvalho, Francisco dos Santos. «Gestão ambiental: os impactos ambientais promovidos pela cafeicultura na região de Barra do Choça - Bahia» (PDF). Consultado em 20 de junho de 2024  line feed character character in |titulo= at position 83 (ajuda)
  18. Moniz, Marcela de Abreu; Castro, Hermano Albuquerque de; Peres, Frederico (fevereiro de 2012). «Amianto, perigo e invisibilidade: percepção de riscos ambientais e à saúde de moradores do município de Bom Jesus da Serra/Bahia». Ciência & Saúde Coletiva (2): 327–336. ISSN 1413-8123. doi:10.1590/s1413-81232012000200007. Consultado em 20 de junho de 2024 
  19. «Comunidades de Licínio de Almeida (BA) realizam manifestação e Assembleia Popular para debater impactos da BAMIN na região». MAM Nacional. 24 de outubro de 2022. Consultado em 20 de junho de 2024 
  20. Moreno, Sayonara (17 de agosto de 2017). «Na Bahia, na cidade de Cândido Sales, Ibama e PF combatem ação de curtumes que jogam resíduos em rio». Consultado em 20 de junho de 2024 
  21. De Alevar, Paulo Celio Nogueira (31 de março de 2021). «LEI Nº 05, DE 22 DE MAIO DE 2003. INSTITUI O CÓDIGO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.». Consultado em 20 de junho de 2024  line feed character character in |titulo= at position 34 (ajuda)
  22. Sá, Ricardo Falcão de; Castellani, Maria Aparecida; Nascimento, Antonio Souza do; Brandão, Maria Heloisa da Silva Teixeira; Silva, Aline Novais da; Pérez-Maluf, Raquel (2008). «Índice de infestação e diversidade de moscas-das-frutas em hospedeiros exóticos e nativos no pólo de fruticultura de Anagé, BA». Bragantia (2): 401–411. ISSN 0006-8705. doi:10.1590/s0006-87052008000200016. Consultado em 20 de junho de 2024 
  23. Oliveira, Edvaldo; Lisboa, Gerson dos Santos; Silva, Vinicius de Amorim (15 de novembro de 2023). «A expansão da eucaliptocultura no Planalto da Conquista e os modelos de implantação da monocultura.». Geopauta: e13847. ISSN 2594-5033. doi:10.22481/rg.v7.e2023.e13847. Consultado em 20 de junho de 2024 
  24. Silva, Mauricio de Oliveira; Souza, Alday de Oliveira; Sá-Neto, Raymundo José de; Corrêa, Michele Martins (12 de agosto de 2022). «Percepção ambiental dos visitantes de duas áreas do Parque Municipal Serra do Periperi». Conjecturas (8): 1423–1440. ISSN 1657-5830. doi:10.53660/conj-1349-w22. Consultado em 20 de junho de 2024 
  25. «Final de semana com chuvas, baixas temperaturas e sem previsão de alerta meteorológico, informa Defesa Civil». 21 de julho de 2023 
  26. VITÓRIA DA CONQUISTA. Decreto municipal 9.480 de 1999. Vitória da Conquista, BA. 1999.
  27. Loureiro, A. L. ., Silva, S. L. ., & Silva, D. . (2008). PARQUE MUNICIPAL DA SERRA DO PERIPERI: UMA CONTRIBUIÇÃO À UNIDADE DE CONSERVAÇÃO. ENCICLOPEDIA BIOSFERA, 4(5).
  28. https://www.pmvc.ba.gov.br/parque-da-serra-do-periperi/plano-de-manejo-do-parque-da-serra-do-periperi/
  29. Lucena, Mycarla Míria Araujo de; Freire, Eliza Maria Xavier (12 de março de 2011). «Percepção Ambiental sobre uma Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), pela Comunidade Rural do Entorno, Semiárido brasileiro». Educação Ambiental em Ação (35). ISSN 1678-0701. Consultado em 6 de junho de 2024 
  30. «CNUC 1.0». cnuc.mma.gov.br. Consultado em 6 de junho de 2024 
  31. «ICMBio - SIMRPPN | RPPN Rio dos Monos». sistemas.icmbio.gov.br. Consultado em 6 de junho de 2024