Usuário(a):Larissa Isabelle Herrera Diaz
Memorial da Resistência de São Paulo | |
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Antigo Prédio da DOESP/SP | |
Informações gerais | |
Tipo | Museu |
Inauguração | 24 de janeiro de 2009 (15 anos) |
Visitantes | 77.284 (2014)[1] |
Website | www |
Geografia | |
País | Brasil |
Cidade | São Paulo |
Coordenadas | 23° 32′ 05″ S, 46° 38′ 19″ O |
Localização em mapa dinâmico |
O Memorial da Resistência de São Paulo é um museu que preserva as memórias da resistência e da repressão políticas do estado de São Paulo. Foi inaugurado em 24 de janeiro de 2009 e seu programa museológico está estruturado em procedimentos de pesquisa, salvaguarda (ações de documentação e conservação) e comunicação (exposições e ações educativas e culturais) patrimoniais por meio de seis linhas de ação: Centro de Referência, Lugares da Memória, Coleta Regular de Testemunhos, Exposição, Ação Educativa e Ação Cultural. O edifício onde funciona sediou o Departamento Estadual de Ordem Política e Social do Estado de São Paulo (Deops/SP) entre os anos de 1940 a 1983, servindo como uma homenagem aos mártires da luta armada que lutaram pela democracia no Brasil.[2]
História
[editar | editar código-fonte]Construção
[editar | editar código-fonte]O grande edifício foi construído dentro de um período de quatro anos, entre 1910-1914, pelo Escritório Técnico de Ramos de Azevedo e sua original ocupação pretendia ser o principal meio administrativo da Associação Central e, em seguida da Estrada de Ferro de Sorocaba. O lugar cresceu em importância junto com o tumulto da cidade de São Paulo e o bairro da Luz, onde é localizado. Até 1938, esse o uso que o prédio teve, durante os próximos dois anos o lugar passou por reformas até receber o seu novo ocupante.
Antigo prédio da DEOSP/SP
[editar | editar código-fonte]Durante décadas, o local fez parte do conjunto do de Departamento Estadual Ordem Política e Social de São Paulo, DEOSP/SP, período que perdurou desde 1940 até 1983, até a extinção geral do órgão. O local foi modificado de salas de reunião para celas sufocantes, lá ficavam encarcerados os ditos "presos políticos" durante a época de Ditadura Militar. No espaço, a Secretaria de Segurança Pública do Estado pressionou pessoas e grupos sociais que pudessem corresponder um perigo para a ordem pública e social vigente.
Outros ocupantes
[editar | editar código-fonte]Depois do ano de 1983 e a desocupação política do local, o atual Memorial recebeu mais ocupantes dentro de suas paredes de tijolos. O primeiro foi o DECON, Delegacia de Direito ao Consumidor. Anos depois, em 1997, ele passou da gestão da Secretaria da Justiça para a Secretaria da Cultura; onde passou pelo processo de tombamento em 1999 e total revitalização, concluída em 2002.Até 2008 foi conhecido sob o nome de Museu da Liberdade, mas sob os cuidados do Espaço Pinacoteca que investiu no lugar em 2004 para criar mais um lugar mais interativo e museológico na região.
No primeiro de maio de 2008 seu nome mudava para Memorial da Resistência, com as aplicações para uma mudança no local que relembrasse mais a época de tortura, como uma homenagem sensível.
Características Arquitetônicas
[editar | editar código-fonte]A sua localização, no Largo General Osorio, já permite presunções sobre a construção. Pois. exatamente atrás do prédio ficam os trilhos do trem que percorrem ali para a Estação Júlio Prestes, Estação da Luz e adiante.
O prédio tem vigas de ferro que moldam o bloco retangular que faz seu formato, de longe os vermelhos tijolos de vedação são indistinguíveis. Reconhecer o lugar não é difícil, apenas pode ser confundida a porta de entrada com a montagem em amplos arcos com arenito que se repetem por toda a extensão. Janela e porta do primeiro andar compartilham da mesma ideia.
Olhando para a parte de cima, observamos as largas janelas com vidros transparentes no mesmo estilo repetido do primeiro andar, com ressalva para a diminuição de seu tamanho. O edifício contempla 1543,30 m² de área[3], fica sozinho em seu espaço de térreo e mais quatro diferentes pavilhões. Além dos ferros, sua fortaleza é de concreto. Duas pequenas torres são erguidas em centro e simetria.
Significado Histórico Cultural
[editar | editar código-fonte]O processo de tombamento do Memorial cita que a sua motivação com os seguintes dizeres:
"Por tratar-se de um bem cultural de interesse para a memória social paulista prédio do antigo DOPS. Além disso, sua importância arquitetônica é grande e decorre principalmente do seu partido arquitetônico"[3].
Frase esta que, resumindo perfeitamente o seu estado, já carrega um pouco sobre a rápida evolução em tamanho e poder econômico da cidade, também falando sobre motivos políticos que cercaram o país décadas passadas. No dia oito de julho de 1999 o processo foi aprovado com o envolvimento do CONDEPHAAT, seguindo sua publicação em DOE.
Desde então, além de ser patrimônio com relevância memorável e com a gestão passada para o poder público, seu espaço serve exclusivamente para divulgação de eventos culturais. A "resistência" em seu nome permanece conjuntamente com a permanência das celas antigos da ditadura e os milhares de relatos que se espalham pelo espaço.
Estado Atual
[editar | editar código-fonte]A entrada para o Memorial da Resistência em São Paulo permanece gratuita para o andar térreo, onde se localizam as memórias da ditadura e as celas preservadas. De restante, os outros andares servem para abrigar exposições temporárias. Também se encontra um café ao fundo do recinto.
Está conectado com a Pinacoteca, outro museu do Estado, e é uma instituição sem fins lucrativos e a quanto a gestão, esta é referida para Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo. Ambos espaços, Memorial e Pinacoteca são administrados pela Associação Pinacoteca Arte e Cultura, uma Organização Social da Cultura.[4]
Galeria
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Fachada Sul do prédio do Memorial da Resistência de São Paulo (SP)
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Detalhe central do prédio do Memorial da Resistência de São Paulo (SP)
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Entrada sul do prédio do Memorial da Resistência de São Paulo (SP)
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Fachada lateral do prédio com acesso ao café do Memorial da Resistência de São Paulo (SP)
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Vista lateral do prédio do Memorial da Resistência de São Paulo (SP)
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Visão através das grades do pátio do antigo DEOPS para o prédio do Memorial da Resistência de São Paulo (SP)
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Detalhe das figuras colocadas na saída sul do prédio do Memorial da Resistência de São Paulo (SP)
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Detalhe da entrada térrea do prédio do Memorial da Resistência de São Paulo (SP)
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Corredor restaurado e preservado com as grades da época do funcionamento do DEOSP no prédio do Memorial da Resistência de São Paulo (SP)
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Grade restaurada e preservada da época em que o funcionava o DEOPS no prédio do Memorial da Resistência de São Paulo (SP)
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Sala do fundos com painel no prédio do Memorial da Resistência de São Paulo (SP)
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Máscaras marcadas com o nome dos presos políticos penduradas pelo corredor do prédio do Memorial da Resistência de São Paulo (SP)
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Salão principal com linha do tempo de fatos históricos ocorridos no Brasil, desde a República até o ano de 2009
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ Associação Pinacoteca Arte e Cultura (2014). «Relatório Consolidado» (PDF). Pinacoteca. Consultado em 23 de novembro de 2016
- ↑ Pinacoteca de São Paulo. «Memorial da Resistência de São Paulo». Consultado em 22 de maio de 2011
- ↑ a b «Ficha de Identificação do Tombamento». www.arquicultura.fau.usp.br. Consultado em 23 de novembro de 2016
- ↑ «Sobre o Memorial da Resistência». Memorial da Resistência de São Paulo. Consultado em 24 de novembro de 2016