Usuário(a):Marianafbranda/Testes
Hotel Central | |
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Vista da fachada principal do hotel | |
Informações | |
Localização | Avenida São João, 284 - Anhangabaú |
O Hotel Central representa um marco na história arquitetônica de São Paulo, Brasil. Construído em 1915, pelo escritório do arquiteto Ramos de Azevedo, foi o primeiro hotel de São Paulo a ter quatro pavimentos.[1]. Está localizado no começo da Avenida São João, ao lado do Palácio dos Correios, na região do Vale do Anhangabaú,no centro da capital.
História
[editar | editar código-fonte]Inaugurado na década de 1920, o hotel Central destacava-se dos outros por ter quatro pavimentos. Em pouco tempo se tornou um local conhecido, procurado também para reuniões e eventos. Pouco depois, vários outros hotéis foram chegando na Avenida São João. Entre eles,o Hotel São Bento, Hotel Britannia e o Hotel Municipal.[2]. A decadência da região central foi um dos fatores que levaram o hotel a perder clientes. Os hóspedes passaram a optar por hotéis mais modernos como o Othon Palace Hotel, Hotel Hilton de São Paulo e Hotel Excelsior. Fator que levou o hotel Central a abaixar os preços e a qualidade dos serviços. Outro motivo que levou o Central a fechar as portas foi a transformação do trecho Avenida São João que está em calçadão. Além da dificuldade de acesso para os hóspedes, somou-se a insegurança da região e a concorrência com outros hotéis do centro.
Em 2007, o prédio foi comprado pelo empresário angolano Mário de Almeida.[3]. Entre 2008 e 2009 chegou a receber alguns projetos culturais como a casa de cultura da Angola e exposições itinerantes como o Red Bull House of Art.[4]. Em 2011, o empresário angolano planejava investir 11 milhões de reais para transformá-lo em um hotel-boutique. A conclusão do projeto estava prevista para o segundo semestre de 2012.[5].
Atualmente, é uma ocupação da Frente de Luta por Moradia (FLM).
Arquitetura
[editar | editar código-fonte]Ramos de Azevedo
[editar | editar código-fonte]Ramos de Azevedo é o arquiteto responsável pelo projeto do Central e de muitas construções da cidade de São Paulo no período. Engenheiro-arquiteto formado em Gante, na Bélgica, ficou à frente do principal Escritório Técnico de Projeto e Construção de São Paulo, durante a última década do século XIX e as três primeiras do XX.Suas obras mais importante são orientadas pela tradição européia Beaux-Arts do estilo neoclássico e ecletismo acadêmico, dando forma a Belle Époque paulistana.[6]. Esse período de mudanças artísticas, culturais e políticas que afetou todo o país, chamado de Belle Époque brasileira. O Teatro Municipal de São Paulo com estilo neo-renascentista é uma de suas obras que se torna símbolo da modernidade urbana paulistana.[7].
Características arquitetônicas
[editar | editar código-fonte]A construção tem influência da arquitetura do século XIX.Em especial, a francesa. O hotel é feito de concreto e tem vedação em alvenaria. Conta com quatro pavimentos, sendo eles divididos em: térreo, três andares e mansarda. A metragem total é 2800 metros quadrados divididos em 40 quartos. O pé direito dos corredores é alto. Os quartos tem uma metragem ampla de 4 por metros quadrados. As portas tem 3,8 metros de altura. Em seu uso original, o térreo seria destinado para uso comercial e o restante para o hotel.[8].
Significado histórico e cultural
[editar | editar código-fonte]A construção dos grandes hotéis na cidade acompanham um processo de modernização do começo do século XX. Ligados ao processo de expansão sócio-econômico e urbano de São Paulo. Os hotéis se instalaram nos principais locais de transformação. Na década de 20, aconteceu a instalação do Hotel Terminus, com mais de duzentos quartos, e do Hotel Esplanada. Representando o crescimento paulistano. O fortalecimento da economia industrial favoreceu o desenvolvimento urbano.[9].
As construções possibilitaram estruturar na imagem de uma São Paulo moderna e cosmopolita, cenário de uma oligarquia agrária que adota padrão de estilo e conforto europeus, especialmente franceses.[10].
Não há um processo específico do imóvel, segundo o DHP (Departamento do Patrimônio Histórico). No entanto, o edifício fica em uma área tombada do Vale do Anhangabaú e vizinhanças. A região tem um valor histórico, social e urbanístico representado pelos vários modos de organização do espaço urbano. Os imóveis ali presentes tem um valor histórico-urbanístico e afetivo para a história de São Paulo. Por isso, segundo a resolução nº 37/92 do Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo), todos os imóveis da área estao tombados. De acordo com o documento, o hotel Central fica na quadra tombada 058 na região da Avenida Sã João nº 284 a 292 com a Avenida C/Abelardo Pinto 88s e 90.[11].
Imagens
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Fachada do hotel
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Fachada do hotel
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Vista do hotel da Praça das Artes
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Detalhe da fachada do hotel
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Porta principal do hotel
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Vista do hotel da Praça das Artes
Referências
- ↑ Douglas Nascimento. «Hotel Central». São Paulo Antiga. Consultado em 27 de outubro de 2016
- ↑ Douglas Nascimento. «Hotel Municipal». São Paulo Antiga. Consultado em 11 de novembro de 2016
- ↑ Rejane Tamoto. «Vida nova para o velho vale» (PDF). Diário do Comércio. Consultado em 11 de novembro de 2016
- ↑ Adirson Allen. «Hotel do arquiteto Ramos de Azevedo recebe Red Bull House of Art». A Criação. Consultado em 11 de novembro de 2016
- ↑ João Batista Jr. «Angolano investe 11,5 milhões de reais em hotel no centro da cidade». São Paulo Antiga. Consultado em 11 de novembro de 2016
- ↑ Itaú Cultural. «Hotel Central». Itaú Cultural. Consultado em 10 de novembro de 2016
- ↑ Caio de Carvalho Proença. (PDF). História (PUCRS) http://www.encontro2012.sp.anpuh.org/resources/anais/17/1342564465_ARQUIVO_ResumoUNICAMP2012.pdf. Consultado em 31 de outubro de 2016 Em falta ou vazio
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(ajuda) - ↑ Monografia-Edifícios Históricos e Habitação no Centro de São Paulo. «Monografia». Issuu. Consultado em 11 de novembro de 2016
- ↑ Ana Carla de Castro Alves Monteiro. «Os hotéis da metrópole». Vitruvius. Consultado em 29 de outubro de 2016
- ↑ Itaú Cultural. «Hotel Central». Itaú Cultural. Consultado em 10 de novembro de 2016
- ↑ Conpresp. «Vale do Anhangabaú» (PDF). São Paulo Antiga. Consultado em 23 de setembro de 2016