Andrea Calabi

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Andrea Calabi
Andrea Calabi
Em 2014.
Secretário da Fazenda de São Paulo
Período 1 de janeiro de 2011
até 1 de janeiro de 2015
Governador Geraldo Alckmin
Antecessor(a) Mauro Ricardo Machado Costa
Sucessor(a) Renato Villela
27º Presidente do BNDES
Período Julho de 1999
até fevereiro de 2000
Presidente Fernando Henrique Cardoso
Antecessor(a) José Pio Borges de Castro Filho
Sucessor(a) Francisco Roberto André Gros
Presidente do Banco do Brasil
Período 6 de janeiro de 1999
até 28 de julho de 1999
Presidente Fernando Henrique Cardoso
Antecessor(a) Paulo César Ximenes
Sucessor(a) Paolo Enrico Maria Zaghen
Secretário do Planejamento de São Paulo
Período 2003 até 2005
Governador Geraldo Alckmin
Presidente do Ipea
Período 1995 até 1996
Presidente Fernando Henrique Cardoso
Antecessor(a) Aspásia Camargo
Sucessor(a) Fernando Antônio Rezende da Silva
Período 1985 até 1986
Presidente José Sarney
Antecessor(a) José Flávio Pécora
Sucessor(a) Henri Philippe Reichstul
Secretário do Tesouro Nacional
Período Março de 1986 até fevereiro de 1988
Presidente José Sarney
Antecessor(a) Cargo estabelecido
Sucessor(a) Paulo Ximenes
Dados pessoais
Nome completo Andrea Sandro Calabi
Nascimento 18 de setembro de 1945 (78 anos)
São Paulo, SP
Nacionalidade brasileiro
Alma mater Universidade de São Paulo
Universidade da Califórnia em Berkeley
Prêmio(s) Ordem do Mérito Militar[1]
Esposa Marta Dora Grostein
Profissão Economista, professor e consultor
[2][3][4]

Andrea Sandro Calabi ComMM (São Paulo, 18 de setembro de 1945) é um professor, acadêmico e economista brasileiro. Foi secretário da Fazenda de São Paulo, presidente do BNDES, presidente do Banco do Brasil, secretário do Planejamento de São Paulo, presidente do Ipea e Secretário do Tesouro Nacional.

Família e educação[editar | editar código-fonte]

Calabi é filho de Fabio Calabi e de Amelia Dinepi.[4] Seus pais nasceram na Itália e posteriormente migraram para o Brasil, onde nasceu. Fabio trabalhava como economista na Università Commerciale Luigi Bocconi, mas, por volta de 1938, perdeu o emprego ao ser perseguido pelo regime fascista, decidindo mudar-se para o Brasil; Fabio era judeu. No novo país, constituíram uma família de classe média alta, morando no Pacaembu.[5]

Em 1970, Calabi graduou-se em economia pela Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP). Em 1972, concluiu o mestrado em economia pelo Instituto de Pesquisas Econômicas (IPE) da USP. No mesmo ano, mudou-se para os Estados Unidos, onde estudou na Universidade da Califórnia em Berkeley. Obteve o título de Master of Arts por esta instituição em 1975. Mais tarde, continuou os estudos e, em 1982, se tornou Philosophy Doctor (Ph.D) em economia por Berkeley.[5][4]

De seu primeiro casamento, Calabi teve duas filhas, Adriana e Cláudia. Casou-se posteriormente com Marta Dora Grostein, professora de arquitetura da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP. Grostein é mãe do apresentador Luciano Huck.[6][4][5]

Carreira[editar | editar código-fonte]

Em 1976, Calabi retornou ao Brasil e passou a lecionar no Instituto de Pesquisas Econômicas da USP. Ali permaneceu até 1991. Também começou a dar aulas na Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo, sua alma mater. Neste período, tornou-se amigo de João Sayad e José Serra. Quando Sayad foi nomeado secretário da Fazenda de São Paulo, em 1983, durante o governo de Franco Montoro, Calabi foi trabalhar com ele. Sayad tornou-se ministro do Planejamento no governo do presidente José Sarney e Calabi foi indicado por ele para trabalhar nesta pasta–desta vez como secretário-executivo.[5][4]

Em 1985, Calabi foi designado por Sarney, após indicação de Sayad, como presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (1986).[3] Permaneceu na presidência do instituto até o ano seguinte, quando foi designado secretário do Tesouro Nacional, vinculado ao Ministério da Fazenda.[7] Após deixar a secretaria, em 1988, tornou-se consultor para empresas privadas na área de reestruturação e planejamento. Foi um dos sócios e diretores da Consultoria e Empreendimentos Industriais até 1994.[8]

Calabi retornou ao serviço público com a posse do presidente Fernando Henrique Cardoso. Foi secretário-executivo do Ministério de Planejamento e Orçamento, na época comandado por Serra.[4] Retornou à presidência do Ipea entre 1995 e 1996.[3] Em 1996, Andrea foi admitido por FHC à Ordem do Mérito Militar no grau de Comendador especial.[1]

No segundo mandato de FHC, assumiu a presidência do Banco do Brasil em 1999.[9] Manteve-se no cargo até julho daquele ano, quando assumiu como presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Deixou este cargo em 2000.[10]

Em 2002, Calabi tornou-se membro do conselho de administração Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil. No mesmo ano, integrou a campanha presidencial de Serra.[4] De 2003 a 2005, foi secretário de Planejamento do Estado de São Paulo, durante o governo de Geraldo Alckmin.[11] Calabi tornou a integrar o governo Alckmin, como secretário da Fazenda, entre 2011 e 2015.[12][13]

Em 2009, Calabi tornou-se professor da Fundação Getúlio Vargas.[4] Também integrou conselhos de administração de outras instituições, como a Cyrela[4] e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), após ser nomeado pelo presidente Michel Temer em 2016.[14]

Referências

  1. a b BRASIL, Decreto de 29 de março de 1996.
  2. «BANCO DO BRASIL – RELAÇÃO DOS PRESIDENTES (DESDE 1853)» (PDF). Associação de Aposentados e Pensionista do Banco do Brasil. 2016. Consultado em 5 de agosto de 2020 
  3. a b c «Quem somos - Galeria de Presidentes». Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Consultado em 5 de agosto de 2020 
  4. a b c d e f g h i Patricia Burlamaqui (2020). «CALABI, Andrea». Fundação Getúlio Vargas. Consultado em 5 de agosto de 2020 
  5. a b c d Paulo Totti (5 de abril de 2012). «O fiscalista gourmet». Valor. Consultado em 5 de agosto de 2020 
  6. «O homem das massas com DNA da USP». O Antagonista. 19 de novembro de 2017. Consultado em 5 de agosto de 2020 
  7. «Veja o perfil do secretário da Fazenda, Andrea Sandro Calabi». Governo de São Paulo. 1 de janeiro de 2011. Consultado em 5 de agosto de 2020 
  8. Estevinho, Gloria (Maio de 2017). «Prosopografia dos diretores do BNDES (1952‐2016)». Revista NEP. Curitiba: Núcleo de Estudos Paranaenses 
  9. «Andrea Calabi presidirá o Banco do Brasil». Folha de S. Paulo. 31 de dezembro de 1998. Consultado em 5 de agosto de 2020 
  10. «Galeria dos Presidentes». Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Consultado em 5 de agosto de 2020 
  11. «SP: Andrea Calabi será o novo secretário da Fazenda». Federação Brasileira de Associações de Fiscais de Tributos Estaduais. 22 de dezembro de 2010. Consultado em 5 de agosto de 2020 
  12. «CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO». Companhia de Dança de São Paulo. 2020. Consultado em 5 de agosto de 2020 
  13. «Alckmin anuncia mais 3 secretários e diz querer 'time unido'». Terra. 17 de dezembro de 2010. Consultado em 5 de agosto de 2020 
  14. «Economista Andrea Calabi é nomeado para conselho do BNDES». Valor Econômico. 5 de outubro de 2016. Consultado em 5 de agosto de 2020 

Precedido por
José Flávio Pécora
Presidente do Ipea
1985–1986
Sucedido por
Henri Philippe Reichstul
Precedido por
Cargo estabelecido
Secretário do Tesouro Nacional
1986–1988
Sucedido por
Paulo Ximenes
Precedido por
Aspásia Camargo
Presidente do Ipea
1995–1996
Sucedido por
Fernando Antônio Rezende da Silva
Precedido por
Paulo Ximenes
Presidente do Banco do Brasil
1999
Sucedido por
Paolo Enrico Maria Zaghen
Precedido por
José Pio Borges de Castro Filho
Presidente do BNDES
1999–2000
Sucedido por
Francisco Roberto André Gros
Precedido por
Secretário do Planejamento de São Paulo
2003–2005
Sucedido por
Precedido por
Mauro Ricardo Machado Costa
Secretário da Fazenda de São Paulo
2011–2015
Sucedido por
Renato Villela