Militão Máximo de Sousa

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Militão Máximo de Sousa
Visconde de Andaraí
Presidente do Banco do Brasil
Período 18691870
Antecessor José Pedro
Sucessor(a) José Machado
Nascimento 3 de outubro de 1806
  Rio Pardo, Rio Grande do Sul
Morte 10 de agosto de 1888 (81 anos)
  Rio de Janeiro, Rio de Janeiro
Cônjuge Maria Guilhermina Rabelo
Maria Cândida Rook
Descendência Militão Máximo Júnior
Manoel Máximo
Elisa Guilhermina
Carlos Máximo de Sousa
Pai Leocádio Máximo de Sousa
Mãe Ana Joaquina da Encarnação da Silveira
Ocupação Comerciante, Político

Militão Máximo de Sousa, primeiro Barão de Andaraí e depois Visconde com grandeza de Andaraí, (Rio Pardo, 10 de março de 1806Rio de Janeiro, 10 de agosto de 1888) foi um comerciante e político brasileiro, tendo exercido cargos públicos como a presidência do Banco do Brasil e participado do incremento do comércio no Rio de Janeiro.

História[editar | editar código-fonte]

O Andaraí, no Rio de Janeiro, em 1857, onde Militão Máximo de Sousa tinha muitas propriedades.

Nascido em Rio Pardo, na Província do Rio Grande do Sul, era filho de Leocádio Máximo de Sousa, um fluminense de Santo Antonio de Sá, na atual Itaboraí, e Ana Joaquina da Encarnação da Silveira.[1]

O Visconde foi um dos acionistas da Estrada de Ferro Dom Pedro II, que pretendia conectar diversas regiões do país com trens partindo do Rio.

Militão exerceu diversos cargos públicos, como presidente da Comissão da Praça do Comércio do Rio de Janeiro, e da Sociedade de Assinantes da Praça do Rio de Janeiro (1848-1849), para além de tesoureiro da Santa Casa da Misericórdia.[2] Participou, junto com Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá, da elaboração do Código Comercial, que incrementou o comércio do Rio de Janeiro durante o Segundo reinado. Também com o Barão de Mauá, foi um dos acionistas da Companhia da Estrada de Ferro Dom Pedro Il, que pretendia ligar pelos trens os estados vizinhos ao Rio de Janeiro.[3][4]

O barão começou a adquirir fortuna com o negócio de exportação, iniciando com dois navios, o General Abreu e o Saudade.[5]

Foi também o décimo presidente do Banco do Brasil. Ficou no cargo entre 18 de outubro de 1869 e 6 de outubro de 1870.[6][7]

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Casou-se em primeiras núpcias em 1831 com Maria Guilhermina Rabelo, com quem teve Militão Máximo de Sousa Júnior, o segundo barão de Andaraí, Manoel (que faleceu ainda criança), Elisa Guilhermina e Carlos Máximo de Sousa.

Casou-se em segundas núpcias em 1838, um ano após a morte da primeira mulher, com Maria Cândida Rook, feita condessa do Andaraí por decreto de 31 de outubro de 1889.

Faleceu no Rio de Janeiro, no dia 10 de agosto de 1888, um ano antes da Proclamação da República. Foi sepultado no Cemitério da Ordem Terceira dos Mínimos de São Francisco de Paula, o Cemitério do Catumbi, também no Rio de Janeiro.[8][9]

Títulos nobiliárquicos e honrarias[editar | editar código-fonte]

Militão foi Comendador da Imperial Ordem da Rosa e também recebeu dois títulos do Império do Brasil.[2]

Barão de Andaraí[editar | editar código-fonte]

Título conferido por decreto imperial em 10 de julho de 1872.[2][10] Faz referência ao morro do Andaraí, na Zona Norte do Rio de Janeiro, onde o nobre possuía vastas propriedades que se estendiam desde o morro das Laranjeiras até à serra da Tijuca. Na grafia original, era chamado Barão de Andarahy.

Visconde de Andaraí[editar | editar código-fonte]

Título conferido por decreto imperial em 30 de maio de 1888.[2]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Full text of "Veritas"». Internet Archive. Consultado em 6 de agosto de 2020 
  2. a b c d Arquivo Nobiliárquico Brasileiro, edição de 1918, digitalizado pela Universidade de Toronto.
  3. «Estrada de Ferro D. Pedro II». Arquivo Nacional. 11 de Novembro de 2016. Consultado em 6 de maio de 2020 
  4. «Estrada de Ferro de Dom Pedro II» (PDF). Correio Mercantil. 18 de fevereiro de 1855. Consultado em 6 de agosto de 2020 
  5. Guimarães, Carlos Gabriel (2008). «Os negociantes da Praça do Comércio do Rio de Janeiro de meados do século XIX: estudo do grupo mercantil do Barão de Mauá e sua relação com o Império do Brasil». CEPESE. Consultado em 6 de agosto de 2020 
  6. «Banco do Brasil – Relação dos presidentes (desde 1853)». Banco do Brasil. Consultado em 6 de fevereiro de 2015. Arquivado do original em 6 de fevereiro de 2015 
  7. Pinheiro, Fernando. «História do Banco do Brasil - 1906-2011» (PDF). Consultado em 2 de agosto de 2020 
  8. «Cemitério do Catumbi». Family Search. Consultado em 6 de agosto de 2020 
  9. «Cemitério de São Francisco de Paula». VIAF (em inglês). Consultado em 17 de dezembro de 2019 
  10. Algumas obras indicam a data como sendo de 17 de julho de 1872

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Precedido por
Dias de Carvalho
Presidente do Banco do Brasil
1869–1870
Sucedido por
José Machado Coelho de Castro
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