Antonio Carlos Rodrigues

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Antonio Carlos Rodrigues
Antonio Carlos Rodrigues
Antonio Carlos Rodrigues, em 2023
Deputado Federal por São Paulo
Período 1º de fevereiro de 2023
até a atualidade
Legislatura 57ª (2023–2027)
Presidente Nacional do Partido da República
Período 1º de maio de 2016
a 4 de agosto de 2018[1]
Antecessor(a) Alfredo Nascimento
Sucessor(a) José Tadeu Candelária
Ministro dos Transportes do Brasil
Período 1º de janeiro de 2015
até 12 de maio de 2016
Presidenta Dilma Rousseff
Antecessor(a) Paulo Sérgio Passos
Sucessor(a) Maurício Quintella Lessa
Senador por São Paulo
Período 8 de outubro de 2012 até 13 de novembro de 2014
Senadora Titular Marta Suplicy
Vereador de São Paulo
Período 1º de janeiro de 2001
até 1º de janeiro de 2017
(4 mandatos consecutivos)
Dados pessoais
Nascimento 17 de maio de 1950 (73 anos)
São Paulo, SP
Nacionalidade brasileiro
Cônjuge Gilda Ferreira Rodrigues
Partido PL (1990-2006)
PL (2006-presente)

Antonio Carlos Rodrigues (São Paulo, 17 de maio de 1950) é um político brasileiro filiado ao Partido Liberal (PL). É deputado federal por São Paulo.

Foi ministro dos Transportes durante o segundo governo de Dilma Rousseff. Foi senador da República pelo Estado de São Paulo entre 2012 e 2014. Entre 2001 e 2012, foi vereador de São Paulo, tendo sido o único a ocupar por quatro anos consecutivos a Presidência da Câmara Municipal.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Formado em direito, Antonio Carlos Rodrigues começou sua vida pública em 1978, aos 28 anos, como assistente de diretoria na Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - Sabesp. Nos anos seguintes, exerceu os cargos de Procurador, Secretário Parlamentar, Assessor Parlamentar e Chefe de Gabinete da Presidência na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.[2]

Também integrou o Conselho Administrativo da Companhia do Metropolitano de São Paulo - Metrô, foi Secretário Adjunto da Secretaria de Esportes e Turismo do Estado de São Paulo, diretor-presidente da EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo e Secretário de Serviços Públicos da Prefeitura de Guarulhos, de onde se afastou para se candidatar a vereador em São Paulo.[2]

Foi eleito vereador em 2000 e assumiu o seu primeiro mandato na Câmara Municipal de São Paulo em 1º de janeiro de 2001. Foi reeleito por três vezes consecutivas, em 2004, 2008 e 2012.

Primeiro suplente da senadora pelo PT de São Paulo Marta Suplicy, eleita em 2010, assumiu o mandato no Senado em outubro de 2012, após a petista se licenciar do Legislativo para comandar o Ministério da Cultura. Permaneceu no cargo até novembro de 2014, quando Marta retornou ao Senado.

Em 29 de dezembro de 2014, foi anunciado pela presidente da República Dilma Rousseff como o novo ministro dos Transportes, tendo sido empossado no dia 1º de janeiro de 2015.[3]

Senado Federal[editar | editar código-fonte]

No Senado, Antonio Carlos Rodrigues integrou o Bloco Parlamentar União e Força, composta por senadores do PR, PTB, PSC e PPL. A bancada era a 3ª maior do Senado e foi um braço de apoio do governo da presidente Dilma Rousseff no Congresso Nacional. No início de 2013, foi designado integrante da Procuradoria Parlamentar e do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado.[4]

PLS 420/2012[editar | editar código-fonte]

No dia 10 de abril de 2013, a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovou, por unanimidade, o PLS 420/2012,[5] primeiro projeto de lei apresentado por Antonio Carlos Rodrigues no Senado. A proposta propõe mudança nas bulas de remédios, estabelecendo que elas sejam escritas em linguagem simples e acessível, sendo disponibilizadas em sites na internet e também em versões em braile e caracteres aumentados, para atender a necessidade dos deficientes visuais.[5]

Revista Veja[editar | editar código-fonte]

Foi um dos senadores da lista “ranking do progresso”, da revista Veja, que reúne os parlamentares que "mais trabalharam em 2013 por um país moderno e competitivo". Foi o senador mais bem colocado do Estado de São Paulo. No ranking geral, ocupou a 12ª posição.

O ranking dos parlamentares é feito anualmente pela Revista Veja desde 2011, com a colaboração do Núcleo de Estudos sobre o Congresso (Necon), do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Iesp-Uerj).[6]

Câmara Municipal de São Paulo[editar | editar código-fonte]

Antonio Carlos Rodrigues foi eleito vereador de São Paulo pela primeira vez em 2000 e reeleito por três vezes consecutivas. [7][2][8]

Ele assumiu o seu primeiro mandato na Câmara em 1º de janeiro de 2001. Em 2004, foi reeleito como um dos dez mais votados para a 14.ª Legislatura. Em 2007, foi eleito Presidente da Câmara, cargo que ocupou até o final de 2010. Em 2012, foi eleito para o seu quarto mandato, tendo sido o sexto candidato mais votado da cidade.[7][8]

Foi o único vereador a ocupar por quatro anos consecutivos a Presidência da Casa, isso só foi possível porque foram dois anos em cada legislatura.[2]

Ministério dos Transportes[editar | editar código-fonte]

Foi anunciado em 29 de dezembro de 2014 como o novo ministro dos Transportes,[3] tendo sido empossado pela presidente Dilma Rousseff no dia 1º de janeiro de 2015. Em cerimônia no dia 5 de janeiro de 2015, Antonio Carlos Rodrigues recebeu de seu antecessor, Paulo Sérgio Passos, o comando da Pasta.[9] Permaneceu no cargo até o dia do afastamento de Dilma pelo Senado Federal, em 12 de maio de 2016.[10]

Deputado Federal[editar | editar código-fonte]

Em outubro de 2022 se elegeu deputado federal por São Paulo, com 73.054 votos.[11]

Operação Caixa d'água[editar | editar código-fonte]

No dia 22 de novembro de 2017, em uma ação da Polícia Federal no âmbito da Operação Caixa D'Água que investiga crimes eleitorais, foi decretada a prisão temporária de Antonio Carlos Rodrigues. Ele não foi encontrado.[12] No mesmo dia, também foi decretada a prisão de dois ex-governadores do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho. A ação apura os crimes na prestação das contas eleitorais.[13] Antonio Carlos foi preso somente no dia 28, quando entregou-se à Polícia Federal em Brasília após ficar uma semana foragido. Mais tarde, foi descoberto que Antonio Carlos esteve na sede de seu partido, o Partido da República (PR), e num apartamento funcional da Câmara dos Deputados durante o período em que esteve foragido.[14]

No dia 30, foi transferido para a Cadeia Pública José Frederico Marques, situada na cidade do Rio de Janeiro, onde encontravam-se presos várias figuras da política fluminense na época.[15] No mês de dezembro, o ministro Gilmar Mendes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), revogou a prisão de Antonio Carlos, alegando que o decreto de prisão preventiva tratava-se de “ilação incompatível com a regra constitucional da liberdade de ir e vir de cada cidadão, em decorrência lógica da presunção de inocência”.[16] Anteriormente, os desembargadores do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) haviam negado habeas corpus ao ex-ministro dos Transportes.[17] Os advogados que representavam a defesa do político ressaltaram em nota que sempre acreditaram que as Cortes Superiores iriam reverter a decisão do juiz Glaucenir de Oliveira e que confiam que seja reconhecida a inocência de Antonio Carlos.[18]

Em 3 de maio de 2018, o Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou, por unanimidade, a decisão que colocou em liberdade o ex-ministro.[19]

Ação suspensa pelo STF[editar | editar código-fonte]

Em 22 de junho de 2018, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, deferiu liminar para suspender o andamento de ação penal contra o ex-ministro. Toffoli verificou "a plausibilidade da alegação de defesa" de Antonio Carlos Rodrigues, no sentido da incompetência da Justiça Eleitoral de Campos dos Goytacazes (RJ) para julgar o caso.

De acordo com o pedido atendido por Toffoli, Antonio Carlos Rodrigues “em momento algum se encaixa no pretenso conluio criminoso investigado, muito menos de forma livre e consciente”, e “foi indevidamente enquadrado como membro participante da suposta organização criminosa”.[20]

Controvérsias[editar | editar código-fonte]

Fraude no Painel Eletrônico da Câmara de Vereadores[editar | editar código-fonte]

Em 4 de julho de 2012, Antonio Carlos Rodrigues e dezesseis outros vereadores da cidade de São Paulo foram acusados em reportagem do jornal O Estado de S. Paulo de fraudar o painel eletrônico da Câmara Municipal de São Paulo. Em sua defesa, Antonio Carlos afirmou que havia marcado presença no terminal ao lado do elevador, o que na época era permitido, e após o episódio o terminal de registro de presença foi removido.[21]

Referências

  1. «SGIP - Consulta». SGIP - Consulta TSE. Consultado em 29 de agosto de 2023. Cópia arquivada em 30 de agosto de 2023 
  2. a b c d «Antônio Carlos Rodrigues foi suplente de Marta Suplicy no Senado». G1. Globo.com. 29 de dezembro de 2014. Consultado em 28 de novembro de 2017 
  3. a b Nathalia Passarinho (29 de dezembro de 2014). «Palácio do Planalto anuncia os nomes de sete novos ministros». G1. Consultado em 31 de dezembro de 2014 
  4. [1]
  5. a b [2]
  6. «Os melhores senadores e deputados em 2013». Veja. 20 de dezembro de 2013. Consultado em 31 de dezembro de 2014. Arquivado do original em 2 de dezembro de 2016 
  7. a b «Confira os 55 vereadores eleitos em São Paulo». Uol. 8 de outubro de 2012. Consultado em 3 de fevereiro de 2018 
  8. a b «Antonio Carlos Rodrigues». Câmara Municipal de São Paulo. Consultado em 6 de outubro de 2023 
  9. Aguirre Talento (5 de janeiro de 2015). «Novo ministro diz que vai continuar concessões de rodovias a setor privado». Folha.com. Consultado em 9 de janeiro de 2015 
  10. «Lula e mais 27 ministros são exonerados». O Povo Online. 12 de maio de 2016. Consultado em 12 de maio de 2016. Arquivado do original em 7 de agosto de 2016 
  11. «São Paulo: veja lista dos deputados federais eleitos em 2022». noticias.uol.com.br. Consultado em 6 de outubro de 2022 
  12. Prado, Chico; Souto, Luiza (22 de novembro de 2018). «Alvo de pedido de prisão, presidente do PR não é localizado em SP». O Globo. Consultado em 1 de janeiro de 2018 
  13. «Anthony Garotinho e Rosinha Matheus são presos no RJ». G1. 22 de novembro de 2017. Consultado em 21 de dezembro de 2017 
  14. «Presidente do PR usou apartamento funcional da Câmara como esconderijo enquanto estava foragido». G1. 1 de dezembro de 2017. Consultado em 1 de janeiro de 2018 
  15. Brasil, Cristina (30 de novembro de 2017). «Presidente do PR é transferido para Cadeia Pública em Benfica, no Rio». Agência Brasil. Consultado em 1 de janeiro de 2018 
  16. Ramalho, Renan (20 de dezembro de 2017). «Gilmar Mendes manda soltar ex-governador Anthony Garotinho e ex-ministro Antonio Carlos Rodrigues». G1. Consultado em 6 de março de 2018 
  17. Platonow, Vladimir (4 de dezembro de 2017). «TRE-RJ mantém prisão do presidente do PR, ex-ministro Antônio Carlos Rodrigues». Agência Brasil. Consultado em 1 de janeiro de 2018 
  18. «Presidente do PR, Antônio Carlos Rodrigues, deixa a cadeia». Midiamax. 21 de dezembro de 2017. Consultado em 6 de março de 2018 
  19. «TSE mantém liberdade de Rosinha e Garotinho, mas proíbe contato com testemunhas». Diário dos Campos. 3 de maio de 2018. Consultado em 11 de maio de 2018 
  20. Braziliense, Correio (27 de junho de 2018). «Dias Toffoli suspende ação contra ex-ministro dos Transportes». Correio Braziliense 
  21. «Vereadores de SP flagrados cometendo irregularidades se defendem». Estadão. 4 de julho de 2012. Consultado em 31 de dezembro de 2014 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]