Batalha de Las Babias
Batalha de Las Babias | |||
---|---|---|---|
Batalha de Las Babias | |||
Mapa da Península Ibérica naquele tempo | |||
Data | 18 de setembro de 795 | ||
Local | Babia, perto de Astorga, Espanha | ||
Desfecho | Vitória de Córdoba | ||
Beligerantes | |||
| |||
Comandantes | |||
| |||
Forças | |||
| |||
Baixas | |||
|
A Batalha de Las Babias ocorreu no ano 795, quando o Emir de Córdoba, Hixame 1 de Córdoba quis vingar suas fracassadas incursões militares contra o Reino das Astúrias em 794, que tinham resultado na devastação do exército do Emir, com destaque para a Batalha de Lutos.[1]
Antecedentes[editar | editar código-fonte]
O emir de Córdoba, Hixame I, buscou vingança pela derrota de seu exército em 794 na Batalha de Lutos, na qual o general das forças de Córdoba, Abd al-Malik ibn Abd al-Walid ibn Mugaith, foi morto em combate.[nota 1] Para ter sua vingança, ele enviou seu irmão, Abd al-Karim ibn Abd al-Walid ibn Mugaith, à frente de um exército de 10.000 homens armados contra o Reino das Astúrias.
O Emir também organizou outro exército que marchou contra o Reino da Galiza para prevenir qualquer ajuda das forças cristãs contra o exército de seu irmão nas Astúrias. Esta segunda coluna entrou na Galiza e a devastou. Após, entrou em um confronto separado com as forças galegas e asturianas e foi derrotada. Nisto, os muçulmanos sofreram pesadas perdas, mas eventualmente conseguiram escapar.
O rei Alfonso II das Astúrias, que havia reforçado seu exército com machus locais,[nota 2] acampou perto de Astorga.[2] A área havia sido uma base de operações para ataques muçulmanos contra as Astúrias por meio da Puerto de Mesa,[3] uma passagem montanhosa. De lá, o rei asturiano enviou os habitantes locais para as montanhas ao redor e esperou que as forças de Córdoba o enfrentassem. A localização era favorável, pois sua retirada era garantida pela Puerto de Ventana.
Batalha[editar | editar código-fonte]
Abd al-Karim enviou sua vanguarda de 4000 homens contra a força principal de Alfonso II sob o comando de Farach ibn Kinanah, o comandante da Divisão Sidoniyya. O próprio Abd al-Karim avançou pouco tempo depois com a retaguarda e suas forças combinadas conseguiram derrotar com sucesso os asturianos. Conforme planejado, os asturianos recuaram para Puerto de Ventana enquanto lutavam contra a perseguição da cavalaria de Córdoba.
Consequências[editar | editar código-fonte]
Abd al-Karim ibn Abd al-Walid ibn Mugaith e Farach ibn Kinanah passaram a derrotar as forças do Reino das Astúrias na Batalha de Río Quirós, novamente na Batalha de Río Nalón, e culminando na captura de Oviedo.[4][nota 3] Com o início do inverno, as forças de Córdoba recuaram para suas terras sem desferir um golpe final no Reino das Astúrias.
A morte de Hixame I de Córdoba e as subsequentes disputas entre seus herdeiros garantiram que o Reino das Astúrias pudesse se recuperar da série de derrotas ao longo dos anos. Isso permitiu que Afonso II das Astúrias cimentasse uma aliança com Carlos Magno, rei dos francos.[5]
Referências[editar | editar código-fonte]
- ↑ Collins, Roger (3 de abril de 2012). Caliphs and Kings. [S.l.]: Wiley
- ↑ «Abd al-Karim - Enciclopedia de Oviedo». el.tesorodeoviedo.es. Consultado em 30 de outubro de 2022
- ↑ Suárez Fernández, Luis (1976). Historia de España Antigua y media. [S.l.]: Ediciones Rialp. p. 170. ISBN 978-84-321-1882-1
- ↑ Menéndez Pidal, Ramón (1956). Historia de España. Tomo VI. Madrid: Espasa-Calpe, pp. 45.
- ↑ Junta de Castilla y León. «La consolidación del emirato». archive.ph (em espanhol). Consultado em 30 de outubro de 2022. Arquivado do original em 12 de abril de 2013