Carlos Maul

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Carlos Maul
Nascimento 2 de setembro de 1887
Petrópolis
Morte 13 de março de 1973 (85 anos)
Rio de Janeiro
Nacionalidade brasileiro
Cônjuge Dagmar de Albuquerque Maul[1]
Filho(a)(s) Iolanda, Célia e Ivani[1]
Ocupação poeta, historiador, escritor, crítico de literatura e jornalista

Carlos Alberto Maul[2] (Petrópolis, 2 de setembro[3] de 1887 - Rio de Janeiro, 13 de março de 1973) foi um poeta, escritor, historiador, crítico de literatura e jornalista brasileiro.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Como escritor, Carlos Maul conviveu com os poetas Olavo Bilac e Coelho Neto e com vários outros que se antecederam ou se opunham ao movimento modernista de 1922.[4]

Mosela: bairro onde Carlos Maul nasceu, na cidade de Petrópolis

Foi membro do Instituto Brasileiro de Cultura, do Conselho da Associação Artística Brasileira, da Academia Carioca de Letras, da Academia Petropolitana de Letras e Academia Fluminense de Letras. Também foi deputado estadual, pelo seu Estado do Rio de Janeiro.[4][1][5]

Foi diretor do Departamento Cultural do Estado do Rio de Janeiro e membro do Conselho Diretor da Biblioteca do Exército (BibliEx). Também fazia parte da Associação dos Velhos Jornalistas e do Centro Catulo da Paixão Cearense.[1][6]

Na imprensa carioca começou a trabalhar desde antes da Primeira Guerra Mundial, onde escreveria pelos Jornal do Commercio, Correio da Manhã, Gazeta de Notícias, O Dia e no A Notícia, notabilizando-se por suas críticas literárias, suas opiniões contrárias ao comunismo e sua oposição ao movimento modernista na literatura, artes plásticas e na música.[4][6] Suas críticas ao pintor Lasar Segall é um exemplo da oposição de Maul ao modernismo.[2] Nos jornais nos quais atuou conviveu com Alcindo Guanabara, João do Rio, Cândido de Campos, Edmundo Bittencourt, Chagas Freitas e Othon Paulino, diretor de "O Dia".[7]

Maul ainda foi escrivão de polícia da então capital federal[4][6]

Faleceu em seu apartamento, vitimado por um colapso cardíaco. Foi sepultado no Cemitério de São Francisco Xavier, popularmente chamado de Cemitério do Caju, na cidade do Rio de Janeiro, estando na sepultura 17219, quadra 74.[1][4]

Carlos Maul deixou entre 45 a 60 livros publicados.[1][6] Maul tinha ascendência familiar nos descendentes de colonos alemães que imigraram e fixaram residência na cidade de Petrópolis no século XIX.

Carlos ao falecer deixou viúva, três filhas e oito netos. Carlos também possuía parentesco com o regente Octavio Maul.[1]

Homenagens[editar | editar código-fonte]

Ainda em vida, Carlos Maul foi homenageado em Petrópolis com um busto erguido nos jardins da praça da Mosela, bairro onde nasceu e passou sua infância.[4] O busto, obra do artista plástico Pereira Barreto, teve como iniciativa da homenagem o Clube 29 de Junho, quando Maul completava 84 anos.[6][7]

Durante o Salão Nacional de Belas Artes de 1952, realizado na cidade do Rio de Janeiro, o escultor campista Modestino Kanto expôs uma escultura em homenagem a Maul, intitulada "Cabeça de Carlos Maul", onde era retratado o seu rosto.[8]

Referências

  1. a b c d e f g «Coluna JC Geral: José Padilha» 134 ed. Rio de Janeiro: Jornal do Commercio, disponível na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. 15 de março de 1973. p. 5. Consultado em 1 de abril de 2023 
  2. a b CAIRES, Daneil Ricón (2018). «A estética nacionalista de Carlos Maul» (PDF). São Paulo: XXIV Encontro Estadual da ANPUH - Associação Nacional de História-SP. Consultado em 23 de julho de 2020 
  3. «Sociais: Aniversários» 134 ed. Rio de Janeiro: Diario de Noticias, disponível na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. 2 de setembro de 1971. p. 4 (Caderno de Classificados). Consultado em 1 de abril de 2023 
  4. a b c d e f «Faleceu Carlos Maul» 133 ed. Rio de Janeiro: Jornal do Commercio, disponível na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. 14 de março de 1973. p. 5. Consultado em 1 de abril de 2023 
  5. MIRANDA, Antônio. «Carlos Maul». site "Antônio Miranda"; professor e ex-coordenador do Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação do Departamento de Ciência da Informação e Documentação da Universidade de Brasília. Consultado em 1 de abril de 2023 
  6. a b c d e «Sepultado ontem o jornalista Carlos Maul» 15782 ed. Rio de Janeiro: O Jornal, disponível na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. 15 de março de 1973. p. 5. Consultado em 1 de abril de 2023 
  7. a b ANDRADE, Theophilo (15 de março de 1973). [hhttp://memoria.bn.br/docreader/110523_06/110456 «A morte do "Pundit"»] 15782 ed. Rio de Janeiro: O Jornal, disponível na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. p. 4. Consultado em 1 de abril de 2023 
  8. «Salão Nacional de Belas Artes de 1952» 210 ed. Rio de Janeiro: revista Ilustração Brasileira, disponível na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional. Outubro de 1952. p. 18). Consultado em 1 de abril de 2023