Cerco de Diu (1531)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Cerco de Diu 1531
Data 16 de fevereiro de 1531 (493 anos)[1]
Local Diu, Índia
Desfecho Vitória guzerate
Beligerantes
Reino de Cambaia Portugal
Comandantes
Mustafá Bairã. Nuno da Cunha
Forças
10,000[1] - 12,000 homens[2]
2 galeões[3]
70 navios de remo de tamanhos vários[3]
vários canhões tipo basilisco [4]
cerca de 400[5][6][7] embarcações:

30,000 homens,[9] incluíndo:

  • 3,560 soldados portugueses[10]
  • 2,000 auxiliares malabares[10][11]
  • 8,000 escravos de peleja[10][6]
  • 1,450 marinheiros portugueses[10][11]
  • 4,000 marinheiros ou remeiros malabares[10]
  • 800 tripulação dos juncos[10]
Baixas
800 31 dead[12]


O Cerco de Diu de 1531 deu-se quando uma forte armada portuguesa sob o comando do governador Nuno da Cunha tentou tomar a cidade guzerate de Diu pela força das armas, sem sucesso. A vitória deveu-se em parte devido ao poder de fogo empregue por Mustafá Bairã, um mercenário de origem árabe antes ao serviço do Império Otomano.[13]

Pouco antes do cerco, os portugueses derrotaram cerca de 800 soldados inimigos na ilha de Betel [a], massacrando-os por completo. [14] Morreram 9 [15] ou 17 portugueses e ficaram feridos 120. [14] Navegaram depois para Diu, mas os muçulmanos obrigaram-nos a retirar, matando 14. [16]

Embora Diu tenha sido defendida, a vitória guzerate durou pouco: foi imposto um bloqueio naval a Diu e a armada portuguesa foi desviada para cidades guzerate mais expostas.[17] Goga, Surrate, Mangrol, Somnate, Baçaim, Trapor, Quelva, Maim, Bulçar, Agaçaim, Patão, Pate e muitas povoações menores foram atacadas e saqueadas, algumas jamais recuperando.[18][19][11]

Em 1534, o sultão Badur de Guzerate assinou um tratado de paz com o governador Nuno da Cunha, concedendo aos portugueses o território de Baçaim, incluindo Bombaim. Em 1535, os portugueses foram autorizados a construir uma fortaleza em Diu.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Denvers, 1894, p.402
  2. Monteiro, Saturnino. Batalhas e Combates da Marinha Portuguesa – Volume II: 1522–1538, 1991, Livraria Sá da Costa Editora, p.207
  3. a b Monteiro 1991, p. 207.
  4. Monteiro 1991, p. 220,221.
  5. J. Gerson Da Cunha: The Origin of Bombay, Asian Educational Services, 1993, p.77.
  6. a b Denvers, 1894, p.400.
  7. Gaspar Correia (1495-1561). Lendas da Índia 1858 edition, Typographia da Academia Real das Sciencias de Lisboa, p. 390
  8. a b c d e f g h i Correia 1858, p. 390.
  9. Gaspar Correia (1495-1561). Lendas da Índia 1858 edition, Typographia da Academia Real das Sciencias de Lisboa, p. 392
  10. a b c d e f g h Correia 1858, p. 392.
  11. a b c Gazetteer of the Bombay Presidency, Volume 13, Government Central Press, 1882, p.451
  12. Monteiro, 1991, pp.205-209.
  13. Guns for the sultan: military power and the weapons industry in the Ottoman Empire, Gábor Ágoston, page 194, 2005
  14. a b Monteiro (1991), p.205
  15. Frederick Charles Denvers: The Portuguese in India, W.H. Allen & Company, 1894, p. 401.
  16. Monteiro, 1991, p.209
  17. Denvers, 1894, p.403.
  18. Pearson, Michael Naylor (1976). Merchants and Rulers in Gujarat: The Response to the Portuguese in the Sixteenth Century. University of California Press, pg. 76
  19. Denvers 1894, p.402-404