Fascismo no Canadá

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O fascismo no Canadá (francês: Fascisme au Canada) consistiu em uma variedade de movimentos e partidos políticos no Canadá durante o século XX. Em grande parte uma ideologia marginal, o fascismo nunca comandou muitos seguidores entre o povo canadense e foi o mais popular durante a Grande Depressão. A maioria dos líderes fascistas canadenses foi internada no início da Segunda Guerra Mundial sob os Regulamentos de Defesa do Canadá e, no período pós-guerra, o fascismo nunca recuperou sua pequena influência anterior.

A União Canadense de Fascistas, com sede em Winnipeg, Manitoba, foi modelada na União Britânica de Fascistas de Oswald Mosley. Seu líder era Chuck Crate. A Parti National Social Chrétien foi fundada em Quebec em fevereiro de 1934 por Adrien Arcand sob influência de ideias anglo-saxãs.[1] Em outubro de 1934, o partido se fundiu com o Partido Nacionalista Canadense, baseado nas províncias da pradaria. Em junho de 1938, fundiu-se com grupos nazistas de Ontário e Quebec (muitos dos quais eram conhecidos como clubes da suástica), para formar o Partido da Unidade Nacional.[2]

Conceitos e políticas fascistas, como a eugenia, formulada nos EUA, encontraram uma recepção amigável no Canadá em algumas províncias, como Alberta, onde, sob um governo de Crédito Social, supostas deficiências mentais e outros 'não-produtores' foram esterilizados involuntariamente para impedir o nascimento de pessoas mais semelhantes. O social-democrata Tommy Douglas, primeiro-ministro de Saskatchewan, escreveu seu trabalho de tese de mestrado em 1933 endossando algumas das idéias da eugenia, mas depois abandonou e rejeitou tais noções.[3]

No século XX[editar | editar código-fonte]

O Canadá fundou a maior igreja neonazi do mundo, a Igreja do Criador nos anos 80.[4] A Heritage Foundation é considerada pela academia a Ku Klux Klan canadense antes da sua mutação em 2005 para uma organização neoliberal norte-americana.[5]

No século XXI[editar | editar código-fonte]

O Canadá boicotou uma reunião da ONU contra o nazismo,[6] vendeu armas para nazistas ucranianos[7] e recebeu refugiados nazistas na guerra fria, tendo até um museu no país em memória deles.[8]

Referências

  1. "Adrian Arcand" The Canadian Encyclopedia
  2. Fascist Meet, Time Magazine, July 18, 1938
  3. Dyrbye, L. «Tommy Douglas writes his thesis, The Problems of the Subnormal Family». Eugenics Archives. Social Sciences and its Humanities Research Council of Canada. Consultado em 20 de junho de 2017 
  4. «Former Hate Music Promoter George Burdi Discusses His Experiences with Racism and the White Power Music Industry». splcenter.org 
  5. Burstow, Bonnie. "Surviving and thriving by becoming more ‘groupuscular’: the case of the Heritage Front." Patterns of Prejudice 37, no. 4 (2003): 415-428.
  6. Third Committee Approves 6 Drafts on Child Marriage, Fighting Nazi Glorification amid Discord over Long-Agreed Reproductive Rights Language, Politicized Motives
  7. Prime Minister Harper arrives in Ukraine ahead of G7 leaders' summit
  8. Multiculturalism, memory, and ritualization: Ukrainian nationalist monuments in Edmonton, Alberta