Golpe de Estado nas Seicheles em 1977

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Golpe de Estado nas Seicheles em 1977
Data 4–5 de Junho de 1977
Local Ilha de Mahé, Seicheles
Desfecho Golpe de Estado bem sucedido.
Beligerantes
Governo liderado pelo Partido Democrático das Seicheles Insurgentes afiliados ao Partido Popular Unido das Seicheles
Apoiado por:
Tanzânia
Comandantes
Sir James Mancham France-Albert René
Forças
  60–200

Golpe de Estado nas Seicheles em 1977 foi um golpe de Estado ocorrido entre 4 e 5 de junho de 1977 nas Seicheles, situadas no leste da África e no oceano Índico. Entre 60[1] a 200[2] partidários do Partido Popular Unido das Seicheles (PPUS), que estavam recebendo treinamento na Tanzânia, depuseram o Presidente Sir James Mancham, do Partido Democrático das Seicheles (PDS), enquanto este participava da Reunião dos Chefes de Governo da Commonwealth em Londres, no Reino Unido.

Golpe[editar | editar código-fonte]

Os insurgentes assumiram o controle de pontos estratégicos na principal ilha do arquipélago, Ilha de Mahé - onde fica a capital, Vitória. A estação central de polícia foi tomada "virtualmente sem que um tiro fosse disparado." Em contraste, houve um tiroteio na delegacia de polícia de Mont Fleuri, onde o arsenal era mantido. Um policial e um dos insurgentes foram mortos nos combates.[2]

Os conspiradores prenderam seis oficiais das Forças Armadas Britânicas, que estavam assessorado a Força Policial das Seicheles desde 1976, quando Seicheles conquistou a independência do Reino Unido. Os oficiais e suas famílias, assim como o presidente da Suprema Corte, Adrien O'Brien Queen, um juiz da Irlanda similarmente emprestado por seu governo, foram levados para a Europa.[2]

Resultado[editar | editar código-fonte]

O líder do Partido Popular Unido das Seicheles e primeiro-ministro France-Albert René, que alegou desconhecer o plano, foi então empossado como presidente e formou um novo governo.[1][2]

Quando abordado pelos insurgentes, René teria aceitado a Presidência sob três condições: que a segurança dos indivíduos políticos fosse garantida, que os acordos internacionais permanecessem em vigor (incluindo aquele que permite aos Estados Unidos manter uma estação de rastreamento espacial da AFSCF), e que eleições fossem agendadas para 1978[2] (que acabaram por ser realizadas em 1979).[3]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b «Coup by René Supporters, 1977». countrystudies.us 
  2. a b c d e «SEYCHELLES CAPITAL IS CALM AFTER COUP». The New York Times. 7 de junho de 1977 
  3. Seychelles: Presidential election results under one party rule Arquivado em 2 de setembro de 2010, no Wayback Machine. EISA