Memética

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A Memética é o estudo formal dos memes. Foi originada quando Richard Dawkins cunhou o conceito no seu livro O gene egoísta. Na busca de algo que pudesse ser classificado como a unidade fundamental conceptual da memória.

A memética aplica conceitos da teoria da evolução (especialmente da genética populacional) à cultura humana. Ela tenta explicar vários assuntos controversos, como religião e sistemas políticos, usando modelos matemáticos.

Muitos pensadores questionam se a analogia dos genes com a cultura vai se fixar e como essa similaridade pode ser testada.

A memética deve ser distinguida da sociobiologia. Na sociobiologia, as entidades envolvidas são os genes, enquanto na memética são os memes. A sociobiologia está preocupada com a base biológica do comportamento humano, enquanto a memética trata os humanos não apenas como produto de uma evolução biológica, mas de uma evolução cultural também.

Associação memética[editar | editar código-fonte]

É a descoberta de que os memes se movem em grupos. Por exemplo: o meme para calça jeans inclui memes para fecho-écler, roupas com botão, tintura azul, roupas de algodão, cintos etc.

Os memes podem ser ideias ou parte de ideias, línguas, sons, desenhos, capacidades, valores estéticos e morais, ou qualquer outra coisa que possa ser aprendida facilmente e transmitida enquanto unidade autónoma.[1][2][3][4][5]

Variação memética[editar | editar código-fonte]

É o processo em que uma ideia ou meme muda conforme é transferido de uma pessoa para outra. Poucos memes mostram uma forte inércia memética, que é a característica do meme de ser expressado do mesmo jeito e de ter o mesmo impacto, independentemente de quem esteja recebendo ou transmitindo a ideia. A variação memética cresce quando o meme é transmitido de uma maneira descuidada com a expressão da ideia, enquanto a inércia memética é fortalecida quando a forma de expressão rima ou usa outros dispositivos mnemônicos para preservar a memória do meme antes de sua transmissão.

Crítica à teoria dos memes[editar | editar código-fonte]

Alguns autores tem criticado a memética, algumas vezes denominando-a uma pseudociência[6][7]

Referências

  1. Blackmore, Susan, The Meme Machine, Oxford University Press 1999
  2. Dennett, Daniel, Darwin's Dangerous Idea. London: Penguin 1996. (Primeiramente publicado em 1995, Simon & Schuster) Dennett, Daniel, The Intentional Stance, Cambridge 1987
  3. Dennett Daniel, Could there be a Darwinian account of human creativity? IN Evolution: from molecules to ecosystems, Oxford University Press, 2004, pp. 272-9.
  4. Dennett, Daniel. Breaking the Spell, Religion as a Natural Phenomenon, Viking Press, 2006
  5. Diamons, Jared. Guns, Germs, and Steel: The Fates of Human Societies. W.W. Norton & Company, March 1997. ISBN 0-393-03891-2
  6. James W. Polichak, "Memes as Pseudoscience", in Michael Shermer, Skeptic Encyclopedia of Pseudoscience. P. 664f.
  7. Benitez-Bribiesca, Luis (2001): Memetics: A dangerous idea Arquivado em 4 de julho de 2009, no Wayback Machine.. Interciecia 26: 29–31, p. 29.