Missão Pedro Ferreira de Oliveira

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Missão Pedro Ferreira de Oliveira

Litografia do Almirante Pedro Ferreira de Oliveira por S. A. Sisson.
Data 1855
Local Paraguai
Desfecho Vitória brasileira
  • Início das negociações sobre a livre navegação do Rio Paraná e do Rio Paraguai.
  • Tratado assinado em 1856 garantindo o tráfego de navios brasileiros por tais rios.
Beligerantes
Império do Brasil Paraguai
Comandantes
Pedro II
Pedro Ferreira de Oliveira
Carlos Antonio López

A Missão Pedro Ferreira de Oliveira foi uma expedição enviada ao Paraguai que tinha o objetivo de fazer o governo paraguaio cumprir o tratado de 1850, que garantia a livre navegação nos rios Paraná e Paraguai.

A Missão[editar | editar código-fonte]

O governo paraguaio de Carlos Antonio López, estava impedindo o tráfego de navios brasileiros pelos rios Paraná e Paraguai, deixando assim, a Província de Mato Grosso isolada, já que a forma mais rápida de chegar até lá era por meio de tais rios. Além disto, o presidente insultou o diplomata brasileiro Filipe José Pereira Leal, acusando o brasileiro de "dedicar-se à integra e à impostura em ódio ao Supremo Governo do Estado". [1]

Tendo em vista isto, uma força tarefa da Armada Imperial Brasileira com integrantes de um corpo diplomático do império foi enviada. A força tarefa foi comandada pelo almirante e diplomata brasileiro Pedro Ferreira de Oliveira. A força tarefa tinha por objetivo tirar satisfação com o governo paraguaio sobre o insulto ao diplomata brasileiro e negociar a livre navegação nos Paraná e Paraguai.

Ao chegar próxima de Assunção, capital do Paraguai, soldados do exército paraguaio esperavam a esquadra brasileira e afirmaram que só permitiriam a passagem caso os brasileiros garantissem que a missão tinha objetivos pacíficos. Após intensas negociações, o diplomata brasileiro apresentou as exigências do governo imperial.

Exigências do Brasil[editar | editar código-fonte]

As exigências do Brasil eram as seguintes:

1º Reclamar uma satisfação pela ofensa feita ao Império na pessoa do seu encarregado de negócios, o Sr. Filipe José Pereira Leal.

2º Reclamar que o simples trânsito pelos rios Paraguai e Paraná, na parte em que suas águas pertencem à República, fosse franqueado aos navios e súditos brasileiros, como se acha estipulado no art. 3º do tratado de 25 de dezembro de 1850.

3º Celebrar, se o governo da República a isso se prestasse, os ajustes concernentes aos limites e à navegação e comércio entre os dois países em conformidade do art. 15 do mesmo tratado.

Apenas a primeira exigência foi cumprida, porém, as outras foram consideradas desnecessárias pelo diplomata brasileiro.

Consequências[editar | editar código-fonte]

Por conta do desmerecimento do diplomata brasileiro com as outras exigências do governo imperial, Pedro Ferreira de Oliveira acabou sendo exonerado de suas funções ainda em 1855.

"Por aviso de 4 de junho de 1855 foi exonerado do comando da divisão naval do rio da Prata, e mandado recolher imediatamente a esta corte para dar conta do seu procedimento como plenipotenciário no ajuste das questões pendentes entre o Império e a República do Paraguai."

Além disto, negociações sobre a livre navegação nos rios Paraná e Paraguai foram iniciadas, já que o governo paraguaio temia que esta questão fosse iniciar um conflito bélico com o Império do Brasil, conflito este, que o Paraguai sabia que não venceria.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Referências