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Al-Andaluz ou al-Ândaluz (em árabe: الأندلس; romaniz.:al-ʼAndalus; alåndɑlʋs) foi o nome dado à Península Ibérica (com a Septimânia) no século VIII, a partir do domínio do Califado Omíada, tendo o nome sido utilizado para se referir à Península independentemente do território politicamente controlado pelas forças islâmicas. Contudo, hoje utiliza-se o termo para referir os territórios que se diferenciam dos reinos cristãos.

O al-Andalus foi o único território europeu continental a participar na Idade de Ouro Islâmica, passando por vários períodos políticos. Era inicialmente um emirado integrado na província norte-africana do Califado Omíada, tendo sido também Califado de Córdova, diversas Taifas, província Almorávida, Califado Almóada e na sua última fase Reino Nacérida de Granada.

A região ocidental da Península era denominada Gharb al-Andalus ("o ocidente do al-Andalus") e incluía o atual território português. De uma maneira geral, o Gharb al-Andalus foi uma região periférica em relação à vida econômica, social e cultural de Córdova e Granada.

Artigo selecionados

O termo gastronomia do al-Andalus é usado para designar os costumes gastronómicos praticados na Península Ibérica durante o período de dominação muçulmana (al-Andalus) na Idade Média .

A gastronomia do al-Andalus é conhecida pelas referências literárias de alguns autores desse período, como ibn Razin al-Tuyibi, ou o médico , que descreveu a forma de cozinhar os alimentos num tratado de oftalmologia, as menções nas obras do linguista al-Zubaydi e do botânico Abu-l-Hay, bem como em estudos comentados em obras de geografia de ibn al-Ziyyat e al-Razi. Existe documentação extensa em tratados monográficos onde se detalham os processos de cozedura, guisado, etc. dos alimentos e dos costumes associados ao seu consumo.

Atualmente, algumas das receitas gastronómicas de Portugal e de Espanha têm aromas e reminiscências dessa gastronomia que exerceu a sua influência no território durante praticamente 800 anos.

Artigos bons e destacados

Carja (em árabe, خرجة jarŷa, "saída" ou "final") é uma composição lírica popular do Alandalus, que constituía a parte final da moachaha, de que existem exemplos desde o -XI. As carjas eram compostas em dialecto hispanoárabe coloquial, ou na língua romance que usavam os andaluzes, chamada de moçárabe (que significa "arabizado"). Foram escritas por poetas cultos árabes e judeus, mas principalmente por mulheres aristocráticas, que usavam a lírica romance tradicional como modelo. Foram recolhidas do folclore popular, e adaptadas às necessidades métricas (já que deveriam integrá-las na moachaha) ou até compô-las do zero, a partir de modelos tradicionais. A sua importância é enorme, já que são as composições mais antigas conhecidas em língua românica.

A moachaha (procedente do árabe موشحة muwaššaḥa (ou muwashshaha), é um tipo de poema culto que teve o seu momento de esplendor no Alandalus entre os séculos IX e XII. Os árabes tinham trazido consigo um modelo lírico do , a cássida, que constava de versos grandes monorrítmicos emparelhados, adequados para serem transmitidos oralmente pelos mestres. É o tipo de verso usado no Corão. A moaxaja está escrita em versos curtos, devido à influência da lírica popular, mas com temas e estruturas muito complexas. Aparece na península e pensa-se que é o fruto da mistura de culturas existentes, consequência da convivência próxima de culturas na Hispânia muçulmana da época dos taifas, (árabe-hebreu-cristão). Os próprios árabes referiam-se às vezes às moaxajas como "cançõezinhas ao estilo cristão". Foram descobertas e traduzidas pela primeira vez em 1948 pelo hebraísta Samuel Miklos Stern. Várias interpretações sucessivas por diversos especialistas ao longo dos anos resultaram nos textos que temos disponíveis hoje em dia. Dada a ambiguidade das línguas semíticas, há múltiplas interpretações que podem ser consideradas, e as carjas continuam por isso a ser um motivo de debate entre os investigadores especializados. As carjas encaixam na moaxaja sob a forma de um refrão de poucos versos em língua romance, hebreu ou árabe vulgar no final da moaxaja. Outra manifestação poética de características semelhantes, o zéjel, diferencia-se ao dispersar os versos por todo o poema.

Sabias que ...

...uma cratera na Lua, localizada em 21,0.ºS, 11,9.ºE, tem o nome de Abraham ben Meir ibn Ezra (Abenezra) em honra do destacado intelectual judeu que nasceu em 1092 em Tudela?1

...Ibn Arabi, místico, filósofo, poeta, viajante e sábio muçulmano andalusino é provavelmente a figura mais influente na história do misticismo islâmico?2

...a Taifa de Dénia foi a primeira taifa em cunhar moeda no ano 1011, numa casa da moeda própria na atual Elda?3

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