Portal:Guerra Fria/Artigo selecionado

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Artigo selecionado/1[editar código-fonte]

Vista de parte da fronteira e de uma torre de vigilância no Checkpoint Alpha, entre Rasdorf e Geisa.

A fronteira interna alemã (em alemão: Innerdeutsche Grenze, Deutsch-Deutsche Grenze, ou informalmente Zonengrenze) foi um extenso sistema de fortificações que percorria os 1382 km de comprimento da fronteira entre a Alemanha Oriental (República Democrática Alemã, ou RDA) e a Alemanha Ocidental (República Federal da Alemanha, ou RFA), com a extensão do Mar Báltico até à Checoslováquia.

A fronteira foi estabelecida formalmente em 1 de julho de 1945 separando a Alemanha controlada pelos Aliados e a Zona de ocupação soviética. Junto a ela, mais de um milhão de militares da OTAN e do Pacto de Varsóvia esperaram durante vários anos a ocorrência de um conflito.

O Muro de Berlim, que separava entre 1961 e 1989 Berlim Oriental de Berlim Ocidental, era a parte mais famosa do sistema, mas que nem sequer tinha 10% da área total da fronteira, que se tornou na mais militarizada de toda a Europa, e uma das mais militarizadas do mundo. Foi uma literal manifestação da famosa metáfora de Winston Churchill em 1946: «Uma cortina de ferro que fechou o continente».

Assim a fronteira era muito mais que uma simples linha de defesa: as suas fortificações evitavam acima de tudo que os civis da RDA escapassem para a parte ocidental. Era algo mais que uma simples fronteira, por que claramente dividia a Europa em dois campos rivais, tanto politicamente (um lado era de democracias liberais capitalistas,e do outro vários estados comunistas), como no lado económico (a CEE contra o Comecon), e militarmente (a OTAN contra o Pacto de Varsóvia). Assim esta fronteira se tornou definitivamente em um dos principais símbolos da Guerra Fria.

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Artigo selecionado/2[editar código-fonte]

Bomba-Tsar (ou Царь-бомба, em russo, literalmente "Bomba-Tsar"), é o nome ocidental da RDS-220, a mais potente arma nuclear já detonada. Desenvolvida pela União Soviética, a bomba de 57 megatons (equivalente a 57 milhões de toneladas de dinamite, sendo duas vezes mais potente que o segundo maior teste nuclear chamado de Teste 219 que rendeu 24,2 Mt) levava o nome-código de "Ivan", (em russo: Иван), dado pelos seus desenvolvedores.

A bomba foi testada em 30 de outubro de 1961, em Nova Zembla, uma ilha no oceano Ártico. O dispositivo foi reduzido de seu design original de 100 megatons para minimizar a escala de destruição.

Devido ao seu enorme tamanho a bomba não era prática para propósitos de guerra, e foi criada primariamente para ser usada como propaganda na Guerra Fria. Não há evidências de que nenhuma outra bomba de poder similar tenha sido feita.

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Artigo selecionado/3[editar código-fonte]

As Revoluções de 1989, Outono das Nações, colapso do comunismo, Revoluções do Leste Europeu ou queda do comunismo são os nomes dados a uma onda revolucionária que varreu a Europa Central e Oriental no final de 1989, terminando na derrubada do modelo soviético dos Estados comunistas no espaço de poucos meses. Os nomes para esta série de eventos, datam das Revoluções de 1848, também conhecidas como "A Primavera das Nações".

Os eventos da revolução sem derramamento de sangue, tiveram início em Polônia, prosseguiu na Hungria, e em seguida, levou a uma onda de revoluções majoritáriamente pacíficas na Alemanha Oriental, Tchecoslováquia e Bulgária. A Roménia foi o único país do bloco do Leste, que derrubou o regime comunista violentamente e executou o seu chefe de Estado. Os Protestos na Praça da Paz Celestial de 1989 não conseguiram mudanças políticas na China. Na Eslovénia, então parte da antiga Iugoslávia, o mesmo processo teve início na Primavera de 1988, mas teve pouca influência sobre o desenvolvimento em outros países socialistas, com exceção de vizinha Croácia.

Os eventos subsequentes que continuaram em 1990 e 1991 são, por vezes também referido como uma parte das revoluções de 1989. A Albânia e Iugoslávia abandonaram o comunismo, entre 1990 e 1991, a última dividida em cinco estados sucessores em 1992: Eslovênia, Croácia, República da Macedônia, Bósnia e Herzegovina e República Federal da Iugoslávia (incluindo Sérvia e Montenegro). A União Soviética foi dissolvida até o final de 1991, resultando na Rússia e 14 novas nações que declararam sua independência da União Soviética: Armênia, Azerbaijão, Bielorrússia, Cazaquistão, Estônia, Geórgia, Letônia, Lituânia, Moldávia, Quirguistão, Tajiquistão, Turquemenistão, Ucrânia e Uzbequistão. O impacto foi sentido em dezenas de países socialistas. O socialismo foi abandonado em países como a Camboja, Etiópia, e Mongólia. O colapso do comunismo levaram os especialistas a declarar o fim da Guerra Fria.

Reformas na Europa Oriental, bem como as da China e da Vietnã, começaram a abraçar o capitalismo. Os acontecimentos em 1989-1991, mudaram dramaticamente o equilíbrio de poder mundial e marcou (com o subsequente colapso da União Soviética), o fim da Guerra Fria e o início de uma nova era, a Nova Ordem Mundial.

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Artigo selecionado/4[editar código-fonte]

Khruschov e Stalin despachando, em 1936.

O chamado Discurso Secreto ou Relatório Khrushchov, cujo nome oficial é "Sobre o culto à personalidade e suas consequências", é uma famosa intervenção do político soviético Nikita Khrushchov durante o XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética, em 25 de fevereiro de 1956. No discurso, Khrushchov reafirma sua crença nos ideais comunistas, invocando as idéias de Lenin, ao mesmo tempo que critica o regime de Stalin, particularmente pelos expurgos de militares de alto escalão e de quadros superiores do Partido - o chamado Grande Expurgo, entre 1934 e 1939 -, e pelo culto à personalidade de Stalin.

O discurso foi um marco na Era Khrushchov. Foi também um sinal da intensa disputa pela liderança soviética, na qual Khrushchov procurava desacreditar os stalinistas, notadamente Lavrentiy Beria. Significou também uma mudança da linha oficial do Partido e dos postulados reflectidos no chamado estalinismo.

O discurso adquiriu o nome da sessão na qual foi pronunciado, a portas fechadas, sem a presença de convidados estrangeiros. O texto original só foi publicado em sua totalidade no dia 3 de Março de 1989, pela gazeta oficial do Comité Central do Partido, já no período da glasnost - abertura do regime, promovida por Mikhail Gorbatchov.

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Artigo selecionado/5[editar código-fonte]

Berlinenses assistindo a um C-54 aterrando no Aeroporto de Tempelhof (1948)

Bloqueio de Berlim (de 24 de junho de 1948 a 11 de maio de 1949) tornou-se uma das maiores crises da Guerra Fria, desencadeada quando a União Soviética interrompeu o acesso ferroviário, rodoviário e hidroviário à cidade de Berlim Ocidental. Seu objetivo era forçar as potências ocidentais a sair, dando assim o controle soviéticos sobre toda a cidade.

Em resposta, os aliados ocidentais organizaram a ponte aérea de Berlim para transportar suprimentos para as pessoas em Berlim Ocidental. A Força Aérea dos Estados Unidos e os britânicos da Força Aérea Real voaram mais de 200.000 voos em um ano, com até 4.700 toneladas diárias de suprimentos, como combustível e comida para os berlinenses.

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