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Instituto de Filosofia e Ciências Sociais
Firemanmad/Testes
IFCS-UFRJ
Fundação 1939 (85 anos)
Tipo de instituição Unidade acadêmica
Mantenedora Universidade Federal do Rio de Janeiro
Localização Rio de Janeiro, RJ,  Brasil
Página oficial www.ifcs.ufrj.br

O Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) é uma unidade de ensino, pesquisa e extensão da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), remonta à Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil criada pelo Decreto-lei nº 1.190 de 04 de abril de 1939. O IFCS-UFRJ se originou após a junção dos antigos cursos de Ciências Sociais, de História e de Filosofia da antiga FNFi.[1] É uma das mais tradicionais e prestigiadas Instuições de Ensino Superior do Brasil, reconhecida mundialmente pela formação de excelência e a alta relevância em pesquisa acadêmica e científica.[2]

Localiza-se no Largo de São Francisco de Paula, uma das áreas históricas mais importantes do Centro do Rio de Janeiro. O prédio que hoje abriga o Instituto de Filosofia e Ciências Sociais e o Instituto de História (IH), é considerado um ícone do patrimônio universitário brasileiro e um símbolo da expansão da cidade no século XVIII. [3]

A edificação original, projetada pelo engenheiro francês Pedro José Pézerat tinha dois pavimentos. No início do século XX um terceiro andar foi construído e a fachada ganhou o atual pórtico com colunas jônicas autônomas de fuste liso. Mais tarde foi acrescido o quarto andar e as varandas para o pátio interno. O IFCS foi tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural por sua importância histórico e cultural para a cidade.[4]

História[editar | editar código-fonte]

Largo de São Francisco, em destaque, a Real Academia Militar, atual sede do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, no Rio de Janeiro. Cerca de 1860.

O Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS) tem sua história iniciada no século XVIII. O prédio foi construído originalmente para atender a uma demanda da Igreja Católica Romana do Rio de Janeiro e recebeu um tratamento urbanístico de reconhecido valor.

Quando a capital do Brasil foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro, em 1763, a Igreja Matriz carioca se tornou a Catedral do país. Porém, a velha igreja de São Sebastião[5] era pequena e no topo do Morro do Castelo, o que não atendia as expectativas dos cidadãos. Cercada por uma muralha que ligava o Morro do Castelo até o Morro da Conceição, seguindo o que hoje é a Rua Uruguaiana, a cidade buscava um novo terreno para a construção da Sé, igreja principal da diocese[6].

Foi então que as autoridades da época começaram a estudar a viabilidade de construí-la na área conhecida como rossio, a região depois da muralha que não podia ser alienada. João Carlos Nara Júnior[7], arquiteto do escritório técnico da universidade e doutor em História comparada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, conta que os moradores lá buscavam lenha, água e argila, mas não era possível plantar. Esse entorno da cidade era totalmente encharcado pela Lagoa da Pavuna que, assoreada, deu lugar ao Largo de São Francisco de Paula, à Praça Tiradentes e ao Campo de Santana[8].

Até o início do século XIX, quando a família real chegou ao Brasil, o que se tinha de construção era o corpo da capela mor e as alas laterais correspondentes. Dom João VI viu no edifício uma oportunidade para instalar a Academia Real Militar e solicitou o término das obras para ocupação do espaço. Em 1812, a instituição iniciou suas atividades de ensino no local[9].

Em 1835 o prédio passa pela primeira expansão, adicionando um bloco neoclássico frontal projetado por Pedro José Pézerat, mas logo ela fica pequena mais uma vez devido à expansão do uso do espaço por outras instituições. Em 1858, após a saída da Academia Real Militar, o edifício se tornou a Escola Central, uma instituição civil de ensino que posteriormente também se chamaria Escola Politécnica e Escola Nacional de Engenharia. O local se tornou o berço do ensino da área no país[10].

No futuro, a Escola Nacional se juntaria com a Faculdade de Direito e a de Medicina, dando origem à Universidade do Brasil e, atualmente, à Universidade Federal do Rio de Janeiro[11].

Com a transferência do curso de Engenharia para a Ilha do Fundão, em 1962, o prédio ficou inutilizado por oito anos, vindo a se tornar, nos anos 1970, sede do IFCS e do Instituto de História (IH), formado posteriormente.

Além da importância para o ensino superior, o prédio também testemunhou outros momentos marcantes da história do país, como as exposições nacionais sobre a indústria no século XIX, exibindo o desenvolvimento tecnológico do período, e a inauguração da estátua de José Bonifácio de Andrada e Silva no Largo de São Francisco de Paula para comemorar o cinquentenário da independência do Brasil[12].

Por esse prédio, passaram gerações de intelectuais, os quais se dedicaram ao desenvolvimento da ciência e lutaram pela transformação da sociedade, como exemplo Francisco de Sá Lessa, Joaquim da Costa Ribeiro, Victor Nunes Leal, Álvaro Vieira Pinto e Evaristo de Moraes Filho.

Graduação, Ensino e Pesquisa[editar | editar código-fonte]

O IFCS oferece dois cursos de graduação nas áreas de Ciências Sociais e Filosofia, além de tem três programas de pós-graduação: o Programa de Pós-graduação em Sociologia e Antropologia, Programa de Pós-graduação em Filosofia e o Programa de Pós-graduação em Lógica e Metafísica.[13]

A produção científica do IFCS é reconhecida nacional e internacionalmente. O empenho e a dedicação dos professores, funcionários e alunos possibilitaram nos últimos 30 anos conjugar a tradição intelectual do IFCS com os novos desafios da universidade brasileira. A instituição resistiu aos embates políticos do fim dos anos 60 e começou a se reerguer no início dos anos 80. Os temas e as questões que constituem objeto de docência, pesquisa e extensão no IFCS, são indispensáveis para o entendimento dos problemas atuais do país, das sociedades, de sua história e modos de pensar.[14]

A Biblioteca Marina de Vasconcellos localizada no IFCS é peça chave para as atividades docentes e de pesquisa. Seu acervo conta com 128 mil publicações entre livros, fascículos de periódicos, teses e monografias.

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]