Usuário:DAR7/Testes/História do Brasil/História da Bahia

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A história da Bahia é um conjunto de conhecimentos de historiografia brasileira, direcionado para a pesquisa dos acontecimentos do passado, desde as primeiras expedições desbravadoras, no século XVI, até os nossos dias. A Bahia foi a mais antiga das capitanias hereditárias brasileiras a se converter em capitania real. Em 1549, a cidade de São Salvador, na baía de Todos os Santos, foi erguida pelo primeiro governador-geral do Brasil, Tomé de Sousa, para constituir a sede de governo da colônia. Além de capital política e administrativa, exercia a função de centro de progresso econômico de toda a região, com açúcar, fumo e algodão no século XVIII e comércio ilícito de escravos até a metade do século XIX. Com o povoamento, a capitania da Bahia integrou os territórios das capitanias de Ilhéus, Itamaracá e Porto Seguro. Em 1763, com mais de 60 mil habitantes, Salvador perdera a categoria de sede de governo para o Rio de Janeiro. A decadência econômica da cidade e de todo o Recôncavo Baiano ocasionou forte sentimento separatista e guerras pela emancipação nacional. Em 1798, a Conjuração Baiana, também cognominada como revolta dos Alfaiates, que dispunha de representantes da massa trabalhadora, sugeriu a emancipação política da colônia e uma sociedade inspirada nos valores da Revolução Francesa.[1]

No século XIX, ao longo do período imperial, a Bahia e todo o nordeste enfrentaram o declínio da economia do açúcar. Por mais que tenham aparecido novas regiões de desenvolvimento econômico, como a zona cacaueira no sul do estado, o empobrecimento foi generalizado. Nos sertões do norte e do oeste, no decurso da bacia do São Francisco, a agricultura de subsistência assegurou a sobrevivência da população, sujeita à influência das elites políticas e ao poder de chefes messiânicos, como Antônio Conselheiro, criador do arraial de Canudos. Considerado um perigo à República e à ordem social, o arraial foi demolido por forças federais em 1897, após fortes conflitos armados.[1]

O estado continuou afastado do governo federal ao longo da República Velha. Em 1912 enfrentou intervenção do poder central e Salvador foi alvo de bombardeios. Esse assalto foi uma resposta à adesão concedida pelo governo da Bahia à elite política de São Paulo, que era contra a gestão do Marechal Hermes da Fonseca. Com a Revolução de 1930, o território tornou a se isolar do poder central. Na Bahia, a fase de modernização começou na década de 1950, com o descobrimento de petróleo no Recôncavo Baiano, a edificação da Usina Hidrelétrica de Paulo Afonso (1954) e a construção da rodovia Rio-Bahia (1957). Uma década após, começou a ser assistida pela SUDENE e ganhou dinheiro sobretudo para a expansão da agricultura irrigada na bacia do São Francisco. Desde 1974, esse plantio é orientado pela Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (CODEVASF). Também na década de 1970, incentivos fiscais possibilitaram a instalação do Polo Industrial de Aratu e do Polo Petroquímico de Camaçari, na Grande Salvador, o maior polo fabril do nordeste do Brasil.[1]

Povos indígenas[editar | editar código-fonte]

No começo do século XVI, os índios tupinambás, tupiniquins e aimorés, além de outras comunidades pequenas, como os cariris, povoavam a região do atual estado da Bahia. Os tupinambás moravam na costa, entre o rio São Francisco e a baía de Ilhéus, e suas tribos se estendiam para o sertão por mais de 500 km. Os tupiniquins habitavam a costa, entre a enseada da Camamu e as imediações do atual estado do Espírito Santo. Os aimorés originaram-se da serra que mais tarde ganhou sua designação, dispersando-se pelo sertão.[2]

Período colonial[editar | editar código-fonte]

Primeiros tempos[editar | editar código-fonte]

Pode ser que a embarcação mensageira mandada por Pedro Álvares Cabral com a função de relatar ao rei D. Manuel I as terras recém avistadas tenha palmilhado a costa setentrional da Bahia, desde Porto Seguro, antes de começar o percurso do Atlântico. As primeiras notícias da região de Salvador, entretanto, foram documentadas pela expedição de 1501, despachada por D. Manuel com a finalidade de desbravar a então cognominada ilha de Santa Cruz. Américo Vespúcio, que integrava a expedição, foi o pioneiro a se referir à enseada enseada a que cognominaram "de Todos os Santos", por ter sido avistada no dia 1.º de novembro, festa litúrgica de Todos os Santos.[3]

A denominação "Bahia" iria passar à região composta pelas terras das capitanias concedidas a Francisco Pereira Coutinho, Pero de Campos Tourinho, Jorge de Figueiredo Correia, D. Antônio de Ataíde e D. Álvaro da Costa.[3]

Governo-geral e prolongamento territorial[editar | editar código-fonte]

Desde o povoamento de Salvador e arrabaldes, nos dois primeiros governos-gerais, havia diferenças extremamente claras dentre Salvador — e seu recôncavo — e o sertão mais isolado. Não obstante as qualidades do porto encontrado em 1501, os lusitanos desistiram dele durante os duplos períodos de dez anos da presença da território, possibilitando que gauleses lá comercializassem com os nativos. Diante desse desamparo, justifica-se o espanto de Pero Lopes de Sousa, que viajou em 1530, no momento que se deparou na Bahia com o mítico Caramuru, que a partir de 1510 ou 1511, quando sofrera naufrágio, residia entre os indígenas.[4]

A Terra de Santa Cruz, quase estéril naquela época, exigia uma maneira eficaz de administração, o que Portugal procurou realizar por meio da instalação do método de governanças, logo malsucedido. Com o intuito de substituir o anterior, Dom João III decidiu estabelecer uma administração central, com base em Salvador, que, apesar de localizada a diferentes distâncias dos pontos extremos da costa ocupada pelos portugueses, apresentava excelentes circunstâncias para, dali, ocorrer auxílio e assistência às restantes capitanias, além de administrar justiça, fornecer para as diversas questões da riqueza régia e promover o benefício das diferentes regiões. A fim de seguir as diretrizes estabelecidas, foi designado o governador Tomé de Sousa, o qual, segundo as normas do regimento de 17 de dezembro de 1548, deveria construir uma fortificação e uma cidade ampla e resistente em um local apropriado.[4]

Posteriormente às confrontações ocorridas em 1558 e 1559 contra os índios de Jaguaripe e Paraguaçu, que resultaram na conclusão da posse de Matuim e Passé, a incorporação dos sertões à Bahia não se deu apenas por meio de boiadas e currais, mas também por meio de conflitos com os índios amoipiras, acroás e paiaias. As atividades civilizadoras, produtivas e constantes foram significativamente impulsionadas pelas missões religiosas dos padres da Companhia de Jesus e dos frades de São Francisco e do Monte Carmelo. Um estímulo adicional para o povoamento foi a descoberta de ouro na serra de Jacobina.[4]

No século XVIII, durante a divisão da Bahia em quatro comarcas, as duas do sertão já abrigavam 77.000 habitantes. A par da expansão territorial, quatro zonas de produção foram delineadas, alinhadas com a orientação de Portugal: (1) o Recôncavo, destinado à cana-de-açúcar; (2) Jaguaripe e Camamu, voltados para a produção de farinha de mandioca; (3) tabuleiros ou areais, dedicados a fumo e mandioca; (4) o sertão, utilizado para a criação de gado. A característica central da economia era sua orientação para o mercado externo, com as terras da Bahia atuando como fornecedoras de matérias-primas e produtos agrícolas tropicais de interesse para a Europa.[4]

Implantada sob os moldes da economia mercantil, a economia de exportação teve como pilar fundamental o trabalho escravo. Evoluiu, no entanto, de maneira diversificada e complexa, abrangendo uma gama mais ampla e expressiva de artigos e produtos, como pau-brasil, açúcar, algodão, fumo, ouro, madeiras, couro cru, cachaça e farinha.[4]

Domínio holandês[editar | editar código-fonte]

No início do século XVII, ocorreram eventos significativos que interromperam a maré de prosperidade na Bahia. Isso não se deu apenas como resultado da união das coroas de Portugal e Espanha, mas também devido à cobiça despertada pela riqueza proveniente do açúcar. Em 1623, a Holanda decidiu assaltar a Bahia, e em maio do ano seguinte, uma esquadra liderada por Jacob Willekens desembarcou, composta por 26 navios e 500 bocas de fogo. Os invasores tomaram facilmente a cidade, permanecendo por um ano até serem repelidos pela armada luso-espanhola, sob o comando de D. Fradique de Toledo Osório. Inconformados com a perda, os holandeses retornaram em 1638, quando já estavam fortemente estabelecidos em Pernambuco, tomado em 1630. O conde de Nassau liderou o assalto, que começou em 16 de abril e terminou em 29 de maio, com a retirada derrotada. A defesa foi comandada pelo conde de Bagnuolo. Após as tormentas dessas invasões, que prejudicaram gravemente a produção local, a Bahia retomou o progresso anterior.[5]

Independência[editar | editar código-fonte]

No final do século XVIII, 164 negociantes exportadores e importadores operavam em Salvador. A totalidade das transações era direcionada para a Europa, África, Rio Grande do Sul e portos do Prata. No entanto, na estrutura política, social e econômica previamente estabelecida, surgiram diversos conflitos entre os naturais e habitantes da capitania e as autoridades que detinham o controle em nome do monarca português. Nas instâncias do denominado tumulto do Maneta (outubro de 1711) e da revolta do Terço Velho (maio de 1728), os insurgentes deixaram de atribuir à condição de colônia a principal origem das dificuldades e desafios enfrentados pela Bahia; no caso da rebelião ocorrida em 1798, conhecida como conjuração baiana ou dos alfaiates, a condição de colônia já é apresentada como a principal razão por trás do monopólio comercial, dos preços fixos para açúcar, fumo, algodão e sola, da arrecadação exorbitante de impostos, do salário mínimo dos militares, e já se clamava por um sistema político capaz de assegurar a igualdade de direitos para todos, independentemente de cor ou origem social.[6]

Ainda assim, mesmo após a mudança da capital do domínio colonial português para a cidade maravilhosa, São Salvador da Bahia de Todos os Santos persistiu em sobressair como um ponto central de influência política, onde coletivos de patriotas, militares e cidadãos eventualmente deram início ao confronto para desvincular o Brasil da potência colonial. Esses conjuntos estiveram envolvidos nos eventos de 1817 em Pernambuco e, em fevereiro de 1821, incentivaram a participação da Bahia no movimento constitucionalista, que eliminou o regime monárquico absoluto em Portugal. Entretanto, uma vez que os defensores da constituição de Lisboa adotassem uma direção claramente contrária aos objetivos do Brasil, finalmente concordando com a invasão militar de São Salvador pelos lusos (no mês de fevereiro do ano de 1822), a batalha pela autonomia evoluiu na Bahia para um conflito demorado e sofrido.[6]

O confronto teve início em Cachoeira no "25 de junho" de 1822 e se estendeu até o libertador 2 de julho de 1823, marcado por uma série de episódios heróicos, notadamente o combate de Pirajá em 8 de novembro de 1822. Ao longo desse período, ocorreram repetidos e novos confrontos na baía de Todos os Santos e nas proximidades de Salvador. Após a rápida resolução da divergência entre o militar francês Pedro Labatut e os militares brasileiros que comandavam o Exército, o coronel José Joaquim de Lima e Silva, visconde de Majé, emitiu, em 3 de junho, a ordem para uma ampla ofensiva que resultou na retirada das tropas portuguesas. Em 2 de julho, a Bahia celebrava a vitória brasileira. No início da luta na província, Maria Quitéria, natural da Bahia, formou uma companhia feminina que participou ativamente durante todo o conflito.[6]

Período imperial[editar | editar código-fonte]

O Brasil encontrava-se dissociado de Portugal. Apesar do respaldo da Bahia à demanda nacional pela união de todas as províncias em uma única nação, não se impediram os levantes federalistas no estado nos anos de 1832 e 1833, associados ao nome do capitão Bernardo Miguel Guanais Mineiro, e o de 1837, mais conhecido como Sabinada, liderado pelo médico e jornalista Sabino Vieira. Na vertente militar, a Sabinada perdurou por quatro meses, estendendo-se ao sertão (Feira de Santana e Vila da Barra), com alguns confrontos marcados pela intensidade da violência. São também indicativos da instabilidade das estruturas socioeconômicas e políticas da época os diversos levantes de escravos (destacando-se o dos malês em 1835), a disseminação de moedas falsificadas e os conflitos familiares, exemplificados pelos embates sangrentos entre as famílias Guerreiro e Militão às margens do São Francisco.[6]

Em 1843, foram identificadas áreas ricas em diamantes na cadeia montanhosa de Açuruá. Diversos projetos reiteraram a necessidade de recursos eficazes para o transporte no Recôncavo e no interior. Lançada de maneira precária em 1819, a circulação a vapor expandiu suas rotas até as localidades às margens dos rios (como Santo Amaro, Cachoeira e Nazaré) e aquelas relacionadas ao mar na faixa costeira sul (tais como Camamu e Ilhéus).[6]

Em 1853, a administração ratificou o pioneiro acordo para a edificação da ferrovia Bahia-São Francisco, que constituiu, junto com a Alagoinhas-Itabaiana, a Central, a Santo Amaro-Bom Jardim e a Nazaré-Santo Antônio, a malha ferroviária da Bahia durante o século XIX. Havendo, igualmente, interesse no aprimoramento da plantação de cana e na fabricação de açúcar, alguns agricultores inseriram novas categorias de cana, e algumas usinas incorporaram mecanismos a vapor. É exemplar o extenso maquinário que o Sr. Francisco Gonçalves Martins construiu por volta de 1859.[6]

Anteriormente em 1841, estabeleceu-se na Bahia uma empresa para introdução de fábricas proveitosas. Com a abolição do tráfico de pessoas escravizadas e a subsequente queda do comércio com o continente africano, diversos negociantes vincularam seus recursos à criação de bancos, cooperativas de crédito e empresas de proteção. Também operavam o banco britânico London & Brazilian Bank e as empresas de proteção Fire Insurance, Interesse Público, Aliança e Imperial. Além disso, eram diversas as firmas comerciais de britânicos, franceses e alemães, algumas independentes, outras filiais de instituições sediadas em Londres, Paris e Hamburgo.[6]

Seguindo este desenvolvimento das operações financeiras, as gestões buscaram de um modo geral expandir as chances de educação e organizar o aprendizado e a instrução. No entanto, as crises do valor do açúcar no mercado internacional, a competição que as gemas da África do Sul começaram a fazer em Lavras, os desafios para o ajuste do emprego gratuito em uma economia que estava séculos fundamentada no trabalho escravo, as ruins circunstâncias de saúde e de higiene nos locais de maior concentração urbana e as carências de recursos financeiros levaram a região à constrangedora condição que se formou na significativa crise de 1873. Os valores do açúcar não justificavam a matéria-prima utilizada; interrompiam-se as transações comerciais. Era claro o declínio econômico e financeiro. No entanto, ocorreu em relativa calma política que a Bahia envolveu-se no movimento abolicionista (1888) e na proclamação da república (1889).[6]

Período republicano[editar | editar código-fonte]

O coronel Frederico Cristiano Buys declarou a república na Bahia, no entardecer do dia 16 de novembro de 1889. Comandava a província o conselheiro José Luís de Almeida Couto e seu comandante de armas era o velho marechal Hermes Ernesto da Fonseca, cujas crenças a favor da monarquia eram famosas. Após os primeiros relatos vindos da corte, no período matutino do dia 15, várias autoridades monarquistas, liberais e conservadoras, assumiram a proposta de instaurar a oposição militarizada ao novo sistema. Antecipando-se às ações, o coronel Buys, oficial de enorme influência, chamou para a fortaleza de São Pedro o líder republicano Virgílio Clímaco Damásio, e, com ele e outros, declarou a república, às seis horas da tarde de 16. Na ocasião em que agiam dessa maneira, apoiou o marechal Hermes, informando aos oficiais e à tropa sua resolução, porque o imperador e a princesa Isabel haviam deixado o país, partindo para a Europa.[7]

Por meio de um despacho telegráfico, o conselheiro Rui Barbosa, ministro da Fazenda no governo provisório, havia comunicado a nomeação de Manuel Vitorino Pereira. Este último, um professor da faculdade de medicina e político com inclinações liberais e federalistas, seria designado para assumir o cargo de governador do estado. O coronel Buys expressava sua preferência pela indicação de Damásio, considerado o mais antigo e consistente líder republicano. Contudo, uma nova mensagem telegráfica, proveniente do presidente marechal Deodoro, encerrou a controvérsia, instruindo a posse e reconhecendo Manuel Vitorino como o governante do estado. No curto intervalo de 17 a 23 de novembro, o primeiro governo republicano na Bahia experimentou uma transição de liderança, passando das mãos de Virgílio Damásio para as de Manuel Vitorino. Em outras palavras, de uma liderança radical para uma mais moderada. Insatisfeitos com a ascensão dos antigos liberais, alguns remanescentes do Partido Conservador estiveram envolvidos nos eventos que levaram à renúncia do governador Manuel Vitorino em abril de 1890, e à designação do marechal Hermes da Fonseca para governar a Bahia.[7]

A primeira constituição do estado foi seguida pela eleição indireta de José Gonçalves da Silva e sua subsequente deposição durante a crise política de novembro de 1891. Posteriormente, o contra-almirante Leal Ferreira foi nomeado para assumir o cargo. Essa fase, embora confusa, testemunhou a gradual assimilação dos políticos monárquicos ao novo regime, alguns deles até ocupando cargos na administração do estado. O médico Joaquim Manuel Rodrigues Lima tornou-se o primeiro governador eleito pelo sufrágio direto no período de 1892 a 1896. Sob a gestão de seu sucessor, o conselheiro Luís Viana (1896-1900), ocorreu o episódio sangrento de Canudos, um conflito de proporções graves que expôs ao Brasil do litoral a angustiante condição de miséria e atraso educacional na região semiárida.[7]

Entre o desfecho do século XIX e o começo do XX, a economia de exportação alcançou um novo desenvolvimento. Crescendo continuamente, a lavoura do cacau evoluiu para constituir 20% do orçamento estadual, além de expandir na dinâmica global das vendas internacionais da nação dentro do processo de comércio exterior, como fornecedora de recursos financeiros. Isso viabilizou uma gama de propostas para o desenvolvimento industrial. No ano de 1904, havia o registro de 141 instalações fabris e manufatureiras, incluindo 12 dedicadas à fiação e tecelagem, três especializadas em calçados, 12 voltadas para a produção de charutos, quatro destinadas à fabricação de cerveja, duas voltadas para a produção de chocolate e cinco fundições de ferro. Através dos recursos adquiridos, as gestões de Severino Vieira (1900-1904) e José Marcelino de Sousa (1904-1908) aprimoraram a infraestrutura de navegação, tanto fluvial quanto marítima, bem como as malhas ferroviárias e viárias.[7]

João Ferreira de Araújo Pinho (1908-1911) tentou adotar a mesma direção, mas não concluiu seu período no cargo, sendo forçado a abdicar da posição, em meio a desentendimentos e uma pequena disputa política. Com a maioria da câmara estadual, liderada por José Joaquim Seabra, na época ministro da Viação durante o mandato de Hermes da Fonseca, rejeitando seu sucessor legal (Aurélio Viana), dois desafios ao governo federal se desenrolaram: a ocupação do edifício da assembleia estadual e o decreto que mudava a capital do estado para Jequié. Em resposta, o governo federal agiu militarmente, resultando no bombardeio de Salvador em 10 de janeiro de 1912."[6]

Dessa época até 1916, o comando foi assumido por Seabra, que desenvolveu a urbanização da cidade de Salvador, seguindo o mesmo padrão de dissensão política de seu antecessor, sempre marcado por conflitos pessoais e confrontos entre facções oligárquicas. O período subsequente, liderado por Antônio Muniz de Aragão (1916-1920), foi caracterizado pela revolta no sertão. Sendo um democrata, Muniz de Aragão enfrentou forte oposição dos anti-seabristas, mas ainda assim conseguiu dar continuidade ao programa administrativo iniciado na gestão de seu antecessor.[6]

Seabra procurou candidatar-se para um segundo mandato no governo, em 1920, enfrentando intensa resistência de políticos associados a Rui Barbosa. É nesse momento que eclode o que ficou conhecido na época como a 'conflito do sertão contra a capital', uma rebelião simulada em mensagens telegráficas e manchetes de jornais, mas que evidenciou a imensa influência de alguns coronéis latifundiários, indivíduos que chegaram a liderar centenas de jagunços fortemente armados. Em fevereiro de 1920, a administração de Epitácio Pessoa declarou a intervenção no estado, realizada pelo general Cardoso de Aguiar.[7]

No momento, o significativo setor exportador-importador da Bahia, associado à agricultura do canavial, do grão de café, do tabaco e da plantação de cacau, tinha a participação de corporações internacionais e algumas poucas empresas locais com algum suporte financeiro. Durante o período da Primeira Guerra Mundial, o grão de café e o tabaco enfrentaram restrições devido à interrupção das relações comerciais com a Alemanha. As corporações alemãs ou com investimentos alemães foram substituídas por outras com capitais ingleses e americanos. Entretanto, isso não modificou o mecanismo em vigor desde o final do século XIX: a agricultura produzindo em regime de consignação, com as safras previamente vendidas aos exportadores.[6]

Assim, o problema global de 1929 afetou severamente a Bahia. As exportações de produtos como chocolate diminuíram de 70.000 para 63.000 toneladas, a produção de tabaco de 26.500 para 26.200, e a comercialização de café de 25.000 para 19.000. No pequeno parque fabril, nove unidades fabris destacavam-se, totalizando aproximadamente 700 teares e 1.600 trabalhadores. Isso ocorria em paralelo aos setores têxtil e açucareiro, representados por 16 unidades industriais. Extensas áreas de terra estavam ocupadas com a criação de gado bovino, caprino e ovino. Uma produção constante de peles era enviada para fora do país, especialmente aos Estados Unidos.[6]

Revolução de 1930 e modernização do estado[editar | editar código-fonte]

Durante as eleições de 1930, a Bahia proporcionou um concorrente para vice-presidente do Brasil na chapa oficial, o ex-chefe do executivo Vital Soares, mas já em 1929 tramava no território, ao longo do período eleitoral da Coligação Liberal. Durante sua visita à capital, em abril de 1929, Juarez Távora deixou orientações acerca do levante que eclodiu em outubro do ano subsequente. É incontestável que o estado resistiu à mudança de 1930, daí ter ocorrido uma espécie de intervenção militar nos dois primeiros anos da década.[8]

Desde a gestão do militar, posteriormente oficial, Juraci Magalhães (1931-1935), alterou-se o cenário, de maneira que sua escolha legal efetivamente correspondia a um diferente contexto político. Juraci Magalhães proporcionou suporte e estímulo às plantações de cacau e tabaco, ao setor industrial e à criação de gado, estabelecendo algumas poucas visões para o planejamento que retornariam expandidas nas décadas de 1950 e 1960. Contudo, em 10 de novembro de 1937, Getúlio Vargas instituiu o Novo regime. Recusando o golpe, Juraci Magalhães optou por abandonar o cargo governamental no mesmo dia e voltar ao quartel.[8]

Concluída a Segunda Guerra Mundial e com o retorno do Brasil às estruturas políticas estabelecidas pela constituição, a coalizão entre o Partido Social Democrático (PSD) e a União Democrática Nacional (UDN) escolheu o liberal Otávio Mangabeira como governador. Mangabeira, que anteriormente havia sido ministro das Relações Exteriores no governo de Washington Luís, reassumiu o controle da Bahia, retomando de onde havia sido deixado antes do Estado Novo, e iniciou um programa abrangente de reformas. Entretanto, a verdadeira modernização só teve início nos anos 1950, quando o governo estadual impulsionou o planejamento econômico. Nessa época, destacaram-se a refinaria Landulfo Alves, a usina hidrelétrica de Paulo Afonso e a rodovia Rio-Bahia. Diversas campanhas resultaram em aumentos nos royalties da Petrobrás e em incentivos fiscais para a indústria.[8]

Industrialização[editar | editar código-fonte]

Durante os anos 1960, a expansão financeira na Bahia intensificou-se com o estabelecimento do centro industrial de Aratu (produção de cimento, indústrias metalúrgicas) e o estímulo à agricultura na região da bacia do São Francisco. Na década seguinte, essa iniciativa passou a ser promovida pela Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), contribuindo para o desenvolvimento econômico da área.[8]

O subsequente avanço fabril da Bahia se concentrou no pólo petroquímico de Camaçari, estabelecido em 1978. No mesmo período, o setor turístico também crescia em influência como fonte de prosperidade. Nos anos 1990, a agricultura cacaueira do sul baiano, outro pilar financeiro do estado, foi prejudicada pela crise causada pela disseminação do fungo Moniliophtora perniciosa, epidemia que resultou em declínio significativo na fabricação e uma considerável taxa de desemprego. Em 1997, ocorreu a desestatização da Companhia de Eletricidade da Bahia (Coelba).[8]

Desenvolvimento industrial[editar | editar código-fonte]

Este expressivo aporte financeiro na região, incluindo corporações internacionais, e a expansão do setor fabril em 1998 tiveram um papel determinante para a atividade econômica do estado da Bahia. Conforme o departamento de Indústria, Negócios e Exploração Mineral, a cifra total de recursos estimados até o ano de 2002 alcançava trinta e quatro bilhões de dólares, com mais de cinco bilhões provenientes de fontes internacionais.[9]

Na região, diversas corporações estrangeiras foram atraídas, destacando-se entre elas as multinacionais automobilísticas Ásia Motors e Hyundai, originárias da Coreia do Sul, que investiram expressivos 786 milhões de dólares na área. A corporação estadunidense Monsanto tomou a decisão de estabelecer uma unidade para a produção de matérias-primas e herbicidas na região metropolitana de Salvador, onde já operava um complexo com 10 empresas de fertilizantes. A Dow Química, também americana, ampliou sua participação acionária em diversos empreendimentos do Polo de Camaçari, almejando controlar a Copene, a principal central petroquímica da região, com desempenho notável. O polo de informática de Ilhéus, que estava em expansão graças a investimentos de 55 milhões de dólares, recebeu uma significativa fábrica de microcomputadores, administrada pela corporação americana Vitech.[9]

Um empreendimento significativo, com aporte de aproximadamente 1,6 bilhão de dólares, foi estabelecido pelo governo estadual com a Vera Cruz Celulose para a construção de uma unidade produtiva da Odebrecht e de sua parceira sueca Stora Kopparbergs Bergslags AB na cidade de Eunápolis, na parte meridional da Bahia. Por meio do acordo firmado em abril, a administração baiana ofereceria benefícios fiscais e colaboraria com 70 milhões de dólares em projetos de infraestrutura na região. A Bahia também fortaleceu seu centro calçadista, estabelecido a partir de Itapetinga, na região sudoeste do estado.[9]

Contrastes no setor fabril e produção agrícola[editar | editar código-fonte]

Ao longo dos primeiros nove meses de 1998, o ramo operacional na terra baiana registrou um crescimento de 7,1%, conforme dados do Órgão Nacional de Cartografia e Análise Estatística (IBGE), embora as transações comerciais tenham decrescido 1,3% em comparação com o mesmo período de 1997. Esta notável disparidade entre os volumes de produção e as vendas motivou várias corporações a oferecerem períodos de repouso coletivos, visando reduzir suas diversas reservas.[9]

Com o intuito de ampliar a produção agrícola de café, a administração implementou o plantio no ocidente do território, todo favorecido por um sistema de irrigação, e na região sul, onde o padrão de chuvas é mais vantajoso do que nas áreas convencionais, como a Conquista e a Chapada Diamantina. Por conta de problemas climáticos, a safra de 1998 ficou em cerca de 1 milhão de sacas. O programa de recuperação da produção cafeeira, com recursos de 370 milhões de reais, prosseguiu com a concessão de novos financiamentos aos produtores. O objetivo do programa era recuperar 300 mil hectares de plantação e beneficiar 12 mil produtores em 90 municípios baianos, visando atingir uma colheita de 400 mil toneladas em 2005. Atualmente, a produção é de cerca de 140 mil toneladas. Importante fator de desenvolvimento do estado nos anos 1970, o cultivo de cacau teve um declínio pronunciado resultante do fungo Moniliophtora perniciosa.[9]

Eleições estaduais de 1998[editar | editar código-fonte]

Em 1998, as eleições para o poder executivo do estado e para a Assembleia Legislativa consolidaram a autoridade do conjunto associado ao líder da Câmara Nacional do Brasil, Antônio Carlos Magalhães. O governante César Borges foi reeleito no primeiro turno com 69,91% dos votos válidos, em comparação com 15,17% do segundo colocado, Zezéu Ribeiro. Em relação à 415 cidades do estado, Borges só foi derrotado em Almadina, Guanambi e Pintadas. O grupo do senador conquistou 46 dos 63 parlamentares estaduais e 26 dos 39 deputados federais baianos. O governador reeleito aceitou a oportunidade de unir secretarias e extinguir postos de confiança para diminuir os dispêndios do estado em seu segundo mandato. Borges também afirmou que seria necessário aplicar recursos em energia, rodovias e saneamento básico para diminuir o índice de desemprego na Grande Salvador.[9]

Instalação da Ford e projetos de desenvolvimento[editar | editar código-fonte]

Em 1999, a determinação da Ford de estabelecer sua nova unidade fabril na Bahia proporcionou um estímulo adicional para o estado, que já vinha demonstrando desde o ano anterior um desempenho excepcional no setor industrial. Para capitalizar essa fase positiva, o governo estadual desenvolveu o plano estratégico de crescimento, que tinha como fundamento a diversificação abrangendo projetos em diversas regiões do estado. As celebrações dos 500 anos do Brasil, cujo marco é na Bahia, também receberam uma atenção especial por parte do governador César Borges.[10]

Uma das iniciativas de progresso na região tornou-se o estabelecimento de um sistema multimodal de deslocamento, com a via fluvial do curso d'água São Francisco sendo um dos meios para o transporte em expansão das colheitas de cereais do oeste baiano, pela Aratu. Com o plano de estabelecer um canal de crescimento nos padrões da via fluvial Tietê-Paraná, a execução do estado firmou um acordo de colaboração técnica com a CESP, encarregada pelo projeto. O plano abrange aportes em estrutura portuária, ferroviária e rodoviária e deveria reforçar o estabelecimento de centros agropecuários, industriais, turísticos e de prestações de serviço. Inclui também a preocupação de controlar a deterioração do ambiente na região do curso d'água São Francisco e de seus principais afluentes. Conforme as análises já conduzidas, o projeto teria um custo de sessenta e sete milhões de dólares e aproximadamente atrairia três milhões de investimentos particulares.[10]

Em setembro, a montadora de automóveis divulgou formalmente seu plano para a construção de uma unidade fabril em Camaçari. Conforme a companhia, seriam aportados 1,2 bilhão de dólares na construção, sendo 475 milhões de dólares custeados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e o restante obtido com recursos próprios e do governo do estado. Estava previsto também o investimento de mais 400 milhões de dólares por 16 empresas industriais de peças automotivas. Após a realização do plano da montadora, os líderes políticos da Bahia começaram um acordo com a empresa britânica TVR, especialista em veículos desportivos, para apresentar os benefícios e os estímulos tributários oferecidos pelo estado para a implantação de uma unidade fabril na Bahia. A exemplo do que aconteceu com a montadora, a TVR enfrentou dificuldades para negociar com o governo do Rio Grande do Sul o plano de sua fábrica no município de Farroupilha.[10]

Preparativos para o quinto centenário do descobrimento do Brasil, desvio de verbas para o saneamento básico e tentativa de privatização da Embasa[editar | editar código-fonte]

Em 1999, os festejos dos quinto centenário da descoberta do Brasil já estavam movimentando a população baiana. A administração estadual alocou 120 milhões de reais em iniciativas de infraestrutura e restauração do legado histórico nos municípios de Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália, pontos emblemáticos da descoberta do solo brasileiro. Destinou-se um montante de 10 milhões de reais para o Centro de Convenções de Porto Seguro, o principal cenário das celebrações. Intervenções e projetos de embelezamento começaram a ser implementados em vias, praças e avenidas. Santa Cruz Cabrália também se beneficiaria com a reabilitação ambiental do Rio Iaia, a expansão do Cais e a edificação das escadarias do centro histórico.[10]

Uma porção significativa dos projetos de desenvolvimento estrutural do governo seria assegurada por meio de uma alocação de recursos do governo federal. A Caixa Econômica Federal, comunicou a destinação de uma quantia de trezentos milhões de reais, correspondente a um acréscimo pelas participações na Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. (Embasa), que estava programada para ser transferida para o setor privado em dois mil. Esses recursos seriam utilizados em iniciativas como projetos de construção em quinze cidades, no Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur) e na iniciativa de modernização do setor de saneamento.[10]

Desenvolvimento econômico e impacto da indústria automotiva e petroquímica[editar | editar código-fonte]

Apesar de enfrentar diversos desafios sociais, a Bahia estaria vivenciando uma nova etapa de desenvolvimento, impulsionada por investimentos significativos de empresas estrangeiras como a Ford e a Monsanto. Esses investimentos abrem perspectivas otimistas para o aumento da renda e das oportunidades de emprego, alinhando-se com o cenário de outros estados do Nordeste. No ano 2000, o governo estadual estava destinando 20 milhões de reais para obras de restauração e asfaltamento de 82,2 km de rodovias que conectam ao Polo Petroquímico de Camaçari, o qual serve como o epicentro industrial de Aratu.[11]

O complexo da Ford em Camaçari, projetado para a fabricação da picape Courier, estava programado para ser inaugurado em 2002. No entanto, desde já, o governo estadual estava avaliando o impacto que o Projeto Amazon teria na economia baiana. Com investimentos que ultrapassavam 1,9 bilhão de dólares, a fábrica planejava gerar cinco mil empregos diretos até 2003, incluindo aqueles oferecidos pelos 27 fornecedores instalados no complexo industrial. A Ford pretendia introduzir em Camaçari um sistema moderno de fabricação, com fornecedores no decorrer da linha de montagem, todos no mesmo edifício de 95 mil metros cúbicos. A estimativa era de um faturamento anual de 3,2 bilhões de dólares, com uma contribuição de 6,7% para o Produto Interno Bruto (PIB) estadual a partir de 2004.[11]

Setores em crescimento[editar | editar código-fonte]

No estado, o setor fabril químico e petroquímico ingressou em agitação com o comunicado de recentes aportes financeiros e com a visão da comercialização da Copene, a central de insumos do Polo Petroquímico de Camaçari, que estava sendo desejada pelo grupo Ultra e pelas empresas internacionais Basf e Dow Química. Em meio aos poucos segmentos favorecidos com a desvalorização da moeda, que anulou a competição dos insumos estrangeiros, a indústria química e petroquímica prosseguiu expandindo. Conforme informações da Federação das Empresas do Estado da Bahia (FIEB), a receita das corporações cresceu 13,1% nos oito primeiros meses de 2000. Sem considerar os planos do futuro gestor da Copene, estavam planejados para o segmento aproximadamente 2 bilhões de dólares em aportes financeiros, incluindo 446 milhões de dólares da norte-americana Monsanto, que desejava estabelecer uma instalação para fabricar e vender para outros países insumos utilizados na produção do herbicida Roundup.[11]

A Bahia estaria igualmente favorecido com um novo projeto fabril de considerável tamanho, estimado em um montante de 1,6 bilhão de dólares, expresso pelo recente empreendimento da empresa Veracel no sul da Bahia. Esse projeto tem a capacidade de produzir anualmente 830.000 toneladas de pasta de celulose alvejada de eucalipto. Esperava-se que essa iniciativa resultasse em 3.000 postos de trabalho no estado. Para concretizá-lo, a organização alterou a sua estrutura acionária: a empresa Aracruz passou a possuir 45% da participação, adquirindo 40% da Odebrecht; o consórcio nórdico Stora Enso conservou os seus 45%, e a Odebrecht permaneceu com os restantes 10% das participações.[11]

Crescimento dos polos agroindustriais de Juazeiro e região oeste e eleições municipais de 2000[editar | editar código-fonte]

Em 2000, um sinal positivo para o setor econômico da Bahia foi o destacado crescimento dos recentes centros agroindustriais. Na cidade de Juazeiro, o setor agroindustrial viveu um impulso significativo pelos excelentes resultados da fruticultura irrigada. Conforme informações da Secretaria da Agricultura, até o primeiro semestre de 2000, o município do baixo-médio São Francisco reunia 13 empresas agroindustriais estabelecidas, atuando em atividades como transformação de polpas, sumos e guloseimas. Estava prevista a implantação de mais sete empreendimentos até 2001, com aporte de 2,4 milhões de reais e mais 240 postos de trabalho. A zona ocidental do estado, outro centro agropecuário significativo, colaborou com aproximadamente 2,5 milhões de toneladas de cereais para a colheita histórica de 3,7 milhões de toneladas planejada para o estado. Os pontos altos foram a soja, com 1,5 milhões de toneladas, e o algodão, que experimentou crescimento de 200% na extensão cultivada.[11]

O desfecho das eleições municipais de Salvador em 2000 colaborou com o fortalecimento da supremacia política da facção ligada ao presidente do Senado Federal do Brasil, Antônio Carlos Magalhães. O chefe do poder executivo da capital, Antônio Imbassahy, filiado ao Partido da Frente Liberal (PFL), assegurou a sua reeleição no primeiro turno, alcançando 53,75% dos votos válidos. Em segundo lugar, Nelson Pelegrino, representante do Partido dos Trabalhadores (PT), obteve 35,33%.[11]

Reajuste na política de incentivos fiscais para o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal e desafios e oportunidades nos polos industriais[editar | editar código-fonte]

Em 2001, O estado da Bahia viu-se compelido a ajustar sua estratégia de estímulos tributários para se adequar às normas fiscais do governo central. Diversos projetos voltados para segmentos específicos, como o Pró-Cobre e o Bahiaplast, foram abandonados a fim de preservar os objetivos orçamentários do governo. As iniciativas em busca de incentivos passaram a concentrar-se no programa Pró-Bahia, que oferece vantagens por meio de financiamento, em detrimento da diminuição ou isenção de impostos. Este programa, que já contava com 54 projetos registrados, passou a receber também propostas do Bahiaplast, do Pró-Auto e do polo de informática de Ilhéus, totalizando cerca de cem projetos correspondentes a 2,1 bilhões de reais em investimentos.[12]

Ademais dos obstáculos para chamar companhias semelhantes a incentivos tributários, o centro de tecnologia da informação de Ilhéus encontrava-se confrontando desafios a fim de expandir devido a motivos da elevação do câmbio, o qual encareceu consideravelmente a fabricação. As corporações do ramo, contudo, estavam confiando nas vantagens da recente Lei da Informática, aprovada em 2001, a qual estabelece dispensa integral ou parcial do tributo sobre mercadorias manufaturadas (IPI). Em 2001, nove companhias encontravam-se em etapa de implantação no centro, com aportes de cinquenta e cinco vírgula três milhões de reais. Outras sete estavam em etapa de planejamento.[12]

O polo petroquímico de Camaçari recentemente iniciou uma nova etapa de reorganização com a transação do controle da Copene, o centro de matérias-primas, para o consórcio Odebrecht-Mariani. Este grupo adquiriu, em julho, por 785 milhões de reais, as participações anteriormente pertencentes ao Banco Econômico. Dessa transação, surgiria a formação da Braskem, integrando a Copene e outros ativos dos grupos Odebrecht e Mariani. A nova corporação petroquímica planeja poupar quinhentos milhões de dólares com o processo de desvinculação acionária e a fusão operacional, elevando sua receita a oito bilhões de reais.[12]

Um centro fabril alternativo e promissor é o setor de calçados, que está prestes a receber aportes significativos, estimados em cerca de 290 milhões de reais nos próximos períodos. As trinta e duas indústrias calçadistas, distribuídas em oito municípios da região, produziam anualmente aproximadamente 25 milhões de pares de calçados. Antecipava-se que esse volume pudesse dobrar até 2002, embora a expansão desse núcleo ainda esteja condicionada à implantação de mais unidades fabris de matérias-primas e insumos.[12]

Sucessos e desafios no turismo e agronegócio e perspectivas promissoras para o algodão[editar | editar código-fonte]

O segmento de turismo na região celebrava o imenso êxito do empreendimento Costa do Sauipe, um grandioso e elegante complexo de hospedagem que, no primeiro ano de operação, aportou 40 milhões de dólares na economia baiana, além de ter gerado oito mil postos de trabalho. Na avaliação do governo, o projeto eleva o nível no segmento e pode se tornar o marco inicial para o desenvolvimento da Bahia como principal local de destino turístico nacional. O complexo abriga cinco estabelecimentos de hospedagem de padrão internacional e seis hospedarias, com capacidade para acomodar até 3.100 visitantes.[12]

Na agricultura, as circunstâncias meteorológicas desfavoráveis impediram os novos progressos do estado. A soja sofreu uma diminuição de 6,7% na colheita, decaindo de 15 milhão de toneladas para 1,4 milhão de toneladas. O feijão estava a cultura mais impactada pelo clima desfavorável, com uma diminuição de 67,6% na colheita, que passou de aproximadamente 315.100 toneladas para aproximadamente 102.200 toneladas.[12]

A exclusão notável foi o algodão, que assegura tornar o estado um dos três principais produtores nacionais nos anos seguintes. O Oeste representou 90% da produção do estado em 2000/2001, atingindo cerca de sessenta mil toneladas de pluma, registrando um acréscimo de 30% em relação à safra anterior. As principais vantagens da fibra branca do Oeste baiano incluem custos de produção mais baixos, qualidade superior da fibra, condições climáticas favoráveis e a vizinhança dos comércios do Nordeste e do Sudeste. Desde a próxima safra, os produtores contarão também com o Programa de Incentivo à Cultura de Fibra Branca no Oeste da Bahia (Proalba), que proporciona uma redução de 75% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidente sobre o produto beneficiado.[12]

Resultado da eleição para o governo do estado em 2002[editar | editar código-fonte]

A votação para o poder executivo do estado da Bahia foi decidida na primeira rodada, com o triunfo do senador Paulo Souto, do Partido da Frente Liberal (PFL), obtendo 53,69% dos sufrágios válidos sobre seu principal adversário, o representante federal Jaques Wagner, do Agrupamento dos Trabalhadores (PT). Souto recebeu o respaldo de Antônio Carlos Magalhães (PFL), que foi eleito senador com quase três milhões de votos, após renunciar ao cargo em 2001. A segunda vaga para o Senado Federal do Brasil foi obtida também por um postulante do PFL, César Borges. Das 39 cadeiras de deputado federal do estado, 22 foram ocupadas por aliados de Antônio Carlos Magalhães, incluindo seu neto, Antônio Carlos Magalhães Neto (PFL), o deputado federal mais votado da história da Bahia, do Norte, do Nordeste e do PFL. Na Câmara dos Deputados do Brasil, o grupo assegurou 36 das 63 cadeiras. No que diz respeito à presidência do Brasil, entretanto, a maioria dos eleitores baianos votou em Luís Inácio Lula da Silva, do PT.[13]

Fenagro 2002[editar | editar código-fonte]

A edição 2002 da Feira Nacional de Agronegócio (Fenagro), ocorrida no mês de novembro, revelou-se um êxito tanto em termos de público quanto de negócios. O evento, que teve lugar durante nove dias no Parque de Exposições, destacou-se como a segunda mostra agropecuária nacional, empregando diretamente e indiretamente 5.800 indivíduos. Para além dos excelentes resultados financeiros e do expressivo volume de transações concretizadas, a exposição possibilitou que vários setores econômicos apresentassem seus empreendimentos, incluindo uma fábrica biológica em Juazeiro dedicada à produção de moscas estéreis para o controle da espécie Drosophila melanogaster, a atualização cadastral do rebanho baiano, e a implementação de dois acordos de integração rural para a piscicultura e a produção de avestruzes. Estiveram presentes no evento 250 expositores de todo o país, além de estandes internacionais, com organizações comerciais da Nova Zelândia, Bélgica, África do Sul e Rússia.[13]

Inauguração da Unidade de Proteção à Baleia Jubarte e Mercado Cultural da Bahia[editar | editar código-fonte]

Em relação à preservação do meio ambiente, o estado da Bahia estabeleceu uma unidade dedicada à tutela da baleia jubarte, localizada no município de Caravelas, situado no extremo sul da unidade federativa. A Área de Preservação Ambiental Ponta da Baleia/Abrolhos tem por finalidade reforçar a vigilância das baleias na costa baiana e fomentar a utilização sustentável dos recursos naturais, especialmente no âmbito do turismo ecológico e da agricultura. Essa área de preservação abriga ecossistemas singulares, como os recifes de coral e a sua rica fauna e flora marinha. A atividade pesqueira figura como a principal fonte econômica para o município, e o turismo ecológico surge como uma alternativa inovadora para a geração de renda e empregos. O Mercado Cultural da Bahia, um dos empreendimentos culturais respaldados por empresas e agora em sua quarta edição, representou um volume de negócios de 17,5 milhões de reais, congregando mais de mil produtores, tanto nacionais quanto internacionais, e 1.500 artistas de diversas partes do globo. Um dos destaques do Mercado Cultural foi a Feira de Artes, um centro de negócios e oportunidades instalado no pátio externo do Teatro Castro Alves, composto por cem estandes. Neste evento, circularam produtores, agentes culturais e empreendedores ligados ao setor cultural, juntamente com representantes de organizações como a Ford e a Doris Duke.[13]

O Mercado Cultural agrupou a criação artística mais inovadora e refinada de vários estados brasileiros e de outras nações, tais como Israel, Eslovênia, Macedônia, Reino Unido, Estados Unidos, França, Espanha, Argentina, México, Congo, e outros. A Telefônica se destacou entre as corporações nacionais que patrocinaram atividades culturais. Por meio da Telebahia Celular, estabeleceu uma parceria de dez meses com o Teatro Vila Velha, um dos mais antigos de Salvador, no montante de 187.000.[13]

Governo Paulo Souto (2003)[editar | editar código-fonte]

Foi com antecipação de crescimento que o líder Paulo Souto, do Partido da Frente Liberal (PFL), voltou ao comando do governo baiano. A Bahia teve início no período de 2003 em uma atmosfera de enorme esperança. As previsões de ampliação de sua atividade econômica, com o reforço do conjunto industrial, o crescimento das vendas externas e dos montantes estimados para aportes no estado, proporcionando a criação de um número significativo de postos de trabalho, fundamentavam este clima.[14]

Com o intuito de promover o avanço econômico, o governo do estado implementou um plano para atrair investimentos, visando garantir à Bahia a instalação de dezesseis novos empreendimentos industriais. Estes, em conjunto, representariam um aporte financeiro de 175,5 milhões de reais, resultando na criação de 1.498 empregos diretos na economia local. Os projetos abrangeram diversas áreas, como química, informática, plásticos, alimentos, óleo, farelo de mamona, embarcações e pigmentos. A maioria das empresas recebeu respaldo do Programa de Desenvolvimento Industrial e de Integração Econômica do Estado da Bahia (Desenvolve), sob coordenação da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração (SICM). A principal iniciativa apoiada foi da empresa Proquigel, com um investimento de 110 milhões de reais, sendo especializada na produção de produtos como acrilato de etila e cianeto de sódio, proporcionando 382 novos empregos nas regiões de Camaçari e Candeias. No mesmo setor, foram iniciados os projetos da Solven (1,8 milhão de reais), focada na fabricação de parafina autoemulsionável, em Dias d'Ávila, e da Cromitec (doze milhões de reais), destinada à produção de resinas de poliéster instauradas, em Camaçari. Estas duas empresas contribuiriam com a criação de 130 postos de trabalho. No polo industrial de Ilhéus, três empresas de informática, dedicadas à montagem de microcomputadores, almejavam gerar 117 empregos diretos.[14]

Expansão industrial no estado: investimentos e geração de empregos, Veracel Celulose e desenvolvimento do setor automotivo no estado em 2003[editar | editar código-fonte]

Na área de polímeros, a empresa Fênix Polímeros, situada em Camaçari, investiu uma quantia de 5,8 milhões de reais na produção de resinas do tipo SAN e ABS. Em Simões Filho, a companhia Perplastic aportou cinco milhões de reais no desenvolvimento de forros feitos de PVC, enquanto a Polyform destinou 4,9 milhões de reais para a fabricação de plásticos de engenharia. Já a Plasbahia, iniciando suas operações na produção de embalagens plásticas em Salvador, realizou um investimento de 493.000 reais. Estas quatro instalações industriais resultaram na geração de 181 empregos diretos.[14]

A indústria automotiva da Ford, situada em Camaçari, desempenhou um papel vital no cenário nacional ao consolidar-se como a mais significativa dentro do conglomerado automobilístico no território brasileiro. Foi dessa unidade que, no ano de 2003, emanou 60% da produção de veículos sob esta marca. No mês de maio, as empresas Aracruz Celulose S.A. e Stora Enso divulgaram a determinação de erigir, em Eunápolis, ao sul da Bahia, a planta industrial da Veracel Celulose S.A. Essa instalação, projetada para figurar entre as maiores de sua categoria globalmente, ostentaria uma capacidade de produção anual de 900 mil toneladas, demandando um investimento total de 1,25 bilhão de dólares. Deste montante, 300 milhões já foram alocados na esfera florestal e em empreendimentos de infraestrutura, incluindo a construção de estradas e um porto. A fábrica almejava integrar equipamentos, sistemas avançados de controle de processos e medidas de proteção ambiental de última geração.[14]

Exportações no estado em 2003 e inauguração da fábrica da Pirelli em Feira de Santana[editar | editar código-fonte]

As evidências das vendas internacionais divulgadas em maio delinearam um período promissor para o ramo na região. As cifras apresentadas pelo Centro Internacional de Negócios da Bahia (Promo), associado à SICM, revelaram que as remessas para o exterior atingiram, na primeira metade de 2003, 726 milhões de dólares, indicando um incremento de 60% em comparação ao mesmo intervalo do ano anterior. Esse desempenho superou o aumento nas transações externas nacionais, que foi de 26,5%. O saldo positivo na balança comercial baiana atingiu 207 milhões de dólares nesse período, consequência do aumento nas vendas de produtos básicos (com uma elevação de 189%) e industrializados (com 43%). Os setores que mais enviaram mercadorias foram os de derivados de petróleo, produtos químicos e petroquímicos, papel e celulose, e veículos e peças automotivas. Em conjunto, esses segmentos foram responsáveis por 70,65% das transações internacionais. Dentre os produtos mais comercializados, sobressaíram o óleo cru, o óleo comestível, automóveis e pasta química de madeira.[14]

A performance das vendas internacionais de veículos, que atingiram a cifra de 60 milhões de dólares, estabeleceu como principais destinatários o México (com 51 milhões) e a Argentina (com 6 milhões). As informações do Promo indicaram que o bloco econômico da NAFTA (Estados Unidos, Canadá e México) destacou-se como o principal adquirente dos produtos provenientes da Bahia (com 47,75% do montante), seguido pela União Europeia (com 22%). As transações com o Mercosul, representando 10,48%, experimentaram um aumento de 118%, mesmo diante da crise argentina. Os Estados Unidos responderam por 38,29% das exportações, com a Argentina (9,93%) e o México (8,49%) em posições subsequentes.[14]

A Pirelli estabeleceu sua mais recente unidade fabril dedicada à produção de pneus para veículos automotores no Brasil, marcando sua inauguração em setembro na cidade de Feira de Santana. A gigante multinacional italiana alocou um investimento substancial de 200 milhões de dólares nessa nova instalação, projetada para criar 700 empregos adicionais. As projeções para o faturamento líquido da organização em 2003 apontavam para a cifra de 2 milhões de dólares, representando um aumento de 25% em relação ao ano anterior. As exportações desempenhariam um papel significativo, respondendo por 40% das transações comerciais no Brasil, que é seu principal mercado global. Mais de 50% da produção seria destinada à exportação, atendendo à demanda nos mercados latino-americano, norte-americano, australiano, japonês e europeu.[14]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas

Referências

  1. a b c «Brasil - Bahia». www.portalbrasil.net. Consultado em 21 de novembro de 2023 
  2. Arruda 1988, p. 1055.
  3. a b Garschagen 1998a, p. 289.
  4. a b c d e Garschagen 1998a, pp. 289–290.
  5. Garschagen 1998a, p. 290.
  6. a b c d e f g h i j k l Garschagen 1998a, pp. 290–291.
  7. a b c d e Garschagen 1998a, pp. 291–293.
  8. a b c d e Garschagen 1998a, p. 293.
  9. a b c d e f Garschagen 1999, pp. 109–110.
  10. a b c d e Garschagen 2000, pp. 113–114.
  11. a b c d e f Garschagen 2001, pp. 126–127.
  12. a b c d e f g Garschagen 2002, p. 154.
  13. a b c d Garschagen 2003, pp. 130–131.
  14. a b c d e f g Garschagen 2004, pp. 135–136.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Enciclopédias[editar | editar código-fonte]

  • Arruda, Ana (1988). «Bahia». Enciclopédia Delta Universal. 2. Rio de Janeiro: Delta 
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Livros do ano[editar | editar código-fonte]

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  • Garschagen, Donaldson M. (1982). Livro do ano Barsa 1982: eventos de 1981. São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil 
  • Garschagen, Donaldson M. (1983). Livro do ano Barsa 1983: eventos de 1982. São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil 
  • Garschagen, Donaldson M. (1984). Livro do ano Barsa 1984: eventos de 1983. São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil 
  • Garschagen, Donaldson M. (1985). Livro do ano Barsa 1985: eventos de 1984. São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil 
  • Garschagen, Donaldson M. (1986). Livro do ano Barsa 1986: eventos de 1985. São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil 
  • Garschagen, Donaldson M. (1987). Livro do ano Barsa 1987: eventos de 1986. São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil 
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  • Garschagen, Donaldson M. (1989). Livro do ano Barsa 1989: eventos de 1988. São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil 
  • Garschagen, Donaldson M. (1990). Livro do ano Barsa 1990: eventos de 1989. São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil 
  • Garschagen, Donaldson M. (1991). Livro do ano Barsa 1991: eventos de 1990. São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil 
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  • Garschagen, Donaldson M. (1995). Livro do ano Barsa 1995: eventos de 1994. São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil 
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  • Garschagen, Donaldson M. (2006). Livro do ano Barsa 2006: eventos de 2005. São Paulo: Barsa Planeta Internacional 
  • Verano, Paulo Nascimento (2007). Livro do ano Barsa 2007: eventos de 2006. São Paulo: Barsa Planeta Internacional 
  • Verano, Paulo Nascimento (2008). Livro do ano Barsa 2008: eventos de 2007. São Paulo: Barsa Planeta Internacional 
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  • Verano, Paulo Nascimento (2010). Livro do ano Barsa 2010: eventos de 2009. São Paulo: Barsa Planeta Internacional 
  • Verano, Paulo Nascimento (2011). Livro do ano Barsa 2011: eventos de 2010. São Paulo: Barsa Planeta Internacional 
  • Verano, Paulo Nascimento (2012). Livro do ano Barsa 2012: eventos de 2011. São Paulo: Barsa Planeta Internacional 

Edições recentes do Almanaque Abril[editar | editar código-fonte]

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Ligações externas[editar | editar código-fonte]