Usuário:Dbastro/Rascunhos/História do cavalo do século XX

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Táxi-automóvel arrastado por um cavalo nos Países Baixos, durante a penúria de combustível da Segunda Guerra Mundial.

A história do cavalo no século XX, esteve marcada por uma profunda mudança no relacionamento entre os seres humanos e os cavalos. Nos países desenvolvidos, o animal militar e utilitário de princípios desse século, sofreu uma profunda reorientação para actividades de espaçamento e para a competição desportiva.[1] Nessa época de grandes mudanças em múltiplos domínios dos princípios do século XX, Jean-Pierre Digard assinalou um grande mal na história das sociedades humanas; efectivamente, o estatuto utilitário do cavalo permanecia com mudanças relativamente menores desde a época da revolução neolítica e a domesticação do cavalo, e a nova modernidade mostrava um avaria brusca e notável em termos da forma e do ritmo de vida.[2][3][4][5][6][7][8][9]

Numas poucas décadas, no século XX impôs o final dos cavalos no transporte urbano, já insinuado para fins do século XIX, e a participação de ditos animais também se reduziu notavelmente no trabalho agrícola, mudando também assim a vida quotidiana do agricultor, já que no século XIX, agricultura, agricultor, e cavalo estavam muito fortemente unidos.[10] Igualmente, as Cavalarias militares reduziram-se em forma importante e redefiniram seus objectivos, passando da participação directa nas confrontações, a tarefas tácticas de vigilância e de ajuda em terrenos especialmente difíceis.[11]

A nova relação entre os humanos e os cavalos rapidamente reorientou-se para o desporto equestre[12] e as actividades recreativas, e também as actividades hípicas se desenvolveram com força, impulsionadas pela popularidade das apostas.[13][14]

Os desportos equestres iniciaram-se nos Jogos Olímpicos modernos no ano 1900 em Paris, ainda que a maioria das provas olímpicas actuais somente foram admitidas de maneira sistémica a partir dos jogos de Estocolmo do ano 1912.[15] A prática da equitação assim se hierarquizou, e se integrou entre as torcidas de massas, especialmente nos países desenvolvidos.[16] Desde então, o número de ginetes aumentou progressivamente de uma maneira importante, dominado por uma forte feminização. O excursionismo equestre, que ao início do século XX era desconsiderado e em algum sentido menosprezado, ao finalizar nesse século ficou muito valorizado.[17] Nesse século XX, o número de cavalos diminuiu com força em muitos países, dada a diminuição dos usos utilitários desses animais, mas paralelamente assistiu-se a um forte desenvolvimento da chamada equitação de espairecimento, junto ao aparecimento de cavalos para a recreação, especialmente orientados para essa actividade, e com um estatuto próximo do de um animal de companhia.[18]

Certos povos cavalistas, particularmente os que se integraram à URSS como os Iacutos e os Cossacos, perderam muitas ou algumas de suas tradições equestres ou as viram recuar quanto a sua prática e sua popularidade.[19][20][21][22] Em outros casos como por exemplo os mongoles, as conservaram bastante bem durante todo o século XX.[23][24]

A sensibilidade quanto ao relacionamento com os cavalos cresceu e afirmou-se por muitos lugares, e a hipofagia foi objecto de uma rejeição a cada vez mais forte nos países ocidentais.[25][26][27][28] Por outra parte, a moda da equitação etiológica afirmou-se a cada vez mais, entre outras coisas pela influência que têm tido verdadeiros filmes de sucesso, como por exemplo, O Encantador de Cavalos (ano 1998).[29][30] A produção artística não tem esquecido ao cavalo, nem nos filmes de western nem na literatura, e como prova disso, por exemplo basta recordar as novelas da série O corcel negro (do escritor Walter Farley).[31][32]

A equitação tem gerado um emponderamento importante no desenvolvimento económico e social de certos países, principalmente associado com a geração de emprego directa ou indirectamente relacionado com a prática deste desporto, bem como com as contribuições económicas da indústria equina em geral; corresponde citar o estudo elaborado pela Real Federação Hípica Espanhola no ano 2013, no qual se estabelece que em Espanha, mais de 60 000 postos de trabalho directos dependem do sector equestre, e mais de 1900 milhões de euros são gerados pelos diferentes sectores que trabalham no mundo equino, incluindo a capacitação e prática dos ginetes, o cuidado dos próprios cavalos, as apostas hípicas e todo o meio das corridas de cavalos, a veterinária, a alimentação animal, o turismo, etc.[33][34]

O fim de uma forma de vida[editar | editar código-fonte]

Engates com seis cavalos de tração.
Cita: En l'espace d'une génération, la civilisation du cheval vient de disparaître. Une civilisation quasi-universelle, dont l'origine se perd dans les millénaires, vient de mourir sans bruit, discrètement. [...] Il s'agit là d'une rupture décisive et irréversible dans l'histoire des sociétés.
— Tradução ao português: No espaço de uma geração, a civilização do cavalo desapareceu. Uma civilização quasi universal, cuja origem se perdia no tempo, se acabou sem ruído, discretamente. [...] Ela implicou uma ruptura decisiva e irreversível na história das sociedades humanas.

O fim do cavalo utilitário é algo que com frequência passa inadvertido ou subestimado por parte dos historiadores. A importância dos cavalos de tração, que em outra época apoiavam tanto as deslocações humanas como o trabalho pesado (entre eles o trabalho agrícola), é esquecido ou subestimado pela história que se conta.[35] E isso que a exploração por parte do homem da força do cavalo, existe desde faz um pouco mais de cinco milénios.[36] A velocidade do transporte em terra, desde o Império Romano até fins do século XIX, mal se tinha tido mudanças, e nesse período o cavalo foi primordial, foi de enorme ajuda e de grande importância estratégica.

O abandono progressivo da força animal que primeiro se deu nas cidades e depois no meio agropecuário, representou um evento maior em nossa história. E este avaria não se produziu sem consequências, já que a energia equina, a energia eléctrica, e a energia dos motores, ocupam nichos completamente diferentes em termos de fontes de abastecimento e de produção.[37] A transição cultural entre cavalo e veículo motorizado (a ideia de substituir um pelo outro) pareceria é mais facilmente aceitável que a efectiva transição material de um ao outro. Como o assinala o historiador Daniel Roche, o cavalo abandonou as cidades, as minas, e os terrenos de batalha, e em parte também as zonas rurais, mas continua ocupando um lugar importante em certas actividades, bem como nas simpatias e o imaginário dos humanos.[38]

Suposições e crenças[editar | editar código-fonte]

Capa do livro A Fim du cheval de Pierre Giffard, ano 1899, que predisse o desaparecimento do cavalo como meio usual de transporte, e sua substituição por bicicletas e automóveis.[39]

A substituição da energia animal (força animal) por motores e máquinas, estava já insinuado para o fim do século XIX. E tanto criadores de cavalos como veterinários, se alarmarão então da popularidade da bicicleta, convencidos que isso poderia deslocar ao desemprego.[40] Por sua vez, a invenção do caminho-de-ferro e do motor a explosão junto ao domínio da electrificação, completavam o panorama do substituição, especialmente nos países desenvolvidos, da tração animal pelas máquinas.[41]

Em 1899, o francês Pierre Giffard publicou a obra A Fim du cheval, um livro ilustrado por Albert Robida, onde se defendia a tese da possível substituição do cavalo pela bicicleta e o automóvel. No mesmo ano de 1899, A Jamais Contente pulverizou o recorde do mundo de velocidade automobilística, atingindo os 100 km/h. E tanto nos Estados Unidos[42] como na França, o cavalo mostrava as suas limitações, inclusive em termos de velocidade, já que a cada vez que uma linha de caminho-de-ferro começava a operar, o cavalo deixava de ser utilizado quase por completo, ou bem seu uso se reduzia a trajectos curtos em carroças puxadas por equinos, geralmente entre as próprias estações de caminho-de-ferro e as cidades, tanto para o transporte de mercadorias como de pessoas.[43][44][45]

Economia da criança[editar | editar código-fonte]

Construção da estação de Iaroslavl em Moscovo, 1903 ou 1904. Os cavalos deixavam-se de utilizar nos transportes de longa distância, quando se implantava uma linha de caminho-de-ferro.

A mecanização dos transportes e da agricultura, graças a máquinas de hipotração a cada vez mais aperfeiçoadas e sofisticadas, permitiu utilizar a força do cavalo a cada vez com maior eficiência.[46] Para 1940 e a escala mundial, o lugar do cavalo na economia e na vida quotidiana ainda era importante, e soberbos cavalos de tração eram visíveis, particularmente na França, em empresas de transporte de mercadorias pesadas.[47] Para 1925, os cavalos utilizados nos transportes por rotas, estavam no mais alto de seu desenvolvimento físico, e durante todo o começo do século XX, a criança e utilização de cavalos de trabalho, contribuíram ganhos importantíssimos a certos países.[48] Corresponde assinalar que então em Bélgica, o campeonato anual do cavalo de tração belga atraía tantas pessoas como a festa nacional de dito país, comboios especiais eram fretados para essa comemoração, e o próprio rei presidia as manifestações e os festejos. Bem evidentemente, o cavalo de tiro conservou uma « aura de prestígio » ainda várias décadas posteriores a sua efectiva desafectação como animal de trabalho.

Evolução dos efectivos[editar | editar código-fonte]

Numa primeira instância, a utilização do cavalo reduziu-se substantivamente nas grandes cidades. O primeiro elétrico da Inglaterra iniciou seus serviços em 1901, em Newcastle upon Tyne, substituindo correspondente serviço hipomóvel, e assim se iniciou a concorrência (e a complementação) entre a tração animal e a tração que utilizava outras fontes de energia.[49] Um facto simbólico e emblemático nesse lance, foi a desafectação de milhares de cavalos de tração da Companhia Geral de Autocarros de Paris, enviados ao matadouros em 1913.[50][51] Também foi muito notória o desaparecimento dos cavalos de tração franceses das grandes cidades no período 1910-1920, especialmente após finalizada a Primeira Guerra Mundial, ainda que ao sul do Lienz, o declínio foi menos visível pois nessa zona o mundo agrícola já não dependia tanto do cavalo.[52]

Nos anos 1930, somente as empresas de média importância (comércios de tipo bares, restaurantes, e geladerias) possuíam ainda cavalos de tração em apoio das suas necessidades.[53] Os cavalos urbanos declinarão muito rapidamente quanto ao seu número, nas duas primeiras décadas do século XX. Nos Estados Unidos por exemplo, a declínio foi da ordem de 50 % entre 1910 e 1920. E em Londres, os investimentos para a tracção hipomóvel reduziram-se em 90% entre 1901 e 1911. A irrupção do automóvel foi percebida como uma ruptura com o mundo anterior, com suas grandes máquinas a vapor (símbolos dos inícios da industrialização).

Tudo ao longo do século XX, a construção e as melhoras das rotas, prosseguiu tanto na malha urbana como nas zonas rurais, facilitando assim a circulação dos automóveis, e em parte deslocando a cada vez mais às soluções hipomóveis. Os residentes urbanos e peri-urbanos de situação económica mais acomodada, e os integrantes da chamada classe média foram quem primeiro conseguiram comprar um automóvel para seu próprio uso, e assim deixar de depender dos transportes em comum. Nos Estados Unidos por exemplo, somente 4000 veículos automóveis foram vendidos no ano 1900, contra pouco mais de 900 000 que se venderam em 1915.[54][55][56]

Um dos aspectos mais destacados da história do cavalo no século XX, é por tanto o declinio de seus efectivos em todos os países desenvolvidos, dado o fim de sua utilização quotidiana numa série de âmbitos. Por exemplo, dos três milhões de animais que tinha em França em 1935, seu número passou a ser 2 418 000 em 1948, pouco chegavam a um milhão em 1966, e uns 269 000 em 1989. Nos anos 1970, a França tinha ao redor de 400 000 cavalos, e entre os quais tinha somente uns 110 000 por fora do mundo das corridas.[57][58]

Esta tendência ao declínio nos efectivos, afectou também a outros países, entre os que cabe mencionar os Estados Unidos, Alemanha, Itália, Espanha, e Reino Unido : em 1990, o número total de cavalos na Europa foi estimado em somente 1 600 000 instâncias. Esta enorme descida nos efectivos não foi uniforme ao longo do tempo e da geografia, pois se produziu em diferentes épocas, segundo o estado de desenvolvimento da cada país. A Polónia por exemplo, contava com dois milhões de cavalos na década de 1980, dada a motorização tardia da sua agricultura, mas esta cifra caiu a uns 300 000 animais na década de 2000.[59][60]

O cavalo na cidade[editar | editar código-fonte]

Uma família com o seu cavalo de tração nas ruas de Berlim, em 1930.

Ao começo do século XX, as grandes cidades estavam saturadas de veículos hipomoveis, e os cavalo de tração ali estavam omnipresentes para assegurar diferentes tipos de transportes.[61] Em 1900, o centro de Londres sofria já de engarrafamentos, o que continuou agravando com a passagem do tempo.[62] Obviamente, a diminuição do número de cavalos do meio urbano que seguiu ao rendimento triunfante do automóvel, também se acompanhou do desaparecimento de estruturas unidas a esses animais, fundamentalmente escolas de cavalaria, varas, e cavalariças. Assim, em 1914 e em Londres, uma escola de equitação próxima de Hyde Park Gate, foi todas substituída um bairro residencial.

Conquanto é verdadeiro que o número de cavalos urbanos decresceu em forma importante tudo ao longo do século XX, a substuição dos mesmos se realizou em forma progressiva numa série de âmbitos. Cavalos de tração ainda estavam muito presentes nas ruas de Filadelfia na década de 1950, e em Paris ainda se viam na década de 1960 servindo à sociedade de geladerias.[63][64] O desaparecimento do cavalo numa série de aspectos, inscreve-se numa vasta tendência de retracção da presença da natureza nos meios urbanos.[65] Nos países desenvolvidos, algumas comunidades recusam a modernidade, como é o caso de Amish, dando assim a possibilidade de ainda hoje em dia conservar ao cavalo nos meios ambientes urbanos.[66]

Argumentos na contramão do uso utilitário do cavalo[editar | editar código-fonte]

A rua Monge em Paris, a princípios do século XX.

No século XX, um grande número de circunstâncias impulsionaram a substituição dos cavalos de transporte e de trabalho por veículos automóveis. Contrariamente ao que se pensa, os movimentos de protecção animal são globalmente favoráveis ao fim da utilização do cavalo nessas tarefas. Nos Estados Unidos por exemplo, formou-se um vasto movimento chamado Progressivism, que multiplicou os argumentos contra o uso intensivo dos cavalos. E os anglófonos falavam de Horseless age (idade de inutilidade do cavalo) justamente para assinalar uma idade a partir da qual os animais deveriam ser refutados.[67][68] Tenha-se presente que os próprios condutores dos veículos hipomoveis eram o alvo das principais críticas, por exigir demasiado aos animais, e também por ser geralmente considerados como responsáveis por muitos acidentes.[69]

Não existe nada que aprender do éxito [...]. Tudo se aprende do fracasso.[70]
David Bowie, cantante inglés (1947-2016)

Argumentos económicos[editar | editar código-fonte]

Um cavalo é um ser vivo e por tanto é afectado pela fadiga, enquanto neste sentido, um veículo a motor pode funcionar jornadas inteiras sem nenhum inconveniente, pois os prazos para as necessárias manutenções são mais extensos. Os cavalos requerem nutri-los e cuidá-los, inclusive quando lhos deixa em descanso (inclusive quando não se lhe atribui nenhuma tarefa específica assimilável a um trabalho), enquanto um veículo não consome combustível quando não lho faz circular, e nesse caso pode lho localizar sem inconvenientes numa garagem, por um período mais ou menos longo. Este estado de coisas pode induzir certa imagem deste animal, que « consome recursos inclusive quando não é de nenhuma utilidade ». Um cavalo requer de três a seis acres de pastos para poder subsistir e alimentar-se bem, o que tem dado pé a certos progressistas estadounidenses, para acusar a estes animais « de ocupar inutilmente os Estados Unidos » um espaço equivalente a sessenta e cinco milhões de acres.[71][72]

Os primeiros automóveis não tinham grande potência, e em muitos países europeus e do mundo inteiro, a força dos mesmos se estabelecia por comparação com a do animal, mas o confort obtido ao usar um veículo motorizado, ultrapassou muito rapidamente o obtido ao usar um veículo com hipotração. O utente do automóvel ganhou cedo em autonomia e mobilidade.[73]

Argumentos sanitários e de qualidade de vida[editar | editar código-fonte]

O movimento em favor do progresso inclusive chegou até acusar aos cavalos de causar certas doenças nas cidades, preconizando sua substituição pelo automóvel por razões médico-sanitárias.[74] A acumulação de bosta e de esterco, a falta de higiene nas cavalariça que favoreciam o aparecimento de grande quantidade de moscas (em especial nas cinturas das cidades), por verdadeiro eram então manifestas.[75] Além disso, certos cavalos morriam durante as suas tarefas quotidianas, e seus cadáveres eram expostos por horas a vista de todos. O automóvel surgia então como uma solução « mais prática e limpa ».[76] Nos factos, a eliminação do cavalo nas cidades não tem transformado as mesmas em mais higiénicas e limpas, só que somente lhes deu a aparência das ser, substituindo um tipo de sujeira muito visível (bosta, esterco, moscas) por uma poluição mais discreta (presença de partículas no ar, ruídos molestos).

Em 1903, um grupo de médicos estadounidenses reuniu-se para promover o automóvel, invocando argumentos médicos.[77] Inclusive eles mesmos assinalaram a conveniência de utilizar os automóveis para exercer suas respectivas actividades, entre outras coisas com o fim de se deslocar mais rapidamente, e assim poder atender a mais pacientes, sem as limitações de ter que se ocupar, de uma maneira ou de outra, de seus respectivos cavalos. Assim inclusive se chegou a apresentar ao automóvel como uma solução ao crescente estresse do meio ambiental das grandes cidades, o que permitiria alternar saudavelmente entre actividades trabalhistas e momentos de distracção.[78] E assim, o ruído causado pelos cascos serrados sobre o pavimento inclusive foi apresentado como um progresso, em favor de um melhor conforto humano a nível global (a nível holístico).[79]

Argumentos quanto à segurança[editar | editar código-fonte]

Enquanto no século XIX o equino era considerado e qualificado como « colega leal, útil, e indispensável », no século XX seus detractores lhe encontraram uma quantidade de defeitos, pois para alguns passou a ser um « animal indisciplinado e ingrato », que às vezes agradecia a quem o cuidavam e alimentavam, lhes mordendo, pontapeando-los, causando acidentes, e gerando lesionados.[80] Nos Estados Unidos, a novela The Magnificent Ambersons (1918) de Booth Tarkington, conta a história, altamente simbólica, de um aristócrata que se deslocava num engate equestre, e que foi ultrapassado por um automóvel, e como consequência deste incidente, o condutor perdeu o controle do seu cavalo e teve um acidente; o condutor do automóvel então regressou para ajudar ao acidentado.[81][82][83]

O lado imprevisível do cavalo, sem dúvida pode ser fonte de acidentes em cidades saturadas de carruagens puxados por equinos.[84] A segurança é muito destacada pelos contrários ao uso corrente dos cavalos, ao ver no próprio animal um perigo em si mesmo. Também muito se criticou o hábito de atar aos cavalos em lugares de relativamente fácil acesso e enquanto não lhos utilizava, argumentando que inclusive isso pode ser causa de acidentes, particularmente com os meninos, muitas vezes tentados de se aproximar a estes grandes animais. As argumentações em torno da segurança certamente muito têm evoluído durante o século XX, já que acidentes bastante graves provocados por comboios a vapor, por veículos a motor, e por dirigíveis, também têm gerado bastante desconfiança a respeito da modernidade; ainda que por verdadeiro, neste aspecto os ponto de vista são bastante iguais.

Uma volta tímida[editar | editar código-fonte]

Ao fim do século XX e princípios do século XXI, em certos países como por exemplo França, se especificaram iniciativas tendentes a promover a volta ao uso do cavalo. Segundo uma investigação da Sofres realizada no ano 2003, os 73% dos franceses eram favoráveis a algum tipo de uso dos cavalos nas cidades. No momento actual, 70 cidades ou comunas francesas utilizam cavalos em variadas actividades : brigadas de vigilância equestre, colecta hipomovel de lixo, visitas turísticas, etc.[85]

O cavalo no meio rural e na indústria[editar | editar código-fonte]

Granjeiros australianos com seus cavalos de tração.

Um das mudanças mais importantes na relação homem-cavalo aconteceu no domínio agrícola e o mundo camponês, em onde em muitos países, o cavalo desapareceu quase completamente ao dar passo às máquinas com motor. Após a Primeira Guerra Mundial nos Estados Unidos e depois da Segunda Guerra Mundial na Europa, o tractor agrícola dominou, substituindo ao cavalo de tração. Mas os começos do século XX foram bastante paradoxos, pois essa foi a idade de ouro do cavalo de tração no mundo agrícola. Com o passo dos anos e baixo o impulso do aperfeiçoamento dos tractores, muitos cavalos de tração continuaram sendo utilizados nas indústria e nas minas, bem como no transporte por estrada, mas finalmente e para o fim do século XX, a motorização terminou ganhando a partida quase por completo.[86][87][88][89][90][91]

A idade de ouro[editar | editar código-fonte]

Granjeiro americano trabalhando com um cavalo de tração ao redor de 1937. Note-se que o arado é bastante primitivo.

O cavalo de tração claramente foi o preferido entre 1900 e 1940. Nesses anos, os melhores cavalos de criação para a tração agrícola inclusive participavam de exposições internacionais, tanto em Londres como em Paris ou Bruxelas, onde atingiam preços importantes (por exemplo e em 1900, se chegou a pagar até 25 000 francos franceses por uma instância). As revistas agrícolas especializadas então lembravam espaços importantes ao uso dos cavalos de tração, discutindo por exemplo se era melhor engatar de frente ou em linha. As principais raças de cavalos de tração dessa época eram o Percheron, o Brabante (atiro belga), o Clydesdale, e o Shire, bem como o Boulonnais e o Suffolk Punch. Segundo Marcel Mavré, os criadores « repartiam-se então rendimentos importantíssimos, dificilmente imagináveis nos começos do terceiro milénio ». O Campeonato belga do cavalo de tração, era então acompanhado de um imenso fervor popular, enquanto o equivalente francês dessa época, o Concours central hippique de Paris era mais bem um encontro de negócios.[92][93][94]

Um paciente trabalho de selecção na França, permitiu diferenciar as raças locais de tracção já a partir da década 1900-1910. Conquanto os Estados Unidos estava mais avançados que a Europa em matéria de mecanização industrial, em contrapartida estava mais carenciado de cavalos de tração de qualidade, para com eles poder trabalhar seus imensos territórios. Por isso, milhares de animais de tração foram exportados desde a Europa Ocidental para os Estados Unidos, e particularmente desde França, Bélgica, Grã-Bretanha, e Irlanda. Este mercado em seu momento foi muito lucrativo. Por exemplo, em 1915, a raça Percheron contava com 40 000 animais registados nos Estados Unidos, formando nesse momento o grupo de cavalos de tração mais numeroso.[95][96][97]

Ao começo do século XX, a utilização de cavalos e de póneis era indissociável com os países que exploravam minas, tais como a França, Bélgica, Alemanha, Grã-Bretanha, e os Estados Unidos. A utilização da máquina de vapor era impossível em ambientes fechados, e a presença do gás grisu fazia que o funcionamento das máquinas de vapor e dos motores a explosão fosse muito perigoso nas galerias das minas. Nos países anglo-saxões, para o trabalho nas minas preferia-se aos póneis, aos que se lhes dava o nome de pit-ponies.[98][99][100][101]

Inversamente, os europeus importavam maquinaria estadounidense para trabalhar as terras com seus cavalos de tração.[102] Veja-se que contrariamente ao que se pensa, a mecanização não é a que tem feito desaparecer ao cavalo de tração do mundo camponês, sim ao invés, a mesma tem acompanhado ao animal de tração; o que sim tem deslocado aos animais de tração, tem sido a motorização. A efeitos de ilustrar esta diferença, assinala-se por exemplo que a empresa Bajac em seu momento comercializou um arado brabant duplo reversível muito reputado, que entre 1920 e 1935, lhe fez ganhar uma fortuna.[103] Essa época coincide precisamente com o apogeu do cavalo de tração agrícola na França; efectivamente, em 1938, a maioria dos agricultores franceses e belgas explodindo grandes ou médias superfícies, utilizavam o arado recém assinalado.[104][105] Em França, a fabricação de veículos hipomóveis de madeira e com rodas com arreios de ferro estiveram em pleno apogeu na década de 1920, mas a chegada dos primeiros pneus agrícolas de Poclain em 1932, permitiu de explodir ao máximo a força dos cavalos.[106] Os construtores franceses em realidade também não menosprezavam nem ignoravam as possibilidades dos tractores, e desde 1928, o fabricante Huard já elaborava os primeiros veículos motorizados deste tipo.[107] Mas em 1930, o tractor agrícola ainda era objecto de uma desconfiança generalizada, tanto dentro como fora da França, e prova disso era que as exportações de cavalos de tiro para Estados Unidos cresceram ou se mantiveram até 1937. Mas já para 1940, a confiabilidade do tractor deixou de ser questionada. O cavalo de tracção agrícola de qualquer jeito manteve-se presente até os década de 1950, mas fundamentalmente em razão da escassez de combustível derivada da Segunda Guerra Mundial.[108]

Declive no uso do cavalo[editar | editar código-fonte]

Trabalhando com um cavalo de tração na Vale, em Trentino-Alto Ádige, Itália, anos 1960.
Preparando a um cavalo de tração para a sua descida às galerias de uma mina, em Saint-Étienne, França (1911). Nessas datas, com frequência os animais eram levados a trabalhar às galerias subterrâneas por toda a vida, e raramente eram conduzidos de novo à superfície.[109][110]

Na França, a substuição dos cavalos « de rota » por camiões surgidos dos excedentes da armada estadounidense, acelerou-se a partir de 1918, pelo qual já na década de 1930, o cavalo de tiro tinha somente vigência em dito país como animal agrícola.[111] O cavalo de minas também teve plena vigência até a década dos anos 1920, quando a locomotiva de manobras de tipo eléctrico proporcionou nesse aspecto uma solução aceitável (na França, os últimos cavalos de minas foram relevados destas funções em 1969, enquanto em Inglaterra isto ocorreu em 1994).[112][113]

A motorização na área agrícola começou em 1935, pelo que a partir desse ano, a diminuição no número dos cavalos com este destino foi progressiva mas importante: Marcel Mavré estimou que a redução do número dos cavalos de tração na França entre 1930 e 1995, foi de 98,8%. Ao mesmo tempo, a difusão e aceitação do tractor agrícola e da colheitadeira implicou uma industrialização generalizada da agricultura, privando assim ao cavalo de tração de seu último papel utilitário. Com a diminuição dos efectivos deste tipo de animais, também diminuiu e desapareceu o savoir-faire camponês quanto a manejo e usos tradicionais sócios. Assim, várias raças de cavalos de tração foram praticamente levadas à beira da extinção, pois então o destino quase único de seus efectivos passou a ser o matadouro.[114]

Redescobrimento do folclore, jogos, e espectáculos[editar | editar código-fonte]

A Route du Poisson (rota do pescado), criada em 1991 em torno do cavalo de tração, mobiliza a centenas de milhares de espectadores.

A tomada de consciência, bastante tardia, de que o cavalo de tração ia desaparecer completamente, conduziu a um repunte do interesse por seus usos tradicionais. Efectivamente, nos Estados Unidos e no Japão, os concursos de tração (Ban’ei) onde intervêm cavalos de tração, têm conseguido ter grande sucesso para fins do século XX, convocando a um público numeroso e acordando o interesse da imprensa. E em 1991, a primeira Rota do Pescado, prova de engates que atravessa cidades e vilas do norte da França, foi criada por iniciativa do Haras de Compiègne, precisamente com o objectivo principal de salvar à raça Atiro Boulonnais; de facto, este evento é a corrida de engates maior e mais importante de Europa, pois atrai a centenas de milhares de espectadores, reforçando também a moral dos criadores.[115] Veja-se que pelo menos, a curva de nascimentos na França do cavalo de tração, mudou de tendência e passou a crescer a partir de 1994.[116] De qualquer jeito, por verdadeiro não pode se assegurar que o recém assinalado mudança de tendência, junto à maior confiança manifestada pelos utentes tradicionais dos cavalos de tração, sejam suficientes como para assegurar por si sozinhos, a preservação da raça em longo prazo.[117]

O cavalo militar[editar | editar código-fonte]

No século XX também marcou o fim quase total das cavalarias militares, em suas funções de reconhecimentos e de estratégias de choque, em proveito das divisões blindadas motorizadas. Tal como aconteceu com o cavalo de transporte e com o cavalo de trabalho, a cavalaria militar também seguiu a tendência já esboçada à diminuição, baixo o impulso da criação e o desenvolvimento de navios blindados e de comboios blindados. No período entreguerras, uma longa reflexão instalou-se respeito dos papéis que deviam ser atribuídos respectivamente às cavalarias ligeiras e as cavalarias pesadas.[118] Finalmente, as armadas dos diferentes países cessaram de recorrer ao cavalo para a confrontação e o combate, e em alguns casos somente conservaram-se uns poucos animais para tarefas de vigilância ou de transporte em terrenos particularmente difíceis; esse foi por exemplo o caso de Suíça.[119]

Mas o mundo militar notoriamente está na origem do desenvolvimento dos desportos equestres. Os três desportos olímpicos (salto de obstáculos, doma criolla, e concurso completo de equitação), bem como o enduro equestre, surgiram de treinamentos militares destinados a formar o cavalo de cavalaria.

Primeira Guerra Mundial[editar | editar código-fonte]

A cavalaria francesa em Paris (agosto de 1914).

Durante a Primeira Guerra Mundial, o papel do cavalo sofreu uma importante transformação unida à evolução estratégica e táctica dos conflitos armados. Veja-se que enquanto o cavalo e a cavalaria foram considerados como indispensáveis ao princípio das hostilidades desta grande guerra, se utilizando para a ofensiva e sobretudo no apoio logístico, os animais se mostravam demasiado vulneráveis em frente à modernização da artilharia e das armas pesadas (tais como a ametralladora), e isso supôs um forte impedimento.[120] Essa foi a razão pela qual a presença de cavalos nos campos de batalha então passou a ser pontual e esporádica. Esta rápida evolução produziu-se paralelamente ao desenvolvimento da carroça de combate, o que naturalmente acelerou o processo.

Os principais países implicados na Primeira Guerra Mundial começaram o conflito todos eles se apoiando com regimentos de cavalaria. O Império alemão e o Império austrohúngaro rapidamente abandonaram sua utilização na frente do oeste, mas continuaram com seu uso na frente do este (ainda que em número limitado). E no campo aliado, o Reino Unido utilizou a infantaria montada e #o ónus militar durante toda a guerra, enquanto Estados Unidos mal se as utilizou e por um período muito breve.

Conquanto o uso de cavalos não demonstrou eficácia na frente ocidental para nenhum dos dois bandos, a cavalaria aliada obteve alguns sucessos no teatro de operações de médio oriente, em parte talvez porque ali se combatia contra o Império otomano, um inimigo militarmente mais débil e tecnicamente menos avançado, que em massa utilizava a cavalaria.

O Império russo por sua vez, igualmente empregava cavalos na frente oriental, ainda que com pobres resultados.[121]

No papel ofensivo no campo de batalha, o cavalo quase desapareceu completamente, mas de uma forma ou de outra, sua presença seguiu sendo significativa tudo ao longo dessa grande guerra da segunda década do século XX, conflito no qual participaram ao redor de oito milhões de cavalos. Claro, o emprego do cavalo então concentrou-se na área logística, pois dito animal apresentava a grande vantagem de poder ser utilizado em terrenos acidentados e/ou fanhosos, dificilmente acessíveis aos veículos motorizados, e com a vantagem adicional de não requerer combustível (pois então as necessidades de carvão, gasolina, e gás, ultrapassavam em muito à produção).

Os cavalos tanto serviam de apoio a actividades de reconhecimento, como para rebocar equipas ou ambulâncias, e/ou para transportar materiais e mensagens. Por outra parte, a sozinha presença dos animais costumava ter um efeito positivo sobre a moral das tropas. Pelo contrário e como efeitos negativos, se contava com que os cavalos podiam favorecer a transmissão de algumas doenças, bem como degradar as condições sanitárias na frente (especialmente através do esterco e dos corpos de animais mortos). A importância estratégica dos cavalos e as dificuldades crescentes para substituí-los, foram tais que em 1917, certos escuadrones foram informados que, desde um ponto de vista fundamentalmente táctico, a perda de um animal em certas circunstâncias passava a ser mais grave que uma perda humana. Finalmente, o bloqueio das forças aliadas impediu aos Impérios Centrais de importar cavalos em remplazo de suas perdas, o que contribuiu à queda de Alemanha. Para o final da guerra, inclusive até a armada estadounidense sofria de falta de cavalos.[122]

As condições de vida para os cavalos no frente naturalmente eram difíceis, pois eram diezmados pela artilharia em frente à que eram vulneráveis, mas ademais sofriam de dermatosis e de outras doenças, e também resultavam afectados pelos ataques químicos. Um milhão de animais encontraram a morte durante este conflito, mas ainda muitos mais foram tratados em hospitais veterinários dantes de poder ser reutilizados.[123] O fornecimento de alimento equino então era um problema logístico maior, e Alemanha perdeu muitos animais porque morriam de fome por ausência de forraje.[124]

Vários memoriales e diversas obras de arte recordam aos cavalos caídos durante a Primeira Guerra Mundial, e artistas como Alfred Munnings muito contribuíram ao reconhecimento deste papel. Também a chamada poesia de guerra tem contribuído a deixar bem estabelecido o lugar de destaque deste animal nos conflitos bélicos. Ademais, podem citar-se muitas novelas, peças de teatro, e documentos jornalísticos de época, que de uma maneira ou de outra destacam a importância do papel dos equinos no telefonema grande guerra do século XX, bem como abordam diversas temáticas vinculadas com a guerra, em alguns casos para enaltecer as acções daqueles que para defender a pátria e as ideias estão inclusive dispostos a ofrendar suas próprias vidas, e em outros casos para ajudar a reflexionar sobre as inconveniencias das guerras.[125][126][127][128][129][130][131][132][133]

O mundo das carreiras[editar | editar código-fonte]

Seabiscuit, célèbre Pur-Sang de course américain dês années 1930.

Ao inverso do que passava com as caballerías militares, com os equinos no mundo agrícola, e com os cavalos utilizados em apoio ao transporte, o universo do desporto hípico apresentou um importante desenvolvimento e se popularizó tudo ao longo do século XX, no ponto de gerar importantes correntes de valor a nível mundial, com uma associada cifra de negócios muito considerável e tentadora. Esta actividade já tinha sido experimentada no século XIX, baixo iniciativas precursoras que se desenvolveram em Inglaterra. As carreiras de cavalos geram uma forte demanda de cavalos, tanto do tipo purasangre (para carreiras a galope) como do tipo trotador (para carreiras de trote). O mundo das carreiras de trote por verdadeiro é bastante diferente do mundo das carreiras de galope, e assim o é também em #o França, mas igualmente ambos acordam paixões.

Este desenvolvimento do desporto hípico apresentou-se em toda Europa, em América do Norte, e inclusive no Extremo Oriente.[134] Em 1907, o grupo Mitsubishi tinha importado um semental e vinte yeguas purasangre a Japão, mas a Segunda Guerra Mundial resultou ser muito negativa e limitante para esta actividade. Não obstante, o país do sol naciente e das geishas relançou seriamente as carreiras de cavalos depois de finalizada a guerra, e desde então, o número de cavalos com destino a esta actividade criados dentro de suas fronteiras, não deixou de crescer até o início dos anos 1990, momento no que se apresentaram alguns problemas.[135] De qualquer jeito, igualmente Japão passou a ser um dos principais do mundo, no que diz respeito ao negócio das carreiras hípicas.[136] Em #o França, a Primeira Guerra Mundial muito trastornó esta actividade, inclusive anulando momentaneamente a realização das carreiras, mas pelo contrário, a Segunda Guerra Mundial não provocou uma afetação demasiado grave ao menos no referente à criança, a que se desenvolveu com força até os anos 1980, momento no que a pressão fiscal impulsionou a muitos criadores franceses a instalar em outros países, particularmente em Irlanda.[137][138]

No Reino Unido, amplas terras foram ali consagradas à criança e ao treinamento de cavalos de carreira, especialmente para perto de Newmarket.[139] Cabe destacar que o aumento na popularidade das carreiras de cavalos, foi paralelo e quase contemporâneo à melhoria dos transportes a motor, e portanto, à retracción da quantidade de animais com esse destino. O sucesso de certos purasangre estadounidenses nas pistas inglesas, impulsionou aos ingleses a aprovar a chamada Camisola act em 1913, limitando a importação de cavalos purasangre nascidos em Estados Unidos.[140] Os criadores estadounidenses orientavam-se a procurar a velocidade pura dos cavalos, bem como potrillos a cada vez mais precoces.[141] Tenha-se presente que no continente americano, Kentucky era e é um importante centro de criança de cavalos.[142]

A família reinante Ao Maktoum do Emirato de Dubái, entre outros o jeque Mohammed ben Rachid Ao Maktoum, integra o grupo dos grandes investidores no mercado dos purasangre, e se interessou nas carreiras lisas desde os anos 1980.[143] Em 1994, a família reinante criou o chamado Establo Godolphin, que nos factos passou a ser a primeira multinacional no mundo, dedicada ao treinamento dos purasangre, com mais de duas centenas de cavalos. Assim mesmo e em 1996, também criaram a Dubaï World Cup, que passou a ser a carreira melhor dotada do planeta, com 10 milhões de dólares de recompensa.[144]

Os proprietários dos grandes estabelecimentos de criança e treinamento de cavalos de carreira, como Aga Khan, a família reinante de Dubái, e Daniel Wildenstein, conseguiram se lavrar uma sólida reputação. Em #o França, o sector das carreiras de cavalos é o que mais crescimento tem no mundo profissional ecuestre. Este acontecimento deve-se claramente a aposta-las desportivas hípicas, que têm tido um acontecimento popular muito grande, ainda que com diferenças entre países.[145]

Há certa tendência a banalizar as carreiras em si mesmas, até o ponto de que a maioria dos apostadores em realidade têm pouco ou nenhum conhecimento sobre o mundo do cavalo, bem como sobre os cavalos em si mesmos. Há pois que pensar que os apostadores se reúnem nos cafés ou nas casas de apostas com a finalidade de compartilhar um momento convivial. Para o fim do século XX, pode dizer-se que o mundo das carreiras mostrou certa crise em ocidente, já que os hipódromos eram a cada vez menos frequentados, e já que as opiniões e conversas em relação a esta actividade, pareciam estar mais animadas e centradas sobre o jogo de apostas em si mesmo que sobre os cavalos e suas possibilidades.[146]

Desportos ecuestres e equitación de esparcimiento[editar | editar código-fonte]

"Coups de gueule" de François Cavanna : Le cheval a disparu. On n'a plus besoin de lui pour tirer la charrue, il n'existe quasiment plus à l'état sauvage, adieu le cheval. Oui, on en gardera quelques-uns, pour jouer au dada, pour le tiercé, pour le ciné, pour la nostalgie.[147]
— "Coups de gueule (despotricando)" de François Cavanna : El caballo va a desaparecer. Ya no lo necesitamos para tirar del arado, y casi no hay más en estado salvaje, adiós al caballo. Sí, guardaremos algunos para jugar al dada,[148] para la trifecta, para el cine, para la nostalgia.

O fim da utilização do cavalo no diário viver, e por fora dos hipódromos ou de algumas actividades tradicionais como ser as corridas de touros, faz pensar no declive quase seguro da presença deste animal na sociedade.[149][150][151][152][153][154][155][156] De qualquer jeito, o cavalo escalou posições no mundo dos desportos e do esparcimiento em grande número de países, como ser por exemplo Grã-Bretanha, França, Alemanha, e Estados Unidos. No Reino Unido e depois da Segunda Guerra Mundial, o cavalo perdeu todo o papel utilitario, para ser exclusivamente um animal para o espectáculo, o esparcimiento, e a prática desportiva.

Desmilitarización dos desportos ecuestres[editar | editar código-fonte]

O sargento John Hill com o cavalo Jumping Dão Ware, o 25 de julho de 1941.

Os primeiros ginetes dos desportos ecuestres nutriram-se inicialmente do mundo militar, como bem o ilustra a forte participação com essa origem dos primeiros importantes raids de equitación, que precederam às carreiras de enduro que tiveram lugar entre 1892 e 1912. Os ginetes militares também estiveram na origem de inovações importantes no domínio da equitación desportiva, como ser a generalização do trote alçado e o desenvolvimento da técnica do salto de obstáculos.[157] Dado que em boa parte do século XX, a prática da equitación continuou sendo uma actividade essencialmente masculina, e com raízes respeito do treinamento relacionado com a confrontación e a guerra, não deverá estranhar que na bibliografia especializada e na imprensa dessa época, se encontrem determinadas expressões sexistas como ser « Homem de cavalo ».[158]

Una amazona en un caballo gris en una prueba de presentación en los Juegos olímpicos de verano de 1980.
Elisabeth Max-Theurer no hannoveriano 'Mon Chérie 2', nos Jogos olímpicos de verão de 1980 (Moscovo, Rússia), prova de doma clássica.

De maneira pontual, corresponde recordar que os Jogos olímpicos de verão de 1900 em Paris, integraram as primeiras provas olímpicas de equitación, com o salto de obstáculos bem como com outras provas de salto que depois foram abandonadas nesses eventos cuatri-anuais.[159] O pólo igualmente foi inscrito no programa dos jogos de 1900 bem como em quatro outras oportunidades, e até 1936. As quatro outras disciplinas olímpicas ecuestres que ainda existem hoje em dia, são o Salto de obstáculos, a Doma clássica, e o Concurso completo de equitación, bem como uma prova de equitación no Pentatlón moderno; estas disciplinas estabeleceram-se em forma definitiva nos Jogos Olímpicos de verão de 1912, em Estocolmo.[58]

Os ginetes militares dominaram ampla e claramente os desportos ecuestres até a década dos anos 1960. Entre outras coisas, a desmilitarización da equitación na França fez-se perceptível no ano 1969, pelo bilhete desde da área militar à área civil, do prestigioso Cadre noir de Saumur, originalmente o organismo encarregado da formação da caballería militar francesa. Actualmente e desde a data citada, o Cadre noir depende hierarquicamente do Ministério francês de desportos. Um fenómeno similar também se produziu nas 'escolas de equitación militar' de Jerez (Espanha) e de Lisboa (Portugal), bem como nos anos 1960 na 'escola espanhola de Viena' (Áustria). Foi também para o fim dos anos 1960, que na França passaram a se aposentar os últimos professores civis de equitación que tinham recebido sua capacitação ecuestre em meios militares, abrindo assim o passo a uma nova geração de caballistas surgidos inteiramente da área civil. Esta transição na França tomou aproximadamente vinte e cinco anos, ou seja uma geração.

Democratização da equitación e diversificação das práticas[editar | editar código-fonte]

Outro assunto a examinar é a « democratização da equitación » (neste sentido, Jean-Pierre Digard analisou com detalhe este aspecto referindo-se ao mesmo como « massificação da equitación »).[160]

A democratização ou massificação da equitación iniciou-se para o final do acantonamiento da equitación no âmbito militar, junto a um aperturismo quanto ao interesse geral respeito desta questão. Enquanto durante o século XX, progressivamente o número de cavalos diminuía em forma importante em todos os países desenvolvidos, pelo contrário, se apresentava o processo inverso de forte aumento do número de ginetes activos.[161] Em especial destaca-se neste sentido, que o desenvolvimento do excursionismo ecuestre e da equitación de esparcimiento a partir dos anos 1950, tanto na França como em outros países, permitiu organizar as férias familiares para poder praticar a equitación tanto em forma ocasional como central. A gente pelo geral sente-se atraída para os ambientes naturais, e inclusive pelas zonas agrestes e apartadas que seria dificultoso e fatigante visitar a pé, e neste sentido o cavalo tem vantagens respeito de soluções motorizadas, tanto em terrenos irregulares como em zonas sem infra-estruturas de rotas e pontes. O interesse pelo turismo ecuestre abarcou muito especialmente a Europa, Estados Unidos, Canadá, e a maioria dos países de América Latina; e muitas destas actividades foram e são organizadas pela International federation of equestrian tourism (em espanhol: Federação internacional de turismo ecuestre –FITE–).[162]

Por sua vez, o desenvolvimento da equitación em poney, por influência anglo-sajona, também muito facilitou a introdução e o interesse dos meninos no mundo do cavalo já desde temporãs idades. Em #o França, os poneys fazem parte integral do chamado "programa de classes verdes" (em francês: programme dês classes vertes) iniciado nos anos 1970. Este desenvolvimento por verdadeiro que é funcional e está de acordo com a abertura para a democratização da equitación. Note-se que por exemplo, o incremento no número de ginetes durante o século XX na França realmente tem sido importantíssimo, passando de 30 000 indivíduos imediatamente após a Segunda Guerra Mundial a 620 000 no ano 2001, e entre estes últimos uns 432 500 eram licenciados (egresados) da Fédération française d'équitation. Por outra parte, as construções de paddocks em Inglaterra, para apoiar actividades de interesse dos neo-rurais, passou a ser importante para o fim dos anos 1970, impulsionando assim também o interesse geral na população respeito do mundo do cavalo.[163][164][165][166][167][168]

Espectáculo ecuestre no circo Arlette Gruss (ano 2009).
Estátua ao cavalo de carreira na cidade de Newmarket, em Inglaterra, berço do turf britânico moderno.[169][170][171][172][173]

Os ginetes independentes que praticavam a equitación por puro prazer e satisfação e por fora de todo marco regulamentar ou competitivo, foram a cada vez mais numerosos. E a diversidade de práticas específicas reguladas também se acrescentou notavelmente, enquanto ao princípio do século XX somente se destacavam três disciplinas olímpicas surgidas dos treinamentos militares (Doma clássica, CSO, CCE), bem como o raid ecuestre que começou a se chamar endurance ecuestre ou enduro ecuestre.

Efectivamente, na segunda metade do século XX especificaram-se e regulamentaram um grande número de práticas lúdicas, como ser os pony games (de origem anglo-sajón) e o horse-ball[174] (de origem francesa, inspirado no pato argentino), o que segundo afirma e opina Jean-Pierre Digard, testemunha certa tendência à transição do desporto ao jogo.[175] A maioria dos jogos ecuestres do século XX, têm sua origem em antigas tradições dos povos caballistas, surgidos ou inspirados nas guerras, e/ou na caça, e/ou no trabalho com o ganhado. Estas tradições também podem ser apresentadas como espectáculos, bem como por exemplo o yabusame japonês, que consiste em realizar traçãos com arco e setas sobre o lombo de um cavalo em movimento, o que não tem um equivalente ocidental similar, e o que perpetua com formato de desporto e de espectáculo ecuestre, o que em sua origem era o treinamento de um samurái.[176][177] Cabe assinalar que em Grã-Bretanha, os rallyes ecuestres bem como o turf, são eles muito populares, e muito promovidos pelos meios de comunicação social (consultar particularmente os seguintes artigos: The Pony Clube ; O turf em Grã-Bretanha ; Carreira de cavalos purasangre).

Feminização[editar | editar código-fonte]

Amazona alemã em 1977.

Quem eram praticantes activos da equitación evoluíram quanto a sua integração durante o transcurso do século XX, já que em boa medida oficiais e aristócratas cederam sua primacía nesta prática tanto a mulheres (mais de 70 %) como a jovens e a outros grupos, que pelo geral pertenciam à chamada classe média.[178] Estes novos interessados em praticar a equitación, em tempos anteriores e nos factos estavam excluídos ou tinham limitações para a prática ecuestre, e em especial as mulheres pelo facto que a monta a horcajadas (com uma perna à cada lado do animal) lhes estava proibida, já que somente se lhes permitia o telefonema monta à amazona, uma técnica que obrigatoriamente requeria da ajuda de um homem, para que a mulher pudesse subir e descer do cavalo com seus polleras. A assinalada proibição perduró na França até 1930, momento no que uma lei autorizou às mulheres a levar pantalón para montar a cavalo ou circular em bicicleta. Para a mulher, montar a horcajadas num cavalo e tal como um homem, então era visto simbolicamente como uma metáfora de contacto sexual com o animal.[179] Obviamente, as limitações recém expressadas implicavam um relacionamento desigual com o cavalo, segundo o sexo da pessoa.[180] Note-se que a autorização da monta feminina a horcajadas na França, coincide quanto a datas com o auge dos movimentos de protesto feministas do século XX.

Estas mudanças de enfoque nas práticas ecuestres acentuaram-se nos anos 1970, momento em que as mulheres deixaram de se alinhar em concordância com o modelo de equitación militar e masculino, e esta maior feminización fundamenrtalmente implicou uma mudança importante quanto ao relacionamento com o cavalo.[181][182] Para o fim do século XX, as mulheres representavam já entre um 70 % a um 80 % de quem praticavam a equitación na França, e esta tendência era ainda mais marcada no Reino Unido, onde inclusive se chegou ao extremo de que o simples desejo de praticar a equitación expressada por um masculino, era imediatamente associado como uma tendência para a feminidad, tal como se dissesse que desejava praticar a dança clássica ou aprender corte e confecção.[183] Conquanto é verdadeiro que o mundo ecuestre se tem feminizado em forma importante quanto a sua prática tudo ao longo do século XX, algumas mulheres que aderem a este tipo de actividades, são ainda hoje em dia vítimas de machismo em algumas de suas formas, ainda que é necessário reconhecer certas diferenças segundo seja a actividade considerada (a competição ecuestre é ainda um âmbito muito masculino, enquanto é todo o contrário no que diz respeito à equitación de esparcimiento).[184]

A proporção de mulheres da cavalo tem sido estudada tanto por etologistas como por psiquiatras, que põem de relevo o símbolo de animal masculino e forte que está unido com o cavalo.[185] A feminización da equitación em realidade concierne especialmente aos países desenvolvidos e muito urbanizados. Os países onde ainda domina uma sociedade pastoril, em realidade não apresentam esta tendência. As imagens prevalentes dos gauchos argentinos e dos cow-boys estadounidenses, unidos a uma importante e promovida produção de filmes western, reafirmam #um status fortemente masculino do mundo dos cavalos.

Excursionismo ecuestre em Poitou-Charentes (França), agosto de 1972.

Cavalos para o esparcimiento e a diversión[editar | editar código-fonte]

A tenencia de um cavalo para o próprio esparcimiento e satisfação evoluiu em forma importante no século XX. Nos tempos precedentes, possuir um cavalo era sinônimo quase exclusivamente de ter um animal utilitario (e na França, durante boa parte do século XIX e princípios do século XX, o cavalo foi considerado como um « animal de renda », susceptível de em todo momento poder ser enviado ao matadero por parte de seu proprietário).

Pelo geral, proprietários particulares compram cavalos para o entretenimento e a diversión, naqueles países onde o animal já tem perdido seu papel utilitario, e então, um cavalo se aproxima assim ao que é um animal de companhia (segundo a opinião de Jean-Pierre Digard). A revista francesa Cheval magazine por sua vez, muito tem impulsionado em 1999 e anos seguintes, que na França os cavalos sejam oficialmente considerados como animais de companhia, o que nos factos quase seguramente implicaria o fim da hipofagia nesse país. Os cavalos de particulares, são utilizados com alguma frequência em actividades típicas de esparcimiento, com particular ênfase no que se refere ao chamado excursionismo ecuestre, o que privilegia o vínculo entre o ginete e seu arreio.[186]

A tendência que acaba de se assinalar também se impôs em Irlanda, especialmente durante os anos do chamado Tigre Celta (1995-2001), momento em que podiam se ver boxes de cavalos individuais adosados a quase todas as casas, por exemplo em Killarney.[187] A taxa de cavalos por habitante em Irlanda, passou a ser assim o mais elevado de Europa, possivelmente porque a posse de um cavalo em verdadeiro sentido era sinônimo de sucesso social, de modo que muitas famílias optaram então por possuir o seu próprio.[188][189]

Depois desde Estados Unidos, começou a estender-se a moda do cavalo miniatura, tendo certa aceitação em Austrália e na França, o que obviamente trouxe aparejado o rápido aumento do preço destes animais. O cavalo miniatura já pode se considerar a parte inteira como um animal de companhia, a tal ponto que às vezes lhos passeia atados com uma corda, como normalmente fá-se-ia com os cães.[190]

Povos caballistas[editar | editar código-fonte]

Demonstração de acrobacia cosaaca nos anos 1950.

No século XX favoreceu também a transformação e sedentarización de certos povos historicamente nómades das estepas euroasiáticas, muitas vezes chamados povos caballistas, e que historicamente lembraram um lugar importante ao cavalo dentro da própria cultura.

Mas baixo influência da URSS, particularmente na República de Sajá, no distrito federal do Longínquo Oriente, a colectivización dos anos 1920 e 1930 fez recuar em parte o sitial do cavalo que estava presente tanto dentro da própria cultura tradicional como no relativo à o transporte, à alimentação, e à criança de animais. Por verdadeiro que depois da queda da URSS, o cavalo guardou nessa zona seu lugar simbólico tradicional, mas de qualquer jeito desapareceu nos factos da vida quotidiana. A criança equina tem nessa zona a cada vez menos importância e extensão, apesar da popularidade que seguem tendo as carreiras de cavalos. Indubitavelmente e por razões fundamentalmente políticas, a URSS lutou bastante activamente na contramão da cultura cosaca. De qualquer jeito e após 1991, teve verdadeiro renacer do interesse por valorizar o património caballista tradicional cosaco, como por exemplo suas famosas acrobacias a cavalo, mas igual, os estilos de vida que se modificaram durante o período soviético, já não se puderam reverter.[191]

Em #o Hungria, onde a cultura historicamente esteve unida ao nomadismo caballista, os veículos motorizados remplazaron completamente ao animal na vida quotidiana. De qualquer jeito, igualmente o cavalo conservou verdadeiro lugar de destaque, tanto nos contos e lendas como quanto a ausência de limitações a sua circulação em zonas públicas (um caso único em Europa, junto com Irlanda), como quanto ao entusiasmo pelo desporto hípico, e como quanto à manutenção da cultura csikos.[192][193]

Afeganistão (bem como de maneira geral toda o Ásia Central) sempre foi muito caballista, entre outras coisas ali se mantendo o interesse respeito do Buzkashi, um jogo muito violento e cujo objectivo é o de obter e manejar o cadáver de uma cabra decapitada. O fervor popular por este jogo nessa zona, tem sido posto em destaque por Joseph Kessel em sua novela de 1967 titulada Lhes Cavaliers.

Os mongoles, uma civilização também muito caballista, têm conservado bastante bem seu modo de vida nómada tradicional durante todo o século XX : entre outras coisas, seus meninos aprendem a montar a cavalo dantes de cumprir os sete anos. De qualquer jeito e nos anos 1980, o Partido do Povo de Mongolia adoptou e promoveu um eslogan : « Hoje um milhão de cavalos, amanhã um milhão de motores ». Não obstante isso, a adesão dos mongoles a seu modo de vida tradicional se manteve em níveis altos, e apesar da introdução de veículos motorizados, em particular por parte de grandes criadores, o cavalo conservou seu status de prestígio (em particular no que se relaciona com o Naadam, o festival tradicional de Mongolia).[194]

Sensibilidades respeito do cavalo[editar | editar código-fonte]

Mort dans l'après-midi (1932) : [...] Je ne puis voir un cheval tomber dans la rue sans éprouver à ce spectacle le besoin impérieux d'aider l'animal.[195]
Muerte en la tarde (1932) : No puedo ver un caballo caído en la calle, sin experimentar frente a ese espectáculo la necesidad imperiosa de ayudar al animal.[196]

Outra característica do século XX, segundo Jean-Pierre Digard, é a sensibilidade que se generalizou em relação aos cavalos, passando do grande respeito que se deve ter pelo animal a um sentimento inclusive mais profundo de verdadeiro amor.[197] Isto se inscreve na sensibilidade que neste sentido afloró no século XIX, em onde e entre outras coisas, em 1824 se especificou a criação da Society for Prevention of Cruelty to Animals (em espanhol: « Sociedade protectora de animais »), e em cujo logo representava-se a um anjo vindo para penalizar a um homem que castigava a seu cavalo.[198] Os escritores e poetas também fizeram seu contribua neste sentido. Em 1932 por exemplo, Ernest Hemingway evocava já em Morte na tarde, a crueldade manifesta que supunha as mortes de cavalos nas areias das corridas de touros.

Para o fim do século XX, certas polémicas surgiram em relação a algumas práticas tais como o telefonema técnico do cavalo de obstáculos (consistente em causar alguma dor nas patas de um cavalo no momento de saltar um obstáculo, com o objectivo de que saltasse mais alto as próximas vezes), bem como a marcação a ferro quente (já proibido em vários países da União Européia), os atelajes, os arneses e as flanges que se impõem aos animais (muitas vezes dolorosos ou ao menos incómodos), os percursos de enduro ecuestre (provas de resistência), e o envio de cavalos aos mataderos, etc.[199] Jean-Pierre Digard opinava que a feminización da equitación muito contribuiu a que se questionassem estas práticas.[200] E é bem como, muitos centros ecuestres, e particularmente desde os anos 1990, silenciaram suas práticas de enviar os cavalos de refugo aos mataderos, por medo a perder parte de seus clientes. Os primeiros centros de salvamento para equinos maltratados ou com algum destino considerado cruel ou injusto, criaram-se mais ou menos na mesma época.

Hipofagia[editar | editar código-fonte]

A hipofagia, ou seja, o consumo de carne de cavalo, tem sido branco de críticas tanto na França como no mundo anglo-saxão. Não obstante isso, nos anos 1910 por exemplo, o consumo deste tipo de carne era habitual por parte dos franceses, a tal ponto que os matadouros dessa época muitas vezes não conseguiam satisfazer totalmente a demanda. Mas especialmente para a segunda metade do século XX, a hipofagia já estava em franco retrocesso.[201]

Não faz tanto que os cavalos e os asnos eram consumidos regularmente em Grã-Bretanha, particularmente em Yorkshire, e isto ocorreu até os anos 1930.[202] Durante a Segunda Guerra Mundial, a hipofagia foi frequente na França, Alemanha, e Estados Unidos, e durante os anos de posguerra, também teve uma curta popularidade o consumo deste tipo de carne nos hospitais, dado o elevado número de internados ali existente.[203][204] Inclusive até em 1985, o Harvard Faculty Clube na prestigiosa Universidade de Harvard propunha cavalo em seu menu, e inclusive isso chegou a ser quase uma tradição, pois se tinha mantido por mais de um século.[205]

Um tabu quanto à alimentação afecta o consumo de carne de cavalo no mundo anglo-saxão, e a hipofagia também é recusada por muitos franceses, mas as restrições em períodos de guerra, suavizaram certas reticencias, e ademais, legislações específicas foram aprovadas e aplicadas por períodos curtos.[206] É indicativo que em 1915 por exemplo, Nova York tenha modificado seu código sanitário, legalizando a venda de carne de cavalo.[207]

Tanto Éric Baratay[208] como Jean-Pierre Digard, coincidem em opinar que a rejeição a cada vez mais forte à hipofagia nos países desenvolvidos, se explica pela mudança do estatuto ou visão do cavalo nessas sociedades, que derivou a ser algo relativamente próximo de um animal de companhia.[209][210] Segundo um estudo da OFIVAL, a hipofagia baixou um 60 % em #o França, entre 1980 e 2001.[211]

Por outra parte, a activista social Brigitte Bardot denunciou em 1983 em frente à opinião pública, as condições inadequadas de transporte dos cavalos destinados aos talhos, e o verdadeiro é que sete epidemias de triquinelosis se produziram entre 1975 e 1998, com 2800 casos em Itália e França, contribuindo assim também à diminuição do consumo de carne de cavalo nesses países. De qualquer jeito, a hipofagia continuou tendo certa importância em Itália, segundo uma sondagem realizada em 1989, o que assinalava que 11 % dos italianos consumia carne de cavalo ao menos uma vez por semana.[212][213]

Medidas de protecção[editar | editar código-fonte]

Cavalo de tração ardenner belga(observe-se a bicha amputada).

A maioria das regulamentações em favor dos cavalos elaboraram-se na segunda metade do século XX. Assim, a caudectomia (amputação da bicha por seccionamiento intervertebral, se veja a imagem à direita) está proibida em Bélgica desde 1986, e na França desde 1996, e segundo Philippe Vasseur, isso se especificou no marco de « uma série de acções destinadas a fazer respeitar um código de boa conduta respeito dos animais ».[214][215] Esta evolução em favor da protecção dos animais também chegou aos desportos ecuestres, e um exemplo é a limitação dos golpes de fusta (autorizados a três em 1990) imposta pela Fédération française d'équitation. Por sua vez, as provas de salto ecuestre e de concurso completo estão a cada vez mais regulamentadas, tendo-se imposto, entre outras coisas, que uma queda do ginete é eliminatória.[216]

Equitación etológica[editar | editar código-fonte]

O desenvolvimento da equitación etológica é indisociable com o crescimento da sensibilidade e da admiração e respeito pelo cavalo, que se foi produzindo com o correr do tempo, e em espacial para o fim do século XX. As primeiras práticas destacables neste sentido, surgiram do meio dos wéstern estadounidenses, por reacção a certas práticas tradicionais dos cow-boys, que tentavam « doblegar aos cavalos », e ademais com o fim de propor uma alternativa à equitación wéstern clássica.[217] Os ginetes pioneiros foram Tom Dorrance e Ray Hunt.[218] Depois dos anos 1980, esta corrente impôs-se progressivamente no ambiente ecuestre, e o conhecimento contribuído pela mesma registou-se e codificó convenientemente.[219] O sucesso do filme de Robert Redford titulado The Horse Whisperer (1998), popularizó os princípios da equitación etológica entre o grande público.[220][221][222][223][224][225][226][227][228]

Arte, cultura, e ficção em general[editar | editar código-fonte]

Lhe Cheval Bleu (1912), de Franz Marc.
« As mais importantes preocupações de um vaqueiro são sua pistola e seu cavalo ».
O fotógrafo de equinos de nacionalidade russa, Artur Baboev, com sua semental favorito Tokhtamysh (raça Akhal-Teke).

No século XX, época de transição para o cavalo, também lhe proporcionou a este animal, um lugar de destaque numa variedade de produções artísticas e culturais. Neste aspecto corresponde recordar, entre uma longa lista de pintores e escultores, a por exemplo o artista estadounidense Frederic Remington (falecido em 1909), quem representou numerosas cenas do Far West com seus característicos cavalos, bem como ao pintor alemão expresionista Franz Marc, uma de cujas obras mais conhecidas é Lhe Cheval bleu.[229][230][231] Por sua vez, Pablo Picasso (1881-1973) também lembrou ao cavalo um lugar preponderante em seu imaginário, associado em muitos casos com o touro e o minotauro.[232]

No século XX igualmente ficou marcado por destacadas sagas literárias[233][234] e por uma estendida novelística do oeste, que certamente lembravam aos cavalos um lugar de relevância.[235] Neste sentido e entre muitas opções, pode citar-se à emblemática novela de Owen Wister do ano 1902 telefonema The Virginian (O virginiano), bem como a colecção de contos O coração do Oeste (Heart of the West, ano 1907) de Ou. Henry, e os relatos de Noites de Arizona (Arizona Nights) de Stewart Edward White.[236][237][238][239][240]

Literatura[editar | editar código-fonte]

Em literatura de ficção, uma das melhores obras directamente relacionadas com cavalos é incontestavelmente a saga de The Black Stallion (em espanhol: O Corcel Negro) de Walter Farley (publicada originalmente em 1941), série de livros para jovens, e a cujo primeiro tomo lhe foi outorgado em 1944 o Young Reader's Choice Award (prêmio literário concedido anualmente pelos estudantes do Noroeste do Pacífico de Estados Unidos e Canadá).[241][242][243][244][245] O cavalo desta série, Black, foi galardoado como o mais célebre cavalo de ficção do século XX por parte do jornal New York Times.[246] A obra assinalada conta a amizade que une a Alec Ramsay (um jovem adolescente) com o semental chamado Black, um animal selvagem que com o desenvolvimento dos acontecimentos passou a ser um campeão nas carreiras hípicas.[247] Adaptações desta obra têm sido levadas tanto ao formato banda desenhada, como ao cinema[248] e à televisão.[249][250]

My friend Flicka de Mary Ou'Hara (1941) é igualmente um clássico de novela de juventude, que integra uma trilogía junto a Thunderhead, são of Flicka (1943) e Green grass of Wyoming (1946), e em onde se narra a amizade e entendimento entre um jovenzinho e seus cavalos num rancho em Estados Unidos.[251][252][253][254][255][256][257][258]

Por sua vez, ademais é apropriado assinalar que John Steinbeck[259] escreveu a novela titulada The Rede Pony (1933), também uma obra para jovens, onde se narra as peripecias e os sonhos de Jody, um menino que vive num rancho em Califórnia; a vida de dito menino desenvolvia-se sem emoções fortes até que seus pais lhe presentearam um póney vermelho, e a partir desse momento Jody tem grandes alegrias, ainda que também tristezas quando o póney doente.[260][261] Os escritores franceses também têm contribuído o seu neste tipo de narrativa, e neste sentido pode se citar a novela A Jument[262] te ver de Marcel Aymé (1933).[263]

Na linha de novelas de aventuras, pode recordar-se também a Lhes Cavaliers (1967), obra ambientada na sociedade afegã e relacionada com os jogos tradicionais ecuestres conhecidos como Buzkashi, e que é considerado um dos melhores escritos de Joseph Kessel.[264][265][266][267] Também corresponde mencionar a novela de Cormac McCarthy[268][269] titulada All the Pretty Horses, dada a difusão em 1992, ambientada na típica sociedade dos cow-boys estadounidenses ao redor dos anos 1950, e que naturalmente também foi levada ao cinema.[270][271][272][273]

Cinematografía[editar | editar código-fonte]

Cartaz do filme wéstern estadounidense titulada The Cowboy Cop, 1926.

As histórias sobre cavalos no cinema que mais vêm à mente, são as dos filmes wéstern, em onde os animais estão omnipresentes, fazendo parte da própria trama.[274] Segundo a enciclopedia Larousse du Cheval et du Poney, os filmes wéstern apresentam uma imagem de cavalo maravilhosa e idílica, próxima de uma visão mitológica.[275] Com frequência e no oeste selvagem, o cavalo era capaz de galopar durante horas sem fatigar-se, bem como obedecer somente a seu amo, e demonstrar uma marcada inteligência.[276][277] Sobre este assunto, Henri Gougaud disse que « Um cow-boy sans sa monture n’est qu’um centaure brisé em deux, une âme séparée d’um corps, um être sans existence profonde, trop seul, trop maladroit pour tenir à notre inconscient lhe discours que nourrit um rêve millénaire. Lhe véritable héros de western, c’est lhe cheval, a plus nobre conquête du cinéma » (tradução ao espanhol: « Um cow-boy sem seu arreio é como um centauro partido em dois, uma alma separada de seu corpo, um ser sem existência profunda, demasiado só, e demasiado torpe como para chegar até nosso inconsciente com o discurso enriquecido com um sonho milenario. O verdadeiro herói de um wéstern, é o cavalo, a mais nobre conquista do cinema »).[278]

Em relação a outro tipo de filmes com cavalos que não sejam wésterns, dominam sem dúvida as histórias relacionadas com as actividades hípicas, e em especial podem se assinalar vários filmes estadounidenses da primeira metade do século XX, entre os que se destacam: Kentucky Pride (1925), Broadway Bill (1934), Saratoga (1937), A Day at the Races (título em espanhol: Um dia nas carreiras, 1937), National Velvet (título em espanhol: Fogo de juventude, 1944), Riding High (1950).[279][280][281][282][283][284][285][286]

Capa da novela "Black Beauty", primeira edição de 1877, publicada em Londres pela editorial 'Jarrold and Sons'.

O médio metraje francês titulado Crin-Blanc, estreado em 1953, oferece um tema muito diferente, pois trata a infância, a ensoñación, e as viagens, temáticas que também se encontram tratadas no filme irlandês titulado Lhe Cheval venu da mer estreado em 1992.[287][288][289][290][291]

A saga literária do L'Étalon noir também foi adaptada em filme em 1979 e 1983, e por sua vez, também são a destacar duas adaptações cinematográficas de Black Beauty (Beleza Negra ou Azabache), a novela de Anna Sewell dada a difusão em 1877, as que foram estreadas respectivamente em 1987 (Beleza Negra) e 1994 (Black Beauty).[292][293][294][295][296]

Por último e já para concluir esta reseña, corresponde assinalar que quanto a cinematografía, o fim do século XX foi marcado pelo excelente filme estadounidense titulada The Horse Whisperer, com a participação de Robert Redford como actor e director (estreada em 1998, e também conhecida com o título O homem que murmurava à orelha dos cavalos ou O homem que susurraba aos cavalos).[297][298][299]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

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Trabalhos académicos[editar | editar código-fonte]

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Artigos[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

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  41. NOTA: No século XIX, a utilização do cavalo como meio de transporte se reduziu drasticamente, em favor dos engates equestres, e a que a melhora das vias permitia uma circulação mais cómoda e rápida dos mesmos ; consultar «Quel avenir pour le cheval?». books.google.com.uy  pp. 289-290, en: «Le Cheval à Paris de 1850 à 1914». ch.revues.org  de Ghislaine Bouchet, editor 'Librairie Droz', 1993.
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  46. NOTA: Contrariamente ao que se pensa, não foi a mecanização o que relegou ao cavalo a um segundo plano, sem a motorização] e a electrificação ; consultar entre outros, a obra de [Mavré-2004].
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  78. NOTA: Esta situação se inverte fazia o fim do século; a maioria dos aficionados da equitação, e em particular os que praticam o equiturismo, o que buscam é estar em contacto com a natureza por intermédio do cavalo, para assim desligar se do estresse que provocam as grandes cidades ; consultar: [Greene-2008] p. 264.
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