Saltar para o conteúdo

António Serra Lopes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

António Serra Lopes (1934 - 2021) foi um advogado português[1][2].

Licenciou-se em Direito, em 1958, pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, e completou, em 1967, o curso de Direito Internacional Comparado, da Faculdade Internacional de Direito Comparado de Estrasburgo (Associação Internacional de Direito Comparado e Faculdade de Direito da Universidade de Estrasburgo)[3].

Na Faculdade de Direito de Lisboa presidiu à respetiva Associação Académica, empenhando-se na contestação contra o Decreto 40.900, de 1956, que submetia as associações de estudantes ao controlo do Governo. Tratou-se então do maior movimento de contestação dos estudantes à ditadura, precedendo a Crise académica de 1962[4][5] [6].

Foi admitido na Ordem dos Advogados Portugueses em 1962[7].

Juntamente com a sua mulher, Maria de Jesus Serra Lopes (posteriormente Bastonária da Ordem dos Advogados[8][1]), iniciou na mesma década o escritório que viria a originar a sociedade de advogados Serra Lopes, Cortes Martins & Associados, com sede em Lisboa. Este escritório, que viria a completar 60 anos de atividade, [1][9][10] [11], seria, em 2023, incorporado na ibérica Cuatrecasas [12].

Em paralelo, nas décadas de 1960 e 1970, António Serra Lopes foi advogado e, posteriormente, diretor do Departamento Jurídico do Grupo CUF[13][8][1]. Exerceu essas atividades num período em que aquele grupo conheceu uma grande expansão, consolidando-se como o maior conglomerado empresarial da Península Ibérica e um dos maiores da Europa[14].

Nas décadas de 1980 e posteriores, assessorou o Estado em operações de investimento estrangeiro em Portugal e surgiu pontualmente envolvido em contenciosos mediáticos — foi, designadamente, o advogado de Francisco Sá Carneiro contra o jornal O Diário por causa da sua alegada dívida à banca (fazendo-o depois em parceria com Daniel Proença de Carvalho)[15] [16], e de Carlos Cruz, no âmbito do Processo Casa Pia (acabando por deixar a defesa, posteriormente, a cargo exclusivo de Ricardo Sá Fernandes)[17].

Referências