Saltar para o conteúdo

Autaias Amatúnio

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Autaias Amatúnio
Etnia Armênio
Ocupação Nobre

Autaias (em grego: Αυταϊας; romaniz.: Autaïas; em armênio: Աւտայ; romaniz.: Awtay) ou Ota (em armênio: Օտա) foi um nobre armênio do século III.

Nome[editar | editar código-fonte]

Autaias (Αυταϊας, Autaïas) é a forma grega[1] do armênio Autai (Աւտայ),[2][3] que também foi registrado como Ota (Օտա).[4] Ferdinand Justi propôs que possa ter alguma relação com Ótis (Οτυς, Otys), o nome de um dos reis da Paflagônia segundo Estrabão.[1]

Vida[editar | editar código-fonte]

A parentela de Autaias é incerta, mas se sabe que pertencia à família Amatúnio. Esteve ativo em meados do século III. Depois que o rei Cosroes II (r. 279/80–287) foi assassinado por Anaco, o Parta a mando do xainxá do Império Sassânida, a nobreza armênia aceitou se submeter aos iranianos, exceto Autaias, que se escondeu na fortaleza de Ani, onde viveu com sua esposa de nome incerto da família Selcúnio e sua filha adotiva Cosroviducte, filha do falecido Cosroes e irmã do futuro Tiridates III (r. 298–330).[5] Em 298, Tiridates retornou à Armênia acompanhado de tropas romanas que o instalaram no trono de seu pai. Quando chegou em Cesareia Mázaca, soube que Autaias cuidou de sua irmã e guardou em sua fortaleza os tesouros reais. Como recompensa, o nomeou azarapates.[6] Quiçá por instigação de Cosroviducte, foi responsável por resgatar Gregório, o Iluminador de sua prisão perto de Artaxata.[7] Em data incerta, foi morto por Esluco, seu cunhado, sob ordens do xainxá do Império Sassânida.[8]

Avaliação[editar | editar código-fonte]

Moisés de Corene descreveu Autaias como homem justo e perseverante, confiável e muito sábio que, embora não fosse cristão, percebeu a falsidade dos ídolos.[6]

Referências

  1. a b Justi 1895, p. 236.
  2. Moisés de Corene 1978, p. 221.
  3. Martirosyan 2021, p. 20.
  4. Ačaṙyan 1942–1962, p. 243.
  5. Moisés de Corene 1978, p. 221, nota 547.
  6. a b Moisés de Corene 1978, p. 228.
  7. Moisés de Corene 1978, p. 221, nota 545; 228, nota 591.
  8. Moisés de Corene 1978, p. 230-231.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Ačaṙyan, Hračʻya (1942–1962). «Օտա». Hayocʻ anjnanunneri baṙaran [Dictionary of Personal Names of Armenians]. Erevã: Imprensa da Universidade de Erevã 
  • Justi, Ferdinand (1895). «Werepraghna 24». Iranisches Namenbuch. Marburgo: N. G. Elwertsche Verlagsbuchhandlung 
  • Moisés de Corene (1978). Thomson, Robert W., ed. History of the Armenians. Cambrígia, Massachusetts; Londres: Harvard University Press 
  • Martirosyan, Hrach (2021). «Faszikel 3: Iranian Personal Names in Armenian Collateral Tradition». In: Schmitt, Rudiger; Eichner, Heiner; Fragner, Bert G.; Sadovski, Velizar. Iranisches Personennamenbuch. Iranische namen in nebenüberlieferungen indogermanischer sprachen. Viena: Academia Austríaca de Ciências