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Coleção pré-colombiana do Museu Nacional

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Coleção de arqueologia pré-colombiana do Museu Nacional
Tipo
coleção de museu (d)
Retenção
Conservador
Localização

A Coleção pré-colombiana do Museu Nacional é uma das coleções em exposição no Museu Nacional, situado na cidade do Rio de Janeiro (Brasil), formado por cerca de 1 800 peças de seis sociedades ameríndias da época pré-colombiana (Chancay, Chimu, Lambayeque, Moche, Inca).[1][2] Acervo com origens, principalmente, com peças da coleção de Pedro II e, da coleção de Carolina Murat (irmã de Napoleão Bonaparte),[3], posteriormente ampliado através de compras, doações, permutas e atividades de campo.[4] Sendo formado por peças como instrumentos musicais, adornos, materiais ritualísticas, produção metalúrgica, têxtil e ceramista, além de múmias andinas.[5][3]

Destacam-se na coleção: o manto Chancay com 3 metros de comprimento; o módulo sobre mumificações composto pelas múmias de uma mulher e duas crianças indígenas brasileiras, do estado de Minas Gerais; a múmia Aymara do lago Titicaca, região andina entre Peru e Bolívia; a cabeça reduzida Jívaro; múmia Chiu-Chiu do deserto Atacama, no norte do Peru.[3]

As sociedades

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No início da era cristã, nos vales dos rios Moche e Chicama, na costa norte do Peru, se desenvolveu a sociedade Moche, conhecidos por serem construtores de complexos cerimoniais, com pirâmides e templos ao longo do litoral. Também produziam uma cerâmica com qualidade técnica e artística, feita em moldes para atender à grande demanda.[3]

A partir do século X, também no vale do rio Moche se desenvolveu a sociedade Chimu, com o fim da hegemonia Huari, no litoral norte peruano ao lado oriental da cordilheira dos Andes, até serem dominados pelos incas.[3] Especialistas na produção com metais nobres com uma cerâmica, característica de cor escura, através da queima redutora, que combina elementos estilísticos das culturas Moche e Huari.[3]

Entre 1.430 e 1.532 d.C, a sociedade inca dominaram quase toda a região andina. estendendo-se por mais de um milhão de quilômetros quadrados, com diferentes etnias. Devido isso, sua arte e cultura foram constituídas de vários estilos, como por exemplo: o estilo cerâmico incaico denominado “cusquenho”, caracterizado pela presença de motivos geométricos sobre um fundo vermelho.[3] Na metalurgia, destacam-se as miniaturas de pessoas e lhamas, à base de ligas metálicas, encontradas acompanhando as múmias durante funerais.[3]

No período intermediário tardio, a sociedade Chancay se desenvolveu nos vales dos rios Chancay e Chillon, do sul até o rio Rimac.[3] Sua cerâmica caracteriza-se pela porosidade, superfície áspera e engobo de cor clara com pinturas em marrom. Também foram especialistas nas técnicas sofisticadas de tecelagem.[3]

Em 800 d.C, a sociedade Lambayeque se desenvolveu, período do colapso da sociedade Mochica e o início da hegemonia Huari.[3] Especialistas na arte da metalurgia, com sofisticadas técnicas de ourivesaria. Com cerâmica semelhante à sociedade Chimu, mas particulariza-se através da presença de apêndices com a representação do “Senhor de Lambayeque”.[3]

Referências

  1. Ulguim, Juliana Sabrine Braga (2015). Um estudo sobre a musealização da arqueologia no Brasil com foco em dois museus brasileiros: Museu Nacional do Rio de Janeiro e Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville. História em revista. II Encontro Discente de Pesquisadores de História UFPel. Pelotas: Núcleo de Documentação Histórica da UFPel. 215 páginas. Consultado em 9 de novembro de 2018 
  2. «Pesquisadores encontram fóssil de Luzia no Museu Nacional: o que continua desaparecido?». BBC News Brasil. 19 de outubro de 2018 
  3. a b c d e f g h i j k l Museu Nacional (ed.). «Arqueologia Pré-Colombiana». Rio e Cultura. Consultado em 9 de novembro de 2018 
  4. «Projeto da Nova Exposição do Museu Nacional/UFRJ» (PDF). Museu Nacional/Universidade do Rio de Janeiro. Consultado em 9 de novembro de 2018 
  5. «Guia de Visitação Escolar ao Museu Nacional» (PDF). Museu Nacional/UFRJ. Consultado em 18 de junho de 2016 

Ligações externas

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