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Estação Terra Nova

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Terra Nova
Informações
Administração SuperVia
Uso Atual Desativada e demolida
Código RJ-2323
Linha Linha Belford Roxo
Estrutura Superfície
Outras Informações
Inauguração 1 de novembro de 1895 (129 anos)
Fechamento 1970 (54 anos)
Próxima Estação
Sentido Centro
Pilares
Terra Nova (desativado)
Tomás Coelho
Sentido Belford Roxo

Terra Nova foi uma estação de trem do Rio de Janeiro. A estação ficava entre a estação Pilares e Tomás Coelho.[1] Atualmente a estação encontra-se desativada e demolida.

Terra Nova foi uma das primeiras paradas abertas na inauguração da Estrada de Ferro Melhoramentos em 1 de novembro de 1895.[2] Cerca de dez anos depois, foi elevada à estação.[3] Durante a década de 1960 foi palco de vários crimes violentos, tornado-se uma estação perigosa e pouco utilizada.[4][5][6][7] Com o crescimento do tráfego rodoviário, a passagem de nível da estação torna-se extremamente movimentada, incentivando a construção do Viaduto Cristóvão Colombo em 1965.[8] Coma abertura do viaduto, há uma queda no número de veículos e a estação perde importância, apesar de algumas reivindicações de ampliação da passagem de nível local.[9] A estação Terra Nova foi desativada por volta de 1970 pela Estrada de Ferro Central do Brasil.[10][11]

Num caso muito similar à Estação Dona Clara, até meados do século XX, os arredores da Estação Terra Nova eram vistos como um bairro à parte, na medida em que as estações ferroviárias do Rio de Janeiro sempre foram vistas como fator de localização espacial.[12]

Na localidade de Terra Nova, existia a escola de samba Unidos de Terra Nova, da qual saiu a dissidência que daria origem à Caprichosos de Pilares. Segundo Nelson da Nóbrega Fernandes, foi citado o nome de uma tal "Voz da Terra Nova" em uma apresentação de representantes de 61 escolas de samba ao ainda prefeito Hildebrando de Góis, todas supostamente filiadas à FBES, muito embora se admita que muitas delas eram escolas fantasmas criadas apenas para parecer dar mais peso à entidade representativa.[12]

Referências

  1. «Terra Nova». Estações Ferroviária do Estado do Rio de Janeiro. Consultado em 23 de outubro de 2012 
  2. «Melhoramentos no Brasil:Inauguração da linha do subúrbio». Gazeta de Notícias, Ano XXI, edição 306, Página 1, Coluna 3/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 2 de novembro de 1898. Consultado em 22 de março de 2019 
  3. Guia Geral de Estradas de Ferro (1960). «EFCB - Estrada de Ferro Central do Brasil-Linha Auxiliar (Bitola mista)». Centro Oeste. Consultado em 28 de maio de 2019 
  4. «Ferroviário chacinado no trem de Terra Nova». Última Hora (RJ), Ano XI, edição 767, página 7/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 29 de janeiro de 1962. Consultado em 29 de maio de 2019 
  5. «Tiroteio no trem da Central:"Zé Padre" baleou "Zé Baiano"». Última Hora (RJ), Ano XII, edição 952, página 7/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 8 de setembro de 1962. Consultado em 29 de maio de 2019 
  6. «Quadrilha presa na Invernada». Correio da Manhã, edição 21500, página 5/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 9 de maio de 1963. Consultado em 29 de maio de 2019 
  7. «Biscateiro morto no Valão de Terra Nova». Última Hora (RJ), Ano XIV, edição 1335, página 7/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 9 de julho de 1964. Consultado em 29 de maio de 2019 
  8. «Governo inaugura hoje à noite em Pilares o Viaduto Cristóvão Colombo». Jornal do Brasil, Ano LXXV, edição 203, página 5/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 31 de agosto de 1965. Consultado em 29 de maio de 2019 
  9. «Cidade/Serviço». Jornal do Brasil, Ano LXXIX, edição 1, página 8. 9 de abril de 1969. Consultado em 29 de maio de 2019 
  10. Vox Populi (13 de novembro de 1970). «Viver sem perigo-Passarela». O Jornal, Ano LI, edição 15072, página 10/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. Consultado em 29 de maio de 2019 
  11. «Extinção de estações da linha auxiliar faz tempo parar em vários bairros». Jornal do Brasil, Ano LXXXIV, edição 231, Seção Cidade, página 5/republicado pela Biblioteca Nacional-Hemeroteca Digital Brasileira. 25 de novembro de 1974. Consultado em 13 de junho de 2019 
  12. a b Nélson da Nóbrega Fernandes. (2001). Escolas de Samba: Sujeitos Celebrantes e Objetos Celebrados. (PDF). 3. Rio de Janeiro: Coleção Memória Carioca: [s.n.] p. 131. Consultado em 22 de fevereiro de 2016. Arquivado do original (PDF) em 19 de fevereiro de 2009 
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