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Hidróxido de bário

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Hidróxido de bário
Alerta sobre risco à saúde
Identificadores
Número CAS 17194-00-2
Número RTECS CQ9200000
Propriedades
Fórmula molecular Ba(OH)2
Massa molar 171.342 g/mol (anidro)
189.36 g/mol (monohidrato)
315.46 g/mol (octahidrato)
Aparência sólido branco
Ponto de fusão

78 °C (octahidrato)
>408 °C (anidro)

Ponto de ebulição

780 °C

Solubilidade em água 5.6 g/100 g (octahidrato)
Solubilidade em outros solventes baixa
Basicidade (pKb) -2.02
Estrutura
Estrutura cristalina octaédrico
Termoquímica
Entalpia padrão
de formação
ΔfHo298
−944.7 kJ/mol
Riscos associados
Classificação UE Harmful (Xn)
NFPA 704
0
3
0
 
Frases R R20/22
Frases S S2, S28
Ponto de fulgor não inflamável
Compostos relacionados
Outros aniões/ânions Óxido de bário
Peróxido de bário
Outros catiões/cátions Hidróxido de cálcio
Hidróxido de estrôncio
Página de dados suplementares
Estrutura e propriedades n, εr, etc.
Dados termodinâmicos Phase behaviour
Solid, liquid, gas
Dados espectrais UV, IV, RMN, EM
Exceto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições normais de temperatura e pressão

Referências e avisos gerais sobre esta caixa.
Alerta sobre risco à saúde.

Hidróxido de bário é o composto químico com a fórmula Ba(OH)2. Também conhecido como barita, é um dos principais compostos do bário. O monohidrato granular branco é a usual forma comercial.

É pouco solúvel em água, metanol e etanol. Porém facilmente solúvel em ácidos(pois reage, produzindo o respectivo sal de bário), como qualquer reação de neutralização:

Ba(OH)2 + 2 HCl → BaCl2 + 2 H2O

O hidróxido de bário pode ser preparado pela dissolução do óxido de bário (BaO) em água.

A dissolução do bário metálico em água também pode gerar hidróxido de bário.

Ele cristaliza-se como o octahidrato, o qual converte-se ao monohidrato por aquecimento ao ar. A 100 °C no vácuo, o monohidrato dá BaO,[1] que resultará na reação final:

.

O sulfeto de bário reage com água (H2O) dando hidróxido de bário e sulfeto de hidrogênio:

.

Química analítica

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Hidróxido de bário é usado em química analítica para a titulação de ácidos fracos, particularmente ácidos orgânicos. Sua solução aquosa clara é garantia de ausência de carbonato, diferentemente das soluções de hidróxido de sódio e hidróxido de potássio, visto que o carbonato de bário é insolúvel em água. Disto segue o uso de indicadores tais como a fenolftaleína ou timolftaleína (com mudanças de cor na faixa do alcalino) sem o risco de erros na titulação devido a presença de íons carbonato fracamente básicos.[2]

É usado também na forma de água de barita de maneira idêntica a água de cal para a detecção de dióxido de carbono pela reação característica:

É utilizado em solução para a determinação de nitrogênio titulável pelo formol pelo método de Sorensen pela liberação de aminoácidos durante a hidrólise das proteínas por enzimas proteolíticas[3]

Na indústria

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É usado em fluidos para perfuração de poços de petróleo, precipitação de chumbo em purificação de processos e na fabricação de borracha.[4]

Em síntese orgânica

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Hidróxido de bário é usado em síntese orgânica como uma base forte, por exemplo para a hidrólise de ésteres[5] e nitrilas.[6][7][8]

Ele também tem sido usado para hidrólise de um dos dois grupos éster equivalentes em hendecanedioato de dimetila.[9]

Ele também é usado na preparação de ciclopentanona,[10] diacetona álcool[11] e D-gulônico γ-lactona.[12]

Outras aplicações

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O hidróxido de bário é usado em demonstrações de reações endotérmicas já que, quando misturado com um sal de amônio, a reação absorve calor do ambiente e o recipiente onde esta se processa esfria. No século XVIII conjuntamente com o tiocianato de amônio, inclusive se utilizava este processo para a produção de gelo.

O hidróxido de bário apresenta os mesmos perigos que outras bases fortes e como os outros compostos de bário solúveis: é corrosivo e tóxico.

Referências

  1. Gmelins Handbuch der anorganischen Chemie (8. Aufl.), Weinheim:Verlag Chemie, 1960, p. 289.
  2. Mendham, J.; Denney, R. C.; Barnes, J. D.; Thomas, M.J.K.; Denney, R. C.; Thomas, M. J. K. Vogel's Quantitative Chemical Analysis (6th Edn.) New York:Prentice Hall. ISBN 0-582-22628-7.
  3. «CONSERVAS DE PESCADO - 4.7. Nitrogênio titulável pelo formol - extranet.agricultura.gov.br» 
  4. «Bário - Ba - www.mspc.eng.br». Arquivado do original em 8 de janeiro de 2008 
  5. Meyer, K.; Bloch, H. S. (1945). "Naphthoresorcinol". Org. Synth. 25:73; Coll. Vol. 3:637.
  6. Brown, G. B. (1946). "Methylsuccinic acid". Org. Synth. 26:54; Coll. Vol. 3:615.
  7. Ford, Jared H. (1947). "β-Alanine". Org. Synth. 27:1; Coll. Vol. 3:34.
  8. Anslow, W. K.; King, H.; Orten, J. M.; Hill, R. M. (1925). "Glycine". Org. Synth. 4:31; Coll. Vol. 1:298.
  9. Durham, L. J.; McLeod, D. J.; Cason, J. (1958). "Methyl hydrogen hendecanedioate". Org. Synth. 38:55; Coll. Vol. 4:635.
  10. Thorpe, J. F.; Kon, G. A. R. (1925). "Cyclopentanone". Org. Synth. 5:37; Coll. Vol. 1:192.
  11. Conant, J. B.; Tuttle, Niel. (1921). "Diacetone alcohol". Org. Synth. 1:45; Coll. Vol. 1:199.
  12. Karabinos, J. V. (1956). "γ-lactone". Org. Synth. 36:38; Coll. Vol. 4:506.

Ligações externas

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