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Igreja Católica no Vietnã

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IgrejaCatólica

Vietnã
Igreja Católica no Vietnã
Basílica de Nossa Senhora, em Ho Chi Minh, Vietnã.
Santo padroeiro São José[1]
Ano 2021[2]
População total 96.208.984[3]
Cristãos 6.826.727 (7,1%)[3]
Católicos 5.866.169 (6,1%)[3]
Paróquias 3.420[2]
Presbíteros 6.854[2]
Seminaristas 4.478[2]
Diáconos permanentes 38[2]
Religiosos 4.221[2]
Religiosas 26.164[2]
Presidente da Conferência Episcopal Joseph Nguyễn Năng[4]
Núncio apostólico Marek Zalewski[5]
Códice VN

A Igreja Católica no Vietnã, (em português brasileiro)[6][7] ou Vietname, (em português europeu)[8] é parte da Igreja Católica universal, em comunhão com a liderança espiritual do Papa, em Roma, e da Santa Sé.[9]

História[editar | editar código-fonte]

Origens[editar | editar código-fonte]

O cristianismo chegou ao Vietnã em 1533 por missionários europeus que estavam a caminho da China. Dois jesuítas fugidos da perseguição aos cristãos no Japão, Francesco Buzomi e Diogo Carvalho, estabeleceram a primeira missão permanente em 1615 em Da Nang. Em 1624, a atividade missionária em grande escala começou com a chegada de outro contingente de jesuítas. Liderando esse contingente estava Alexandre de Rhodes, que depois viria a ficar conhecido como o apóstolo do Vietnã. Rhodes se dirigiu para Hanói em 1627, onde obteve um sucesso extraordinário, batizando a irmã do rei e cerca de 6.700 vietnamitas em três anos. Em 1630, ele foi expulso e o primeiro cristão (não identificado) foi decapitado por causa da fé. Ele retornaria ao Vietnã em 1639, calculando que havia então 100.000 católicos vietnamitas. O influxo de novos missionários da Sociedade para as Missões Estrangeiras de Paris levou a um período de rápido crescimento. Em 1658, havia 300.000 católicos somente em Viet Bac. Em 1659, a florescente missão foi dividida a partir do Rio Gianh em dois vicariatos apostólicos: o de Viet Bac, ao norte, e o de Nanyue, ao sul. O primeiro seminário foi inaugurado em 1666, e os primeiros dois padres nativos foram ordenados já em 1668. Em 1670, Pierre Lambert de la Motte, um padre missionário, fundou a primeira congregação religiosa indígena feminina — as Amantes da Santa Cruz.[10]

Em 1698, eclodiu a primeira grande onda de perseguição à Igreja, resultante de perseguições localizadas em décadas anteriores. Nessas ondas, pelo menos 100.000 cristãos foram martirizados. As perseguições cessaram temporariamente em 1787, quando o vigário apostólico local, Pierre Pigneau de Behaine, organizou um tratado entre o governo francês e o ambicioso senhor provincial do sul, que mais tarde viria a se tornar o imperador Gia Long). A perseguição recomeçou com maior intensidade durante o reinado de seu filho, o imperador Minh Mạng, um praticante fundamentalista do confucionismo, temendo uma possível ameaça do cristianismo à vida sócio-política do Vietnã. Em 1825, ele proibiu a entrada de novos missionários estrangeiros. Quando a rebelião eclodiu em 1833 e os rebeldes procuraram a ajuda de missionários cristãos, o imperador enfurecido respondeu com uma campanha de perseguição feroz, expulsando todos os missionários estrangeiros restantes e forçando os cristãos vietnamitas a abandonarem a fé pisoteando um crucifixo. Sob o reinado de seu filho, o imperador Thiệu Trị, as perseguições diminuíram um pouco, com execuções e expulsões esporádicas.[10]

Colonização francesa[editar | editar código-fonte]

A última e pior onda de perseguição recomeçou em 1847 com a ascensão do imperador Tự Đức ao trono. Cruel, inseguro e intransigente, o imperador desconfiava dos missionários estrangeiros e dos cristãos vietnamitas, acusando-os de instigar e participar em rebeliões contra o seu governo. Missionários estrangeiros foram executados e cristãos vietnamitas eram marcados em seus rostos com a inscrição tả đ–ạo (em vietnamita: religião falsa). Muitas famílias foram separadas à força e torturadas para obter retratações. A ferocidade da perseguição de Tự Ðức atingiu tais proporções que os emissários franceses apresentaram um protesto formal à sua corte em 1856. A decapitação do bispo José María Díaz em 1857 foi a gota d'água. Os franceses aproveitaram isso como desculpa para invadir o Vietnã, ocupando Da Nang em 1858 e avançando para o sul. Por um tratado assinado entre Vietnã e França, em 1862, Tự Ðức concordou em conceder liberdade religiosa aos seus súditos e em ceder a região sul aos franceses. A interpretação dos termos do tratado de 1862 tornou-se um ponto de discórdia entre Tự Ðức e os franceses, que ficaram abertamente do lado de seus rivais. Os franceses conquistaram Hanói em 1873 e assumiram o controle da região norte. O apelo de Tự Ðức à China por ajuda para expulsar os franceses foi ignorado e, com sua morte em 1883, os franceses estenderam seu domínio sobre todo o Vietnã.[10]

Durante o século XIX, um total de quase 300.000 pessoas sofreram pela sua fé em Jesus Cristo. A resistência católica foi heroica. No período entre 1857 e 1862, estima-se que mais de 5.000 fiéis tenham sido martirizados, além de 215 padres e freiras nativos, e cerca de 40.000 católicos foram expulsos e exilados de suas regiões de origem. Embora os registros da maioria dos que sofreram tenham sido destruídos, um total de 117 mártires, conhecidos hoje como Mártires do Vietnã, incluindo 96 vietnamitas, 11 dominicanos espanhóis e 10 membros franceses da Sociedade Missionária Estrangeira de Paris, foram posteriormente beatificados em quatro ocasiões diferentes. Destes 117, oito eram bispos, 50 padres (15 dominicanos, 8 membros da Sociedade Missionária Estrangeira de Paris, 27 seculares), um seminarista e 58 leigos (nove terciários dominicanos e 17 catequistas). Em 19 de junho de 1988, o Papa João Paulo II canonizou estes 117 Mártires.[10]

Em 1933, foi nomeado o primeiro bispo etnicamente vietnamita, Nguyễn Bá Tòng.[10]

Guerra Fria[editar | editar código-fonte]

Vietnã do Norte[editar | editar código-fonte]

Em cisma com Roma durante quase 21 anos, entre 1954 e 1975, por estar sendo perseguida pelo governo comunista e devastada pela partida de mais de meio milhão de leigos e clérigos no êxodo de 1954, a Igreja no Vietnã do Norte, aliado ao bloco comunista, lutava para sobreviver, restando apenas pouco mais da metade da população católica. Várias dioceses do Norte perderam mais da metade de seus membros na migração de 1954, e todas, exceto duas, perderam mais de metade do clero. Depois de 1954, o governo comunista confiscou as instituições sociais e culturais da Igreja e limitou o clero e os religiosos a atividades estritamente religiosas. Bispos e padres estavam praticamente em prisão domiciliar. Os doentes tinham de ser levados à casa dos padres para receber o sacramento da unção dos enfermos; um pároco não poderia celebrar missa fora da sua paróquia sem a permissão especial das autoridades locais.[10]

Vietnã do Sul[editar | editar código-fonte]

Em comparação com o Vietnã do Norte, a Igreja no Vietnã do Sul ficou em uma situação muito mais favorável, já que o governo era aliado ao bloco capitalista e democrático. Ocorreu no período um afluxo maciço de católicos a partir de 1954, vivenciando um período de liberdade que perdurou até 1975, período esse que coincidiu com uma renovação radical do catolicismo. Dos dois vicariatos apostólicos que existiam no Vietnã em 1659, passaram a ser 17 em 1957. Em 1960, a Santa Sé estabeleceu formalmente a hierarquia vietnamita com três arquidioceses e 18 dioceses sufragâneas. Na altura de 1964, praticamente toda a hierarquia católica vietnamita, tanto do Norte quanto do Sul, era composta por vietnamitas étnicos, exceto por dois prelados franceses. A partir da década de 1970, todos os bispos vietnamitas eram nascidos no país.[10]

Unificação[editar | editar código-fonte]

Após 1975, com a unificação do Vietnã, passou a vigorar a política do governo de controle total sobre todas as organizações religiosas, e desse modo, quase todas as organizações católicas foram dissolvidas, como as comissões da Conferência Episcopal Vietnamita, e até o Fundo de Desenvolvimento que era administrado pela Comissão Episcopal de Desenvolvimento em 870 paróquias, desapareceu. Estudantes católicos tinham dificuldades para se matricular em universidades devido à sua religião. Um decreto, emitido pelo governo em 11 de novembro de 1977, declarou que era necessária a permissão das autoridades municipais, distritais e provinciais para se realizar atividades religiosas com numerosos participantes. Celebrações de Natal, aulas de catecismo, retiros de padres, visitas de bispos para celebrar o sacramento do crisma, ou qualquer outra coisa fora do comum precisava da licença especial do governo, ou, pelo menos, tinha que ser comunicada às autoridades locais.[10]

Nesse mesmo período, todos os seminários principais foram fechados e suas propriedades confiscadas pelo governo. Alguns só foram autorizados a reabrir em 1986. As ordenações sacerdotais exigiam permissão. Os bispos tinham de fornecer às autoridades municipais e provinciais um dossiê detalhado sobre o candidato, que era entrevistado várias vezes pela polícia e outras autoridades locais para avaliar a sua aptidão para a ordenação. A maioria das dioceses conseguia celebrar ordenações sacerdotais uma vez ao ano. A Diocese de Huề era uma exceção: a ordenação de cinco sacerdotes, em 1º de setembro de 1994, foi a primeira em 19 anos. Desde 1954, as dez dioceses do norte sofrem com a grave escassez de sacerdotes. Apesar da unificação do país, o governo não permite que padres do sul sirvam nas dioceses do norte. Retiros anuais para o clero têm de ser organizados com a permissão do governo, a quem o nome do pregador e dos participantes deve ser enviado antecipadamente.[10]

Depois de 1986, quando o governo iniciou uma política de liberalização, a vida da Igreja melhorou significativamente. As reformas litúrgicas estipuladas pelo Concílio Vaticano II foram sendo implementadas lentamente. O novo Missal Romano numa tradução revisada entrou em uso. Bíblias, catecismos e livros litúrgicos já não precisavam mais ser contrabandeados para o Norte. A partir daí, as atividades da Igreja limitaram-se majoritariamente às celebrações sacramentais e às devoções piedosas, sem grande impacto na ordem sócio-política e cultural. A educação religiosa consiste principalmente no ensino de orações e aulas de catecismo de perguntas e respostas em preparação para a primeira comunhão e confirmação. A instrução é mais frequentemente ministrada pelos presbíteros da paróquia que, privados de todas as oportunidades de formação religiosa desde 1954, não tiveram acesso aos documentos do Concílio Vaticano II. Livros catequéticos defasados, de 1939, ainda são de uso comum. Apesar destas desvantagens, a população católica no norte tem crescido de forma constante. A fé cristã é alimentada predominantemente pela família com a prática da recitação diária das orações da manhã e da noite. As orações geralmente incluem o rosário, ladainhas, orações aos santos padroeiros, o Miserere pelos ancestrais e os atos de fé, esperança e caridade. Quando um padre visita a igreja paroquial, os sinos tocam para anunciar a missa.[10]

A partir de 1988, o governo dá mais passos para relaxar as regras contra a Igreja e sinalizar uma política mais aberta em relação à Igreja. Permitiu a abertura de seminários na Arquidiocese de Hanói e nas dioceses de Vinh e de Thanh Hóa. Em 1994, o governo permitiu a transferência de Dom Barthélémy Nguyễn Sơn Lâm, então bispo de Ðà Lạt, no sul, para a Diocese de Thanh Hoá, que estava vacante desde fevereiro de 1990. Em 21 de março de 1991, o governo retirou a necessidade da permissão para as atividades religiosas, tais como reuniões de oração, celebrações litúrgicas, pregação e educação religiosa, considerando-as de acordo com a tradição religiosa local. Na prática, passou a existir maior liberdade nas grandes cidades, enquanto que em algumas áreas, consideradas inseguras pelo governo, como a região montanhosa ocidental, persistiram as dificuldades. Apesar dos despautérios governamentais, a Igreja no sul continuou a crescer em número e influência. A controle do governo vietnamita sobre as organizações religiosas causou muita tensão com a Santa Sé sobre a questão das nomeações episcopais, especialmente na cidade de Ho Chi Minh, antigamente chamada Saigon. Um exemplo disso foi quando Dom Nguyễn Văn Thuận foi nomeado coadjutor em 1975, mas não foi reconhecido pelo governo vietnamita, prendendo-o. Após sua libertação, ele foi para o exílio. O Papa João Paulo II nomeou-o presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz e, em 2001, nomeou-o cardeal. Dom Hùynh Công Nghi, bispo da Diocese de Phan Thiết, foi nomeado administrador apostólico da arquidiocese em agosto de 1993, mas foi impedido pelo governo de assumir o cargo.[10]

Vários padres participam ativamente do Comitê para a Unificação dos Católicos Vietnamitas (em vietnamita: Ủy ban Ðoàn Kềt Công giào Việt Nam). A segunda assembleia geral da organização, em outubro de 1990, teve a participação de 133 sacerdotes, 17 religiosos e 151 leigos. Ela é considerada "suspeita" pelo governo, mas desempenha um papel útil de ligação entre o governo e a Igreja. Contudo, em 20 de maio de 1992, o Cardeal Angelo Sodano, então secretário de Estado do Vaticano, enviou uma comunicação ao bispo Nguyễn Minh Nhật, presidente da Conferência Episcopal do Vietnã, afirmando que nenhum padre está autorizado a participar do comitê, o que gerou protestos do governo no mês seguinte, por considerá-la contrária à constituição vietnamita relativa aos direitos humanos e civis do povo vietnamita e por violar o acordo entre o Vaticano e o governo do país sobre a necessidade de manter uma discussão prévia com uns aos outros sobre qualquer medida a ser tomada em relação à Igreja. Em 20 de agosto de 1992, um representante do Vaticano respondeu oficialmente que é da competência da Igreja advertir os seus padres sobre a participação em organizações políticas. Acrescentou-se, no entanto, que tal participação é voluntária e que os sacerdotes devem observar as leis do seu país.[10]

Em 1993, a Conferência Episcopal do país solicitou ao governo que os bispos e padres fossem autorizados a circular livremente nos seus territórios para exercer seu ministério, sem necessidade de permissão. Como resposta, o chefe da Comissão Governamental para Assuntos Religiosos, afirmou que o governo criaria condições favoráveis que o pedido da Igreja fosse atendido. A permissão para viajar a Roma, para visitas ad limina, ou para conferências, foi posteriormente concedida com maior frequência e facilidade, embora os bispos que ainda não fossem considerados "bons cidadãos" e sofressem atrasos na obtenção de documentos de viagem. O governo também permitiu que o cardeal Paul-Joseph Phạm Ðình Tụng, de Hanói, e outros sete bispos do país participassem do Sínodo Asiático de 1998 em Roma.[10]

No final de 1994, os seminários funcionavam em seis dioceses, mas o número de seminaristas crescia tanto que, em outubro de 1993, a Conferência Episcopal do Vietnã havia solicitado a abertura de mais dois seminários, e que as dependências do Pontifício Instituto São Pio X fossem devolvidas à Igreja para uso na formação teológica. Na sua resposta, datada de 17 de janeiro de 1994, a Comissão governamental para os Assuntos Religiosos não fez qualquer menção ao pedido de abertura de mais dois seminários, mas no parágrafo 9 afirmou que os edifícios do Pontifício Instituto São Pio X estavam a ser utilizados para fins de pesquisas nucleares e que o pedido de devolução à Igreja seria levado em consideração no futuro. Além destes seminários oficiais, existem vários centros clandestinos onde milhares de seminaristas são ensinados. A falta de professores qualificados é grave e o nível de preparação acadêmica está longe de ser satisfatório. Em geral, desde 1954 no Norte, e desde 1975 no Sul, tem havido pouca formação intelectual séria para o clero. O governo permitiu que alguns padres fossem para França, Itália e Estados Unidos para estudos avançados.[10]

Conferência Episcopal[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Conferência Episcopal do Vietnã

A reunião de bispos do país forma a Conferência Episcopal do Vietnã, que foi criada em 1966, e cuja sede fica em Ho Chi Minh.[4] As lideranças do órgão incluem um presidente, dois vice-presidentes, um secretário geral, três secretários associados, três presidentes de três comissões permanentes (sobre o culto; sobre sacerdotes, religiosos e seminaristas; e sobre os leigos). Para se avaliar a eficácia da conferência, deve-se levar em conta as circunstâncias em que ela teve de funcionar. Todas as atividades religiosas, incluindo as de outras religiões, como o budismo, protestantismo, caodaísmo e islamismo, deviam ser conduzidas dentro das restrições legais de um governo socialista-comunista. Além de seguir ter que as orientações da Santa Sé, a conferência também deve respeitar as leis e os costumes do país.[10]

Até 1975, a Conferência Episcopal do Vietnã, embora possuísse esse nome, mas na verdade era apenas formada por duas províncias eclesiásticas do sul, com suas sés nas cidades de Huế e Ho Chi Minh. Na época, o órgão realizava reuniões anuais regularmente. Após a unificação do país, em 1976, as atividades foram temporariamente suspensas. Em maio de 1980, pela primeira vez a conferência volta a se reunir, em Hanói; até setembro de 1994 sete outras reuniões do tipo já haviam ocorrido, sendo apenas a sexta em Ho Chi Minh, e as outras em Hanói. Todas essas reuniões citadas ocorreram com a exigência de pedido de permissão do governo. Os bispos emitiram duas cartas pastorais.[10]

Delegação Apostólica[editar | editar código-fonte]

A Delegação Apostólica do Vietnã foi criada em 1925, e sua sede fica localizada em Singapura.[5]

Santos[editar | editar código-fonte]

O Vietnã tem 118 santos e três beatos.[11] Deste número, 117 são os chamados "mártires do Vietnã", um grupo liderado por Santo André Dung-Lac, nascido em 1795, que foi criado por uma família católica e se tornou padre. A maioria deles nascido em território vietnamita, mas alguns outros nascidos também na Espanha e França, sendo oito bispos, 50 presbíteros e 59 fiéis de ambos os sexos e de todas as condições sociais e idades. O primeiro grupo de 64 mártires foi beatificado em 1900 pelo Papa Leão XIII; depois, o Papa Pio X beatificou outros três grupos: dois em 1906 e o outro em 1909. Por fim, o Papa Pio XII beatificou o quinto grupo em 1951. Em 1986, foi lançado um decreto, que reuniu todos esses grupos de canonizados em um único grupo, totalizando 117 pessoas. Todas elas foram canonizadas pelo Papa João Paulo II em 19 de junho de 1988, tendo sido o maior número de canonizações conjuntas da história da Igreja.[12][13][14][11]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Saints and Blesseds - JOS» (em inglês). GCatholic. Consultado em 17 de junho de 2024 
  2. a b c d e f g «Catholic Church in Vietnam» (em inglês). GCatholic. Consultado em 17 de junho de 2024 
  3. a b c «KẾT QUẢ TOÀN BỘ» (PDF). Escritório de Estatísticas Gerais do Vietnã. Consultado em 17 de junho de 2024 
  4. a b «Hội Đông Giám Mục Việt Nam» (em inglês). GCatholic. Consultado em 17 de junho de 2024 
  5. a b «Apostolic Nunciature - Vietnam» (em inglês). GCatholic. Consultado em 17 de junho de 2024 
  6. «vietnamita». Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa. Michaelis 
  7. Aurélio Buarque de Holanda Ferreira (2009). Minidicionário Aurélio 7 ed. [S.l.]: Positivo. p. 78. 895 páginas. ISBN 9788574729596 
  8. «Vietname». Dicionários Porto Editora. Infopédia 
  9. «Vietnã». Fundação ACN. Consultado em 16 de junho de 2024 
  10. a b c d e f g h i j k l m n o p «Vietnam, The Catholic Church In» (em inglês). Encyclopedia.com. Consultado em 17 de junho de 2024 
  11. a b «Saints and Blesseds of Vietnam» (em inglês). GCatholic. Consultado em 17 de junho de 2024 
  12. «Santo André Dung-Lac e companheiros mártires». Canção Nova. 24 de novembro de 2023. Consultado em 22 de junho de 2024 
  13. «Os 117 mártires do Vietnã». Gaudium Press. 24 de novembro de 2023. Consultado em 22 de junho de 2024 
  14. «Jubileu no Vietnã recorda os 117 mártires canonizados por S. João Paulo II». Vatican News. 19 de junho de 2018. Consultado em 22 de junho de 2024