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Idade da Pedra na Grécia

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A Idade da pedra grega é um período da história da Grécia que se inicia com os primeiros povoamentos na Grécia e nas ilhas do Mar Egeu. Esse período precede a Idade do Bronze do Egeu, período marcado pela formação de civilizações que acabariam por lançar as bases culturais da Grécia Antiga junto com os gregos invasores do interior.

Ver artigo principal: Paleolítico

Na Grécia e arredores, há evidências de assentamentos humanos (mais de 50) desde o paleolítico antigo.[1] Os hominídeos do paleolítico possuíam economia baseada na caça (ursos, leões das cavernas, rinocerontes, mamutes, cavalos e jumentos, lobos, veados e antílopes, gamos, bisões e touros, porcos, cabras, roedores, répteis, pássaros, gastrópodes terrestres), coleta (ervas, ervilhas, framboesas, amêndoas, bardanas, trevos, papoulas, lentilhas), pesca e, durante o paleolítico tardio, mineração (extração de ocre vermelho em minas de hematita que era armazenado em buracos feitos em chifres) e produção de artigos domésticos (tigelas) com madeira e argila.[2][3][4][5][6][7] Martelos, espátulas, cunhas, lâminas apoiadas em micrólitos triangulares ou trapezoidais, facas, pontas, ferramentas grossas, entalhes simples e entalhes denticulados foram algumas das ferramentas produzidas durante o período; eram feitas a partir de chifres, ossos, sílex, quartzo, quartzito, lapis lacedaemonius e opala, empregando-se as técnicas musteriana e Levallois.[2][3][4][5][6][7]

Nos sítios da ilha de Alonniso, foi evidenciada uma comunicação intensa entre as ilhas próximas e a península da Magnésia, o que sugere que os habitantes da ilha praticavam a navegação.[8]

Ver artigo principal: Mesolítico

O período mesolítico é marcado por uma série de transformações: há preferência por cavernas costeiras ou sítios abertos e as primeiras evidências de casas de pedra e cemitérios (inumações e cremações) são encontradas, a navegação em busca de mercadoria é praticada no período e inicia-se o processo de domesticação de plantas (cevada, aveia, lentilha) e animais (porcos).[9][10][11][12] Durante o período, a caça (caprinos, bovinos e suínos selvagens, cercos, raposas, ouriços, pássaros, roedores, caramujos), coleta (pistache, amêndoas, conchas terrestres e marinhas, lithospermum) e pesca (atum) continuaram como a base econômica das sociedades mesolíticas gregas.[11][12][13][14] Amuletos, anzóis, agulhas, espátulas, colheres, lâminas centípetas, retilíneas e laminares, denticulados, entalhes, raspadores, mós, lamelas e micrólitos geométricos apoiados foram produzidos com ossos, chifres, conchas e material lítico (obsidiana, sílex e andesina).[9][10][11][12][14]

Ver artigo principal: Neolítico

Grécia Continental

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Ver artigo principal: Grécia

Os primeiros assentamentos neolíticos (povoados abertos ou cavernas que variaram consideravelmente em densidade populacional de acordo com a região) estão situados em áreas costeiras ou no interior, em planícies ou montanhas e perto de fontes d’água; os sítios da Tessália recebiam o nome de Magoula e os da Macedônia, de Toumba.[15] A economia do período foi baseada em atividades agro-pastoris (cereais, leguminosas, linho, bovinos, suínos, caprinos, ovinos e caninos), práticas adotadas no Egeu desde o milênio VII a.C., que foram complementadas com caça e pesca; práticas de desmatamento foram evidenciadas.[16] Trabalhos em couro, joias e metais, tecelagem, cestaria e produção de cerâmica são evidenciadas; a cerâmica adquiriu tamanha excelência que foi comercializada em regiões vizinhas para a obtenção de metais e, com o aumento dos contatos culturais e o alargamento das redes comerciais, diversos produtos neolíticos disseminaram-se rumo ao interior europeu (Bálcãs e Europa Central).[16]

Período Acerâmico

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O período acerâmico (6800-6 500 a.C.) é um período identificado em cerca de meia-dúzia de sítios no interior do continente grego (Argissa, Dendra, Franchthi) que consistem em pequenos assentamentos com populações de 50-100 indivíduos habitantes de cabanas ovais subterrâneas, escavadas parcialmente na terra, com paredes de postes e pavimentos de argila com seixos; há lareiras nas cabanas.[17] Durante o período a economia foi baseada na agricultura (aveia, trigo, cevada, lentilhas, ervilhas), pecuária (bovinos, ovinos, caprinos, suínos e caninos), na coleta (chicharro, nozes, azeitonas, pistache), na caça e na pesca.[17][18] Estatuetas, adereços pessoais e ferramentas foram feitos com conchas, argila, pedra (obsidiana, sílex) e osso; fragmentos de cerâmica indicam tentativas de fabricação.[17][18]

Neolítico Antigo

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O Neolítico Antigo (6500-5 800 a.C.) é caracterizado por apenas um único cemitério datado, localizado na Argólida, que era composto por sepulturas para cremação.[18][19]

Cerâmica primitiva (Frühkeramikum)
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A média de habitantes por sítio manteve-se igual durante o período e esses, agrupados em clãs ou famílias, viviam em assentamentos compostos por cabanas subterrâneas feitas de postes amarrados; a economia vigente no período anterior é mantida.[18][19] A cerâmica produzida é caracterizada por formas hemisféricas, polidas e de cor vermelha ou castanho-avermelhada.[18]

Cultura Proto-Sesklo
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Ver artigo principal: Cultura Proto-Sesklo

A Cultura Proto-Sesklo tem como principal sítio Nea Nikomedeia, um assentamento composto por quatro níveis arquitetônicos de edifícios retangulares de madeira entrelaçada com cana e junco revestido com lama; seus edifícios estão situados na direção leste-oeste em decorrência dos fortes ventos da região.[18][19] Seu primeiro nível possui quatro casas agrupadas em torno de um edifício maior, possivelmente um santuário, e um muro (posteriormente foi substituído por uma vala profunda).[18] Os mortos eram sepultados dentro do assentamento em edifícios em ruína ou em frente a sua residência.[19]

A economia local baseava-se na criação de ovinos, caprinos, suínos e ovinos, no cultivo de trigo, cevada, lentilhas, ervilhas e ervilhacas, na caça e pesca.[18] Estatuetas femininas retratando mulheres gordas e rãs, furadores, alfinetes, agulhas, anzóis, pintadeiras, machados, enxós e lâminas foram descobertos nas escavações; a cerâmica adquire padrões de pintura (vermelho com creme ou branco com castanho-avermelhado) e abas articuladas, bases distintas e pés elaborados.[18]

Cultura Pré-Sesklo
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Ver artigo principal: Cultura Pré-Sesklo

Em Achilleio e Nea Makri foram identificadas lareiras coletivas; em Pródromos houve enterros secundários.[20][21] Essa cultura desenvolve a barbotina (argila com água) e a cerâmica decorada com impressões de conchas.[18][19]

Neolítico Médio

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O Neolítico Médio compreende o período que vai de 5 800-5 300 a.C.[22]

Cultura Sesklo
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Ver artigo principal: Cultura Sesklo

Durante a cultura Sesklo as cabanas de madeira são substituídas por cabanas de pedra compostas por tijolos fixados com madeiras entrelaçadas na horizontal e na vertical; Nea Makri adquire valas para contenção da água, uma rua pavimentada e poços de água, enquanto Achilleio é abandonado até o final da cultura.[20][21] Sesklo consistia em uma acrópole murada coberta por edifícios quadrados e retangulares, um mégaro e um edifício possivelmente utilizado como loja de óleo, que era sustentado por contrafortes internos.[18] Era rodeada por uma cidade baixa com 200 a 300 habitantes, caracterizada por casas divididas por vielas e compostas por poucas salas separadas.[18][23]

A economia do período permanece praticamente inalterada, a obsidiana é mais frequentemente utilizada como matéria-prima, figurinhas continuam a ser produzidas e a cerâmica adquire uma decoração em vermelho e branco.[18]

Neolítico Tardio I

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O Neolítico Tardio compreende o período de 5 300 a 4 800 a.C. e é caracterizado por aumento significativo do número de assentamentos neolíticos, o que ocasiona acréscimo populacional e intensifica as práticas agrícolas.[24]

Cultura Tsangli-Larisa
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Ver artigo principal: Cultura Tsangli-Larisa

A ordem arquitetônica vigente durante o período pode ser classificada da seguinte forma: grandes mégaros com madeira moldada (Sitagroi e Dikili Tash) e fundições de pedra; lareiras e fornos no interior das residências; valas em grande parte dos sítios para proteção e/ou demarcação (Otzaki, Galini, Makriyialos).[24] O assentamento de Dispilio-Kastoria foi um proeminente assentamento durante o período e foi considerado notório devido o meio pelo qual foi erigido: seus edifícios foram edificados sobre estruturas de madeira dentro do lago circundante.[24] Os sítios possuíam populações em torno de 100 a 300 habitantes que enterravam seus mortos em cemitérios organizados (Platia Magoula Zarkou, Soufli Magoula) de covas rasas com indivíduos os grupos cremados; foram identificadas evidências de estratificação social.[18]

A economia era baseada na agricultura (trigo, cevada, centeio, painço, aveia, ervilhacas, lentilhas, ervilhas, fava, grão de bico), pecuária (ovinos, caprinos, suínos, bovinos) e tecelagem; foram produzidos dois tipos de cerâmica: Tsangli (cinza monocromática ou decorada) e Larisa (negra, polida e decorada em branco com padrões lineares).[18][24]

Cultura Arapi
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Ver artigo principal: Cultura Arapi

O Mégaro de Valestino (30 m de comprimento) possivelmente pertence a essa cultura; há novos estilos de cerâmica: o interior dos vasos (tigelas bicônicas e ânforas) é vermelho e a técnica Larisa é abundante; decoração marrom escura sobre fundo claro, preto no vermelho e policromático; decoração em preto ou branco sobre fundo vermelho; surgimento de motivos em espiral.[24] Foram encontradas estatuetas esquemáticas de terracota.[18][24]

Neolítico Tardio II

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O Neolítico Tardio abrange o período de 4 800 a 4 500 a.C..[25]

Cultura Dimini
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Ver artigo principal: Cultura Dimini

A cultura Dimini prosperou na região da Tessália em um momento marcado por crescente regionalismo; no final de seu desenvolvimento (4 500 a.C.) seu principal assentamento, Dimini, é subitamente abandonado sendo reocupado apenas durante o período micênico.[26] Os assentamentos do período são compostos por grandes edifícios retangulares e mégaros feitos com pedra (Dimini) ou madeira (Mandalo), valas (Otzaki, Makriyialos) ou invólucros de pedra (Dimini, Sesklo) e áreas para atividades especializadas (Makriyialos); no interior das residências foi identificados lareiras e porões.[25][27] Os mortos adultos eram enterrados em covas rasas de forma contraída ou flexionada, enquanto as crianças eram depositadas em jarros.[25]

Policultura, fabricação de joias, manuseio de metais (prata e cobre), produção de ferramentas de obsidiana e estatuetas de mármore, comércio e produção de cerâmica são as principais atividades econômicas da cultura; sua cerâmica era incisa (especialmente espirais[18]) e pintada com preto sobre um fundo esbranquiçado.[25] A presença de pés de urso nos assentamentos é uma possível evidência de uso de peles para produção de cortinas e tapetes.[18]

Neolítico Final

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O neolítico final ou calcolítico alberga o período de 4 500 a 3 200 a.C., momento caracterizado pela transição de uma cultura tradicionalmente neolítica por outra baseada no uso de metais[28] e pela destruição de diversos assentamentos (4 400 a.C.) da Tessália, devido a um terremoto.[23]

Cultura Rachmani
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Ver artigo principal: Cultura Rachmani

Há preferência por assentamentos em zonas costeiras, especialmente cavernas, o que indica maior contato com o mar, trocas comerciais (há contato comercial com a civilização heládica[18]) e evolução na criação do gado; sítios localizados em terras baixas tornam-se grandes centros econômicos durante o período.[28] São compostos por edifícios apsidais e frequentemente eram cercados por valas.[28] Os mortos eram enterrados principalmente dentro de cavernas.[18]

Figuras esquemáticas acrolíticas (cabeça de pedra e corpo de madeira ou argila[18]), brincos, tiras e pinos de metais (prata, ouro e cobre respectivamente), pontas triangulares ou em forma de folha de lanças feitas com obsidiana são exemplos de produtos produzidos por essa cultura e esses foram utilizados como símbolos de status social.[28] Há dois tipos de cerâmica: monocromática de argila áspera com polimento em tons de vermelho, marrom e cinza escuro; pintada com tinta vermelha ou branca.[28]

Ver artigo principal: Creta

A mais antiga evidência de habitantes em Creta são pré-cerâmicas do neolítico de restos de comunidades agrícolas datadas de aproximadamente 7 000 a.C..[29] Um estudo comparativo de haplogrupos de DNA de cretenses masculinos modernos mostrou que um grupo masculino fundador da Anatólia ou do Levante é compartilhado com os gregos.[30]

Os primeiros habitantes da ilha viviam em grutas e, ao longo do tempo, começaram a erigir pequenas aldeias, assim como edifícios de pedra.[31] Na costa, havia cabanas de pescadores, enquanto a fértil planície de Messara foi usada para agricultura.[32] Cultivavam trigo e lentilhas, criavam bovinos e caprinos, e produziam armas com ossos, chifres, obsidiana, hematita, grés, calcário e serpentina, sendo que a presença de obsidiana prova a existência de contato comercial entre Creta e as Cíclades, pois, no mundo Egeu, a fonte de obsidiana é a ilha de Melos.[31]

Período Pré-cerâmico

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O período pré-cerâmico (7 000–5 700 a.C.) é caracterizado pela produção agropastoril (lentilhas, trigo, cevada, ovinos, caprinos, suínos e bovinos) e pela ausência de cerâmica.[31][33]

Neolítico Antigo I

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Esse período abrange o período de 5 700-4 000 a.C..[33] As edificações do neolítico são divididas em nove níveis, dos quais os cinco primeiros são dessa fase: são edifícios retangulares feitos com tijolos queimados e rebocados com argila e possuem grande número de salas pequenas; a partir do nível VII adquirem o piso conhecido como pisé, uma superfície de pedra com lama derramada.[33] Machados de pedra e clavas de mão foram identificados e a cerâmica era escura e polida e possuía incisões com motivos brancos e vermelhos.[33]

Neolítico Antigo II

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O neolítico antigo II (4000-3 700 a.C.) é caracterizado por uma arquitetura (nível IV) semelhante a do período anterior, sua cerâmica adquire uma decoração em relevo ondulado e clavas de mão tornam-se frequentes; tecelagem é evidenciada e cristal de rocha começa a ser utilizado como matéria-prima.[33]

Neolítico Médio

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O neolítico médio (3700-3 600 a.C.), considerado um período transicional, possui cerâmica semelhante à do período anterior e ordem arquitetônica (nível III) caracterizada por grandes edifícios com grande número de salas pequenas; machados e clavas tornam-se abundantes.[33]

Neolítico Tardio

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O neolítico tardio (3600-3 000 a.C.), o período final do neolítico de Creta, é caracterizado pelo uso de metais, uma ordem arquitetônica (níveis II e I) formada por lareiras fixas e abundância de salas e cerâmica com um novo tipo de decoração, conhecida como "crosta".[33]

Ver artigo principal: Cíclades

Cultura Saliagos

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Ver artigo principal: Cultura Saliagos

A Cultura Saliagos (4300–3 700 a.C.) é caracterizada por assentamentos formados por edifícios com salas retangulares e muros e não houve cemitérios.[34][35] Sua cerâmica de argila escura era polida, decorada com padrões geométricos, retilíneos e curvilíneos de cor branca e possuía asas salientes com contornos em linha reta, um fundo plano e, habitualmente, um pedestal.[34][35]

Com obsidiana produzia-se espigões, espigões de ponta farpada, lâminas, pontas de flecha e vários implementos; mármore era utilizado para produção de vasos e estatuetas, conchas para colheres e ossos para enxadas e implementos.[34][35] A base econômica da cultura era a agricultura (trigo, cevada), pecuária (ovinos, caprinos, suínos, bovinos) e pesca (atuns e moluscos).[34]

Cultura Kephala

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Ver artigo principal: Cultura Kephala

A cultura Kephala (3300–3 000 a.C.) desenvolveu-se no assentamento de Kephala (assentamento com 45-80 habitantes), em Ceos,[36] complexo formado por pequenas edificações retangulares construídas próximas umas das outras e um cemitério murado contendo quarenta sepulturas de forma retangular, circular ou oval erigidas com paredes de pedra e tampos de xisto; foram identificados enterros múltiplos e espólio tumular.[34][36]

A economia local era baseada na agricultura (cereais), pecuária (ovinos, caprinos, bovinos, suínos), pesca (atuns), olaria, tecelagem, confecção de cestas e vasos de mármore, produção de ferramentas (obsidiana), manuseio de metais (cobre, ouro, prata) e comércio (obsidiana de Melos; cobre da Ática).[36] Sua cerâmica possuía incisões, padrões de polimento ou decorações incrustadas com aplicações de vermelho e branco após a queima e suas formas principais foram taças, potes e colheres.[34]

A caverna Zas está situada na encosta ocidental da montanha da ilha de Naxos, a uma altitude de 628 metros, habitada durante o neolítico inicial (Zas I) e final (Zas IIA-B).[37] A economia local era baseada na agricultura (cevada, lentilhas, feijão), pecuária (ovinos, caprinos), manufatura de ferramentas de obsidiana, sílex (lâminas denticuladas, furadores e pontas triangulares de flechas) e cobre (machados, agulhas e alfinetes), cerâmica (preta polida pintada de branco com padrões lineares; predominância de taças vermelhas com aros cilíndricos) e comércio; foi identificado uma faixa perfurada de ouro, a mais antiga das Cíclades, que pode possivelmente indicar a participação das ilhas no comércio do Egeu.[37]

Referências

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