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Usuário(a):Marina S Soares/Testes

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Escavação arqueológica no Castelo de Silves.

Sítio arqueológico, local arqueológico ou estação arqueológica é um local ou grupo de locais - cujas áreas e delimitações nem sempre se podem definir com precisão - onde ficaram preservados testemunhos e evidências de atividades do passado histórico, seja, esse, pré-histórico ou não. A expressão "sítio arqueológico" atrela-se geralmente ao local onde ficam ou ficaram preservados artefatos, construções ou outras evidências de atividades humanas, ocorridas num passado recente, distante ou mesmo remoto. Os sítios arqueológicos mais conhecidos correspondem a cidades, templos, cemitérios e túmulos antigos soterrados em várias partes do mundo. No Brasil, esses locais são protegidos por lei e é crime destruí-los.[1]

Se o foco de estudo não atrelar-se à história do homem e às suas atividades mas sim ao estudo da evolução da vida na Terra, as correspondentes áreas de pesquisa em campo são então denominadas sítios paleontológicos. Os sítios paleontológicos são, assim, áreas que historicamente mostraram-se propícias à formação e preservação de fósseis. Com base nos fósseis coletados em dispersos sítios paleontológicos ao longo do globo, com alguns remontando ao éon arqueano, é possível construir um cenário elaborado da evolução da vida no planeta ao longo de sua existência.[2]

Extensão geográfica

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É quase invariavelmente difícil delimitar um sítio. Às vezes, é usado para indicar algum tipo de assentamento, embora o arqueólogo também deva definir os limites da atividade humana em torno do assentamento. A arqueologia desenvolvimentista assumida como gestão de recursos culturais tem a desvantagem (ou o benefício) de ter seus sítios definidos pelos limites do desenvolvimento pretendido. Mesmo neste caso, entretanto, ao descrever e interpretar o local, o arqueólogo terá que olhar para fora dos limites do canteiro.

De acordo com Jess Beck em "How Do Archaeologists find sites?" as áreas com numerosos artefatos são bons alvos para futuras escavações, enquanto áreas com um pequeno número de artefatos são consideradas como reflexo da falta de atividade humana no passado. Muitas áreas foram descobertas por acidente. A pessoa mais comum que encontrou artefatos são os agricultores que estão arando seus campos ou apenas limpando-os, muitas vezes encontram artefatos arqueológicos. Muitas pessoas que estão fazendo caminhadas e até mesmo pilotos encontram artefatos que geralmente acabam denunciando-os a arqueólogos para uma investigação mais aprofundada. Quando encontram locais, eles devem primeiro registrar a área e, se tiverem dinheiro e tempo para o local, podem começar a cavar.[3]

Tipos de sítio arqueológico

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Sítios Históricos/Coloniais

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Vista da Cidade de Ouro Preto desde a Estrada da Cidade - Ouro Preto (MG)

Os sítios considerados históricos/coloniais são aqueles que possuem importância para uma determinada sociedade, sendo eles de cunho histórico e cultural. Esses sítios se caracterizam desde monumentos como igrejas, casarões, castelos, à fazendas, quilombos, praças, etc.[4] Alguns sítios históricos/culturais encontram-se localizados nos centro urbanos, como é o caso da cidade de Ouro Preto (MG), cidade considerada Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco. [5]

Sítios Abrigados

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Os sítios abrigados são sítios em abrigos rochosos que estão localizados em locais como grutas, cavernas, paredões rochosos, e que são protegidos de ações naturais, tais como a chuva, sol extremo e ventos fortes. Grande parte dos sítios abrigados são conhecidos pela presença de pinturas rupestres e gravuras, mas também podem ser encontrados líticos e cerâmicas. [6] Um exemplo de sítio abrigado é o caso do sítio Pedra do Castelo, localizado no município de Castelo do Piauí (PI), que possui formações rochosas com cavernas em seu interior, nas quais estão inseridas pinturas rupestres e gravuras.[7]

Sítios a Céu Aberto

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Pinturas Rupestres no Sítio Abrigado Pedra do Castelo - PI

Os sítios a céu aberto encontram-se a mercê de ações naturais como o sol e a chuva.[8] Esses sítios são ocupações humanas dos caçadores-coletores, tais como os sambaquis; mas também os monumentos históricos se enquadram nesse quesito. Como exemplo, temos o sítio Melancias, localizado na cidade de Picos (PI), um sítio pré-colonial com presença de líticos e cerâmicas.[9] Outro exemplo de sítio a céu aberto é o Sambaqui das Ostras, localizado no município de Tutóia (MA), o qual contém a presença de ostras e cacos cerâmicos. [10]

Sítios Megalíticos

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Os sítios megalíticos são aqueles encontrados a céu aberto e que possuem uma construção de grande porte, formada por estruturas de pedras. Taís monumentos megalíticos eram utilizados, na maioria dos casos, para cunho ritualístico ou enterramentos funerários.[11] Como exemplo desses sítios, temos a estruturas megalíticas localizadas no norte do Amapá, sendo definidos como grandes blocos de granito. [12]

Referências

  1. JB. «How do archaeologists find sites?». Bone Broke. Consultado em 10 de março de 2016 
  2. Palmer, Douglas; Barrett, Peter - Evoluçao, A História da Vida - Larousse - 2009 - ISBN 978-85-7635464-2
  3. JB (27 de fevereiro de 2015). «How do archaeologists find sites?». Bone Broke (em inglês). Consultado em 27 de janeiro de 2023 
  4. «O que é um sítio arqueológico?». Arqueologia e Pré-História. 4 de janeiro de 2018. Consultado em 28 de janeiro de 2023 
  5. Centre, UNESCO World Heritage. «Historic Town of Ouro Preto». UNESCO World Heritage Centre (em inglês). Consultado em 29 de janeiro de 2023 
  6. «O que é um sítio arqueológico?». Arqueologia e Pré-História. 4 de janeiro de 2018. Consultado em 28 de janeiro de 2023 
  7. «Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos - Impressão». portal.iphan.gov.br. Consultado em 28 de janeiro de 2023 
  8. «O que é um sítio arqueológico?». Arqueologia e Pré-História. 4 de janeiro de 2018. Consultado em 28 de janeiro de 2023 
  9. «Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos - Impressão». portal.iphan.gov.br. Consultado em 28 de janeiro de 2023 
  10. «Cadastro Nacional de Sítios Arqueológicos - Impressão». portal.iphan.gov.br. Consultado em 28 de janeiro de 2023 
  11. DARCY DE MOURA SALDANHA, J.; PETRY CABRAL, M. Potes e pedras: uma gramática de monumentos megalíticos e lugares naturais na costa norte do Amapá. Revista de Arqueologia, [S. l.], v. 25, n. 1, p. 48–57, 2012. DOI: 10.24885/sab.v25i1.339. Disponível em: https://revista.sabnet.org/ojs/index.php/sab/article/view/339. Acesso em: 28 jan. 2023.
  12. PETRY CABRAL, M.; DARCY DE MOURA SALDANHA, J. . Paisagens megalíticas na costa norte do Amapá. Revista de Arqueologia, [S. l.], v. 21, n. 1, p. 9–26, 2008. DOI: 10.24885/sab.v21i1.237. Disponível em: https://revista.sabnet.org/ojs/index.php/sab/article/view/237. Acesso em: 28 jan. 2023.

Ligações externas

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  • «Sítios arqueológicos». . Fundação Museu do Homem Americano (FUMDHAM, www.fumdham.org.br). Consultado em 27 de fevereiro de 2011 
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