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Artur Bernardes

Na infocaixa: nascimento em Santa Rita do Turvo, religião católica, profissão de advogado, jornalista e fazendeiro

Família e primeiros anos[editar | editar código-fonte]

Casa da família Bernardes em Viçosa

Artur da Silva Bernardes nasceu em 8 de agosto de 1875 na Vila de Santa Rita do Turvo, atual Viçosa,[1] conforme reconhecido nos livros de história. Este local de nascimento é disputado no município de Cipotânea, onde se afirma que o futuro presidente teria nascido no local, então parte de Alto Rio Doce, e mudado para Viçosa, uma cidade já constituída, aos 5 anos de idade.[2] Ele era o quarto dos nove filhos de Antônio da Silva Bernardes e Maria Aniceta Bernardes.[3] Um de seus irmãos, Olegário, viria a ser ministro do Tribunal de Contas da União, deputado estadual no Rio de Janeiro e prefeito de Teresópolis.[4]

Sua mãe descendia dos Vieira de Sousa, uma das famílias da nobreza do café da Zona da Mata Mineira, e seu pai, um português de Castanheira de Pera, coronel da Guarda Nacional e solicitador nas comarcas de Alto Rio Doce, Piranga e Viçosa. Nesta última ele foi o primeiro advogado provisionado e depois promotor de justiça.[5][6] Conforme algumas biografias, Antônio Bernardes não cursou mais que a escola primária em Portugal.[7] Esta família era rica o suficiente para financiar a educação do filho, mas não pertencia ao grupo político local.[8]

Bernardes (indicado pela seta) entre os alunos do Colégio do Caraça

A educação famíliar rígida foi complementada pelo tradicional Colégio do Caraça,[9][10] onde foi matriculado para estudos secundários em fins de 1887, aos 12 anos de idade. O Caraça era um dos educandários mais prestigiados do país.[11] Gilberto Freire chamou-o de "casarão triste nas montanhas". O controle de horários, restrição de visitas, vigilância e punições deixavam sua marca nos filhos da elite mineira.[12] Os professores viviam em claustro e penitência e "a palmatória passava de aula em aula, de salão em salão, de recreio em recreio, nivelando a todos com o seu avassalador domínio".[9]

Esta experiência permitiu a Bernardes "valorizar o poder disciplinar como formador de mentes e corpos para a nação",[12] além de fixar sua religiosidade católica para o resto da vida, enquanto muitos de seus contemporâneos flertaram com o positivismo e evolucionismo.[11] Uma biografia favorável no Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, do qual Bernardes é patrono de uma cadeira, afirma que os ensinamentos no Caraça "muito influíram na sua formação moral, religiosa e pública: o zelo pela causa pública, o escrúpulo na distribuição do dinheiro do governo, o espírito de disciplina, de ordem e de economia".[3] No outro extremo o livro antibernardista Terra Desumana (1926), de Assis Chateaubriand, argumentou que o colégio incutiu no jovem Bernardes uma personalidade autoritária, mais interessada na letra da lei do que nos sentimentos humanos.[9]

Em fins de 1889 sua família não teve mais condições de mantê-lo no Caraça devido ao abalo da abolição da escravatura na economia cafeeira.[11] A solução veio por seu cunhado José da Graça Sousa Pereira, sócio da firma Pena e Graça, onde ele conseguiu emprego. Esta firma do distrito viçosense de Coimbra intermediava o comércio de café entre produtores e exportadores, expondo Bernardes ao mundo rural. Esta experiência continuou no seu emprego seguinte, na firma Adriano Teles, em Visconde do Rio Branco, onde ele chegou aos 18 anos, em 1894, à posição de guarda-livros (contador). O cargo era o mais alto que um empregado poderia alcançar[13][14] e dava acesso a informações confidenciais, provando que ele era um empregado de confiança. Sua vida em Rio Branco o expôs à problemática da modernização das técnicas agrícolas, pois o grupo empresarial propagandeava os produtos brasileiros no exterior.[15]

Direito e jornalismo[editar | editar código-fonte]

Corpo discente do Instituto de Ciências e Letras em 1899; Bernardes, professor de português e latim, está na quinta coluna

Com sua família em melhor condição financeira, pôde ao final de 1894 matricular-se no Externato do Ginásio Mineiro em Ouro Preto, aproveitando um decreto do governo estadual que abria matrículas avulsas. Ali estudou para os exames preparatórios (equivalentes ao vestibular) enquanto morava numa pensão e trabalhava em vários jornais e brevemente como estafeta dos Correios e Telégrafos. Por influência do pai e do Caraça, matriculou-se na Faculdade Livre de Direito, inicialmente como aluno ouvinte, em 1896, antes de passar nos exames e entrar no segundo ano em 1897.[14][5]

Como estudante do Direito, fez amizade com seu colega e futuro aliado político Raul Soares de Moura, além de conhecer outras figuras de futura relevância política como Fernando de Melo Viana e José Vieira Marques. Em março ele se voluntariou ao Batalhão Patriótico Bias Fortes, no contexto da Guerra de Canudos, mas a unidade nunca saiu para a luta. Politicamente, Bernardes estava entre os admiradores de Floriano Peixoto, Presidente da República, de 1891 a 1894. A data da Abolição foi comemorada com a criação do jornal Academia, do qual ele foi redator. No ano seguinte a Faculdade de Direito foi transferida para a Cidade de Minas, atual Belo Horizonte, mas Bernardes, Raul Soares e outros preferiram a transferência à Faculdade de Direito de São Paulo, que oferecia oportunidades muito melhores na vida pública; a única alternativa para a elite política com formação em Direito era a Faculdade de Direito do Recife.[16][17] Dos doze presidentes da Primeira República, sete tiveram diplomas da Faculdade paulista.[18]

Em São Paulo, sustentou-se como revisor do Correio Paulistano, fiel no Cartório de Notas do pai do senador Álvaro de Carvalho e professor de português e latim no Instituto de Ciências e Letras de São Paulo.[19] Bernardes e Raul Soares fizeram amizade com mais um mineiro na Faculdade, Arduíno Bolívar, e possivelmente integraram uma sociedade secreta acadêmica, a Bucha. Nas férias, o contato era mantido através de cartas, e num desses períodos, em 1899, Bernardes ganhou fama defendendo um réu no foro criminal de Viçosa. O acusador era seu pai. Ao receber o título de bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais, em dezembro de 1900, ele optou pela carreira na advocacia. Prestigiado entre os colegas, foi escolhido para o discurso de encerramento. Chegando a Viçosa, foi recebido com uma manifestação na estação ferroviária e um baile.[19][16] O título de bacharel em Direito elevou seu status social. A comarca tinha poucos advogados diplomados, e seus companheiros de profissão tinham forte presença no Estado republicano, pois intermediavam os interesses públicos e privados.[20]

Aos 25 anos, ainda em 1900, ele abriu um escritório em Viçosa. Pouco depois seu pai exonerou-se do cargo de promotor de justiça para evitar o conflito de interesse com a carreira do filho. Os dois anos seguintes foram de viagens constantes às comarcas vizinhas. Além da advocacia, Bernardes passou a trabalhar no semanário Cidade de Viçosa, de propriedade de um chefe político local, o senador Carlos Vaz de Melo,[21] líder de diretórios e correligionários locais do Partido Republicano Mineiro (PRM), o único no estado.[22] O PRM representava os interesses do sul mineiro e da Zona da Mata,[23] e Viçosa era um município de significativa produção agrícola na Mata, embora não fosse um dos maiores na região.[24] O interesse de Bernardes pela política era visível. Desde sua época acadêmica, o Cidade de Viçosa apresentava-o como membro da elite local e representante de valores burgueses, e ele publicou diversos artigos no periódico,[25] entre eles uma matéria sobre a revisão da Constituição em 1901.[26]

Casamento e filhos[editar | editar código-fonte]

A família em 1932: Clélia Bernardes senta ao centro, tendo seu marido em pé á direita na foto

A paixão por Clélia Vaz de Melo, filha de Carlos Vaz de Melo, abriu as portas ao mundo político quando o senador autorizou o casamento, que ocorreu em 15 de julho de 1903. Artur Bernardes agora era o herdeiro político do sogro.[8] O namoro já durava uma década, mas Carlos não permitiu o casamento antes do final do curso.[27] O casal teve oito filhos: Clélia, Artur, Maria da Conceição, Dhalia, Rita, Sylvia, Geraldo e Maria de Pompeia.[28] Destes, Artur Bernardes Filho seguiu na carreira do pai e foi deputado federal, constituinte, senador e vice-governador de Minas Gerais, chegando à posição de ministro da Indústria e Comércio em 1961.[29]

Os Vaz de Melo-Bernardes tornaram-se um dos grupos familiares que dominavam, com certa estabilidade, as zonas, regiões, distritos eleitorais ou municípios de Minas Gerais.[30] As propriedades rurais da família foram diretamente beneficiadas por algumas das decisões fiscais, orçamentárias e tributárias elogiadas no Cidade de Viçosa, como a redução dos preços na Estrada de Ferro Leopoldina.[31] Artur Bernardes apareceu no Almanaque Laemmert de 1907 como fazendeiro da região de Viçosa,[32] e ao longo da vida foi cafeicultor e diretor-proprietário de uma usina de açúcar em Ponte Nova.[33]

Ascensão política[editar | editar código-fonte]

Vereador[editar | editar código-fonte]

A participação nas eleições não foi imediata, e Bernardes recusou uma oferta do sogro para apoiar uma candidatura a deputado federal. Em vez disso, Vaz de Melo designou seu genro para recepcionar o Presidente do Estado (governador) Francisco Sales e outros políticos. Bernardes gradualmente fez contatos e demonstrou sua retórica.[34] Em 1904 ele concorreu a vereador especial pelo distrito viçosense de Teixeiras. Apesar de suas declarações prévias sobre a reforma da Constituição, em outubro ele alegou no Cidade de Viçosa que não desejava cargos eletivos e só figurou na chapa do PRM em última hora, "cedendo às ordens de amigos do Distrito".[35]

Em 19 de novembro os 52 eleitores do Distrito o elegeram por unanimidade. Carlos Vaz de Melo morreu três dias depois, e em janeiro Bernardes sucedeu-o na direção do Cidade de Viçosa, que passou a cobrir temas extramunicipais e sustentar as opiniões políticas do vereador. No primeiro dia do ano ele publicou mais uma defesa de reforma da Constituição, prometendo que "dará esta folha encarniçado e impiedoso combate à ideia, propugnada por alguns, de nada se alterar nessa lei fundamental". Esta ambição seria concretizada duas décadas depois, quando ele assumiu a Presidência.[36][37] O programa apresentado no artigo era de valorização do município e defesa dos interesses da lavoura, comércio e indústria.[38] Outros artigos discutiam os problemas da cafeicultura local e alternativas de produção, representando os interesses dos produtores e comerciantes.[39] Seu discurso era compatível ao do governador João Pinheiro, cujas pautas incluíam o incentivo à educação e à policultura.[40]

Em junho de 1905 ele foi nomeado coronel da Guarda Nacional, o que legitimava seu poder local e conferia honras e regalias.[41] Eleito presidente da Câmara Municipal no mês seguinte, preferiu permanecer na vice-presidência. No ano seguinte ele foi novamente eleito, aceitou e foi investido como agente executivo, equivalente a prefeito.[42] O agente executivo era escolhido pela Câmara.[43] Num Congresso de Municipalidades em Leopoldina, em outubro de 1907, foi convidado pelo deputado Ribeiro Junqueira para discursar em nome dos chefes do Executivo na região.[44][42]

Esta rápida ascensão não foi aceita por todos os veteranos; José Teotônio Pacheco, chefe político viçosense e antigo aliado de Vaz de Melo, rompeu suas ligações com Bernardes e liderou a oposição municipal. Os "bernardistas" e "pachequistas" disputaram o poder em Viçosa por uma década. Na eleição de um vereador em 1906 e na renovação de toda a Câmara no final do ano seguinte, os bernardistas ganharam com pequena margem de votos.[44][45] O Cidade de Viçosa acusava os pachequistas e seu jornal A Reação de falta de patriotismo e republicanismo.[46] Bernardes correspondia-se com João Pinheiro, jurando seu apoio e fazendo diversos pedidos para Viçosa.[47]

Deputado e Secretário de Finanças[editar | editar código-fonte]

Bernardes ao centro, entre dois outros deputados estaduais, em 1907

O prestígio do sogro falecido ainda foi suficiente para que Bernardes fosse incluído na lista de candidatos a deputado estadual pelo PRM e eleito pela segunda circunscrição em março de 1907. Na Câmara estadual, foi eleito secretário da mesa em 1907 e 1908, discursou sobre os problemas da agricultura e ajudou a aprovar a reforma tributária de João Pinheiro. Este último posicionamento facilitou sua indicação à concorrência para deputado federal em 1909.[32][42] Os candidatos à bancada federal mineira eram coronéis ou intelectuais, ambos escolhidos pelo governador e a Comissão Executiva do PRM, a "Tarasca", composta em sua maioria de políticos do sul mineiro. O partido orgulhava-se de promover a carreira de jovens talentos.[48] Seu domínio era elitista e centralizado, controlando as nomeações políticas, pressionando a imprensa, cooptando grupos de pressão e garantindo seus votos através do coronelismo, o voto de cabresto e a fraude.[49] Ser escolhido como candidato do PRM era equivalente a ser eleito.[8]

Francisco Bernardino Rodrigues Silva, advogado de Juiz de Fora e ocupante passado da vaga, concorreu como independente contra Bernardes, com o apoio dos pachequistas de Viçosa. Em janeiro de 1909 ele conseguiu mais votos do que o rival, mas uma Comissão de Reconhecimento de Poderes cujo relator foi Altino Arantes cassou 2 552 votos de Bernardes em Viçosa e 3 339 de Bernardino em Juiz de Fora. Sob ordens do PRM, a Câmara aprovou a decisão e Bernardes foi diplomado com mais de mil votos acima do concorrente. Segundo Afonso Arinos de Melo Franco, o PRM confirmou Bernardes por ser ele "um jovem e enérgico chefe", "experimentado comandante do oficialismo em uma das mais duras lutas municipais da Zona da Mata".[50][42]

Retrato como secretário de Finanças em 1913

Neste primeiro período na Câmara federal, Bernardes não teve destaque nem participou das comissões técnicas. Sua maior realização foi em Viçosa, onde garantiu ao presidenciável Hermes da Fonseca a maioria dos votos na eleição de 1910.[50][42]

Em 7 de setembro de 1910 renunciou ao mandato e retornou a Belo Horizonte para assumir a Secretaria de Finanças estadual, por nomeação do governador Júlio Bueno Brandão. Minas Gerais era uma das maiores economias do país, e portanto o cargo impulsionou ainda mais sua carreira. Sua gestão concentrou-se em aumentar a arrecadação, criando coletorias de impostos, negociando a taxação dos produtos mineiros escoados por São Paulo e Espírito Santo e reorganizando a Recebedoria de Minas Gerais no Rio de Janeiro.[51][52] Essas medidas não deixaram de ter um viés regionalista, evitando ferir os interesses da cafeicultura da Zona da Mata.[53] Nesse período foram criados a Caixa Beneficiente dos Funcionários do Estado e o Banco Hipotecário e Agrícola, futuro Banco do Estado de Minas Gerais. Em 1911, novas modalidades de empréstimos a longo prazo aos municípios beneficiaram administrações na Zona da Mata e sul mineiro, numa política municipalista que renderia dividendos eleitorais. Bernardes deixou a Secretaria ao final do governo de Bueno Brandão, em setembro de 1914, e em janeiro seguinte foi o candidato a deputado federal com mais votos na circunscrição. Neste segundo período na Câmara federal ele presidiu a Comissão Especial do Código de Contabilidade.[51][52]

Governo de Minas Gerais[editar | editar código-fonte]

Bernardes discursa no banquete dos candidatos ao governo estadual

O deputado Gomes Lima encontrou Bernardes em Viçosa, no início de 1917, para relatar a escolha de Américo Lopes, secretário do Interior do governador Delfim Moreira, como candidato do PRM ao Executivo estadual. Bernardes confirmou sua aceitação numa carta ao governador.[54] Américo Lopes era o candidato do senador ex-governador Francisco Sales,[54][55] presidente da Comissão Executiva do PRM[56] e líder de uma das três facções existentes no Partido até 1918. As outras duas eram os biistas de Bias Fortes e os "viuvinhas" de Silviano Brandão. Os políticos da Mata eram normalmente salistas.[57] O nome de Américo Lopes foi contestado por Raul Soares, o secretário da Agricultura, que sentia que sua região da Mata (ele era de Ubá) estava desprestigiada. Argumentando a incapacidade moral da candidatura dos secretários, especialmente o do Interior, ele convenceu o Presidente da República, o mineiro Venceslau Brás, a vetar a candidatura. O resultado foi uma lista de candidatos, mas ela omitia Bernardes. Ainda sentindo que a Mata foi preterida, ele convenceu o presidente a apoiar o nome do deputado de Viçosa.[58][59]

O nome foi acatado pelo governador e oficializado pela Comissão Executiva em junho, reunificando o partido. O vice-governador foi o senador estadual Eduardo Amaral.[58][59] Embora eleito novamente deputado, Bernardes renunciou ao mandato para tomar posse no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte,[60] em setembro de 1918. O secretariado foi montado com figuras ilustres: Raul Soares e depois Afonso Pena Júnior no Interior, Afrânio de Melo Franco e depois João Luís Alves nas Finanças e Clodomiro de Oliveira na Agricultura, Indústria, Terras, Viação e Obras Públicas.[56]

Hegemonia no PRM[editar | editar código-fonte]

Sátira na revista carioca O Malho sobre a exclusão dos salistas da chapa do PRM

Tão logo assumiu, o novo governador rompeu com o "salismo",[61] visto por ele e Raul Soares como símbolo da velha política coronelística, e portanto, alvo a ser erradicado.[56] De posse da máquina do Estado, os postos da administração foram entregues a elementos leais.[62] Nas eleições, 72% da Câmara e 50% do Senado estadual foram renovados.[63] Deputados e senadores salistas foram "degolados", isto é, seus votos não foram reconhecidos pela Câmara.[64] Em fevereiro de 1919 o governador fez a "Tarasca" aceitar sua lista de candidatos para um quarto dos senadores e todos os deputado.[65] A partir da convenção de 17 de setembro, cada delegado não poderia representar mais de cinco distritos locais. Na Comissão Executiva, todos os ex-governadores tornaram-se membros perpétuos, criaram-se três novos lugares e a presidência e secretaria teriam que mudar anualmente.[66]

Dentro de dois anos, Bernardes impôs sua autoridade sobre a Tarasca e os coronéis.[62] O combate ao coronelismo obviamente não afetou seus aliados,[66] mas estes eram líderes mais jovens, intelectualizados, com algumas ligações ao setor industrial[61] e concentrados no desenvolvimento econômico.[67] Efetuou-se uma verdadeira transição de gerações no PRM. A primeira geração, responsável pela consolidação da República em Minas Gerais, foi substituída por outra que entrou na vida pública por volta dos anos 1910. O sul mineiro perdeu sua predominância na política estadual e a Zona da Mata ganhou espaço.[61] Os membros do governo passaram a dever fidelidade ao governador e não à Comissão Executiva.[62] mas esta era do poder pessoal não durou; assim que Bernardes deixou o governo estadual, o PRM voltou ao sistema colegiado da Tarasca.[67] Nos anos seguintes a estrutura partidária bernardista esteve imune ao racha ocorrido no Partido Republicano Paulista, que enfrentou a dissidência do Partido Democrático, mas encontrou divisões a partir de 1930.[61]

Eleição presidencial de 1919[editar | editar código-fonte]

Dois mineiros, Artur Bernardes e Melo Franco, foram cogitados para concorrer à Presidência na eleição agendada para abril de 1919.[68] Por motivos de saúde o vencedor do pleito de 1918, Rodrigues Alves, nunca chegou a assumir, e seu vice Delfim Moreira governou por cerca de oito meses até que fosse escolhido um sucessor.[69][70] Bernardes recusou uma candidatura própria, que seria de interesse às elites mineiras, e insistiu que os três estados mais fortes (Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul) decidissem um novo nome. Especulam-se vários motivos para sua recusa, como temores de falta de apoio paulista e rio-grandense ou má reação da opinião pública, pois um mineiro já ocupava a Presidência, e a inconveniência de interromper uma administração recém-empossada.[71] Seria preciso primeiro acumular prestígio no governo estadual.[72][73]

Mesmo sem concorrer, Bernardes conseguiu posicionar-se como o árbitro da sucessão.[74][75] A 9 de fevereiro a Tarasca investiu-o da liderança das negociações mineiras. João Luís Alves e Raul Soares foram seus emissários.[76] No dia 25[77] ele presidiu no prédio do Senado, no Rio de Janeiro, a Convenção para oficializar o paraibano Epitácio Pessoa como candidato situacionista. Os políticos paulistas ressentiram-se do líder mineiro por sua recusa em apoiar uma candidatura de Altino Arantes, governador de São Paulo.[78] Epitácio, candidato neutro entre os três maiores estados, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, foi o resultado da rejeição dos dois últimos a Altino. A proposta de seu nome partiu dos mineiros e foi acatada pelos paulistas. Sua vitória na eleição não foi nenhuma surpresa.[79][77] A aliança mineiro-paulista, no poder desde 1914, ainda se manteve.[80]

Reformas e obras[editar | editar código-fonte]

Prédio Arthur Bernardes, o principal da Universidade Federal de Viçosa, em 2015

A administração Bernardes privilegiou a Zona da Mata.[81] A educação foi prioridade no programa e avanços efetivos foram obtidos no ensino público médio e superior.[82] Construíram-se 13 grupos escolares e 421 escolas isoladas no ensino primário e secundário.[81] Um novo regulamento para o ensino agropecuário ambulante, em 12 de julho de 1920, reforçou o ensino prático ministrado pelas escolas distritais e rurais.[83] No ensino superior o governo criou o Instituto de Química Industrial e ampliou as clínicas da Faculdade de Medicina de Belo Horizonte.[81]

Um destaque foi a Escola Superior de Agricultura e Veterinária (ESAV), futura Universidade Federal de Viçosa.[84] Em 6 de setembro de 1920 o governador iniciou com um decreto o processo de criação.[10] A sede seria numa região de predominância de pequenas e médias propriedades cafeicultoras na Zona da Mata, que dependeriam da modernização agrícola para resistir às pressões das políticas de valorização do café. A cidade escolhida foi Viçosa, justamente a origem do governador.[84] Segundo o livro A Universidade Federal de Viçosa no Século XX, publicado pela Editora UFV, a localização da escola não foi decisão arbitrária do governador e levou em conta a topografia, disponibilidade de água e proximidade à Estrada de Ferro Leopoldina. O ensino seria em moldes americanos. A inauguração só ocorreu em 1926.[85] Nos anos seguintes a ESAV não impediu a crise da cafeicultura da Mata, mas se tornou referência nacional,[86] cultivando uma elite intelectual agronômica na administração pública, setor privado e academia.[87]

Na agricultura, a administração Bernardes deu favores ao Banco de Crédito Real de Minas Gerais e ao Banco Hipotecário e Agrícola, esperando atenuar a insolvência das cooperativas rurais.[88] A administração reduziu os impostos de exportação de café, gado e cereais e manteve a garantia de preços do café,[81] que segundo o governador, merecia mais atenção.[89] Por sugestão do Executivo, em 20 de setembro de 1919 os legisladores aprovaram uma reforma do imposto territorial, buscando coibir fraudes e subterfúgios na declaração dos valores da terra.[90] Há muitos anos esse imposto era discutido em Minas Gerais como forma de desincentivar o latifúndio improdutivo,[91] e um dos pontos do programa econômico do PRM era a "remodelação do regime tributário, assentado no imposto territorial e no de renda, com a supressão gradual do da exportação à receita orçamentária do Estado".[92]

Uma lei sobre o fornecimento de máquinas agrícolas pela Secretaria da Agricultura foi aprovada em 1919, mas só seria efetivamente posta em prática no governo seguinte.[93] Para outro ponto do programa, o "povoamento do território do Estado",[92] fundaram-se quatro grandes colônias mistas de imigrantes alemães e agricultores nacionais: Álvaro da Silvera, Bueno Brandão, David Campista e Francisco Sá.[94] A expansão da rede viária, mencionada no programa,[92] incluiu a construção de 1 498 quilômetros de estradas de rodagem, 138 pontes, subvenção a outras estradas de rodagem e a aquisição pelo governo das Estradas de Ferro Paracatu e Goiás.[95]

A Força Pública de Minas Gerais recebeu investimentos no treinamento e equipamento. Antevendo a turbulência política dos anos seguintes, em setembro de 1922 Bernardes fixou em quatro mil homens o efetivo, um aumento de mil em relação ao existente, e promoveu numerosos oficiais. A oficialidade desta força militar recebeu os investimentos com simpatia e permaneceria leal ao presidente nos anos seguintes, quando seus inimigos em combate apelidariam seus policiais de "esbirros de Bernardes".[96][97]

A questão do ferro[editar | editar código-fonte]

Rei Alberto I da Bélgica, ao centro, com Bernardes à sua esquerda na foto

A ambição industrial bernardista era transformar o vale do Rio Doce no "vale do Ruhr" brasileiro, um complexo de mineração, ferrovias, siderúrgicas e portos entre Minas Gerais e Espírito Santo.[98] A produção siderúrgica nacional era incipiente,[99] e Minas Gerais tinha grandes jazidas não aproveitadas de minério de ferro.[100] Bernardes e Raul Soares queriam uma indústria siderúrgica e eram contrários à simples exportação do minério.[101] O modelo pretendido pelo secretário de Agricultura Clodomiro de Oliveira era de pequenas usinas movidas a energia elétrica, carvão vegetal e carvão mineral de Santa Catarina.[102] O carvão vegetal trazia o problema do desmatamento, do qual Bernardes estava ciente. Seus discursos esboçaram preocupação com a "conservação das selvas e rearborização do Estado, ameaçado de ver grandes porções de seu território transformadas em zonas descalvadas e estéreis".[93]

Em setembro de 1919 o Congresso mineiro baixou o imposto de exportação do minério para empresas que transformassem em ferro e aço pelo menos 5% da quantia exportada. Caso contrário, a taxa seria cem vezes maior.[103] Diversas usinas de aço foram fundadas nesse período sob o estímulo do governo estadual, todas de baixa produção.[101] A exceção era a Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira (CSBM),[104] a primeira siderúrgica integrada de médio porte do país, cuja usina em Sabará iniciou as atividades em 1925. Embora longe de tornar o país autossuficiente, ela fez Minas exportar siderúrgicos aos demais estados. A CSBM foi fruto de negociações iniciadas durante a visita do rei Alberto I da Bélgica ao Brasil em 1920; Bernardes convidou-o a Minas para atrair o capital belga, e o governo estadual fez um acordo com uma empresa brasileira, a Companhia Siderúrgica Mineira, e outra belgo-luxemburguesa, a ARBED [fr].[105][102]

Trabalhadores da CSBM, instalada com capital belga, em 1925

A atitude do governo mineiro foi muito diferente para com o sindicato do investidor americano Percival Farquhar,

o governo mineiro duvidava da promessa de uma grande usina siderúrgica[106]

não era uma posição extremada contra o sindicato americano[102]

Eleições de 1922[editar | editar código-fonte]

Escolha como candidato[editar | editar código-fonte]

Desde a eleição de 1919 era visível que Bernardes poderia ocupar a Presidência, mesmo que tivesse que aguardar a eleição seguinte.[107]

"Porque é mineiro, não se compromete, é tenaz e usa calças sempre bem vincadas"[60]

[108]

Campanha presidencial[editar | editar código-fonte]

Semelhança de programas de governo[109]

Reação militar[editar | editar código-fonte]

Presidência[editar | editar código-fonte]

Gabinete[editar | editar código-fonte]

Panorama econômico[editar | editar código-fonte]

de ideias ortodoxas, era contrário à emissão de moeda sem lastro[110]

Criação do imposto de renda[111] Em 1923 o Estado tornou-se acionista majoritário do Banco do Brasil[112]

estendeu ao governo federal as políticas de ensino e aparelhamento agrícola aplicadas em Minas Gerais[113] instituições criadas pelo governo anterior, como o Serviço de Indústria Pastoril e o Serviço de Inspeção e Fomento Agrícolas[113] regulamento do Serviço de Algodão[114] Fomentou o lado econômico e científico de instituições como o Museu Nacional, Jardim Botânico e Instituto Biológico[115]

Legislação trabalhista[editar | editar código-fonte]

Esses foram os primeiros passos na organização de um sindicalismo oficial, que seria implantado depois de 1930.[116]

Intervenção federal no Rio de Janeiro[editar | editar código-fonte]

Guerra no Rio Grande do Sul[editar | editar código-fonte]

Lei de Imprensa[editar | editar código-fonte]

Julgamento dos 18 do Forte[editar | editar código-fonte]

Estado de sítio na Bahia[editar | editar código-fonte]

Relação com a Igreja Católica[editar | editar código-fonte]

O presidente e o cardeal Arcoverde confirmam a reaproximação entre Igreja e Estado

Em 4 de maio o Presidente da República e todo o ministério compareceram ao jubileu de ouro de D. Arcoverde, arcebispo do Rio de Janeiro e primeiro cardeal brasileiro - uma visita inédita desde a separação entre a Igreja Católica e o Estado brasileiro e uma exposição pública de sua reaproximação, que já começara no governo anterior. Os interesses de ambos nem sempre foram compatíveis ao longo do mandato; após a revolta de julho de 1924, Bernardes criticou como excessiva a proteção da Igreja aos presos políticos, e no ano seguinte seu governo silenciou as reivindicações católicas ao projeto de reforma da Constituição. Ainda assim, em 1925 o Jornal do Commercio pôde afirmar que "nunca os problemas nacionais da instrução e de catequese dos índios tiveram tanto apoio das obras católicas como neste momento. E o governo tem sempre contado, absolutamente, com a colaboração patriótica do Episcopado e do clero em geral".[117]

Revoltas militares[editar | editar código-fonte]

Repressão política[editar | editar código-fonte]

A defesa do café[editar | editar código-fonte]

Ajuste deflacionário[editar | editar código-fonte]

verbas extras tiveram que ser gastas com as revoltas militares[111]

O corte de gastos atingiu os investimentos contra a seca no Nordeste iniciados no governo anterior, sob a justificativa de que as obras haviam tido sucesso. Epitácio Pessoa havia custeado a importação de máquinas, equipamentos e cimento para a construção de açudes e estradas na região, o que não agradava nem aos cafeicultores paulistas e nem aos coronéis locais. Em 1925 somente 3 827 contos de réis foram gastos nesse projeto.[118]

Reforma educacional[editar | editar código-fonte]

Expansão do estado de sítio[editar | editar código-fonte]

Na mensagem presidencial, propôs a restrição das armas de fogo a militares e policiais, mas a ideia não foi levada adiante.[119]

Saída da Liga das Nações[editar | editar código-fonte]

Reforma constitucional[editar | editar código-fonte]

[120]

Sucessão presidencial[editar | editar código-fonte]

Carreira pós-presidência[editar | editar código-fonte]

Luís Aranha, irmão de Osvaldo Aranha, o Secretário do Interior do Rio Grande do Sul, visitou Bernardes em abril para informá-lo dos planos. Ele relata que o ex-presidente deixou uma impressão muito forte e não tinha motivo ideológico para apoiar a revolução, mas a considerava necessária e inevitável. Propôs a organização de um conselho de ex-presidentes após a tomada do poder.[121] Segundo o deputado Daniel Serapião de Carvalho, Bernardes foi o político mineiro mais difícil para se conquistar à causa revolucionária, mas permaneceu fiel a ela até o fim.[122]

os bernardistas não puderam impedir a ascensão da geração seguinte da política mineira[123]

Revolução Constitucionalista[editar | editar código-fonte]

Prefeitos e fazendeiros da região de Viçosa aceitaram a liderança do ex-presidente num esforço de guerra, no qual recrutaram voluntários e compraram armas, fardas e alimentos. As tropas governistas suprimiram esta milícia e Bernardes escondeu-se, passando uma noite em cada fazenda. Investigadores prenderam-no numa choupana na mata, de roupas rasgadas e revólver na cintura. Ele não resistiu à prisão, mas pediu para passar mais três dias em Viçosa e prosseguir a Belo Horizonte sem escolta. Ele foi informado que não era "autoridade maior" e embarcado num trem para o Rio de Janeiro.[124]

Retorno do exílio[editar | editar código-fonte]

a exploração do vale do Rio Doce foi desenvolvida sob a estatal epônima, mas a primeira grande siderurgia estatal do país, a Companhia Siderúrgica Nacional, foi instalada no Rio de Janeiro e não em Minas Gerais.[105]

Ideologia e reputação[editar | editar código-fonte]

Alberto Torres e João Pinheiro[125] Pelo florianismo, Bernardes é citado como um jacobino, rótulo ideológico que podia significar radicalismo, nacionalismo e/ou autoritarismo nesse período histórico. As ações de Bernardes nos governos mineiro e federal demonstram simpatia às linhas gerais do programa jacobinio brasileiro: a proteção da indústria, nacionalização do solo, exclusão dos estrangeiros da política, auxílio à pequena propriedade e reforma das tarifas.[126] municipalismo[127]

desenvolvimentismo mineiro[128] Estado Forte[129] "voluntarismo e dirigismo do Estado regulador"[130] permanência no poder das elites agrárias, agora associadas às industriais[131] Executivo forte[82] segundo Afonso Arinos, "se o governo de Bernardes em Minas foi, como se diz, ditatorial, não há dúvida de que se tratava de uma espécie de 'ditadura esclarecida'".[132]

colaboração entre a Igreja e o Estado e retomada da educação moral nas escolas[133]

a historiografia mais favorável prefere apresentar essas medidas como reação às atitudes da oposição. Releitura nacional-autoritária do reformismo de Pinheiro[134]

Disciplinado, diligente, inteligente e bem informado[8] Aparentemente tímido, expressava-se bem e escrevia com correção, embora preferisse ouvir do que falar diante dos ministros. "hábitos austeros, aspecto severo, sempre sisudo; raramente sorria". Podia ser visto todas as tardes a rezar o terço no terraço do Catete.[135] Descrição do comportamento[60]

PR sobreviveu com o culto a Bernardes[136]

Homenagens[editar | editar código-fonte]

Em 1995 o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha) de Minas Gerais tombou a Casa Artur Bernardes, localizada na praça Silviano Brandão, em Viçosa. A casa foi construída durante seu mandato presidencial, frequentada esporadicamente por ele e hoje contém um memorial.[85]

Notas e referências[editar | editar código-fonte]

Notas

Citações[editar | editar código-fonte]

  1. Oliveira 2019, p. 31.
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Bibliografia[editar | editar código-fonte]

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