Novichok

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Novichok (em russo: Новичок, "recém-chegado") é uma série de agentes nervosos que a União Soviética e a Rússia desenvolveram entre 1971-1993.[1][2][2][3] Os cientistas russos que desenvolveram os agentes afirmam que são os mais mortíferos de todos os tempos, com algumas variantes possivelmente cinco a oito vezes mais potentes do que o VX[4][5] e outras até dez vezes mais potentes que o soman.[6]

Eles foram projetados como parte de um programa soviético de codinome "FOLIANT".[1][7] Acredita-se que cinco variantes de novichok tenham sido armadas para uso militar.[8] O mais versátil foi p A-232 (Novichok-5).[9] Agentes novichok nunca foram usados ​​no campo de batalha. Theresa May, então primeira-ministra do Reino Unido, disse que um desses agentes foi usado no envenenamento de Sergei e Yulia Skripal no Reino Unido em março de 2018.[10] A Rússia oficialmente nega a produção ou a pesquisa de agentes novichok.[11]

Em 2013, o Conselho Consultivo Científico da Organização para a Proibição de Armas Químicas informou que não dispunha de informações suficientes para comentar sobre a existência ou as propriedades dos agentes novichok[12] e, em 2011, observou que não havia nenhum trabalho revisado por pares sobre os agentes da novichok em termos científicos na literatura especializada.[13] Em 2016, químicos iranianos sintetizaram cinco agentes Novichok para análise e produziram dados espectrais de massa detalhados que foram adicionados à Base de Dados Analítica Central da Organização para a Proibição de Armas Químicas.[14]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Tucker 2006, p. 231
  2. a b Global Proliferation of Weapons of Mass Destruction: Hearings Before the Permanent Subcommittee on Investigations of the Committee on Governmental Affairs, 104th Cong. 400 (1995) (Testimony of Vil S. Mirzayanov)
  3. Tucker 2006, p. 231-233
  4. Birstein 2004, p. 110
  5. Albats 1994, p. 325-328
  6. Croddy, Wirtz & Larsen 2001, p. 201
  7. Pitschmann 2014, p. 1765
  8. Tucker 2006, p. 233
  9. Tucker 2006, p. 253
  10. Barry, Ellen; Pérez-Peña, Richard (12 de março de 2018). «Britain Blames Russia for Nerve Agent Attack on Former Spy». The New York Times. Consultado em 12 de março de 2018 
  11. Borger, Julian (15 de março de 2018). «UK spy poisoning: Russia tells UN it did not make nerve agent used in attack». The Guardian. Consultado em 15 de março de 2018 
  12. Report of the Scientific Advisory Board on developments in science and technology for the Third Review Conference (PDF) (Relatório). Organisation for the Prohibition of Chemical Weapons. 27 de março de 2013. p. 3. RC-3/WP.1. Consultado em 15 de março de 2018 
  13. Report of the Sixteenth Session of the Scientific Advisory Board (PDF) (Relatório). Organisation for the Prohibition of Chemical Weapons. 6 de abril de 2011. p. 7. SAB-16/1. Consultado em 15 de março de 2018 
  14. Vooght-Johnson, Ryan De (1 de Janeiro de 2017). «Iranian chemists identify Russian chemical warfare agents». SpectroscopyNow 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

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