Usuário:Gustavo Siqueira/Testes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A hierarquia urbana do Brasil é a estruturação hierárquica dos centros urbanos brasileiros, refletindo o grau de subordinação e intensidade dos variados fluxos existentes entre essas cidades. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) produziu o estudo mais recente dedicado ao tema, o "Regiões de Influência das Cidades (REGIC) 2018". Mas há outras publicações derivadas e anteriores à de 2018 do IBGE, como o "Divisão do Brasil em regiões funcionais urbanas", de 1966, e os REGIC de 1978, 1993 e 2007.[1][2]

REGIC 2018[editar | editar código-fonte]

De acordo com a classificação do IBGE,[2] há quatro níveis na hierarquia urbana, com dois ou três subníveis em cada. São eles: metrópoles (grande metrópole nacional, metrópole nacional e metrópole), capitais regionais (A, B e C), centros sub-regionais (A e B) e centros de zona (A e B).[2] Por fim, há os centros locais, que são representados pelos restantes dos municípios em que a sua importância não extrapola os limites municipais.

Metrópoles[editar | editar código-fonte]

São Paulo: grande metrópole nacional.
Rio de Janeiro: metrópole nacional.
Recife: metrópole.

A partir dos principais centros urbanos do Brasil, foram identificadas redes urbanas associadas às metrópoles, denominadas "redes de influência".[2] Com base nesse estudo, as metrópoles brasileiras foram subdivididas em três níveis:      grande metrópole nacional,      metrópoles nacionais e      metrópoles.[2]

Rede urbana Unidades federativas abrangidas População (2018)
São Paulo  São Paulo /  Minas Gerais /  Mato Grosso do Sul /  Paraná 49 295 747
Recife  Pernambuco /  Paraíba /  Rio Grande do Norte /  Alagoas /  Sergipe / Bahia Bahia /  Ceará /  Piauí 23 601 254
Belo Horizonte  Minas Gerais /  São Paulo /  Rio de Janeiro /  Espírito Santo /  Goiás 21 069 799
Fortaleza  Ceará /  Piauí /  Maranhão /  Tocantins / Pará Pará /  Pernambuco 20 109 664
Rio de Janeiro  Rio de Janeiro /  Minas Gerais 17 296 239
Salvador Bahia Bahia /  Minas Gerais 14 471 227
Curitiba  Paraná /  Mato Grosso do Sul /  Santa Catarina 11 654 092
Brasília  Distrito Federal /  Goiás /  Minas Gerais /  Mato Grosso /  Rondônia /  Acre / Bahia Bahia /  Tocantins /  Maranhão /  Piauí 11 649 359
Porto Alegre  Rio Grande do Sul 11 293 956
Belém Pará Pará /  Amapá /  Maranhão /  Tocantins 9 335 660
Goiânia  Goiás /  Minas Gerais /  Tocantins / Pará Pará /  Mato Grosso 8 269 552
Florianópolis  Santa Catarina /  Rio Grande do Sul 7 138 738
Manaus  Amazonas /  Roraima 4 490 260
Vitória  Espírito Santo / Bahia Bahia /  Minas Gerais 4 468 927
Campinas  São Paulo 4 396 180

Capitais regionais[editar | editar código-fonte]

As capitais regionais são o segundo nível da gestão territorial, e exercem influência no estado e em estados próximos. Subdividem-se em: capitais regionais A, capitais regionais B e capitais regionais C.[2]

Unidade federativa A B C
 Acre - - Rio Branco
 Alagoas Maceió - Arapiraca
 Amapá - - Macapá
 Amazonas - - -
Bahia Bahia - Feira de Santana, Itabuna, Vitória da Conquista Barreiras, Eunápolis, Ilhéus, Juazeiro/Petrolina
 Ceará - Juazeiro do Norte Sobral
 Distrito Federal - - -
 Espírito Santo - - Cachoeiro de Itapemirim
 Goiás - - Anápolis
 Maranhão São Luís - Imperatriz
 Mato Grosso Cuiabá - Rondonópolis, Sinop
 Mato Grosso do Sul Campo Grande - Dourados
 Minas Gerais - Juiz de Fora, Montes Claros, Uberlândia Divinópolis, Governador Valadares, Ipatinga, Poços de Caldas, Pouso Alegre, Sete Lagoas, Teófilo Otoni, Uberaba, Varginha
Pará Pará - - Castanhal, Marabá, Santarém
 Paraíba João Pessoa - Campina Grande
 Paraná - Cascavel, Londrina, Maringá Foz do Iguaçu, Ponta Grossa
 Pernambuco - Caruaru Garanhuns, Petrolina/Juazeiro
 Piauí Teresina - -
 Rio de Janeiro - - Cabo Frio, Campos dos Goytacazes, Macaé/Rio das Ostras, Petrópolis, Volta Redonda/Barra Mansa
 Rio Grande do Norte Natal - Mossoró
 Rio Grande do Sul - Caxias do Sul, Passo Fundo Lajeado, Pelotas, Santa Cruz do Sul, Santa Maria
 Rondônia - Porto Velho Cacoal, Ji-Paraná
 Roraima - - Boa Vista
 Santa Catarina - Blumenau, Chapecó, Criciúma, Itajaí/Balneário Camboriú, Joinville Brusque, Caçador, Joaçaba/Herval d'Oeste, Lages, Tubarão/Laguna
 São Paulo Ribeirão Preto Bauru, São José do Rio Preto, São José dos Campos, Sorocaba Americana/Santa Bárbara d'Oeste, Araçatuba, Araraquara, Catanduva, Franca, Guaratinguetá, Jaú, Jundiaí, Limeira, Marília, Piracicaba, Presidente Prudente, Santos, São Carlos, Barretos
 Sergipe Aracaju - -
 Tocantins - Palmas Araguaína

REGIC 2007[editar | editar código-fonte]

Centros sub-regionais[editar | editar código-fonte]

Os centros sub-regionais é uma categoria de cidade da hierarquia urbana do Brasil, definida pelo IBGE, que compreende cidades que exercem influência preponderante sobre os demais centros próximos, por se distinguir em bens, serviços, movimentos culturais, movimentos políticos etc. É hierarquizado em dois níveis, A e B, sendo que no primeiro se enquadram 31 centros urbanos e no segundo 51. Isso totaliza 82 centros sub-regionais. São cidades médias que oferecem bens e serviços às cidades menores à sua volta; são menores que as metrópoles nacionais ou regionais.[3][4][5]

Unidade federativa A B
 Acre - Cruzeiro do Sul
 Alagoas - Santana do Ipanema
 Amapá - -
 Amazonas - Parintins, Tefé
Bahia Bahia Guanambi, Irecê, Jacobina, Jequié, Paulo Afonso, Santo Antônio de Jesus, Teixeira de Freitas Alagoinhas, Bom Jesus da Lapa, Brumado, Cruz das Almas, Eunápolis, Itaberaba, Ribeira do Pombal, Senhor do Bonfim, Valença
 Ceará Crateús, Iguatu, Quixadá Itapipoca
 Distrito Federal - -
 Espírito Santo Colatina, São Mateus Linhares
 Goiás Anápolis, Itumbiara, Rio Verde -
 Maranhão Bacabal, Caxias, Pinheiro, Santa Inês Balsas, Chapadinha, Pedreiras, Presidente Dutra
 Mato Grosso Barra do Garças, Cáceres, Rondonópolis, Sinop -
 Mato Grosso do Sul Três Lagoas Aquidauana/Anastácio, Jardim, Corumbá, Coxim, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã
 Minas Gerais Alfenas, Barbacena, Lavras, Manhuaçu, Muriaé, Patos de Minas, Ponte Nova, Ubá, Passos, Poços de Caldas Caratinga, Cataguases, Conselheiro Lafaiete, Itajubá, Ituiutaba, Janaúba, São João del-Rei, São Lourenço, Viçosa
Pará Pará Castanhal, Redenção Abaetetuba, Altamira, Bragança, Breves, Cametá, Capanema, Itaituba, Paragominas, Tucuruí
 Paraíba Cajazeiras, Guarabira, Patos, Sousa Itaporanga
 Paraná Apucarana, Campo Mourão, Cianorte, Francisco Beltrão, Guarapuava, Foz do Iguaçu, Paranaguá, Paranavaí, Pato Branco, Toledo, Umuarama Ivaiporã, Santo Antônio da Platina, União da Vitória
 Pernambuco Garanhuns, Serra Talhada Afogados da Ingazeira, Araripina, Arcoverde, Palmares, Vitória de Santo Antão
 Piauí Floriano, Parnaíba, Picos Campo Maior, São Raimundo Nonato
 Rio de Janeiro Cabo Frio, Itaperuna, Macaé, Nova Friburgo Angra dos Reis, Resende, Teresópolis
 Rio Grande do Norte Caicó, Pau dos Ferros Assu, Currais Novos
 Rio Grande do Sul Bagé, Bento Gonçalves, Erechim, Lajeado, Santa Cruz do Sul, Santa Rosa, Santo Ângelo, Uruguaiana Carazinho, Cruz Alta, Frederico Westphalen
 Rondônia Ji-Paraná Ariquemes, Cacoal, Vilhena
 Roraima - -
 Santa Catarina Caçador, Itajaí, Joaçaba, Lages, Rio do Sul, Tubarão Araranguá, Balneário Camboriú, Brusque, Concórdia, Mafra, São Miguel do Oeste, Videira, Xanxerê
 São Paulo Barretos, Botucatu, Catanduva, Franca, Jaú, Limeira, Ourinhos, Rio Claro, São Carlos, São João da Boa Vista Andradina, Araras, Assis, Avaré, Bragança Paulista, Guaratinguetá, Itapetininga, Itapeva, Registro
 Sergipe - Itabaiana
 Tocantins - Gurupi

Centros de zona[editar | editar código-fonte]

Os centros de zona são municípios ou cidades que apresentam importância regional, limitando-se as imediações/redondezas, exercendo funções elementares de gestão. Também dividem-se em dois níveis: centros de zona A e centros de zona B.[6]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «REGIC 2018: Campinas/SP, Florianópolis/SC e Vitória/ES passam a estar entre as 15 Metrópoles do país». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 25 de junho de 2020 
  2. a b c d e f «Regiões de Influência das Cidades 2018» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 25 de junho de 2020. Consultado em 25 de junho de 2020 
  3. «Configuração da Rede Urbana do Brasil» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Junho de 2001. Consultado em 19 de fevereiro de 2010 
  4. IBGE. Rede de influência das cidades. 2007. Governo Federal do Brasil.
  5. «Hierarquia e rede urbana. O que é rede e hierarquia urbana? - Alunos Online». Alunos Online. Consultado em 18 de agosto de 2016 
  6. «Configuração da Rede Urbana do Brasil» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Junho de 2001. Consultado em 3 de dezembro de 2008 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Predefinição:Hierarquia urbana do Brasil

Categoria:Demografia do Brasil Categoria:Geografia urbana do Brasil Categoria:Urbanismo