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Estação Ferroviária de Oliveira de Frades

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Oliveira de Frades
Administração: Infraestruturas de Portugal (norte)[1]
Linha(s): Linha do Vouga (PK 97+719)
Altitude: 373 m (a.n.m)
Coordenadas:
Mapa
1.ª estação: 40° 43′ 52,74″ N, 8° 10′ 24,02″ O
Mapa

2.ª estação: 40° 43′ 53,08″ N, 8° 10′ 36,49″ O

Município: Oliveira de FradesOliveira de Frades
Inauguração: 30 de janeiro de 1913 (há 112 anos)
Encerramento: 1 de janeiro de 1990 (há 35 anos)
 Nota: Para outras infraestruturas e equipamentos de transporte público com nomes semelhantes ou relacionados, veja Apeadeiro de Oliveira, Estação Ferroviária de Oliveira de Azeméis, Estação Ferroviária de Oliveira do Bairro, Estação Ferroviária de Valado ou Terminal Hidroviário de Ponta de Nossa Senhora.

A Estação Ferroviária de Oliveira de Frades foi uma interface da Linha do Vouga, que servia a vila de Oliveira de Frades, no Distrito de Viseu, em Portugal.

A superfície dos carris (plano de rolamento) da estação ferroviária de Oliveira de Frades ao PK 97+700 situa-se à altitude de 37 300 cm acima do nível médio das águas do mar.[2] O edifício de passageiros situava-se do lado norte da via (lado esquerdo do sentido ascendente, para Viseu).[3][4]

Planeamento e inauguração

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Mapa da Rede do Vouga em 1944, onde se referem várias estações, incluindo a de Oliveira de Frades.

Em 1889, Frederico Palha foi autorizado a construir um caminho de ferro desde a Estação de Espinho até à Linha de Santa Comba Dão a Viseu, com passagem por Oliveira de Frades e outras povoações.[5] Em 1895, foi publicado o projecto para a Linha do Valle do Vouga, onde se confirmava a passagem por esta vila,[6] considerando-se que esta seria uma das localidades mais importantes que iriam beneficiar com a nova linha.[7] Nesta época, o principal meio de transporte em São Pedro do Sul e noutras povoações do vale do Rio Vouga eram as diligências até Estarreja, que eram muito morosas.[7]

Esta gare fazia parte do lanço entre Ribeiradio e Vouzela, que entrou ao serviço no dia 30 de Novembro de 1913,[8] pela Compagnie Française pour la Construction et Exploitation des Chemins de Fer à l'Étranger.[9] A estação foi situada no interior da vila de Oliveira de Frades.[10]

Década de 1940

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Em 1 de Janeiro de 1947, a exploração da Linha do Vouga passou para a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses.[11]

Encerramento e reconversão

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A circulação no lanço entre Sernada do Vouga e Viseu foi encerrada em 2 de Janeiro de 1990, pela operadora Caminhos de Ferro Portugueses.[12]

Em 25 de Março de 2025, o Jornal do Centro noticiou que estavam a decorrer as obras de conversão da antiga gare ferroviária no Centro Interpretativo da Linha do Vale do Vouga, seguindo-se depois a empreitada para a requalificação dos espaços envolventes ao edifício. A autarquia de Oliveira de Frades explicou que estas intervenções estavam integradas num programa municipal para a reabilitação de infraestruturas e de espaços urbanos e históricos, «visando a sua acessibilidade, segurança e inclusão», e referiu que os trabalhos nas áreas exteriores do Centro Interpretativo «permitirão criar ligações sinergéticas entre este espaço cultural, a Ecopista do Vouga e a Igreja de São Pelágio».[13]

Referências literárias

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Igreja de São Pelágio: a segunda localização da estação de Oliveira de Frades situava-se-lhe contiguamente, para sul.

A escritora Horacel Lopes descreveu a estação e o cenário envolvente, durante uma viagem ao longo do vale do Rio Vouga:

Referências

  1. Diretório da Rede 2025. I.P.: 2023.11.29
  2. Linha do Vale do Vouga. Companhia Portugueza para a Construção e Exploração de Caminhos de Ferro: s.l., s.d. (Mapa e tabela de distâncias e altitudes.)
  3. (anónimo): Mapa 20 : Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1985), CP: Departamento de Transportes: Serviço de Estudos: Sala de Desenho / Fergráfica — Artes Gráficas L.da: Lisboa, 1985
  4. Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1988), C.P.: Direcção de Transportes: Serviço de Regulamentação e Segurança, 1988
  5. «Efemérides» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 51 (1225). Lisboa. 1 de Janeiro de 1939. p. 43-48. Consultado em 15 de Março de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  6. «Há Quarenta Anos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 47 (1130). Lisboa. 16 de Janeiro de 1935. p. 40. Consultado em 15 de Março de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  7. a b CORDEIRO, Xavier (6 de Janeiro de 1950). «Há 50 anos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 62 (1489). Lisboa. p. 743. Consultado em 15 de Março de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  8. «Há 50 anos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 76 (1824). Lisboa. 16 de Dezembro de 1963. p. 361. Consultado em 15 de Março de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  9. TORRES, Carlos Manitto (16 de Março de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 71 (1686). Lisboa. p. 133-140. Consultado em 15 de Março de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  10. «Oliveira de Frades» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 60 (1460). Lisboa. 16 de Outubro de 1948. p. 584. Consultado em 15 de Março de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  11. AGUILAR, Busquets de (1 de Junho de 1949). «A Evolução História dos Transportes Terrestres em Portugal» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 62 (1475). Lisboa. p. 383-393. Consultado em 15 de Março de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  12. «CP encerra nove troços ferroviários». Diário de Lisboa. Ano 69 (23150). Lisboa: Renascença Gráfica. 3 de Janeiro de 1990. p. 17. Consultado em 29 de Janeiro de 2021 – via Casa Comum / Fundação Mário Soares 
  13. «Oliveira de Frades requalifica espaço envolvente à antiga estação de comboios». Jornal do Centro. 25 de Março de 2025. Consultado em 27 de Março de 2025 
  • LOPES, Horacel (1956). O que vi em Portugal. Rio de Janeiro: Emp. Gráf. Ouvidor S. A. 341 páginas 

Leitura recomendada

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  • SILVA, José; RIBEIRO, Manuel (2007). Os Comboios em Portugal. Volume III 1ª ed. Lisboa: Terramar - Editores, Distribuidores e Livreiros, Lda. 203 páginas. ISBN 978-972-710-408-6 
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