Saltar para o conteúdo

Usuário(a):44 Gabriel/Testes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Linhas de alta velocidade em Portugal:

Alta Velocidade Portuguesa
Informações
Proprietário Infraestruturas de Portugal
País Portugal Portugal
Tipo de transporte Comboio de alta velocidade
Número de linhas 3
Número de estações 15
Sede Lisboa
Website IP e CP
Funcionamento
Início de funcionamento (*)2029 (−5 anos)
Operadora(s) Comboios de Portugal
Sigla(s) do material circulante Série 4000 da CP
Dados técnicos
Extensão do sistema 594 km (1 950 000 ft)
Bitola Travessas Bibitola
1.668mm Ibérica
1.435mm Padrão
Eletrificação 25 kV 50 [Hz CA
Velocidade máxima 300 km/h (186 mph)
Custo médio de construção por km 24.300.000€

Através do Plano Ferroviário Nacional (PFN), que foi apresentado no dia 17 de novembro de 2022[1], no Laboratório Nacional da Engenharia Civil, em Lisboa, foram anunciados vários investimentos na ferrovia, destacando-se os investimentos na ferrovia de alta velocidade em Portugal, para no futuro serem usados de serviços de passageiros e mercadorias.[2]

Os objetivos dos investimentos na rede ferroviária de alta velocidade são servir as 10 maiores cidades do país, competir a ferrovia de alta velocidade com o carro e avião nas ligações das grandes cidades portuguesas e ligar a rede ferroviária nacional com a rede de alta velocidade espanhola, ligando assim Portugal com o resto da Europa.[3]

A primeira construção de uma linha de alta velocidade em Portugal é a nova linha ferroviária entre Évora e Elvas, na região do Alentejo, que deverá estar pronto em 2025 e não só vai aproximar as duas cidades, mas possivelmente vai servir a ligação entre Lisboa e Madrid, quando for criada a Linha de Alta Velocidade Lisboa–Madrid.[4] Já a Linha de Alta Velocidade Porto–Lisboa deverá ter o seu primeiro troço em operação em 2029.[5]

O custo total do investimentos previsto da alta velocidade no corredor atlântico Lisboa-Galiza ronda 7 a 8 mil milhões de euros, com o Governo Português a assegurar cerca de 813 milhões de euros (para a primeira fase) em fundos europeus e ainda cerca de 3 mil milhões com o BEI para a sua execução.[6]

Mudança de Bitola

[editar | editar código-fonte]

Comissão Europeia exige mudanças no TGV português. As linhas de Alta Velocidade Lisboa/Madrid, Porto/Lisboa e Porto/Vigo terão de ser em bitola europeia, que segundo Carlo Secchi, coordenador da Comissão Europeia para o projeto Corredor Atlântico, explica que as novas linhas podem ser lançadas na bitola antiga, mas vão ter de ser remodeladas até 2030. Diz ainda que para beneficiarem desse co-financiamento, todas elas terão de cumprir os requisitos de sinalização, alimentação eléctrica e de bitola vigentes na Europa.[7] Refere ainda que o novo Regulamento exige a Portugal um plano de migração das linhas internacionais coordenado com Espanha.

Tempos de viagem com alta velocidade

[editar | editar código-fonte]

As linhas com maior procura apontam para um volume de passageiros compatível com um mínimo de 2 comboios por hora e por sentido, com eventual necessidade de reforço nas horas de ponta. Assim, considerou-se esse padrão de serviços mínimo com 2 comboios por hora por sentido entre o Porto e Lisboa. Um dos serviços seria direto entre Lisboa e Porto com prolongamentos para Norte, até Braga e Guimarães, e o outro efetuaria paragem nas estações intermédias e terminaria no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, logo que o acesso a este fosse construído.[2]

Tempos de viagem estimados com a construção da Linha de Alta Velocidade Porto–Lisboa[8]

com prolongamentos até ao Aeroporto do Porto, Braga e Guimarães

Serviços de alta velocidade Paragens Tempos de viagem
Atual Futuro
Lisboa-OrientePorto-Campanhã sem paragens 2h50 1h19
Lisboa-OrientePorto-Campanhã Leiria, Coimbra, Aveiro, Gaia 1h45
Lisboa-OrienteAeroporto do Porto Leiria, Coimbra, Aveiro, Gaia, Porto-Campanhã 1h55
Lisboa-OrienteBraga Porto-Campanhã, Trofa, Famalicão 3h28 2h00
Lisboa-OrienteGuimarães Porto-Campanhã, Trofa, Santo Tirso, Vizela 3h45 2h15

Linhas de alta velocidade

[editar | editar código-fonte]
Carte lignes à grande vitesse prévues Portugal
Linhas de alta velocidade consignadas

A linha ferroviária de alta velocidade entre as duas maiores cidades nacionais, Porto e Lisboa, tem como missão, não só aproximar as duas áreas metropolitanas, mas sim servir também as cidades ao longo do seu percurso, como Gaia, Aveiro, Coimbra e Leiria, e as cidades que ficam de fora do percurso, mas chegam através da nova linha ferroviária mais rápido às duas grandes cidades nacionais. O projeto está incluído no Plano de Investimentos 2030[9] e estará em operação até 2030. A duração da circulação entre as duas cidades, sem paragem, será de 1h20 minutos.[8]

Tempos de viagem estimados com a construção da Linha de Alta Velocidade Porto–Lisboa[8]

com paragens em Gaia, Aveiro, Coimbra e Leiria

Estações Aeroporto FSC Porto-Campanhã Gaia AV Aveiro Coimbra Leiria Lisboa-Oriente
Aeroporto Porto 8min 13min 32min 51min 1h11min 1h51min
Porto-Campanhã 8min 5min 24min 43min 1h03min 1h43min
Gaia AV 13min 5min 19min 38min 58min 1h38min
Aveiro 32min 24min 19min 19min 39min 1h19min
Coimbra 51min 43min 38min 19min 20min 1h
Leiria 1h11min 1h03min 58min 39min 20min 40min
Lisboa-Oriente 1h51min 1h43min 1h38min 1h19min 1h 40min

Exemplo de padrão de serviços de Alta Velocidade possível com a Linha de Alta Velocidade Porto–Lisboa, e respetivos tempos de viagem totais e parciais. Neste exemplo, existem 2 comboios por hora e sentido entre o Porto e Lisboa e as cidades de Leiria, Coimbra e Aveiro têm, pelo menos, 1 comboio por hora em ambos os sentidos.

Lisboa-Madrid

[editar | editar código-fonte]

A linha ferroviária de alta velocidade entre as duas capitais da ibéricas, Lisboa e Madrid, foi discutida pela primeira vez ainda na década de 1990.[10][11] Depois de vários adiamentos, cerca de 30 anos depois, em 2021, o ministro das Infraestruturas e Habitação Pedro Nuno Santos anunciou que a ligação entre Lisboa e Madrid estava já a ser construída, e estaria concluída até o final de 2023.[12] Na verdade, o único que troço que se previa ter alta velocidade até 2023 era Évora - Elvas e mesmo esse foi alvo de atrasos e só deverá estar pronto em 2025 (para transporte de mercadoria).[13][4]

As Ligações de comboio com Espanha voltam a ser prioridade para o governo português,[14] que pretende assim materializar o plano já ambicionado desde a década de 1990.[15]

A linha ferroviária de alta velocidade entre as cidades do Porto e Vigo tem como objetivo aproximar e conectar a malha de tecido empresarial instalada no litoral atlântico e de servir suas populações. A duração da viagem duraria cerca de 1h e teria paragens no Aeroporto FSC, Braga, Ponte de Lima e Valença.[16]

Via Aveiro-Salamanca

[editar | editar código-fonte]

A linha ferroviária de alta velocidade de Porto-Madrid via Aveiro-Salamanca é uma proposta de trajeto de alta velocidade que ligaria as cidades do Centro Interior como Viseu e Guarda. Esta seria uma linha mista de transporte de passageiros e de mercadorias como parte integrante do Corredor Atlântico.

Todavia, este projeto ferroviário foi chumbado por duas vezes pela Comissão Europeia,[17] apesar da linha constar dos planos da Rede Transeuropeia de Transportes (RTE-T).

Via Trás-os-Montes-Zamora

[editar | editar código-fonte]

A linha ferroviária de alta velocidade de Trás-os-Montes é uma proposta de trajeto de alta velocidade que ligaria as cidades de Miranda do Douro, Bragança e Vila Real, pertencendo às Terras de Trás-os-Montes e do Douro, com o litoral da Região do Norte.[18] Esta linha a sair da estação de Campanhã através do Aeroporto FSC ligaria o Porto e Bragança num tempo estimado de 1h15min e ainda permitia a ligação direta Porto - Madrid via Zamora em apenas 2h45min.

Esta proposta é uma alternativa ao eixo Aveiro-Salamanca por uma linha mista de transporte de passageiros e de mercadorias pelo interior norte podendo ser elegível como parte integrante do Corredor Atlântico.

  • Ver Estudo Completo do Corredor Ferroviário.[19]

Esta é uma linha planeada de ligação entre a capital portuguesa e o Algarve com possíveis paragens em Évora e Beja. Contudo, especialistas chumbam ideia devido ao custo benefício, pois apesar da IP ter levantado o cenário de uma nova linha entre a capital e o Algarve com passagem por Évora e Beja, a própria empresa tem estudos para modernização das linhas atuais por um total de 460 milhões de euros com uma redução de 30mim no percurso atual e de mais 30mim com a construção da Terceira Travessa do Tejo. Assim, o tempo de uma viagem direta seria de 2h.[20]

Linha planeada de ligação transfronteiriça entre Algarve e Andaluzia, mais concretamente entre Faro e Sevilha passando por Huelva, com os seus representantes a pedirem apoios para o desenvolvimento logístico do território, bem como para o transporte de passageiros em duas zonas com eminente vocação turística.[21]

Referências

  1. «Apresentação do Plano Ferroviário Nacional». www.portugal.gov.pt. Consultado em 18 de novembro de 2022 
  2. a b «Rede Ferroviária de Alta Velocidade | Infraestruturas de Portugal». www.infraestruturasdeportugal.pt. Consultado em 22 de julho de 2024 
  3. «Alta velocidade vai servir as 10 maiores cidades portuguesas». www.jornaldenegocios.pt. Consultado em 22 de julho de 2024 
  4. a b «Sines/Caia será "o primeiro troço de alta velocidade do país"». Sapo. 12 de janeiro de 2024. Consultado em 2 de março de 2024 
  5. «Alta velocidade Porto-Lisboa arranca em 2029 com 38 comboios por dia». 5 de maio de 2023 
  6. «Custo total da alta velocidade Lisboa-Galiza ronda 7 a 8 mil milhões de euros». www.jornaldenegocios.pt. Consultado em 22 de julho de 2024 
  7. «Comissão Europeia exige mudanças no TGV português». CNN Portugal. Consultado em 25 de maio de 2024 
  8. a b c Governo de Portugal, Ministério das Infraestrututras e Habitação (17 de novembro de 2022). «Plano Ferroviário Nacional» (PDF) 
  9. «PNI 2030 | Infraestruturas de Portugal». www.infraestruturasdeportugal.pt. Consultado em 19 de novembro de 2022 
  10. Rede de TGV em Lisboa e Porto com ligação a Madrid. RTP. 17 de dezembro de 1990. Consultado em 24 de maio de 2018 
  11. Rede ferroviária portuguesa com TGV dentro de dez anos. RTP. 18 de dezembro de 1990. Consultado em 24 de maio de 2018 
  12. «Governo prevê comboio de alta velocidade Lisboa-Madrid até final de 2023». Jornal de Notícias. 26 de janeiro de 2021. Consultado em 2 de março de 2024 
  13. «Comboio Lisboa-Madrid em três horas só depois de 2030». Eco. 24 de março de 2023. Consultado em 2 de março de 2024 
  14. «Ligações de comboio com Espanha voltam a ser prioridade». Jornal Expresso. Consultado em 25 de maio de 2024 
  15. Says, Chapulut. «High Speed Rail in the Iberian Peninsula». Global Railway Review (em inglês). Consultado em 25 de maio de 2024 
  16. Lusa, Agência. «IP prevê estação em Ponte de Lima na linha de alta velocidade Porto-Vigo». Observador. Consultado em 25 de maio de 2024 
  17. Cipriano, Carlos (15 de setembro de 2017). «Governo insiste em projecto ferroviário chumbado duas vezes por Bruxelas». PÚBLICO. Consultado em 25 de maio de 2024 
  18. «Miranda do Douro: Linha de Alta Velocidade liga o Porto à Terra de Miranda em 1h45 minutos». Terra de Miranda. 13 de fevereiro de 2023. Consultado em 2 de março de 2024 
  19. «Linha de Alta Velocidade de Trás-os-Montes». www.avtrasosmontes.associacaovaledouro.pt. Consultado em 25 de maio de 2024 
  20. ECO (29 de agosto de 2022). «Alta velocidade Lisboa-Faro? Especialistas chumbam ideia». ECO. Consultado em 25 de maio de 2024 
  21. Lemos, Pedro (14 de fevereiro de 2024). «Faro, Huelva e Sevilha juntam-se para pedir TGV entre Algarve e Andaluzia». Sul Informação. Consultado em 25 de maio de 2024 

barragem:


Barragem de Gouvães
Localização
Município Vila Pouca de Aguiar, Vila Real
Bacia hidrográfica Douro
Rio Rio Torno (Tâmega)
Dados gerais
Uso Reserva, Energia
Data de inauguração 2022
Características
Tipo Betão, Barragem de gravidade, Central hidroelétrica reversível
Altura 33,9 m
Comprimento de coroamento 232,7
Cota de coroamento 887.5 m
Dados da central
Unidades geradoras 4 x 220 MW
Dados da albufeira
Capacidade total 14 100 000 m3
Pleno armazenamento 885 m

A Barragem de Gouvães é uma barragem de gravidade no rio Torno. Está localizada no concelho de Vila Pouca de Aguiar, no distrito de Vila Real, Portugal.

Faz parte do Sistema Eletroprodutor do Tâmega, um complexo produtor de energia formado por três barragens e três centrais, que vai produzir energia ‘verde’ suficiente para abastecer cerca de 400 mil famílias.

A Iberdrola assinou uma concessão de 70 anos com o Governo em julho de 2014 para a concepção, construção e operação de três projetos: barragens do Alto Tâmega, Daivões e Gouvães. O investimento total da obra é de 1.500 milhões de euros e pretende aumentar em 6% a potência instalada em Portugal.[1]

A central de Gouvães será reversível, ou seja, permitirá o armazenamento de água da albufeira de Daivões (que abrange uma parcela de terreno em Cabeceiras de Basto) na albufeira de Gouvães, aproveitando os mais de 650 metros de diferença de altura.[2]

De acordo com as especificidades do projeto, esta “gigabateria” vai evitar a importação de mais de 160 mil toneladas de petróleo por ano e a emissão de 1.2 milhões de toneladas de CO2, também a nível anual.[3]

A barragem foi inaugurada em julho de 2022.[4]

A Barragem de Gouvães tem 33,9 metros de altura e um comprimento de coroamento de 232,7 metros.[5]

A área de superfície do reservatório da barragem tem 3,4 km2.[6]

Central hidroelétrica

[editar | editar código-fonte]

A unidade geradora da barragem é composta por quatro unidades turbinadas reversíveis de 220 MW e diâmetro de 3,500 mm e velocidade de 600 rpm e produzindo 1.468 GWh de eletricidade por ano.

A capacidade máxima de descarga do vertedouro localizado à esquerda da barragem de Gouvães é de 67 m3/s. A barragem também inclui 6,5 Km de túneis junto com um poço de 750 metros. A comporta é um túnel de concreto com um comprimento de 4,7Km e diâmetro de 7,3 metros.[6]


Referências

  1. «Terceira barragem do Tâmega já está injetar eletricidade na rede nacional». www.jornaldenegocios.pt. Consultado em 17 de julho de 2024 
  2. Marmé, Paulo (20 de julho de 2022). «Gigabateria do Tâmega vai produzir 3,6% do consumo elétrico do país». Watts On. Consultado em 18 de julho de 2024 
  3. Silva, Fernando André (13 de julho de 2022). «'Gigabateria' do Tâmega, capaz de abastecer Braga e Guimarães, entra este mês em funcionamento». O Minho. Consultado em 17 de julho de 2024 
  4. Orlando, António (18 de julho de 2022). «Maior barragem do país inaugurada hoje no rio Tâmega». TÂMEGA.TV. Consultado em 18 de julho de 2024 
  5. «Terceira barragem do Tâmega já está injetar eletricidade na rede nacional». www.jornaldenegocios.pt. Consultado em 17 de julho de 2024 
  6. a b «Tamega River Hydropower Complex». NS Energy. Consultado em 17 de julho de 2024